Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Faculdade de Ciências da Saúde e Enfermagem by Sustainable Development Goals (SDG) "10:Reduzir as Desigualdades"
Now showing 1 - 10 of 17
Results Per Page
Sort Options
- Bem-estar espiritual da pessoa idosa : contributos na capacidade de autocuidadoPublication . Tavares, Maria de Fátima Caixeiro da Cunha; Vieira, MargaridaUm número crescente de estudos relacionados com a espiritualidade/ religiosidade e bemestar espiritual evidenciam resultados positivos no domínio da saúde. Contudo a evidência científica não é unânime quanto à relação entre a espiritualidade e a capacidade de autocuidado da pessoa idosa. Objetivos: Analisar a relação entre o Bem-estar Espiritual e Capacidade de Autocuidado em pessoas idosas; compreender a relação entre as dimensões do Bem-estar espititual e as dimensões da Capacidade de Autocuidado, assim como, analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas e autoperceção do estado de saúde no Bem-estar Espiritual e na Capacidade de Autocuidado. Metodologia: Estudo de natureza não experimental, transversal, quantitativo de tipo descritivo e correlacional, desenvolvido em duas etapas. A primeira etapa refere-se ao processo de tradução, adaptação cultural e validação da Exercise of Self-care Agency Scale (ESCA) para a versão portuguesa em pessoas idosas residentes em contexto domiciliário. A segunda etapa visou dar resposta aos objetivos propostos e integrou 400 pessoas idosas residentes em contexto domiciliário. Resultados: Do processo de tradução, adaptação e validação da ESCA, apresenta-se um instrumento constituído por 29 itens com características psicométricas adequadas para utilização em pesquisas futuras (escala global α = .871). O género, idade, escolaridade e autoperceção do estado de saúde, demonstram estar associados a diferenças significativas no Bem-estar espiritual, com resultados superiores no género feminino, nas pessoas mais idosas, em níveis mais baixos de escolaridade e nas pessoas idosas que se autopercecionam como incapazes de cuidar de si. A idade, escolaridade e a autoperceção do estado de saúde, demonstram estar associados a diferenças significativas em algumas das dimensões da capacidade de autocuidado. O Bem-estar espiritual, nas suas dimensões constituintes Fé pessoal, Prática religiosa e Paz espiritual, explicam 16% capacidade de autocuidado. A influência das dimensões do Bem-estar espiritual na autoperceção do estado de saúde, mediado pela Capacidade de autocuidado, revelou que a Paz espiritual agindo positivamente sobre o Autoconceito, Iniciativa e responsabilidade e atividade para o autocuidado detém uma influência positiva na autoperceção de saúde. A Fé pessoal e a Prática religiosa constituem-se como impulsionadoras da capacidade de autocuidado, desempenhando um papel fundamental nas pessoas idosas que se autopercecionam como incapazes de cuidar de si. Conclusões: O Bem-estar espiritual constitui-se como um tipo de apoio capaz de potenciar a capacidade de autocuidado. Como tal, os enfermeiros, integrando uma abordagem holística do cuidar, devem promover o bem-estar espiritual da pessoa idosa no decorrer dos processos de saúde/doença. Implicações do estudo para a educação em enfermagem e investigação foram discutidas.
- Beyond isolation: social media as a bridge to well-being in old agePublication . Ribeiro, Renato Mendonça; Menezes, João Daniel de Souza; Pompeo, Daniele Alcalá; Diniz, Maria Angélica Andreotti; Lima, Gabriella Santos; Ribeiro, Patrícia Cruz Pontífice Sousa Valente; André, Júlio César; Ribeiro, Rita de Cássia Helú Mendonça; Rodrigues, Rosalina Aparecida Partezani; Kusumota, LucianaPopulation aging and the digital revolution have converged, creating challenges and opportunities for the social inclusion of older adults. This study examined social media usage patterns among Brazilian older adults during the COVID-19 pandemic, exploring their associations with sociodemographic factors, health, and well-being. Through an online survey with 441 participants aged 60 or older, we found that WhatsApp® and Instagram® were the most utilized platforms, with a significant increase in usage during the pandemic. Higher educational attainment and income were associated with more frequent and diverse social media use, while the presence of comorbidities positively correlated with seeking health information online. Notably, greater engagement in social media was associated with an improved perception of well-being. The results highlight the potential of social media as tools for digital inclusion, access to information, and promotion of well-being for older adults, especially in crisis contexts. However, they also reveal socioeconomic disparities in access to and use of these technologies. These findings have significant implications for public policies on digital inclusion and health promotion, suggesting the need for targeted interventions to reduce digital inequality among older adults and maximize the potential benefits of social media for active and connected aging.
