FEP - Dissertações de Mestrado / Master Dissertations
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Browsing FEP - Dissertações de Mestrado / Master Dissertations by advisor "Alves, José Matias"
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- Alteridade e liderança : um olhar, um percursoPublication . Carvalho, Aldora Emília Machado Pimentel Martins de; Alves, José MatiasO dia-a-dia numa escola é único, nunca se repete. No início de cada ano letivo alunos, professores e assistentes operacionais conhecem o seu horário, apropriam-se dele e começam a habituar-se à rotina de mais um ano. Este é o único aspeto que se mantém ao longo do ano, porque tudo o resto muda de dia para dia. Poderá parecer contraditória esta afirmação, pois, todos os dias, os alunos se agrupam por turmas, em salas de aula, com os professores a lecionar matérias e a promover situações de aprendizagem; porém, cada escola tem uma identidade, um ethos que envolve e alimenta a ação da generalidade das pessoas. A identidade de uma escola tem a ver com as dinâmicas que aí se implementam, com a gestão dos espaços, com as relações que se estabelecem, relações entre alunos e professores, entre alunos e assistentes operacionais e entre os alunos; a identidade de uma escola tem a ver com a forma de se lidar com os problemas, com os erros, com a responsabilidade que se adota. Cada escola é única, porque as pessoas são únicas: ninguém é igual a ninguém. Cada ser humano tem as suas peculiaridades. Certamente, se a padronização fosse possível, seria mais fácil o relacionamento entre as pessoas, mas também mais pobre, porque a riqueza nasce da diversidade. É pela capacidade de perceber a diferença entre as pessoas que se conhece um bom líder. O líder é o que sabe admirar as diferenças e aproveitar as peculiaridades para obter melhores resultados. O líder não é aquele que quer mudar o outro, mas aquele que gasta a sua energia para compreender a sua maneira de ser. O outro sentir-se-á, assim, mais valorizado e, então, poderá abrir-se à mudança. As pessoas não se transformam quando querem, nem porque precisam, mas sim quando se comprometem com as mudanças, o que exige o desejo de transformação. O compromisso com a mudança terá que refletir os propósitos mútuos do líder e dos seguidores. Num dos casos que vou narrar parti deste pressuposto. Investi na criação do desejo de transformação e no compromisso com a mudança. Tentei compreender a pessoa, o ente, com quem teria que me relacionar, tentei estabelecer uma relação afetiva para, a partir daí, exercer influência, guiar e orientar para o que é necessário fazer. Um outro acontecimento marcante da minha carreira profissional ficará, também, registado neste trabalho pela contrapartida emocional que gerou em mim e pela relação estabelecida entre os envolvidos. Trata-se do acompanhamento a um aluno com a Síndrome de Asperger. A relação começou com o aluno francamente debilitado, com a autoestima muito baixa, com uma perspetiva muito negativa em relação à sua vida. Aos poucos, procurei convencê-lo que, para se atingir metas, é preciso determinação, força interior, que é preciso fixar toda a atenção nos objetivos e superar os obstáculos. É preciso dedicação e entrega a um objetivo; é preciso disciplina, ou seja, a capacidade de seguir um método, sendo que o melhor método é o que dá melhor resultado a quem o utiliza. O outro caso que vou narrar partiu de um sentimento de bem estar por poder proporcionar felicidade. Eu era a professora de inglês de uma adolescente rebelde que, por vezes, fazia questão de chamar a si a atenção de qualquer professor. Nas aulas tentava ser quase invisível, mas, por vezes, com as suas atitudes, frequentemente desajustadas, interpelava os professores que percebiam que se tratava de um pedido de ajuda. Tentei compreender esta jovem, interessei-me pelo seu caso, inicialmente, por curiosidade, depois, por simpatia, por solidariedade, por amor. Nesta relação a dois eu compreendo o ser em outrem, além da sua particularidade de ente, a pessoa com a qual estou em relação, chamo-a ser, eu invoco-a; não penso somente que ela é, dirijo-lhe a palavra. A emoção que impera é o amor. O amor é o eu satisfeito pelo tu, captando em outrem a justificação do seu ser. Os casos que selecionei para analisar, refletir e partilhar não foram os mais marcantes de toda a minha carreira profissional, mas foram, com certeza, variantes de muitos outros que tive que gerir e que, também, deixaram a sua marca. Em todos, certamente, não passará despercebido a um observador externo, imprimi o meu cunho pessoal, ou seja, todos foram tratados na ótica da prestação de um serviço de qualidade, de promoção do bem estar, em especial o do aluno, procurando que cada um tenha o seu percurso formativo o mais enriquecido possível, criando condições para que todos possam chegar o mais longe possível. “These are the footprints on the road of my life. The marks that prove I was here…” (uma frase que li algures e perdi a referência).
