Faculdade de Educação e Psicologia
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Browsing Faculdade de Educação e Psicologia by advisor "Alves, José Joaquim Matias"
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- A arte da poesia : da teoria às práticas docentes : a poesia no Terceiro Ciclo do Ensino BásicoPublication . Dias, Maria Clara Lourenço; Alves, José Joaquim MatiasEsta dissertação tem como título inicial A arte da poesia, entendendo-se como arte o virtuosismo da poesia para a transformação do ser. Expomos as virtudes da poesia, incidindo em temas de relevo, como: educação do sentimento poético, sublimação da violência, atribuição de um sentido para a vida e construção de inteligências de sucesso. A metáfora é referida como recurso por excelência da poesia, e potenciadora de um pensamento divergente. Realçamos as vantagens da leitura em voz alta como meio de controlar o nervosismo, fortalecer a auto-estima, a confiança e a autonomia. Centramo-nos no ensino da poesia, procurando investigar as orientações que o Programa de Português preconiza para a sua abordagem. Apresentamos também as práticas mais desejáveis para abordar a poesia em contexto de sala de aula e salientamos as lacunas da formação académica no âmbito da didáctica da poesia. Fazemos referência à Supervisão, privilegiando a sua dimensão reflexiva, que permite ao docente reformular a acção, através da reflexão, e progredir no seu desenvolvimento pessoal. Concentrando-nos na segunda parte do título da tese, ou seja, da teoria às práticas pedagógicas dos docentes, é utilizada uma metodologia de tipo qualitativo, através da realização de entrevistas aos docentes de Língua Portuguesa de 7º e 8º ano e a alunos que frequentam estes anos de ensino, para investigar as práticas dos docentes em torno do texto poético. O tratamento qualitativo dos dados é feito por intermédio da análise de conteúdo de forma a obter resultados significativos. Os dados apurados permitem-nos concluir que as práticas pedagógicas docentes no âmbito do texto poético constituem, na sua maioria, uma continuidade da teoria, orientando-se no bom caminho. Para a melhoria da prática lectiva docente contribuiu a realização de formação contínua neste domínio. Contudo, é ainda desconhecido o efeito da poesia para sublimar a violência. Desconhece-se também o valor educativo de grande alcance que tem a poesia, nomeadamente, para a realização pessoal e social do ser no mundo.
- Autonomia : nós e um novo modo de agirPublication . Rocha, José António Silva da; Alves, José Joaquim MatiasÀ luz de um percurso profissional significativo, marcado por episódios e acontecimentos interpelantes e influenciadores, entendeu-se desenvolver e aprofundar o conceito de autonomia das escolas no presente relatório reflexivo, na perspetiva da urgência de mudar um “estado de coisas” inadequado, podendo propiciar o aparecimento e a construção de novos espaços públicos de educação. O conteúdo do relatório suporta-se, em primeiro lugar, na tese de que face a um estado centralista, uniformizante e normativo, que tem invadido o nosso cenário educativo, nas últimas décadas, importa transferir o centro do sistema educativo para o “coração” da escola, para o mundo da vida, como diz Habermas, pois é aí, na base de contextos singulares e problemas concretos das pessoas e da escola, que podemos construir um outro tipo de autonomia desenvolvendo projetos educativos personalizados e inovadores, de base local, encontrando, no fundo, respostas tipo medida. Em segundo lugar, a tese de que a escola deve recentrar a sua ação na aprendizagem e na missão de ensinar (proposta de retraimento formulada por Nóvoa), não deixando, no entanto, a escola de ter um papel central na convocação da sociedade (famílias, associações, universidades,…) para a assunção da sua função social, importando, assim, privilegiar um tipo de regulação sociocomunitária, policêntrica que integre a dimensão educativa e a dimensão social, tão importantes para a resolução dos problemas das crianças e dos nossos jovens. No primeiro capítulo, e pelo privilégio que tive, ao longo destes doze anos, de estar comprometido e envolvido numa atividade de conteúdo social, neste caso, como dirigente de uma Instituição Particular de Solidariedade Social, fiz uma viagem entre estes dois mundos, comparando-os, relatando-os e circunscrevendo-me sempre à volta do conceito de