- Competências socioemocionais e qualidade de vida relacionada com a saúde em adolescentesPublication . Fernandes, Ana Paula da Silva; Almeida, Armando Manuel GonçalvesIntrodução: O presente relatório permite a exposição do percurso de desenvolvimento de competências realizado, no âmbito da Unidade Curricular “Estágio Final e Relatório”, do Mestrado em Enfermagem, com especialização em Enfermagem Comunitária, na área da Saúde Comunitária e de Saúde Pública, da Universidade Católica Portuguesa, realizada em contexto de Unidade de Saúde Pública. A adolescência é uma fase de transição do tipo desenvolvimental, acompanhada por transformações a vários níveis. A saúde dos adolescentes sofre influência de variados Determinantes de Saúde, pelo que a Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde é um importante indicador da perceção dos jovens sobre a sua vida e saúde, pois permite, entre outras coisas, a identificação de grupos de indivíduos mais vulneráveis e o planeamento de intervenções, ao nível da promoção da saúde. As escolas, pela influência no adolescente e na sua saúde, são locais privilegiados para estas intervenções. A capacitação dos adolescentes permite a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de competências, como as competências socioemocionais, promovendo a transição saudável dos adolescentes para a idade adulta. Método: Através da metodologia do Planeamento em Saúde, realizou-se um Diagnóstico de Situação, em estudantes dos 14 aos 18 anos, num Centro de Formação Profissional, do concelho do Porto, o que possibilitou a elaboração e execução de um projeto de intervenção comunitária. Resultados: Com o Diagnóstico de Situação, identificou-se a Socialização Comprometida, como um dos problemas major desta comunidade. Procedeu-se à elaboração de um projeto com o objetivo de diminuir o compromisso ao nível da socialização, em duas fases, de setembro de 2024 a julho de 2026, tendo sido possível, realizar as estratégias planeadas para a fase 1. Na avaliação intermédia, obteve-se uma melhoria de 1,41% da perceção dos estudantes, quanto à qualidade da relação com os seus pares, uma melhoria de 0,10% quanto à dimensão Provocação (Bullying) e um aumento de 1,56% quanto aos estudantes que (nunca ou raramente) sentiram medo de outros estudantes. Quanto à percentagem de estudantes que raramente ou nunca se sentiram tristes, houve uma diminuição de 5,52%. Discussão e Conclusão: Este estudo sublinha a importância da atuação do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Comunitária e de Saúde Pública, na promoção da saúde, em indivíduos, grupos e comunidades, nomeadamente na área do desenvolvimento das competências socioemocionais em adolescentes. Apesar dos resultados obtidos não serem significativos, podem orientar a intervenção na segunda fase do projeto e reforçam a necessidade de se alargar a Saúde Escolar, também aos estudantes do ensino profissional.
- O conceito de vulnerabilidade social e a sua emergência em processos de saúde-doençaPublication . Romeiro, Joana; Caldeira, Sílvia
- Correction to: The role of community pharmacists in managing common headache disorders, and their integration within structured headache services: position statement on behalf of the European Headache Federation (EHF) and Lifting The Burden (LTB: the Global Campaign against Headache), with the formal endorsement of the International Pharmaceutical Federation (The Journal of Headache and Pain, (2025), 26, 1, (100), 10.1186/s10194-025-02021-3)Publication . Banihani, Heba; Lampl, Christian; Maassenvandenbrink, Antoinette; Amin, Faisal Mohammad; Carlsen, Louise Ninett; Coppola, Gianluca; Deligianni, Christina; Gil-Gouveia, Raquel; Holland, Philip R.; Husoy, Andreas K.; Jensen, Rigmor; Plácido, Madalena; Reuter, Uwe; Ryliskiene, Kristina; Rio, Margarita Sanchez del; Schytz, Henrik Winther; Tronvik, Erling; Versijpt, Jan; Steiner, Timothy J.Correction: J Headache Pain 26, 100 (2025) In this article, the text “on behalf of the European Headache Federation, the Norwegian Centre for Headache Research (NorHead) and Lifting The Burden: the Global Campaign against Headache” has been removed from the author list because it erroneously duplicated text from the article title.
