ICF - Dissertações de Mestrado / Master Dissertations
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- Intervenções na parentalidade com famílias multidesafiadas, não voluntárias e em contexto de pobreza : estudo qualitativo : de que falamos e para onde caminhamos?Publication . Dinis, Carmelita Maria Botelho; Ribeiro, Maria TeresaNo contexto das intervenções na parentalidade urge (re)pensarmos metodologias e práticas de forma a desenvolver respostas que possam ir de encontro às necessidades das famílias. Com este estudo pretendemos analisar como é que o envolvimento dos técnicos mandatários, afecta a adesão de famílias multidesafiadas, não voluntárias, em contexto de pobreza, a programas de desenvolvimento de competências parentais. Numa primeira fase deste estudo exploratório foram realizados dois focus group com 11 técnicas que intervêm com famílias multidesafiadas, não voluntárias. Na segunda fase forma realizadas 5 entrevistas semi-estruturadas com mães provenientes de famílias multidesafiadas, que já participarem em intervenções de promoção da parentalidade, umas voluntariamente outras involuntariamente. O guião construído para as entrevistas seguiu as orientações do inquérito apreciativo. Os dados foram analisados de acordo com a metodologia Grounded Theory com recurso ao programa Nvivo8, tendo-se concluído que: por um lado os técnicos referem a importância da relação que mantêm com as famílias para a adesão destas às intervenções, por outro o elemento das intervenções mais valorizado pelas participantes das famílias são os técnicos e a sua capacidade de "escuta". Os "factores de sucesso", referenciados pelos técnicos são as "parcerias institucionais", enquanto que para o grupo de participantes das famílias as vantagens das "intervenções" prendem-se com o "auto – conhecimento" e a "gestão de conflitos". O grande desafio, apontado pelos técnicos, e que vai de encontro à literatura neste tipo de intervenções, é a "adesão". As mães participantes referem a "partilha", "auto-conhecimento" e "escuta" (por parte dos técnicos) como factores promotores da participação nestas intervenções. A involuntariedade surge nos técnicos referenciada como "obrigatoriedade", enquanto que para as participantes das famílias aparece associada à "pressão para a mudança".
- Trabalho-família : uma questão de equilíbrio? Relações com o conflito, a facilitação e contributos para a satisfação e bem-estar psicológicoPublication . Pimenta, Susana Sofia de Avelar Germano; Ribeiro, Maria Teresa Meireles Lima da Silveira RodriguesO modo como homens e mulheres conseguem encontrar equilíbrio entre os papéis profissionais e familiares tem sido considerado um desafio da sociedade contemporânea. A pertinência da interface trabalho – família conduziu, durante décadas, ao florescimento da literatura, em várias disciplinas científicas. Nesta dissertação pretende-se contribuir para o conhecimento das relações entre constructos – chave dessa interface: o conflito, a facilitação e o equilíbrio. Partindo da teoria do equilíbrio de papéis (Marks & MacDermid, 1996), conceptualiza-se o equilíbrio trabalho – família como o “cumprimento das expectativas que são negociadas e partilhadas entre o indivíduo e o seu (sua) parceiro(a) num determinado papel nos domínios do trabalho e da família” (Grzywacz & Carlson, 2007, p.458). Através de um estudo exploratório quantitativo, com uma amostra de diferentes profissionais de Lisboa (n=204), utilizou-se um questionário on-line para conhecer as relações entre os constructos – chave, com variáveis demográficas, com a percepção da empresa como suporte, a disponibilização de práticas “amigas da família” e os outcomes: bem-estar psicológico, satisfação com o trabalho, e com a família. Os resultados sugerem a distinção dos constructos e o equilíbrio trabalho – família enquanto preditor do bem – estar psicológico, mas não da satisfação com o trabalho e família. Encontraram-se maiores níveis de facilitação nos indivíduos casados e de conflito em indivíduos com filhos, especialmente em fases do ciclo familiar exigentes.