- Aprender a ensinar : memórias de uma viagem profissionalPublication . Neves, Maria Alice Pereira; Alves, José MatiasO presente trabalho consiste numa reflexão teoricamente sustentada sobre uma vivência que considero muito significativa e enriquecedora no meu percurso profissional, enquanto professora do primeiro ciclo do ensino básico, e também no meu percurso de vida pessoal. Essa vivência ocorreu durante dois anos letivos, no início da década de noventa, na Escola da Bela Vista, concelho de Gondomar, e foi marcada pela vontade de todas as professoras da escola em querer uma outra forma de trabalhar, em querer mudar e inovar o modo como se ensinava e como se aprendia na Escola da Bela Vista. O projeto de Investigação Ensinar é Investigar, implementado e desenvolvido com o apoio do Instituto de Inovação Educacional, foi a grande alavanca que impulsionou e manteve aceso esse nosso querer. Nesta reflexão, a par da narração das dinâmicas sofridas e usufruídas ao longo desses dois anos, caracterizadas, essencialmente, pelo trabalho colaborativo e coletivo, pela formação-em-situação, pela análise e reflexão e por processos supervisivos, que contribuiram para o meu desenvolvimento profissional e para a (re)construção da minha identidade profissional, é feita a sua elucidação e interpretação à luz de quadros teóricos das Ciências da Educação. Houve o cuidado de contextualizar a vivência no contexto político global. A reflexão sobre a vivência em análise, associada ao estudo que estimulou, fez interpelar/emergir alguns domínios essenciais para o desenvolvimento da escola que procura o sucesso educativo para todos, assim como para o exercício do profissional da docência.
- Aprender, refletindo sobre um percurso profissionalPublication . Sousa, Ana Maria Alves Batista de; Alves, José MatiasNo âmbito da ação supervisiva, surge necessária uma reflexão sobre os quadros teóricos e os contributos que estes afiguram para a minha ação docente. Assim, trato neste trabalho de refletir sobre os momentos da minha carreira docente, nomeadamente sobre os que se referem a funções avaliativas e/ou supervisivas. Tendo iniciado a minha vida profissional como educadora, prossegui estudos em Ciências Religiosas, cujo último ano é de estágio supervisionado. Enquanto professora de EMRC, desempenhei também funções enquanto Representante de Grupo Disciplinar, Coordenadora de Departamento, Membro do Conselho Geral e Orientadora de Estágio (este último particularmente relevante para este trabalho). Balizados estes episódios, procuro fazer uma investigação de quadros teóricos sobre supervisão, à luz dos quais elaboro uma posição crítica, numa perspetiva de reflexão para a ação. Defendo no trabalho o modelo de investigação-ação como estratégia privilegiada de formação inicial, em ordem à autonomia, com os pressupostos de negociação, comunicação e colaboração na prática docente, em geral, e no estágio supervisionado, em particular. No que respeita ao desenvolvimento profissional ao longo da vida, defendo que a estimulação do caráter reflexivo deve acompanhar a prática profissional, visando a reconstrução pessoal para a transformação social.
