FEP - Dissertações de Mestrado / Master Dissertations
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- Abandono escolar após o Ritual de Efundula : experiência e perspetivas de um grupo de mães adolescentes do Cuanhama/AngolaPublication . Ndamonovanu, Prudência Arlinda; Xavier, Maria Raúl Andrade Martins LoboNos últimos anos diversos trabalhos têm vindo a abordar o jogo complexo que, na Africa subsariana, relaciona o abandono escolar no feminino e os ritos de passagem entre a infância e a vida adulta. A investigação científica explora estes elementos integrando muitas vezes no quadro de leitura o tema da gravidez/maternidade precoces. No entanto, a ligação entre estes aspetos não é completamente clara e mais informação é necessária para que se possa acompanhar estas situações. Tanto quanto sabemos não existe nenhum trabalho realizado em Angola que explore as atitudes quanto à escolaridade e abandono escolar e quanto à vivência dos ritos de iniciação (Efundula) em jovens mulheres cuja gravidez/maternidade aconteceu quando tinham menos de 18 anos, que passaram pelo Efundula e que abandonaram a escola. O estudo que aqui se apresenta procura ser um primeiro passo no aprofundar de conhecimentos nesta área, dando voz às próprias envolvidas enquanto “informantes-chave”. Procura-se assim, exploras as suas experiências e perspetivas face ao Efundula, à vida escolar e ao abandono desta. Mais especificamente, explorar as suas cognições, emoções e comportamentos (atitudes). O grupo de participantes é constituído por 10 mães, entre os 16 e os 18 anos, com filhos, que viveram o Efundula e que, entretanto, abandonaram a escola. Quanto ao Efundula, parte das participantes referem que não foi decisão delas a participação, mas entendem o seu papel enquanto “tradição”. A sua experiência escolar é descrita positivamente, valorizando aspetos diversos. O abandono escolar é muitas vezes relacionado diretamente com a gravidez/maternidade, mas não com o Efundula. Este é relacionado diretamente com a gravidez e a maternidade. A maioria das participantes referem querer voltar à escola. Estes dados apontam para a necessidade de se conhecer mais este fenómeno do abandono no feminino, para se poder intervir/prevenir diminuindo o seu peso individual e social.
- Abandono escolar precoce : compreender para prevenirPublication . Comenda, Carla Maria Santos; Cabral, Maria Ilídia de MeirelesO tema do abandono escolar é uma preocupação social, não só a nível internacional, mas também nacional, que passa pelo Estado, por diferentes agências da administração pública e pelo setor solidário social e privado. Este tema tem-se mantido atual na documentação oficial portuguesa sobre educação e estudos continuam a ser feitos no que se refere ao mesmo. A preocupação pelo abandono escolar não se confina apenas a Portugal, mas estende-se à escala europeia. Em Portugal, pelos diversos estudos já existentes, a taxa de abandono escolar tem vindo a reduzir, no entanto, o fenómeno continua presente nos dias de hoje, mantendose ainda um atraso considerável em relação à meta europeia definida. O fenómeno do abandono escolar é muito visível nos cursos profissionais, pelo que a nossa investigação visa alcançar a resposta para uma questão de âmbito geral: Que perceções têm alunos, docentes e lideranças sobre os fatores que contribuem para o abandono escolar precoce nos cursos profissionais? No sentido de obtermos resposta a esta questão procedemos à formulação de subquestões: Como se organiza a escola para prevenir o abandono escolar precoce? Como são diagnosticados os alunos que se encontram em risco de abandono escolar precoce? Que ações concretas se desenrolam para evitar que os alunos em risco de abandono acabem por sair efetivamente da escola? Como viveram e sentiram a escola os alunos que abandonaram os cursos profissionais sem concluir o 12º ano? Como vivem e sentem a escola os alunos