autonomia. Enfatiza-se neste capítulo o caráter marcante e preponderante do lado social sobre o lado educativo, nomeadamente, ao nível da liberdade e capacidade para decidir e inovar, para construir caminhos, missões e visões muito autónomas e personalizadas, adequadas às realidades concretas e únicas do território local em causa. Questiona-se e tenta-se explicar porque não é do mesmo modo no sistema educativo, baseado sempre num conjunto de referente teóricos, que naturalmente, importou convocar. Igualmente, vão sendo dadas algumas pistas que é possível replicar e transferir estas práticas de autonomia no social para o educativo, também suportado no argumentário de alguns autores, como seja Nóvoa, Barroso, Azevedo, Canário e outros, convergindo todos numa ideia de construção de um novo tipo de educação pública, na base de um novo contrato educativo, que altere definitivamente a arquitetura da administração educativa e que coloque a escola no centro das decisões e da ação educativa. No segundo capítulo, continuando com a abordagem influenciadora do trabalho na IPSS, foi relatado um conjunto de projetos diferenciadores, desde Cursos de Educação e Formação, Cursos Profissionais e, principalmente, Cursos de Educação e Formação de Adultos, que apesar de terem sido implementados no território Couto Mineiro do Pejão, havia condições e requisitos para que estas ofertas de matriz diversificada tivessem uma outra dimensão e um outro tipo de escala, sendo capazes de possibilitar um crescimento sustentável do agrupamento e de agrupamentos de pequena dimensão, contrariando e invertendo a diminuição da população escolar muito causada pelas baixas taxas de natalidade. Explicitou-se, também, neste capítulo, o impacto indireto das ofertas formativas para adultos, principalmente no que concerne ao apoio escolar junto dos seus educandos e da capacitação parental adquirida para se lidar com mais oportunidade e competência com as questões relacionadas com a educação. No terceiro capítulo, e da experiência acumulada, durante alguns anos, enquanto coordenador dos Serviços Especializados de Apoio Educativo tentei retratar algumas angústias e frustrações que fui lidando, mas também da constatação que a dimensão educativa e a dimensão social são decisivas e nucleares para a resolução da educação em Portugal, contextualizando sempre com a realidade do meu agrupamento. Todavia, foi prestada uma atenção especial à dimensão educativa e à missão de ensinar, que é a principal função da escola, sendo dados exemplos da necessidade de se implementarem projetos pedagógicos de qualidade, centrados na aprendizagem e no aluno, que sejam revestidos de ousadia, de risco e inovação (tipo projeto Fénix), atrevendo-se a pôr em causa normativos e modos de funcionamento da escola padronizados, que não resultam e que precisam de ser questionados com a introdução de um outro tipo de soluções e alternativas enraizadas em lideranças reflexivas e pedagógicas. Para além disso, e apesar de se crer que a escola deve ter hoje uma abordagem de “retraimento”, em lugar de “transbordamento”, isto não significa que a escola desvalorize a dimensão social, antes pelo contrário, deve torná-la central na sua ação, mas para isso deve chamar a outros e convocar outros públicos do território comunitário que se responsabilizem por essas tarefas, executando, por exemplo, uma abordagem sociocomunitária de intervenção. No último capítulo, descreve-se o risco do aparecimento de um Mega agrupamento sustentado numa lógica Top-Down, desrespeitando o local, a ideia de vinculação comunitária, de humanidade e proximidade. Em lugar disso, reclama-se e reivindica-se escolas autónomas, como verdadeiras autoridades locais de educação, desde que inseridas numa rede de ação local. Com alguns exemplos apresentados, constata-se que o centralismo nacional replica novos centralismos locais, coartandose o aparecimento de polos de desenvolvimento local. Ao se valorizar o centro, neste caso o centro de Castelo de Paiva, cometem-se erros grosseiros, difíceis de reparar, desperdiça-se recursos financeiros, não se rentabiliza recursos físicos e logísticos existentes nas zonas periféricas do concelho, simplesmente porque os órgãos locais de educação nunca foram escutados, nem nunca tiveram capacidade de decisão e de escolher os caminhos mais consentâneos com uma educação de qualidade e equilibrada na sua sequencialidade.