- As atividades de enriquecimento curricular : o papel dos professores titulares de turma na supervisão pedagógica e articulação curricularPublication . Morais, Marta Sofia Pimentel Alves de; Alves, José Matias; Silva, Lília Ana SantosNum momento em que as transformações na nossa sociedade ocorrem a um ritmo extremamente rápido, com reflexos decisivos em todos os setores de atividade, necessário e urgente se torna, que a escola tenha a capacidade de lhes dar resposta, sob pena de, se não o fizer, se transformar numa instituição isolada, incapaz de cumprir o seu papel na formação de cidadãos livres e autónomos. Assim, procurou-se colaborar na compreensão das Atividades de Enriquecimento Curricular, tendo em consideração que as instituições educativas têm de se adaptar continuamente às novas realidades da sociedade. Desta forma, o prolongamento do horário de funcionamento das escolas do 1º ciclo do ensino básico, no âmbito do programa “Escola a Tempo Inteiro”, é, para inúmeras famílias, uma medida socialmente relevante. O presente relatório foi elaborado no âmbito do Mestrado em Supervisão Pedagógica e Avaliação de Desempenho e decorre das ações de acompanhamento ao Programa das Atividades de Enriquecimento Curricular nos anos letivos de 2009/2010 e 2010/2011, promovidas pela Comissão de Acompanhamento do Programa enquadrada na atividade desenvolvida pela Equipa de Apoio às Escolas de Leça e Baixo Ave da Direção Regional de Educação do Norte. Centrado na temática das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) na área de abrangência da referida equipa (Matosinhos, Póvoa de Varzim, Trofa, Santo Tirso e Vila do Conde), este relatório procura descrever e refletir criticamente a experiência profissional vivenciada como representante da tutela, centrando-se exclusivamente na função de acompanhamento e avaliação do Programa das Atividades de Enriquecimento Curricular. A implementação das AEC é bastante recente, datando do ano letivo 2005/2006. De acordo com o estabelecido pelo despacho 14460/2008 de 26 de Maio, da Ministra da Educação, o Programa das AEC tem como principais objetivos a melhoria das condições do ensino e aprendizagem no 1º ciclo do ensino básico, bem como proporcionar no espaço da escola, a todos os alunos de forma gratuita a oferta de um conjunto de aprendizagens enriquecedoras do currículo e das aprendizagens, ao mesmo tempo que se concretiza a prioridade enunciada pelo governo de promover a articulação entre o funcionamento da escola e o fornecimento de respostas úteis no domínio do apoio às famílias. Por conseguinte, o aparecimento das Atividades de Enriquecimento Curricular conduziu a grandes transformações nas Escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Além de uma profunda mudança organizacional, os professores titulares de turma encaram novas funções, sendo uma delas a “Supervisão Pedagógica” dos professores das AEC. Para que estas atividades decorram com a regularidade apropriada e pretendida, é essencial que essa Supervisão Pedagógica tenha um papel pró-ativo na organização social da escola e de mediação entre os profissionais envolvidos. Somente uma prática de diálogo constante, debate e compromisso, é eficiente na procura da melhor solução para resolver algum incidente escolar. Nesse compromisso profissional, os professores das AEC e os supervisores (professores titulares de turma), embora sejam conhecedores de técnicas de atuação, fundamentadas no seu conhecimento sistemático e científico, devem estar cientes de que isso não basta para dar resposta a todas as ocorrências durante a sua prática letiva e pedagógica. Deste modo, o atual trabalho poderá favorecer um desempenho mais eficiente e