- A co-mediação enquanto prática de mediação familiar em Portugal : que potencialidades?Publication . Mexia, Ana Margarida Roque; Matos, Paulo Teodoro de; Gomes, LucindaA presente investigação pretende ser um estudo qualitativo, de carácter exploratório visando contribuir para a compreensão das potencialidades do trabalho em equipa - a co-mediação - no sucesso da mediação familiar, em comparação com os resultados do processo de mediação familiar conduzido por um único mediador. Simultaneamente, pretende-se explorar em que contexto a co-mediação se revela mais eficaz e que factores podem contribuir para o eventual sucesso da mesma em Portugal. Para o efeito, foi aplicada a entrevista semi-estruturada de elaboração própria a uma amostra de 15 mediadores familiares dos Sistemas Público e/ou Privado. Os principais resultados salientam que a definição de co-mediação não está clara para os mediadores familiares, sendo a sua utilização resultado de uma avaliação de vantagens e desvantagens. Conclui-se que os profissionais não têm critérios definidos para trabalhar individualmente ou em co-mediação, pelo qual se identificam orientações para uma boa prática do trabalho em co-mediação.
- Cruzar olhares sobre a intervenção familiar integrada e precoce: famílias(s) em risco? Percepção das famílias multidesafiadas com crianças em idade pré-escolar em contextos de risco e dos técnicos que as acompanham acerca das suas necessidades e forçasPublication . Varanda, Ana Cláudia; Xavier, Rita Lobo; Carneiro, RosárioA apresentação do presente estudo resultou de uma pesquisa intensiva sobre as percepções e representações das famílias multidesafiadas com crianças em idade pré-escolar em contextos de risco, acompanhadas pelo Núcleo de Acção Social, da Autarquia de Montelavar, e dos Técnicos que as acompanham, acerca das suas necessidades e forças, bem como, a adequação de estratégias, práticas e serviços de intervenção eficazes. Cruzando olhares acerca da Intervenção Integrada, Precoce e Orientação e Mediação Familiar, inquiriu-se vinte famílias residentes na Freguesia e acompanhadas pela Autarquia, aplicando-se diversos instrumentos, tais como: Questionário Sócio-Demográfico; Inventário das Necessidades da Família (Bailey e Simeonson, 1988); Escala de Avaliação de Apoio Social à Família (Dunst e Al. , 1988); Inventário de Rotinas na Família (Boyce, Jensen, James e Peacokn,1993); Escala de Avaliação Global da Assertividade (EAGA) (Jardim e Pereira, 2006); Escala de Avaliação Global da Resiliência (EAGR) (Jardim e Pereira,2006), visando conhecer atributos, comportamentos e competências, perfil de desenvolvimento, rede de suporte formal e informal, caracterização das rotinas diárias e identificação das necessidades. Auscultou-se, igualmente, doze Técnicos parceiros da Autarquia, em contexto de Focus-Group, com o objectivo de conhecer como são sinalizadas as situações de risco, que encaminhamento e plano de intervenção é dado à situação, se crêem na natureza e âmbito do serviço de Intervenção Precoce proposto e percebido pelas famílias e na importância de uma colaboração efectiva com estas, quais as linhas de orientação para a prática que pensam ser relevantes e consideram necessário à criação de um projecto integrado de intervenção precoce junto das famílias e suas crianças em contexto de risco. Os resultados demonstram que as famílias percepcionam-se como competentes ao nível da assertividade e resiliência, que detêm apoio conjugal satisfatório e rotinas consistentes, porém evidenciam severas dificuldades e fragilidades ao nível de informação, apoio social e familiar. Conclui-se que os Profissionais crêem num trabalho de intervenção integrado e precoce, multidisciplinar e em rede, pese embora terem sido sentidas várias incongruências próprias da dinâmica interna dos serviços e advindas da dificuldade de partilha de poder e delegação de autonomia às famílias. Ambos consideram essencial a implementação de um Projecto Integrado de Intervenção Precoce que pense e adeqúe os apoios sociais, as características individuais e as necessidades tendo como propósito um modelo centrado na família, na criança e na comunidade.