que se encontram em risco de abandono escolar precoce? Para tal, procedemos a uma revisão da literatura que nos permitiu esboçar a evolução do fenómeno em termos nacionais e europeus e analisar as medidas que foram implementadas para o prevenir. Elegemos para a nossa investigação duas técnicas de recolha de dados, a análise documental (registos biográficos dos alunos, atas dos conselhos de turma, pautas de avaliação e documentos estruturantes do Agrupamento, nomeadamente, Contrato de Autonomia, Projeto Educativo, Regulamento Interno, e Plano de Desenvolvimento do Currículo) e a realização de entrevistas semiestruturadas. As entrevistas foram aplicadas à Diretora do Agrupamento, a um Diretor de Turma de um curso profissional, a docentes, a alunos em risco de abandono e a jovens que abandonaram o sistema educativo. Os dados recolhidos e analisados neste estudo permitem-nos concluir que os agentes educativos entrevistados, nomeadamente a diretora e os docentes, têm a mesma perceção relativamente aos fatores que contribuem para o abandono escolar nos cursos profissionais, identificando como principais fatores: as dificuldades económicas que levam as famílias a emigrar à procura de melhores condições de vida, a procura pela autonomia financeira, as dificuldades acumuladas que levam a um total desinteresse pela escola, também devido ao facto de pertencerem a famílias desestruturadas que muitas vezes desincentivam à frequência da escola. São também relatados os problemas de comportamento, aliados ao elevado número de faltas e à falta de empenho como fatores que normalmente conduzem a situações de abandono escolar. As conclusões alcançadas pelo nosso estudo parecem ir ao encontro das correntes de pensamento de outros investigadores, no sentido em que apontam para a falta de respostas adequadas, por parte da escola, para a maioria das situações de insucesso, esperando que os alunos aprendam por si, o que faz com que muitos deles acabem por abandonar o sistema de ensino. Concluímos ainda que o modelo escolar que temos, com a sua tradicional e inquestionada gramática escolar, acaba por ser o maior responsável pelas situações de abandono escolar.
- Ação Social Escolar e democratização do ensinoPublication . Alves, Arminda de Lurdes Pires Leite; Araújo, Joaquim Machado deUm olhar reflexivo sobre o nosso percurso de vida põe em evidência um percurso de professora em que se entranham funções de gestão, de entre as quais sobressaem tarefas no âmbito da ação social escolar. A ação social escolar é um dispositivo importante na democratização do ensino, mas, por si só, não garante a democraticidade do serviço público de educação. Esta temática é ainda mais pertinente num período de grave crise financeira económica e social, com reflexos profundos no quotidiano e no futuro da Escola, nos diversos “players” da comunidade educativa e na vida das futuras gerações. O Relatório Reflexivo está estruturado em três partes: na primeira parte apresentamos o nosso percurso profissional na docência e realçamos o desempenho de diversos cargos de gestão, ao longo de mais de três décadas; na segunda parte revemos marcos importantes da história da escola Pública em Portugal, a sua missão social e cultural, as principais reformas, e a sua importância na vida dos cidadãos e na sociedade, com um enfoque especial na face social da educação escolar; por fim, na terceira parte sublinhamos alguns dos contributos da escola pública no apoio social aos alunos, garantindo os meios indispensáveis à aprendizagem, como a saúde e higiene escolar, os apoios económicos e didáticos, minimizando as carências socioeducativas dos alunos, promovendo a equidade no acesso universal ao serviço público de educação, assegurando a democratização do ensino. Na conclusão do Relatório Reflexivo apresentamos as dificuldades e limitações do trabalho, bem como as aprendizagens que o mesmo nos proporcionou.