tranquilo nas AEC, uma vez que não existem métodos, nem modelos únicos, exclusivos ou infalíveis aptos de resolver todas as questões que apareçam no desenvolvimento das atividades. Posteriormente, analisaremos os contornos que o conceito assume ao nível das práticas, conceções e sujeitos, partindo dos dados da Comissão de Acompanhamento do Programa (CAP) e das perceções das práticas de um grupo de atores envolvidos nas monitorizações levadas a cabo pela Equipa de Apoio às Escolas de Leça e Baixo Ave. Em suma, o relatório apresentado desenvolveu-se durante dois anos letivos, enquanto profissional a exercer funções na Equipa de Apoio às Escolas de Leça e Baixo Ave, da Direção Regional de Educação do Norte, e norteou-se, essencialmente, na análise do programa das Atividades de Enriquecimento Curricular, mais especificamente na articulação curricular e na Supervisão Pedagógica. A natureza do problema e as finalidades deste estudo de avaliação decorreram do facto de ser imprescindível conhecer a realidade do exercício de supervisão, feito pelos professores titulares de turma, e de compreender a forma de articulação pedagógica entre os professores do programa das AEC. O estudo recaiu, sobretudo, na análise e discussão dos resultados dos questionários das visitas de acompanhamento e dos relatórios da Comissão de Acompanhamento do Programa (CAP), dos dois anos letivos referidos. Neste trabalho serão expostos e analisados os resultados do estudo, apresentando-se oportunamente recomendações para a melhoria do programa. O presente relatório poderá também indicar algumas pistas e reflexões passíveis de originar futuros trabalhos neste âmbito da supervisão das AEC, pois é um programa do Ministério da Educação e Ciência com pouco tempo de implementação e consequentemente, escassamente investigado.
- Autorregulação da aprendizagem no domínio da história : um estudo com alunos do 9º ano de escolaridadePublication . Almeida, Diana Maria Silva Chaves de; Alves, José Matias; Trigo, Luísa RibeiroPerspetivado à luz do paradigma construtivista, este estudo teve como objeto o processo de autorregulação da aprendizagem no domínio da História. Foi analisada a relação entre a autorregulação da aprendizagem em História e diversas variáveis do aluno, especificamente, variáveis pessoais (género), familiares (habilitações académicas dos progenitores e ajuda dos mesmos na realização do TPC), académicas (realização do TPC e tempo de estudo) e motivacionais (perceções de autoeficácia e de instrumentalidade), assim como foi estudada a relação entre a autorregulação da aprendizagem e o rendimento académico em História. Constituiu-se uma amostra de 101 alunos do 9.º ano de uma escola do distrito do Porto, à qual se administrou uma Ficha de Dados Pessoais e Académicos / FDPA e o Inventário de Processos de Autorregulação da Aprendizagem / IPAA (Rosário, Lourenço et al., 2010). Os resultados sugerem que os alunos fazem uma apreciação positiva do seu comportamento autorregulatório em História e possuem perceções positivas de autoeficácia e de instrumentalidade neste domínio. Os resultados apontam para um comportamento autorregulatório mais proficiente das raparigas relativamente aos rapazes. Realçam a importância das variáveis académicas (valor do esforço, empenho e trabalho por parte do aluno) e das variáveis motivacionais no processo de autorregulação da aprendizagem. Sugerem, ainda, que este construto tem um impacto significativo no rendimento académico dos alunos. As variáveis familiares parecem ter, neste estudo, um papel menos relevante na compreensão do comportamento autorregulatório relatado pelos alunos. São discutidas as implicações educativas destes resultados.