- Imigração, rituais e identidade : estudo exploratório com descendentes de imigrantes cabo-verdianosPublication . Herbert, Sumitra Correia Tavares; Lind, WolfgangA integração social dos descendentes de imigrantes tem sido um desafio da sociedade contemporânea a nível mundial e Portugal não é exceção. A luta por uma afirmação/aceitação social a passos com uma identidade cultural dividida entre o país dos seus ascendentes e o país onde nasceram é constante. Vários autores já escreveram sobre as inúmeras problemáticas relacionadas com a população de origem cabo-verdiana (Cardoso, 2006; Rosales, Jesus & Parra, 2009; Vala, 2003), nomeadamente a sua integração social e o seu sentido de pertença a Portugal; mas continuam a existir imensas fragilidades nesta sociedade de acolhimento que ainda os define como “Imigrantes de segunda geração”, já os excluindo por ai, não os considerando parte da nação portuguesa. Neste estudo pretende-se contribuir para um melhor conhecimento dos descendentes de imigrantes cabo-verdiano (filhos e netos de imigrantes cabo-verdianos residentes em Portugal), procurando perceber qual a sua identidade cultural e se no seio destas famílias existem “vestígios” da cultura cabo-verdiana, tendo em vista contribuir para uma melhor compreensão da cultura, das rotinas e rituais familiares desta população; analisar os fatores de risco que casualmente se encontrem nestas famílias, que possam impedir uma melhor integração social e elaborar pistas gerais para poder melhor intervir/mediar junto destas famílias. Através de um estudo exploratório qualitativo, com uma amostra constituída por filhos de imigrantes cabo-verdianos, residentes na área metropolitana de Lisboa (n=20), utilizou-se um guião de entrevista semiestruturado composto por 41 perguntas e um questionário sociodemográfico. Importa referir que muitas das perguntas eram reportadas aos filhos dos entrevistados. Os resultados sugerem que os descendentes de imigrantes são detentores de novas identidades, que se propagam para além da pertença étnica, operando como elo de ligação entre os modelos de socialização propostos pela sociedade portuguesa e as referências identitárias das origens culturais dos seus antepassados, reinventando e reinterpretando as suas referências identitárias.
- Resiliência familiar em contexto de pobreza urbana : a percepção das famílias sobre forças familiares, resiliência individual e stress percebidoPublication . Lucas, Cláudia Sofia Faria da Silva; Ribeiro, Maria Teresa M. L. da Silveira RodriguesO presente trabalho tem como objectivo geral estudar a resiliência familiar em famílias em situação de pobreza urbana, partindo da sua percepção sobre as forças familiares, a resiliência individual e o stress percebido. Uma vez que, este estudo parte da necessidade sentida (na prática profissional) de adoptar uma perspectiva positiva sobre o funcionamento destas famílias e dos seus membros, um outro objectivo é o de retirar implicações relacionadas com a população em análise, com vista à intervenção. A amostra é constituída por 61 adultos, de ambos os sexos, com idades entre os 18 e os 77 anos, pertencentes a 31 famílias que vivem em situação de pobreza no concelho de Lisboa. Utilizaram-se os seguintes instrumentos de auto-relato: o Questionário de Forças Familiares (Melo & Alarcão, 2011); a Escala de Resiliência de Connor-Davidson (Connor & Davidson, 2003; versão portuguesa de Anjos & Ribeiro, 2008); a Escala de Stress Percebido (Cohen, Tamarck & Mermelstein, 1983; versão portuguesa de Rocha & Ribeiro, 2008, cit. por Rocha, 2009); e, por último, um questionário de caracterização sócio-demográfica. Os resultados indicam que os participantes são capazes de percepcionar as forças da sua família, ou seja, processos familiares associados à resiliência, o que significa que identificam aspectos positivos do seu funcionamento. Além disso, percepcionam um bom nível na escala de resiliência individual e níveis médios de stress percebido. Estes resultados realçam a importância de pensar uma intervenção centrada na família e baseada nas forças, que opere uma mudança social positiva em situação de pobreza urbana.