- O agrupamento de escolas no concelho de BragaPublication . Rodrigues, João Sérgio Marques; Machado, JoaquimNo presente Relatório reflexivo e teoricamente fundamentado analiso e problematizo uma experiência profissional desenvolvida entre 2002 e 2011 como responsável da Direção Regional de Educação do Norte em Braga: o processo de agrupamento e reagrupamento de escolas no contexto da adaptação da rede escolar aos desafios com que a mesma estava confrontada. Depois de contextualizar esta experiência na minha vida profissional como docente, analiso as normas legais que apontaram os caminhos por onde seguiu a evolução da rede escolar e convoco para a fundamentação teórica estudos científicos que se dedicaram a este tema. A Lei de Bases do Sistema Educativo vem dar um sentido à evolução desejada para o sistema e coloca na agenda um novo desafio: construir uma escola para a escolaridade básica alargada até ao 9.º ano. Ao longo de uma parte importante deste estudo revisita-se o trajeto percorrido até à concretização do movimento de associação/agrupamento de escolas que teve a sua génese experimental em 1997. Depois, analisam-se com mais pormenor as ações da administração educativa e as reações dos atores locais à implementação das políticas de ordenamento da rede escolar. A experiência profissional que se apresenta debruça-se sobre os efeitos das alterações políticas verificadas durante o processo, tanto quanto à natureza do processo de agrupamento de escolas, como quanto à natureza e dimensão da escola visada, mas também sobre as dificuldades sentidas no terreno em face das reações dos atores locais. O agrupamento de escolas, o reagrupamento de escolas que já estavam agrupadas e a agregação de agrupamentos e escolas não agrupadas são processos que enfrentam resistências e que geram ações políticas que elejo como objeto de análise. Este Relatório reflexivo e teoricamente fundamentado termina com o enunciado de alguns desafios, hipóteses de rumo, que estão colocados nesta fase do processo de evolução da rede escolar.
- Alteridade e liderança : um olhar, um percursoPublication . Carvalho, Aldora Emília Machado Pimentel Martins de; Alves, José MatiasO dia-a-dia numa escola é único, nunca se repete. No início de cada ano letivo alunos, professores e assistentes operacionais conhecem o seu horário, apropriam-se dele e começam a habituar-se à rotina de mais um ano. Este é o único aspeto que se mantém ao longo do ano, porque tudo o resto muda de dia para dia. Poderá parecer contraditória esta afirmação, pois, todos os dias, os alunos se agrupam por turmas, em salas de aula, com os professores a lecionar matérias e a promover situações de aprendizagem; porém, cada escola tem uma identidade, um ethos que envolve e alimenta a ação da generalidade das pessoas. A identidade de uma escola tem a ver com as dinâmicas que aí se implementam, com a gestão dos espaços, com as relações que se estabelecem, relações entre alunos e professores, entre alunos e assistentes operacionais e entre os alunos; a identidade de uma escola tem a ver com a forma de se lidar com os problemas, com os erros, com a responsabilidade que se adota. Cada escola é única, porque as pessoas são únicas: ninguém é igual a ninguém. Cada ser humano tem as suas peculiaridades. Certamente, se a padronização fosse possível, seria mais fácil o relacionamento entre as pessoas, mas também mais pobre, porque a riqueza nasce da diversidade. É pela capacidade de perceber a diferença entre as pessoas que se conhece um bom líder. O líder é o que sabe admirar as diferenças e aproveitar as peculiaridades para obter melhores resultados. O líder não é aquele que quer mudar o outro, mas aquele que gasta a sua energia para compreender a sua maneira de ser. O outro sentir-se-á, assim, mais valorizado e, então, poderá abrir-se à mudança. As pessoas não se transformam quando querem, nem porque precisam, mas sim quando se comprometem com as mudanças, o que exige o desejo de transformação. O compromisso com a mudança terá que refletir os propósitos mútuos do líder e dos seguidores. Num dos casos que vou narrar parti deste pressuposto. Investi na criação do desejo de transformação e no compromisso com a mudança. Tentei compreender a pessoa, o ente, com quem teria que me relacionar, tentei estabelecer uma relação afetiva para, a partir daí, exercer influência, guiar e orientar para o que é necessário fazer. Um outro acontecimento marcante da