- Global fertility in 204 countries and territories, 1950-2021, with forecasts to 2100: a comprehensive demographic analysis for the Global Burden of Disease Study 2021Publication . GBD 2021 Fertility and Forecasting Collaborators; Bhattacharjee, Natalia V.; Schumacher, Austin E.; Aali, Amirali; Abate, Yohannes Habtegiorgis; Abbasgholizadeh, Rouzbeh; Abbasian, Mohammadreza; Abbasi-Kangevari, Mohsen; Abbastabar, Hedayat; Abd ElHafeez, Samar; Abd-Elsalam, Sherief; Abdollahi, Mohammad; Abdollahifar, Mohammad Amin; Abdoun, Meriem; Abdullahi, Auwal; Abebe, Mesfin; Abebe, Samrawit Shawel; Abiodun, Olumide; Abolhassani, Hassan; Abolmaali, Meysam; Abouzid, Mohamed; Aboye, Girma Beressa; Abreu, Lucas Guimarães; Abrha, Woldu Aberhe; Abrigo, Michael R.M.; Abtahi, Dariush; Abualruz, Hasan; Abubakar, Bilyaminu; Abu-Gharbieh, Eman; Abu-Rmeileh, Niveen ME; Adal, Tadele Girum Girum; Adane, Mesafint Molla; Adeagbo, Oluwafemi Atanda Adeagbo; Adedoyin, Rufus Adesoji; Adekanmbi, Victor; Aden, Bashir; Adepoju, Abiola Victor; Adetokunboh, Olatunji O.; Adetunji, Juliana Bunmi; Adeyinka, Daniel Adedayo; Adeyomoye, Olorunsola Israel; Adnani, Qorinah Estiningtyas Sakilah; Adra, Saryia; Afolabi, Rotimi Felix; Afyouni, Shadi; Afzal, Muhammad Sohail; Afzal, Saira; Aghamiri, Shahin; Agodi, Antonella; Agyemang-Duah, Williams; Bettencourt, Paulo J. G.Background: Accurate assessments of current and future fertility—including overall trends and changing population age structures across countries and regions—are essential to help plan for the profound social, economic, environmental, and geopolitical challenges that these changes will bring. Estimates and projections of fertility are necessary to inform policies involving resource and health-care needs, labour supply, education, gender equality, and family planning and support. The Global Burden of Diseases, Injuries, and Risk Factors Study (GBD) 2021 produced up-to-date and comprehensive demographic assessments of key fertility indicators at global, regional, and national levels from 1950 to 2021 and forecast fertility metrics to 2100 based on a reference scenario and key policy-dependent alternative scenarios. Methods: To estimate fertility indicators from 1950 to 2021, mixed-effects regression models and spatiotemporal Gaussian process regression were used to synthesise data from 8709 country-years of vital and sample registrations, 1455 surveys and censuses, and 150 other sources, and to generate age-specific fertility rates (ASFRs) for 5-year age groups from age 10 years to 54 years. ASFRs were summed across age groups to produce estimates of total fertility rate (TFR). Livebirths were calculated by multiplying ASFR and age-specific female population, then summing across ages 10–54 years. To forecast future fertility up to 2100, our Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME) forecasting model was based on projections of completed cohort fertility at age 50 years (CCF50; the average number of children born over time to females from a specified birth cohort), which yields more stable and accurate measures of fertility than directly modelling TFR. CCF50 was modelled using an ensemble approach in which three sub-models (with two, three, and four covariates variously consisting of female educational attainment, contraceptive met need, population density in habitable areas, and under-5 mortality) were given equal weights, and analyses were conducted utilising the MR-BRT (meta-regression—Bayesian, regularised, trimmed) tool. To capture time-series trends in CCF50 not explained by these covariates, we used a first-order autoregressive model on the residual term. CCF50 as a proportion of each 5-year ASFR was predicted using a linear mixed-effects model with fixed-effects covariates (female educational attainment and contraceptive met need) and random intercepts for geographical regions. Projected TFRs were then computed for each calendar year as the sum of single-year ASFRs across age groups. The reference forecast is our estimate of the most likely fertility future given the model, past fertility, forecasts of covariates, and historical relationships between covariates and fertility. We additionally produced forecasts for multiple alternative scenarios in each location: the UN