- Câmara lenta : Escola, essa possibilidade : relatório reflexivoPublication . Pinto, Maria Manuela van der Kellen; Alves, José Joaquim Matias
- Um currículo construído em torno do mar : génese, desenvolvimento e potencialidades de um projetoPublication . Pinto, Paula Catarina Moreira da Silva; Alves, José Joaquim MatiasA uniformidade da organização curricular não se coaduna com a heterogeneidade dos alunos e seus interesses. Acresce ainda, o facto de o currículo ser desconexo e fragmentado, faltando-lhe coerência e sentido de unidade para preparar cidadãos motivados, atentos e responsáveis. Este trabalho refere-se ao potencial contributo de um Currículo do Mar, transversal ao currículo formal, no sentido de colmatar lacunas do currículo formal, nas três componentes indissociáveis do papel da escola: instrução, socialização e estimulação. O currículo formal não contempla em todas as suas dimensões, as potencialidades ou oportunidades que o Oceano pode oferecer ao nosso país e torna-se necessário difundir e promover a consciencialização da condição geográfica de Portugal, assim como a sua relação estreita com o Mar. A pesquisa seguiu um estudo de caso – implementação do Currículo do Mar numa escola particular localizada em Matosinhos, região marcadamente ligada aos assuntos do Mar. Pretendemos estudar os objetivos, a organização, os processos e os efeitos nas aprendizagens e resultados com a implementação deste Currículo, assim como as dificuldades e as implicações dessa implementação. Deste estudo fizeram parte alunos do ensino básico, primeiro, segundo e terceiro ciclo e ensino secundário, administração, direção pedagógica, professores, encarregados de educação e investigadores. Utilizámos uma metodologia essencialmente qualitativa, recorrendo a análise documental, entrevistas semiestruturadas, observação de aulas e atividades práticas de forma a chegarmos a conclusões que possibilitassem a melhoria da implementação do Currículo. Os resultados obtidos permitem-nos concluir que a implementação do Currículo foi considerada uma mais-valia pela comunidade educativa e um projeto com potencial para preparar cidadãos mais informados e responsáveis. No entanto, o sistema educativo atual dificulta a sua implementação e a sua visão por parte dos professores com um conceito mais tradicional ou conservador do processo ensino-aprendizagem.
- A educadora enquanto decisora pedagógica e administrativaPublication . Pinho, Fernanda da Conceição Almeida dos Santos; Alves, José Joaquim Matias; Alaiz, Vitor Manuel MirandaO presente Relatório insere-se no plano de estudos do Curso de Mestrado em Ciências de Educação, Especialização em Administração e Organização Escolar, da Universidade Católica Portuguesa, polo do Porto. O trabalho surge como um documento reflexivo que ilustra momentos da profissão docente que se prolongam na reflexão do aprendido e, agora, recordado pela autora, sob um olhar mais amadurecido. Incidiu sobre a própria prática da educadora de infância que construiu um percurso elíptico, movendo-se em funções e cargos ora de base ora de topo, em que o seu ponto forte é a polivalência na profissão. Atendendo à especificidade do jardim-de-infância na organização educativa, mas não descurando a organização no seu todo, e conscientes das mudanças vertiginosas que a organização sofre, nomeadamente a nível das dimensões curricular, administrativa e avaliativa, pensar na ação docente a partir do saber adquirido pela experiência e pelas relações no interior da escola e da própria sala de aula, significa interpelar essas dimensões. O educador, enquanto docente ou gestor, com as especificidades que são inerentes ao seu trabalho, necessita de refletir, de tomar decisões e agir, quase, ou mesmo, em simultâneo, para garantir que o momento não escape, para garantir a eficácia e a eficiência das suas ações. Um olhar atento que escute a vida que o rodeia. Pensar de uma forma mais profunda e com uma reflexão fundamentada, é a atitude que permite integrar novas perspetivas que garantem uma consciência e consistência no desempenho, numa perspetiva de melhoria, independentemente, do nível de “ensino” em que atua, independentemente da função