minha carreira profissional ficará, também, registado neste trabalho pela contrapartida emocional que gerou em mim e pela relação estabelecida entre os envolvidos. Trata-se do acompanhamento a um aluno com a Síndrome de Asperger. A relação começou com o aluno francamente debilitado, com a autoestima muito baixa, com uma perspetiva muito negativa em relação à sua vida. Aos poucos, procurei convencê-lo que, para se atingir metas, é preciso determinação, força interior, que é preciso fixar toda a atenção nos objetivos e superar os obstáculos. É preciso dedicação e entrega a um objetivo; é preciso disciplina, ou seja, a capacidade de seguir um método, sendo que o melhor método é o que dá melhor resultado a quem o utiliza. O outro caso que vou narrar partiu de um sentimento de bem estar por poder proporcionar felicidade. Eu era a professora de inglês de uma adolescente rebelde que, por vezes, fazia questão de chamar a si a atenção de qualquer professor. Nas aulas tentava ser quase invisível, mas, por vezes, com as suas atitudes, frequentemente desajustadas, interpelava os professores que percebiam que se tratava de um pedido de ajuda. Tentei compreender esta jovem, interessei-me pelo seu caso, inicialmente, por curiosidade, depois, por simpatia, por solidariedade, por amor. Nesta relação a dois eu compreendo o ser em outrem, além da sua particularidade de ente, a pessoa com a qual estou em relação, chamo-a ser, eu invoco-a; não penso somente que ela é, dirijo-lhe a palavra. A emoção que impera é o amor. O amor é o eu satisfeito pelo tu, captando em outrem a justificação do seu ser. Os casos que selecionei para analisar, refletir e partilhar não foram os mais marcantes de toda a minha carreira profissional, mas foram, com certeza, variantes de muitos outros que tive que gerir e que, também, deixaram a sua marca. Em todos, certamente, não passará despercebido a um observador externo, imprimi o meu cunho pessoal, ou seja, todos foram tratados na ótica da prestação de um serviço de qualidade, de promoção do bem estar, em especial o do aluno, procurando que cada um tenha o seu percurso formativo o mais enriquecido possível, criando condições para que todos possam chegar o mais longe possível. “These are the footprints on the road of my life. The marks that prove I was here…” (uma frase que li algures e perdi a referência).
- Os alunos nos cursos vocacionais : interpretações, motivações e expetativasPublication . Gamboa, Sandra Marisa Trindade Marques; Ribeiro, Célia dos PrazeresPassadas cerca de quatro décadas da democratização da escola o insucesso e o abandono escolar precoce assumem um lugar de destaque na preocupação de todo o sistema educativo. Em resposta, e para diferentes níveis de ensino, os atores políticos delinearam para o sistema de ensino português os Cursos Vocacionais. Estes, assentes numa modalidade formativa que complementa o domínio teórico com o domínio prático em contexto escolar e, simultaneamente, empresarial dão cumprimento à escolaridade obrigatória, permitem o prosseguimento de estudos e capacitam os jovens nos níveis científico, cultural e de natureza técnica, prática e profissional. A presente investigação, centrada no aluno, procura, no âmbito dos cursos vocacionais de 3º ciclo, conhecer as interpretações, identificar as motivações e caracterizar as expetativas dos cursos vocacionais de 3º ciclo. Desenvolve-se, utilizando uma metodologia quantitativa, em duas escolas portuguesas de diferente tipologia, mas com a caraterística comum de integrarem cursos vocacionais, não para comparação das duas escolas mas para um processo de complementaridade. O instrumento de recolha de dados foi um questionário construído para o efeito e aplicado a uma amostra constituída por 60 alunos. Os resultados obtidos, revelam a retenção, resultante de múltiplos fatores, como elemento chave para o ingresso em cursos vocacionais. Identificam os amigos, colegas, vizinhos e familiares como determinantes, quer na divulgação quer na influência pela escolha desta oferta formativa em detrimento dos agentes educativos, psicólogos, diretores de turma e professores. Caraterizam as atuais práticas e comportamentos, evidenciando melhorias, quer nos domínios sociais quer nos domínios cognitivos, e traduzem elevados índices de satisfação com a frequência do curso. Assinalam a recuperação escolar dos jovens evidenciando como projetos de futuro a continuação do seu desenvolvimento formativo.