- Culturas colaborativas e lideranças pedagógicas : da teoria à prática : constrangimentos organizacionais, dilemas profissionais e horizontes de possibilidadesPublication . Pinheiro, Generosa Pinto Silva Vilela; Alves, José MatiasO estudo de uma realidade tão complexa como a escola deve assentar numa visão holística e articuladora das suas diferentes racionalidades e da sua multiplicidade de atores. Num momento de viragem de paradigma ao nível da administração central, em que o discurso da autonomia tem vindo, ao longo dos últimos anos, a deixar algumas marcas na gestão escolar, é importante percecionar cada mudança de uma forma coerente e integradora. Assim, se pretendemos perceber melhor a maneira como os modos de trabalho dos professores têm vindo, paulatinamente, a mudar, é conveniente que compreendamos o percurso de mudança da administração e gestão escolar, a(s) cultura(s) de escola que marcam o espaço em que os professores exercem a sua atividade e a influência das lideranças, nomeadamente as intermédias, na forma como desenvolvem o seu trabalho não só em sala de aula, mas sobretudo com os colegas. Para percebermos a forma como a colaboração e as lideranças podem estar ao serviço de um professor colaborativo e reflexivo, procurámos adotar um modelo de investigação humanista-interpretativo, ou seja, uma investigação naturalista, conjugando uma abordagem quantitativa e qualitativa. Para caracterizarmos a(s) cultura(s) da escola, com base na análise da frequência, da abrangência e da amplitude das diferentes interações realizadas entre os docentes, usámos processos de análise de dados baseados na linguagem estatística. Por outro lado, para aprofundarmos alguns contextos singulares e as perspetivas de atores individuais, optámos por uma abordagem qualitativa. Feita a análise de todos os dados, concluímos que, embora se note da parte de todos os atores escolares uma vontade para instituir a inovação e a mudança, revelada através da implementação de diferentes dinâmicas colaborativas, esta mudança tem sido muito lenta e ténue. Parece-nos que a sua implementação está a ser coartada por estrangulamentos estruturais, pela falta de saber fazer e pela fragmentação, balcanização e individualismo que estão inscritos na história da organização escolar e do corpo docente, apresentando raízes na arquitetura das escolas e na sua organização secular em salas de aulas, turmas autónomas com horários e professores fixos.
- Currículo, aprendizagens e avaliação externa na disciplina de Geografia : (des)articulaçõesPublication . Cardoso, Berta Salomé de Vilar; Cabral, Maria Ilídia de Meireles; Alves, José MatiasA avaliação externa assume na vida de docentes e discentes um papel central. Para uns e outros é inegável a pressão que exercem, condicionando, como tal, muito do que é a sua ação. Gerir um currículo e promover aprendizagens significativas, tendo a avaliação externa presente pode constituir um desafio, quando as articulações parecem muito débeis. De facto, a sociedade exige instrumentos promotores de justiça e equidade e a avaliação externa parece responder a essa exigência. Contudo, quando currículo, aprendizagens e exames parecem não estar alinhados, essa justiça e equidade podem e devem ser questionadas. Procurando as (des)articulações, desenvolvemos esta investigação analisando exames nacionais de Geografia A e o programa específico da disciplina, à luz da taxonomia de Bloom. Analisamos os exames nacionais de Geografia A aplicados entre 2012 e 2018, que nos pareceu uma amostra representativa e que permitia a aferição de (in)congruências. Identificamos processos cognitivos e domínios do conhecimento avaliados nos exames e confrontamos com os processos cognitivos ativados, a partir das aprendizagens esperadas de acordo com o programa da disciplina. Dos resultados obtidos, percebemos que os verbos recordar, compreender e analisar foram os mais frequentes no que aos processos cognitivos respeita, enquanto que as dimensões de conhecimento se situaram nos domínios factual e concetual.
- De uma supervisão com sentido… a uma avaliação consentida : uma viagem ao sentir e ao sentido da supervisão e avaliação docentesPublication . Silva, Ana Paula Sousa Pinto Almeida e; Alves, José MatiasNum tempo de intranquilidade, insatisfação e sobretudo desconfiança dos professores portugueses sobre uma reforma no sistema de supervisão pedagógica e avaliação docente, este trabalho pretende encontrar o sentido e o significado destas duas práticas de autorregulação profissional e institucional para os docentes. Partindo da literatura que suporta estas práticas, da experiência da autora e da leitura das entrevistas efetuadas, esta investigação vai tentar perceber se a compreensão da importância da supervisão e da avaliação docentes e por isso sua abertura à reconstrução profissional, depende do conhecimento teórico e objetivo dos seus fundamentos e, sobretudo, se a sua insegurança e, por vezes rejeição, depende da estranheza e do desconhecimento conceptual dos alicerces em que se fundam as práticas de supervisão e avaliação docentes.