que desempenha na organização educativa. Partindo destes pressupostos, encetou-se este trabalho de reflexão e análise crítica do percurso profissional, um percurso assente em formação contínua, em formação ao longo da vida como âncora a todos os momentos vividos e partilhados e que incide, essencialmente em quatro aspetos. Releva-se o início do percurso numa instituição de solidariedade social, como algo que marcou a perspetiva da docente perante a integração de crianças em situação de risco e a ação educativa; a participação num órgão de gestão, como visão amplificada de projeção da ação em vários contextos; a produção de materiais em coautorias, como materialização de saberes adquiridos em formação e a necessidade da sua partilha e, por fim, o concurso à direção de um órgão de gestão, como forma de intervenção pela disponibilidade para a organização e para a ação. Na conjugação destes marcos, agora analisados num quadro teórico, percebe-se o quanto se podem aproximar das quatro dimensões, apontadas no âmbito da definição dos padrões de desempenho docente, e que constituem as vertentes caracterizadoras da atuação profissional do docente: profissional, social e ética; desenvolvimento do ensino e da aprendizagem; participação na escola e relação com a comunidade educativa; desenvolvimento e formação profissional ao longo da vida. Assume-se também a imensidão da organização escolar, e o muito que ainda está por aprender e fazer, rumo a uma seleção e tomada de decisão mais consistente e balizada, que promova, no seio escolar, uma cultura partilhada e colegial, quer ao nível da ação dentro da sala de aula, enquanto docente, quer ao nível da administração e organização escolar, enquanto líder.
- Inovação educativa : entre duas lógicas : um vaivém entre a periferia e o centroPublication . Pinto, Paula Catarina Moreira da Silva; Alves, José Joaquim MatiasA uniformidade e padronização dos processos organizacionais da gramática escolar vigente, não se adequam à heterogeneidade emergente dos alunos e dos seus interesses, o que tem gerado desmotivação pela(s) aprendizagem(ens), insucesso educativo e abandono escolar. Assiste-se, a partir de 2016, em Portugal, a uma transformação acentuada na oportunidade que é dada às escolas na conceção de novos projetos e novas formas de trabalhar, numa lógica bottom-up, pretendendo com isso prevenir o insucesso educativo e o abandono escolar. Desejamos entender esses novos caminhos nas suas (in)coerências e (in)consistências, conhecendo os modos de gestão do currículo e as dimensões organizacionais mobilizadas, por uma das escolas que deliberou integrar o Projeto-Piloto de Inovação Pedagógica (PPIP). Nesta investigação, pretendemos compreender a emergência do PPIP, os objetivos, as categorias organizacionais selecionadas pela escola e os processos de construção dos documentos orientadores em articulação com a tutela, assim como as complexidades encontradas e estratégias utilizadas para as ultrapassar. Do ponto de vista metodológico, procedemos a uma revisão da literatura, que nos permitiu analisar concetualmente os vários documentos estruturantes da escola, Projeto Educativo, Plano Plurianual de Melhoria, Regulamento Interno, Projeto Piloto de Inovação Pedagógica, Recomendações do Grupo de Acompanhamento e Atas de Reuniões. Procedemos também a entrevistas semiestruturadas aos membros da direção e coordenação, aplicámos um questionário aos professores e solicitámos narrativas aos investigadores que visitaram o Agrupamento de Escolas A análise e tratamento de dados dos referidos documentos permite-nos concluir que existiu, por parte dos elementos intervenientes na conceção do Projeto, particular atenção numa gestão mais integrada do currículo, tendo por base as aprendizagens essenciais e o novo perfil do aluno no final da escolaridade obrigatória. Verifica-se uma gestão mais sensata dos tempos e espaços dedicados à aprendizagem, assente em práticas mais colaborativas e numa avaliação essencialmente formativa dos alunos. No entanto, a implementação do Projeto identifica alguns potenciais oponentes, como Encarregados de Educação e Professores, que não se reveem nesta inovação instituinte.
