EA - Dissertações de Mestrado / Master Dissertations
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Browsing EA - Dissertações de Mestrado / Master Dissertations by Sustainable Development Goals (SDG) "09:Indústria, Inovação e Infraestruturas"
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- Peregrination : a journey with no destinationPublication . Guzhavina, Dinara; Gomes, José Alberto SousaThis report is written as a complementary document to the Final Project of the Masters in Sound Design program. The project titled "Peregrination, A Journey with no Destination" explores the creative process as an open-ended, evolving journey. Drawing inspiration from the concept of "peregrination"—a meandering, undefined journey— this work emphasizes exploration, self-discovery, and process over outcome. I discuss motivations and objectives that lead me to question my creative process. I examine the works of artists and the general state of the art that exists in this field. Over the course of the year, I use the technical and critical thinking skills that I learned during the Master’s Program to generate a body of work in addition to new experimentations. The project became a library of sounds catalogued in a form of a website, accompanied by a Manifesto of gathered inspiration. The result is an open ended creative journey aimed at reigniting the joy of creating that I aim to continue to use in my day-to-day practice.
- Um som de um outro : o objecto, a marca e o símboloPublication . Vieira, Ricardo Manuel Silva; Coutinho, Vânia Maria; Carvalho, Diogo de Nápoles Tudela e PereiraComo distinguir um som de outro? O quão subtil podem ser as diferenças entre marcas sonoras para que possamos distinguir uma marca de outra? Como é que um qualquer som não é sempre representativo de qualquer coisa? Como é que sequer há sons e não apenas a totalidade Som? Onde existem mecanismos de propagação de ondas mecânicas existe também o potencial para a recepção desses estímulos na cóclea humana, resultando num evento coclear a que chamamos som. Todos os eventos cocleares que consideramos som constroem a homogeneidade da totalidade Som — o aparente continuum sonoro intrínseco à experiência humana do mundo — e cada um desses eventos pode representar mais do que a sua fonte sonora. De acordo com a teoria da representação do filósofo americano Nelson Goodman, tudo é representação. A marca que é sonora surge como o resultado da percepção de um evento coclear que, respondendo a distinções de qualquer natureza, se recorta de um resto. O som, como marca, distinguível de um outro som, potencia múltiplas ficções possíveis. Mas o que é som? A partir de uma investigação que procura compreender como é que o som — visto como um objecto público e partilhável, e por isso do domínio da Linguagem — funciona como símbolo, esta dissertação questiona a própria definição acústica de som. Servindo-se de uma bibliografia assente no nominalismo de Nelson Goodman, com particular foco em The Structure of Appearance (1951), o desafio central é testar o som e a sua definição segundo estas leituras, num estudo em torno da filosofia do som, questionando a definição acústica de som e avançando, exploratoriamente, com possibilidades. Pergunta-se o que é, onde é e quando é o som. A partir de Individuals: An Essay in Descriptive Metaphysics de Peter F. Strawson, levanta-se a hipótese de o som ser aspacial — que não possui ou não nos permite construir uma noção de espaço através deste — reforçando a separação entre som ouvido e fonte sonora. Através de um estudo da homogeneidade, desenvolvido por Austen Clark em The Particulate Instantiation of Homogeneous Pink, sugere-se que a percepção humana possa ser, talvez, considerada digital (discreta e divisível) e que a resolução da percepção humana do mundo é menor do que a resolução do mundo. Nem todos os elementos que compõem um objecto são discrimináveis, há diferenças qualitativas indiscrimináveis que existem abaixo do limiar de percepção. E assim segue que um som Bb de um sino percutido contém elementos Bb, elementos não-Bb e elementos não-sonoros. Este som reconhecido como Bb já não é, para nós, apenas o objet sonore de Pierre Schaeffer e Michel Chion. Este Bb, ouvido num determinado momento fenomenológico, e precisamente por ser reconhecido por um ouvinte como Bb, é agora marca sonora pertencente ao carácter Bb, que é aqui mesmo traduzido também pelo símbolo tipograficamente escrito “Bb”. A distinção entre marcas sonoras não é necessariamente conseguida através da distância temporal, algo que é demonstrado pelo limiar de fusão auditiva e reforçado por Nelson Goodman em The Structure of Appearance argumentando que o factor tempo é sempre um factor em qualquer mudança de um outro factor. Há um mínimo de resolução necessária e o factor tempo por si só não é suficiente para que a distinção entre marcas se torne possível. Sugere-se aqui que a distinção entre marcas sonoras é, talvez, melhor compreendida através do conceito twoity de LEJ Brouwer, uma comparação intuitiva entre um momento que foi e um que é.