Browsing by Author "Morais, Carlos Bizarro"
Now showing 1 - 9 of 9
Results Per Page
Sort Options
- Arte de massas, populismo e arte popularPublication . Morais, Carlos Bizarro
- Condições de significação da obra de arte: uma leitura de Xavier Rubert de VentósPublication . Peixoto, Inês Guimarães; Morais, Carlos BizarroO propósito deste estudo é o de questionar a condição necessáriae suficiente da significação da obra de arte, segundo o pensamento do filósofo contemporâneo Xavier Rubert de Ven-tós (1939 ?2023). Verificamos que, além do código de significação, os critérios de criatividade, inovação e sensibilida-de são preponderantes nesta busca por uma definição objetiva da obra de arte. Para este pensador, será suficiente, ou necessário, explicá ?la segundo parâme-tros objetivos? Ou será, precisamente, a superação destas normas que carateriza a experiência estética? Rubert de Ventós propõe ?nos um modelo fenomenológico que encontra resposta na intersubjetividade.
- Da presença de Schelling na estética ontológica de Mikel DufrennePublication . Morais, Carlos BizarroProblematizaremos a influência da ideia de Natureza de Schelling no pensamento estético de Dufrenne. Uma influência estruturante mas controversa, dada a sua implicação na perceção-limite que ela auspicia: de indiferenciação, em que sujeito e objeto mutuamente se aderem e se constituem, numa correlação a priori. Ora, esta prodigalidade da Natureza manifesta- -se ao propiciar a referida simbiose, e sobretudo ao tornar presente, deixando-o jorrar, um sentido bruto/selvagem, incipiente mas explícito para apontar uma direção de causalidade poiética, gerando a possibilidade de uma interpretação ontológico-metafísica. Torna-se assim tangível uma matriz instauradora, aproximável pela dimensão estético-artística da existência. Daí o seu interesse crítico.
- Experiência estética e educaçãoPublication . Morais, Carlos Bizarro
- Jorge de Sena e o cinemaPublication . Morais, Carlos BizarroTendo como principal referência bibliográfica o volume que reúne os textos de Jorge de Sena sobre a arte do cinema, intitulado Sobre Cinema (Organização e introdução: Mécia de Sena, Co-organização e notas: M. S. Fonseca, Cinemateca Portuguesa, 1988), propomo-nos refletir acerca da atualidade do modo de olhar seniano sobre a imagem cinematográfica. Valorizando toda a sua ampla paleta estilística – o ensaio, a anotação, o comentário, a análise crítica – procuraremos evidenciar como Jorge de Sena abre metodologicamente os filmes à realidade do mundo, sem deixar de preservar neles mesmos a sua dimensão de mundo, enquanto verdadeiras obras de arte. A atualidade da escrita de Jorge de Sena revelada nestes textos reside, entre outros aspetos, quanto nós, no seu rigoroso equilíbrio com que consegue observar e registar – qual analista fenomenólogo – as duas dimensões que identificam as potencialidades da imagem fílmica: a dimensão formal que faz dela uma realidade “em-si”, na sua autonomia ontológica; e a sua significação dialética que a coloca sempre em relação e faz dela um “para-nós” na sua temporalidade histórica. Por tudo isso, consideramos que os textos da Obra supra referida devem ser revisitados, e Jorge de Sena deve ser revalorizado como um autêntico mestre e pedagogo do espetador de cinema, que somos todos nós.