Sustainable Development Goal (SDG) for education is achieved by 2030; the contraceptive met need SDG is achieved by 2030; pro-natal policies are enacted to create supportive environments for those who give birth; and the previous three scenarios combined. Uncertainty from past data inputs and model estimation was propagated throughout analyses by taking 1000 draws for past and present fertility estimates and 500 draws for future forecasts from the estimated distribution for each metric, with 95% uncertainty intervals (UIs) given as the 2·5 and 97·5 percentiles of the draws. To evaluate the forecasting performance of our model and others, we computed skill values—a metric assessing gain in forecasting accuracy—by comparing predicted versus observed ASFRs from the past 15 years (2007–21). A positive skill metric indicates that the model being evaluated performs better than the baseline model (here, a simplified model holding 2007 values constant in the future), and a negative metric indicates that the evaluated model performs worse than baseline. Findings: During the period from 1950 to 2021, global TFR more than halved, from 4·84 (95% UI 4·63–5·06) to 2·23 (2·09–2·38). Global annual livebirths peaked in 2016 at 142 million (95% UI 137–147), declining to 129 million (121–138) in 2021. Fertility rates declined in all countries and territories since 1950, with TFR remaining above 2·1—canonically considered replacement-level fertility—in 94 (46·1%) countries and territories in 2021. This included 44 of 46 countries in sub-Saharan Africa, which was the super-region with the largest share of livebirths in 2021 (29·2% [28·7–29·6]). 47 countries and territories in which lowest estimated fertility between 1950 and 2021 was below replacement experienced one or more subsequent years with higher fertility; only three of these locations rebounded above replacement levels. Future fertility rates were projected to continue to decline worldwide, reaching a global TFR of 1·83 (1·59–2·08) in 2050 and 1·59 (1·25–1·96) in 2100 under the reference scenario. The number of countries and territories with fertility rates remaining above replacement was forecast to be 49 (24·0%) in 2050 and only six (2·9%) in 2100, with three of these six countries included in the 2021 World Bank-defined low-income group, all located in the GBD super-region of sub-Saharan Africa. The proportion of livebirths occurring in sub-Saharan Africa was forecast to increase to more than half of the world's livebirths in 2100, to 41·3% (39·6–43·1) in 2050 and 54·3% (47·1–59·5) in 2100. The share of livebirths was projected to decline between 2021 and 2100 in most of the six other super-regions—decreasing, for example, in south Asia from 24·8% (23·7–25·8) in 2021 to 16·7% (14·3–19·1) in 2050 and 7·1% (4·4–10·1) in 2100—but was forecast to increase modestly in the north Africa and Middle East and high-income super-regions. Forecast estimates for the alternative combined scenario suggest that meeting SDG targets for education and contraceptive met need, as well as implementing pro-natal policies, would result in global TFRs of 1·65 (1·40–1·92) in 2050 and 1·62 (1·35–1·95) in 2100. The forecasting skill metric values for the IHME model were positive across all age groups, indicating that the model is better than the constant prediction. Interpretation: Fertility is declining globally, with rates in more than half of all countries and territories in 2021 below replacement level. Trends since 2000 show considerable heterogeneity in the steepness of declines, and only a small number of countries experienced even a slight fertility rebound after their lowest observed rate, with none reaching replacement level. Additionally, the distribution of livebirths across the globe is shifting, with a greater proportion occurring in the lowest-income countries. Future fertility rates will continue to decline worldwide and will remain low even under successful implementation of pro-natal policies. These changes will have far-reaching economic and societal consequences due to ageing populations and declining workforces in higher-income countries, combined with an increasing share of livebirths among the already poorest regions of the world. Funding: Bill & Melinda Gates Foundation.