- Um ambiente virtual de aprendizagem para o 1º ciclo do Ensino BásicoPublication . Santos, Carla Maria Dias Fernandes Pires Ferreira dos; Carvalho, Eduardo Luís Ribeirinha Cardoso deNo contexto mundial atual, a escola encontra-se cada vez mais empenhada em acompanhar a constante evolução tecnológica e dotar os seus educandos de todas as ferramentas necessárias, não apenas para interpretar o mundo que os rodeia mas numa perspetiva de formação constante, de partilha de saberes e de criação, processos mais do que nunca indissociáveis do indivíduo. Os computadores, a Internet, a Web 2.0, a computação em nuvem, derrubaram os muros da escola. A informação, os conteúdos e os saberes circulam por todo o lado e são adquiridos de variadíssimas formas. Novos lugares de edificação do conhecimento emergem diariamente. As práticas de ensino/aprendizagem necessitam uma restruturação e podem ser melhoradas por intermédio dos mais recentes meios tecnológicos disponíveis nas salas de aula. Este estudo, seguindo as tendências e perspetivas atuais, surgiu pela necessidade de verificar o impacto que teria a utilização de um Ambiente Virtual de Aprendizagem, pensado e desenhado para alunos que frequentam o Ensino Básico. Nesse espaço, os professores e os alunos encontram-se e interagem. Os encarregados de educação têm acesso aos conteúdos disponibilizados e acompanham todas as produções aí efetuadas. A investigação foi realizada junto de uma turma do 3º ano do Ensino Básico, no Liceu Francês do Porto. Procedeu-se à implementação de um Ambiente Virtual de Aprendizagem especialmente concebido para a faixa etária entre os 7 e 11 anos, o Iconito école numérique, portal em Open Source. Tratando-se de uma escola francesa, onde a maioria das aulas é lecionada nessa mesma língua, escolheu-se uma plataforma que provém do Hexágono. O presente estudo reveste-se de uma abordagem essencialmente qualitativa. Partindo dos dados recolhidos, a consequente análise permitiu salientar que a implementação de um AVA, junto de crianças do 3º ano do Ensino Básico, apresenta aspetos positivos. Consiste num elemento incontornável para o apoio ao ensino presencial. Contudo, a sua utilização pode certamente ser aperfeiçoada, nomeadamente no tocante à interação entre os intervenientes.
- A ansiedade na performance musical : estudo de caso em jovens violetistasPublication . Correia, Teresa Filipa Barbosa; Coimbra, DanielaNa sociedade agitada em que vivemos atualmente, o dia-a-dia dos estudantes exige crescentes preocupações da sua parte e dos seus educadores. Torna-se assim cada vez mais importante compreender o fenómeno da ansiedade e entender, por outro lado, até que ponto pode ser benéfica ou prejudicial, não só ao bem-estar, mas também ao rendimento dos estudantes. Foi a partir desta preocupação que se desenvolveu este trabalho cujo objetivo consistiu em averiguar os níveis de ansiedade intrínseca (ansiedade-traço) em jovens violetistas, alunos do ensino especializado da música e se estes se modificam no momento da performance (ansiedade-estado), bem como aferir as suas consequências na qualidade dessa mesma performance pública. Para tal, foi utilizado o teste estandardizado State-Trait Anxiety Inventory – STAI (Spielberger, 1983), aferido para a população portuguesa por Danilo R. Silva (2005) tendo sido aplicado a um grupo de 26 estudantes violetistas da Escola Profissional e Artística do Vale do Ave e da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo. Para além do teste foi realizada uma audição que foi avaliada por um júri selecionado para o efeito, através de uma grelha de avaliação, a fim de se obter uma medida de desempenho da performance de cada estudante. Os resultados indicaram diferenças significativas entre os fatores ansiedade-traço e ansiedade-estado na totalidade dos participantes e nas estudantes do género feminino, individualmente considerado. Foi ainda verificada uma relação inversa entre os níveis de ansiedade e o desempenho dos estudantes, ou seja, quanto maiores foram os níveis do fator ansiedade-estado, menor foi a classificação obtida na audição. Conclui-se assim que jovens músicos podem experienciar ansiedade na performance podendo os seus níveis alterar-se de forma drástica em situações de ameaça ou stress influenciando negativamente a qualidade da performance.