- A interação professor-aluno nas aulas individuais de instrumento de cordasPublication . Costa, Raquel Campos da; Alves, José Joaquim MatiasAs temáticas referentes às escolas de música e ao ensino de instrumento parecem ainda privilegiar a ideia de métodos ou propostas de ensino em detrimento de discussões mais conceptuais, o que sugere a necessidade de ampliar este campo de investigação e ação para além dos conteúdos técnicos e musicais. O estudo insere-se na problemática da interação professor/aluno nas aulas individuais de instrumento, na relevância da “impressão digital” do professor e visa analisar a forma como professores e alunos de instrumento de cordas, de uma escola profissional de música, tratam dessa relação e beneficiam da mesma nos processos de ensino/aprendizagem. Pretende-se compreender o papel das relações pedagógicas enquanto facilitadoras do sucesso escolar, identificar a influência da comunicação, compreender o impacto na autonomia e criatividade dos alunos e concluir as características essenciais que os docentes de instrumento devem procurar. Pretende-se adotar uma metodologia de investigação centrada num estudo de caso de natureza essencialmente qualitativa, de modo a estudar em profundidade as aulas de instrumento nos vários níveis e instrumentos de cordas da ARTAVE, para compreender a importância que a interação decorrida num semestre do ano letivo 2011/12, teve no modo de ensinar e aprender da performance do instrumento de cordas e de que forma os fatores enraizados culturalmente (herança da tradição e dos modelos aprendidos, o isolamento dos professores e dinâmica de poder) e as estratégias metodológicas predominantes no ensino one to one podem, ou não, condicionar as aprendizagens e o sucesso na performance musical. A informação será recolhida através de observação indireta, com recurso a vários instrumentos: entrevistas, focus group e observação em registo vídeo.
- Observação de aulas enquanto estratégia de supervisão pedagógica e avaliação de docentesPublication . Carrasqueira, Anabela Maria de Matos Cotrim; Alves, José Joaquim Matias; Vieira, IlídiaEste trabalho consiste numa reflexão teoricamente fundamentada sobre momentos da minha vida profissional, enquanto docente do terceiro ciclo e ensino secundário. O tema selecionado para este relatório, a observação de aulas, foi o que mais me marcou ao longo do meu percurso profissional e está diretamente relacionado com o objetivo da frequência do Mestrado em Ciências da Educação. A observação de Aulas é por mim considerada como a base de todo o mecanismo da Supervisão Pedagógica. Assim sendo irei dar maior relevância ao modelo de “Supervisão Clínica”. Este modelo é operacionalizado através de ciclos de observação compostos por três fases principais: Pré-observação, Observação e Pós-observação. Tem como principal objetivo melhorar as práticas de ensino dos professores em sala de aula onde deverá existir um espírito de colaboração entre supervisor/professor, implicando a planificação, a observação, a análise, a reflexão e a avaliação do trabalho desempenhado. Ao longo deste relatório é feita uma reflexão teoricamente fundamentada sobre o modo como decorreu, durante a minha vida profissional, a observação de aulas sobre os contributos que recolhi para a melhoria da qualidade das práticas educativas, do relacionamento entre pares, das aprendizagens dos alunos e da importância de valores como a cooperação, a entreajuda, o empenho e a responsabilidade. É na sala de aula que se desenrola grande parte da ação educativa, pelo que se torna importante observar e compreender os processos que aí se operam para fazer aprender os alunos. Deve-se, contudo, minorar a carga negativa e o stress associados à observação de aulas. A observação de aulas só tem sentido se permitir o desenvolvimento profissional tanto do professor observado como do observador, através de uma reflexão sistemática sobre as práticas pedagógicas em sala de aula, com vista à melhoria dos processos e produtos educativos. Esta prática de supervisão deverá, de facto, promover mudanças nas práticas pedagógicas, através de um processo dinâmico em que os professores analisam e refletem sobre as evidências observadas, num clima positivo de confronto e diálogo construtivo entre colegas. A avaliação de desempenho dos professores não deverá ser uma mera rotina burocrática e administrativa, mas um poderoso recurso para a melhoria da qualidade das práticas pedagógicas, gerando ambientes favoráveis à inovação, ao desenvolvimento pessoal e profissional e por consequência, à melhoria das aprendizagens dos alunos. É com esta convicção que me proponho realizar o presente relatório reflexivo, destacando a observação de aulas como uma das práticas de supervisão pedagógica que poderá melhorar a qualidade de ensino e o clima de uma Escola.