- Health gains for users of long-term home care services in PortugalPublication . Fonseca-Teixeira, Susana Alexandra; Parreira, Pedro Miguel dos Santos Dinis; Mónico, Lisete Dos Santos Mendes; Amado, João Manuel da CostaOBJECTIVES: to evaluate health gains sensitive to nursing care in the context of long-term home care. METHODS: this was a quantitative, retrospective study carried out in the north of Portugal. The sample consisted of 151 users aged 18 or over. Descriptive and correlational analysis, non-parametric tests and exploratory factor analysis were carried out. RESULTS: the results revealed that the patients admitted were an ageing, dependent population with multimorbidities and low potential for rebuilding autonomy. The care provided by the home care team had a positive impact on improving functionality, controlling symptoms, reducing pressure ulcers and the risk of falls. CONCLUSIONS: there is an urgent need for effective investment in promoting home care, guaranteeing timely and equitable access to health care. It is necessary to invest in effective, efficient public policies, driven by social and economic sustainability, in order to guarantee better health outcomes for the population.
- How spirituality appears in migrant parents’ discourses regarding their experiences with accessing pediatric healthcare?Publication . Romeiro, Joana; Caldeira, Sílvia
- As interações dos profissionais de saúde na conferência familiar em cuidados paliativosPublication . Feiteira, Bruno Miguel Gomes Pereira; Cerqueira, Maria Manuela Amorim; Vieira, Margarida Maria SilvaNa sociedade atual, é evidente o contínuo aumento da esperança média de vida, que conduz a um incremento substancial das doenças crónicas e degenerativas, surgindo os Cuidados Paliativos como uma resposta cada vez mais necessária e premente, de modo a fazer-se face às necessidades multidimensionais sentidas pela pessoa doente e seu sistema familiar, ao longo do processo de uma doença incurável e/ou grave, progressiva e avançada. Neste sentido, a conferência familiar emerge enquanto estratégia de comunicação privilegiada, que permite o cuidado focado na pessoa doente e família de forma estruturada e orientada para a resolução de problemas, onde as várias subjetividades se encontram e interagem num clima de grande proximidade. Norteados pela questão de investigação “Quais as experiências dos profissionais de saúde na interação com os intervenientes na Conferência Familiar no contexto dos Cuidados Paliativos?”, realizou-se uma investigação qualitativa, utilizando-se o método de Grounded Theory de Corbin & Strauss (2015). Constituíram-se como objetivos desta investigação: compreender as experiências dos profissionais de saúde na interação com os intervenientes na conferência familiar no contexto dos Cuidados Paliativos e construir um instrumento de apoio à decisão para a realização de conferências familiares no contexto dos Cuidados Paliativos. Como instrumento de recolha de informação utilizou-se a entrevista. A informação recolhida foi analisada de acordo com o sistema de codificação proposto nesta abordagem de Grounded Theory. Os resultados obtidos, permitiram compreender a conferência familiar em Cuidados Paliativos como um espaço intersubjetivo no processo de acompanhamento interativo à pessoa doente e família, que se desenvolve ao longo de três etapas: a fase preparatória, o desenrolar e o depois da conferência familiar. A fase preparatória constitui-se numa condição causal que condiciona tanto o desenrolar como o depois da conferência familiar. O desenrolar da conferência familiar é o momento em que a mesma se concretiza, sendo influenciada pela sua preparação prévia. O depois da conferência familiar, apresenta-se como a consequência de tudo que foi realizado, condicionando o processo de interação e as conferências familiares seguintes, em caso de necessidade de novo agendamento. Sobressai ainda, a necessidade de uniformizar a realização de conferências familiares no contexto dos CP.
- A mulher nos interstícios da maternidade e os papéis de género traçados à luz da cultura portuguesaPublication . Romeiro, Joana; Caldeira, Sílvia