- O pensamento estético e as bases da consciência ético-política à luz da fenomenologia de Mikel DufrennePublication . Morais, Carlos BizarroÉ nossa intenção, com este trabalho, contribuir para a análise das implicações entre a experiência estética e a experiência dos valores sociais e políticos, duas modalidades fundamentais da nossa experiência do mundo. Esta análise tem como ponto de referência o conjunto dos textos do filósofo Mikel Dufrenne, nos quais desenvolve mais sistematicamente tais questões, nomeadamente os textos: Art et politique (1974); “Comment peut-on aller au cinéma?” (1976); “Création et engagement politique” (1976); “L’art de masse existe-t-il?” (1976); Subversion, Perversion (1977); “Arte e società” (1981); “Le spect-acteur du film” (1981); “Vie de l’art, art de la vie” (1989); “Révolution dans l’art?” (1990). Nesta linha, interessa-nos explorar as relações teórico-práticas entre os dois campos da experiência humana, especialmente, o modo como a vivência da aisthesis promove, no domínio da ação política, a consciência de um ideal de justiça e de equilíbrio. A importância da abordagem de M. Dufrenne é, quanto a nós, justificada triplamente. Desde logo, pelo facto de se mover no interior de uma fenomenologia aberta à filosofia da ação ética e política. Em segundo lugar, por articular a kantiana contemplação “desinteressada” da beleza e do sublime com a dimensão comunitária da existência. Finalmente, pelo entrecruzamento de um a priori afetivo - transcendental e fundamento ontológico/metafísico da relação do sujeito com mundo - com a experiência da aisthesis, inserida na temporalidade e na historicidade da polis. Em síntese, esta abordagem é portadora de um contributo de relevo para o equacionamento do papel da arte e da experiência estética na encruzilhada em que hoje se encontra o pensamento e a ação política.
- Sondando a estética em Lúcio Craveiro da SilvaPublication . Morais, Carlos Bizarro
- Towards an aesthetic of intimacy. A contribution to the critique of Mikel DufrennePublication . Morais, Carlos BizarroAcross the works of Mikel Dufrenne, the category of intimacy occurs almost always as a way to heighten the attributes of reciprocity, sharing, close friendship and communion of feelings which shape the bond between spectator and aesthetical object or artwork at the core of the aesthetic experience. In this sense, intimacy is a reticular concept, interchangeable with “profoundness”, “interiority”, “connaturality”. Hence, the aesthetic experience is, in a way, a zenith of intimacy, a paradigm of “intimate life”, namely, the moment where spectator, artist and the work disrobe and reveal themselves – in other words, when they mutually share the complicit removal of the veils concealing them. However, contrary to what such openness could suggest, the intimacy experienced herein does not designate a secret event, not even a private slice of the above actors’ hidden life. Intimacy is not placed in the domain of “intimism”, of particular affection, which a certain psychoanalysis tends to highlight. Converting intimacy into a pretext or grounds for a clinic, psychoanalytic function is of no interest to Mikel Dufrenne, as it corrupts the very aesthetic process. In this interpretative context, we intend, first and foremost, to consider the theoretical implications of Mikel Dufrenne’s proposal about the theme of intimacy. We also intend to demonstrate that, by shielding the category of intimacy from the quite frequent risks of instrumentalisation, intimacy becomes available to assist in renovating the meaning of overarching phenomenological themes, such as intentionality and constitution. We also aim at illustrating how the aesthetic experience is a naturally intimate relationship, bestowing it with an ontological dimension from the very beginning. Following on this interpretation, quite beyond what the author made explicit, we wish to contribute to the proper critical appraisal of the thought of one of the greatest aesthetic philosophers - Mikel Dufrenne.
- O virtual e a experiência estética do mundoPublication . Morais, Carlos BizarroOs extraordinários desenvolvimentos tecnológicos aplicados à produção de imagens têm demonstrado fomentar o uso crescente do conceito de virtual. No entanto, se o virtual é omnipresente à nossa volta, também é verdade que tal invasão em todas as áreas de nossa cultura é hoje alvo de críticas acertadas: o imaginário do virtual, longe de enriquecer a nossa experiência do real, vem contribuindo para uma perda irreparável dessa mesma experiência. Ao criar um simulacro da realidade, suscetível de todas as instrumentalizações, o virtual diminuiria drasticamente o seu sentido de densidade, polimorfia, rugosidade – numa palavra, a sua presença misteriosa. Pretendemos contrariar essa visão mostrando que o virtual reforça a nossa relação com a realidade. Longe de ser um fator de “desrealização”, o processo promotor das imagens virtuais impulsiona o real. Na medida em que a imagem virtual lastra a perceção, brota do imaginário e acompanha a nossa experiência afetiva, ela torna-se coadjuvante de um a priori da nossa relação com o mundo – especialmente se tal relação acontece sob o manto da vivência estética. Esta incursão entronca no pensamento de Mikel Dufrenne, em cuja obra estético-filosófica encontramos contribuições de grande atualidade para este tema.