- A coparentalidade e o apoio social, em situação de rutura conjugal e o ajustamento dos filhos : estudo com famílias multidesafiadas, com filhos em idade pré-escolarPublication . Verças, Ana Rita Ventura; Pereira, Ana Isabel; Francisco, RitaEsta investigação consiste num estudo misto, cujo objetivo principal é perceber a relação entre a coparentalidade e o apoio social no ajustamento da criança, em famílias multidesafiadas em situação de rutura conjugal. Participaram no estudo quantitativo 98 crianças em idade pré-escolar e 78 pais (48 mães e 30 pais), que frequentavam uma IPSS do Concelho de Cascais. O protocolo de investigação foi constituído por um questionário sociodemográfico, o questionário da coparentalidade de Margolin et al. (2001), o questionário medical outcomes study social support survey (MOS-SSS; Sherbourne & Stewart, 1991) e o questionário de capacidades e dificuldades (SDQ; Goodman, 1997). Desta amostra, foi selecionado um sub-grupo de 10 mães, que constituíram, numa segunda fase, a amostra do estudo qualitativo, respondendo a uma entrevista semiestruturada e preenchendo o esquema “convoy model” (Kahn & Antonuci, 1980). Os resultados de ambos os estudos permitiram perceber que existe influência da coparentalidade e do apoio social no ajustamento da criança ao divórcio. As crianças cujos pais apresentam níveis mais elevados de conflito têm maiores dificuldades, comparadas com crianças cujos pais apresentam níveis mais elevados de cooperação e comunicação. As mães cujas redes de apoio são maiores e que fornecem tipos de apoio mais diversificados apresentam níveis mais elevados de cooperação, e os seus filhos não apresentam dificuldades, de acordo com o SDQ. Percebeu-se que os fatores relacionados com o ajustamento da criança ao divórcio ou separação dos pais são diversos e o seu impacto é visível, quando estes atuam em conjunto. A idade da mãe revelou-se um fator de influência na coparentalidade e ajustamento dos filhos, no sentido em que as mães com mais de 30 anos apresentam maiores níveis de cooperação e comunicação com o excônjuge, quando comparadas com mães com menos de 30 anos. As dificuldades económicas da mãe, o apoio material e ao nível dos tempos livres (da parte do pai) e o tempo que a mãe passa com a criança são alguns dos indicadores importantes para a adaptação da criança à separação/divórcio. Foram definidas algumas linhas de orientação no âmbito da mediação social e familiar nestes contextos de pobreza.
- Mediação familiar à luz dos valores cristãos : contributos para a intervenção.Publication . Rodrigues, Margarida Maria Dias Fernandes; Ribeiro, Maria TeresaEsta investigação teve como finalidade perceber de que forma a intervenção da mediação familiar, no âmbito da prevenção e resolução de conflitos, tendo por base uma abordagem cristã, poderá ajudar os agentes de pastoral familiar a responder, mais eficientemente, a casais e famílias que, se encontrando em conflito, a eles recorrem; quais as suas necessidades e expectativas, relativas a um projeto de mediação familiar, à luz dos valores cristãos, no apoio e acompanhamento, profissional e especializado e que configuração poderá ter o referido projeto. Sendo um estudo qualitativo, contou com a participação de 5 casais, 7 especialistas em assuntos de família (dos quais 3 são sacerdotes), 4 sacerdotes e 4 mediadores, na resposta a entrevistas semiestruturadas, 4 delas aplicadas em focus group e uma aplicada individualmente. Os resultados do estudo revelaram o diálogo como uma das principais causas de conflito familiar, com que se defrontam os agentes da pastoral familiar e configuraram como insuficiente e inadequado, o tipo de apoio pragmático, dado pela pastoral familiar, aos conflitos familiares com que esta se depara. Para além dos resultados terem demonstrado o desconhecimento dos agentes da pastoral familiar, no que refere à mediação familiar enquanto meio de resolução de conflitos, demonstraram, também, que apesar de consignada e reiterada no Direito Canónico, a mediação familiar para a reconciliação, ainda não assumiu o lugar de referência que este lhe atribui, como forma de apoio à família e, concretamente, ao casal. Os dados analisados permitem considerar como necessária uma intervenção sistematizada da mediação familiar, bem como a definição de um quadro teórico, que evidencie as áreas de pesquisa teórica, especialmente pertinentes, que permita delinear o âmbito material de uma mediação familiar cristã. O perdão e a sua relevância no âmbito de ação preventiva e restaurativa, é demonstrado de reconhecida importância no que à mediação familiar cristã diz respeito. Os dados apurados, clarificaram também, os factores, e os requisitos considerados essenciais, a ter em conta no lançamento de um projeto de mediação familiar, enquanto serviço de apoio à família e aos casais, oferecido pela Igreja Católica Portuguesa. Foram definidas algumas linhas de orientação, no que a um projeto de mediação familiar cristã diz respeito.