- Apadrinhamento civil : uma nova oportunidade de proteger : um recomeçoPublication . Silva, Verónica Alexandra Pereira da; Baptista, Isabel Maria de CarvalhoEste trabalho refere-se ao relatório final de uma investigação intitulada: “Apadrinhamento Civil – uma nova oportunidade de proteger – Um recomeço”, e conducente à obtenção do Grau de Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Católica do Porto. Considerando os imperativos de proteção e promoção das crianças e jovens, num quadro de reconhecimento do estatuto de cidadania da infância, pretendeu-se saber em que medida o instituto jurídico do apadrinhamento civil contribui para a realização do direito da criança à família e a um novo projeto de vida. Para tal, quisemos averiguar sobre a perceção dos atores que trabalham na concretização desta medida de modo a compreender de que forma aquela figura jurídica atua no sistema de proteção, tendo por base a literatura científica sobre a infância e as referências teóricos da Pedagogia Social. Os dados recolhidos e analisados permitiram concluir sobre a pertinência da medida de apadrinhamento civil e a necessidade de aposta na formação técnico-pedagógica dos atores, institucionais e profissionais, que acompanham atuam na sua concretização.
- Aplicação das tecnologias no combate ao insucesso na disciplina de geometria descritivaPublication . Godinho, Elsa Maria Cabral de Sousa; Cabral, Maria Ilídia de MeirelesConsiderando que a disciplina de Geometria Descritiva A tem apresentado um elevado grau de insucesso ao nível do 10º ano de escolaridade, e no sentido de reverter esta situação, foi concebida uma estratégia de ensino-aprendizagem, com base na utilização de ferramentas da nova geração da Internet, chamada de Web 2.0. Pretendemos verificar a interação de uma turma constituída por alunos do curso de Ciências e Tecnologias e do curso de Artes Visuais, durante a conceção, desenvolvimento e utilização de aplicações multimédia dos novos ambientes da Web 2.0 aplicadas à disciplina de Geometria Descritiva A e avaliar a influência que essas mesmas tecnologias tiveram no desenvolvimento das competências, nas aprendizagens dos alunos e na melhoria dos resultados escolares. Para o efeito, foi utilizado um conjunto de ferramentas de Ensino Assistido por Computador, o software SketchUp, AEIOU-GD e a ferramenta Jing que permite a captura de screenshots e vídeos ou screencasts (capturas / gravações digitais de ações / interações do utilizador) no computador que, além de possibilitarem a partilha destes na Web, permitem aos alunos aceder às aplicações através de todos os dispositivos móveis, tais como a Plataforma Android, Windows Phone, iPhones, iPods e iPads e aplicarem os conteúdos curriculares da disciplina, em qualquer lugar ou hora. Embora o trabalho tenha sido desenvolvido com um número reduzido de alunos, num total de treze, permitiu também abalizar que, de uma forma geral, os alunos têm hábitos estabelecidos de utilização de multíplices dispositivos móveis, nomeadamente computadores, iPhones, iPods e iPads. Os resultados mostraram que os alunos consideraram esta experiência profícua, uma vez que contribuiu para a compreensão e aprendizagem de alguns conteúdos conduzindo a uma melhoria dos resultados escolares. Quanto aos screenshots e vídeos ou screencasts, a maioria dos alunos mostrou interesse na sua utilização, tendo mesmo afirmado que estas aplicações contribuíram para a melhoria das suas aprendizagens. Esta perceção dos alunos é corroborada por uma ligeira subida nos resultados escolares na disciplina de Geometria Descritiva A dos alunos envolvidos. Ressalva-se, contudo, que seria necessário que o projeto fosse implementado por um período mais longo, e envolvendo um maior número de alunos, para que pudéssemos chegar a resultados e conclusões mais consistentes.