- Desafios da escola de hoje : o projeto Apolo e o perfil do aluno para o séc. XXIPublication . Felgueiras, Catarina Simões da Rocha; Alves, José Matias; Cabral, IlídiaA escola uniformizada da era industrial insiste em persistir, desencantando progressivamente quem lá passa, pelo desconforto do desajuste. Nos últimos três anos, contudo, parece anunciar-se na educação uma vontade de metamorfose da engenharia escolar, que se quer mais consentânea com a necessidade de preparar os alunos para a diversidade, a mudança e a incerteza em que vivemos. Para que “aprendam a aprender” e aprendam ao longo da vida. Em 2009, a escolaridade obrigatória alargou-se para todas as crianças e jovens com idades compreendidas entre os seis e os dezoito anos, dando origem ao Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória (2016), matriz de base humanista que orienta as decisões inerentes ao processo educativo. Ainda no âmbito das prioridades definidas pelo XXI Governo Constitucional para a área da educação, foi autorizada, em regime de experiência pedagógica, a implementação do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular dos Ensinos Básico e Secundário (2017), autonomizando as escolas para uma gestão flexível e contextualizada do currículo. O trabalho de investigação aqui apresentado, um estudo de caso de paradigma qualitativo, centra-se num projeto desenvolvido no ano letivo 2017/2018, numa escola de ensino particular portuguesa. O estudo selecionou uma turma do 5º ano (2º ciclo) e duas turmas do 7º ano (3º ciclo), alocadas ao projeto, bem como os respetivos professores, num total de cerca de 50 alunos e 23 professores. Procurou-se perceber se o projeto Apolo, na perspetiva dos agentes envolvidos, permite trabalhar as competências descritas no Perfil do aluno para o Século XXI. Neste processo foram convocadas perspetivas teóricas sobre os modelos escolares e a evolução do conceito de sucesso educativo no modelo escolar português, políticas educativas atuais e perspetivas para a mudança educativa. Os dados recolhidos e analisados neste estudo conduzem-nos a concluir que, na perspetiva dos agentes envolvidos, o projeto criado permite desenvolver as competências do Perfil do Aluno para o séc. XXI mas que há, contudo, aspetos de melhoria, tais como: um maior envolvimento do dos alunos com a comunidade envolvente; mais tempo em horário letivo para o desenvolvimento do projeto; mais tempo para preparação do mesmo e em conjunto com as restantes disciplinas para que haja uma maior implicância das mesmas e se cumpram com mais eficácia os objetivos propostos. E apesar da verificação das mais-valias de uma metodologia centrada na aprendizagem baseada na resolução de problemas para o desenvolvimento das competências do Perfil do Aluno para o século XXI, é testemunhada a dificuldade e o acréscimo de trabalho resultantes da coexistência de um novo paradigma a par de uma gramática envelhecida.
- Diferentes contextos, um mesmo objetivo : desenvolver as pessoas que moram nos alunosPublication . Sales, Maria do Rosário Teixeira; Alves, José Matias; Alaíz, Vítor Manuel MirandaO relatório apresenta uma descrição do meu percurso profissional de 22 anos, no qual foram desempenhadas funções de Educadora de Infância e Gestora Escolar. Na segunda parte, apresenta-se uma revisão da literatura considerada relevante para o tratamento das problemáticas suscitadas pelo percurso profissional supracitado. Termina com uma conclusão em que se salienta a importância da afetividade, empatia, abertura e o diálogo na relação pedagógica; assim como, uma liderança otimista, aberta à inovação, à partilha, à troca de experiências, que encare os desafios como possibilidade de melhoria.
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