- Mediação familiar e responsabilidades parentais : um estudo com profissionais e beneficiários do Rendimento Social de InserçãoPublication . Silva, Inês Nunes Fitas Rodrigues; Francisco, Rita Mafalda CostaA presente investigação tem como principais objetivos realizar um levantamento e caracterização sociodemográfica das famílias beneficiárias de Rendimento Social de Inserção (RSI) com obrigatoriedade de Regulação do Exercício das Responsabilidades Parentais (RERP), assim como procurar pistas para uma potencial parceria entre o Instituto da Segurança Social, IP (ISS) e o Sistema de Mediação Familiar (SMF). No estudo quantitativo participaram 24 técnicos de nove protocolos do distrito de Lisboa e 168 agregados familiares beneficiários de RSI, a que correspondem 345 crianças. Os progenitores responderam a um inquérito por questionário construído para a investigação. No estudo qualitativo participaram 12 profissionais, nomeadamente seis técnicos de RSI e seis Mediadores Familiares que responderam a uma entrevista semiestruturada. Os resultados da investigação demonstram que existe um número significativo de beneficiários de RSI cujo Contrato de Inserção prevê a RERP ou a declaração de incumprimento do acordo de responsabilidades parentais. A maioria dos progenitores regulou o Exercício das Responsabilidades Parentais pela via judicial, e fê-lo por iniciativa própria. Relativamente à pensão de alimentos, a maioria dos progenitores não residentes não cumpre com as suas obrigações e mesmo quando a pensão de alimentos é paga o valor mensal é reduzido. Verificou-se também que a maioria das crianças e o progenitor com quem residem mantêm um contacto frequente com o progenitor não residente. Verificou-se ainda que existe relação entre o cumprimento da pensão de alimentos, a relação com o progenitor não residente e a forma como foi regulado o Exercício das Responsabilidades Parentais. Relativamente à possível parceria entre o ISS e o SMF, os profissionais referiram a importância de uma ação de formação aos técnicos de RSI para possibilitar o fluxo de informação e o encaminhamento dos beneficiários. Foi também identificada a necessidade de um protocolo formal entre os serviços, com base num trabalho em rede, constituindo uma mais-valia na rentabilização de recursos. Os técnicos e mediadores referiram também que o serviço deveria ser gratuito e próximo da população, havendo a necessidade da existência de espaços de mediação no ISS ou nas Juntas de Freguesia.
- Envolvimento parental no sucesso escolar da criança do primeiro ciclo em contextos desfavorecidos : estudo de caso do apoio escolar da Associação de Solidariedade Social do Alto da Cova da MouraPublication . Mendonça, Cláudia Alexandra Pinheiro Patrício; Francisco, Rita Mafalda CostaA presente dissertação pretende investigar a forma como o envolvimento parental está relacionado com o sucesso escolar das crianças do primeiro ciclo em contextos desfavorecidos e o modo como os professores encaram, nestes contextos, a relação escola-família. Com base numa metodologia de estudo de caso, pretendeu-se, concretamente, perceber a relação entre o envolvimento parental e o sucesso escolar da criança do primeiro ciclo em contextos de pobreza, bem como perceber o processo através do qual os professores potenciam o envolvimento parental e o feedback das famílias, de modo a ser possível propor sugestões e medidas com vista ao progresso da cooperação. Esta investigação contou com a participação de 60 encarregados de educação, que preencheram um questionário sociodemográfico e o Questionário de Envolvimento Parental, versão para pais (Pereira et al. 2003). Participaram ainda seis professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico e a responsável técnica pela equipa da Associação de Solidariedade Social do Alto da Cova da Moura que responderam a uma entrevista semidiretiva, a qual foi sujeita a uma análise de conteúdo. Os resultados da investigação revelaram que 62,2% do sucesso escolar é predito apenas pelo envolvimento parental nas atividades de aprendizagem em casa, não contribuindo para o mesmo outras formas de envolvimento parental descritas na literatura como relevantes. Podemos ainda constatar que todos os entrevistados foram consensuais quanto ao papel fulcral que a família desempenha no sucesso escolar da criança, no entanto os professores assumiram que pouco fazem para potenciar o envolvimento parental. Em relação ao apoio escolar da Associação, todos os professores da escola básica fazem referência ao facto de os pais não verificarem os trabalhos de casa dos seus educandos mas que percebem tal facto uma vez que as crianças frequentam esta atividade. Finalmente, as professoras sugerem uma relação menos formal, a comemoração de dias festivos em horário pós laboral, convidar os pais a darem uma aula, a ler uma história (cf. Epstein, 1987) como sendo estratégias possíveis de realizar para criar pontes de ligação escola-família.