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O virtual e a experiência estética do mundo

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Os extraordinários desenvolvimentos tecnológicos aplicados à produção de imagens têm demonstrado fomentar o uso crescente do conceito de virtual. No entanto, se o virtual é omnipresente à nossa volta, também é verdade que tal invasão em todas as áreas de nossa cultura é hoje alvo de críticas acertadas: o imaginário do virtual, longe de enriquecer a nossa experiência do real, vem contribuindo para uma perda irreparável dessa mesma experiência. Ao criar um simulacro da realidade, suscetível de todas as instrumentalizações, o virtual diminuiria drasticamente o seu sentido de densidade, polimorfia, rugosidade – numa palavra, a sua presença misteriosa. Pretendemos contrariar essa visão mostrando que o virtual reforça a nossa relação com a realidade. Longe de ser um fator de “desrealização”, o processo promotor das imagens virtuais impulsiona o real. Na medida em que a imagem virtual lastra a perceção, brota do imaginário e acompanha a nossa experiência afetiva, ela torna-se coadjuvante de um a priori da nossa relação com o mundo – especialmente se tal relação acontece sob o manto da vivência estética. Esta incursão entronca no pensamento de Mikel Dufrenne, em cuja obra estético-filosófica encontramos contribuições de grande atualidade para este tema.
The extraordinary technological developments applied to the production of imagery have been shown to foster the growing use of the concept of virtual. However, if the virtual is omnipresent all around us, it is also true that such incursion of the virtual across every facet of our culture is today the target of sharp critique: the imagery of the virtual, far from enriching our experience of the real, is contributing to an irreparable loss of that same experience. By creating a simulacrum of reality, susceptible to all instrumentalizations, the virtual would drastically diminish its sense of density, polymorphism, roughness – in a word, its mysterious presence. We intend to counter such vision by showing that the virtual reinforces our relationship with reality. Far from a factor of “unrealization”, the process promoting virtual imagery drives the real. In the sense that virtual image underpins perception, flows from the imaginary and accompanies our affective experience, it supports an a priori of our relationship with the world – especially if such relationship happens under the mantle of aesthetic livingness. This incursion stems from the thinking of Mikel Dufrenne, in whose aesthetic-philosophical work we find contributions in this matter which are still valid today.

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Virtual Imaginação Perceção Transsensível Estética Dufrenne Imagination Perception Trans-sensible Aesthetics

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