FFCS - Teses de Doutoramento / Doctoral Theses
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- O pensamento de Teixeira de Pascoaes : estudo hermenêutico e críticoPublication . Coutinho, JorgeNeste volume analisa-se a obra global de Teixeira de Pascoaes, procurando interpretar e expor, criticamente, por grandes temas fundamentais, o seu pensamento poético (ou poético-filosófico). Numa primeira parte, analisam-se os condicionamentos essenciais desse pensamento, em ordem à sua compreensão. Numa segunda parte (central), exploram-se os grande temas. Finalmente, numa terceira parte, realçam-se algumas características essenciais do pensamento pascoaesiano no plano formal.
- O P.e Luís da Cruz S. J. e a tragicomédia IosephusPublication . Melo, António Maria Martins
- O impulso metafísico na experiência estética : itinerário da fenomenologia "afectiva" de Mikel DufrennePublication . Morais, Carlos; Garcia, Mário Rosa da SilvaA presente investigação centrar-se-á na obra de Mikel Dufrenne dedicada à reflexão estética, especialmente naquela em que o autor explicita mais sistematicamente a sua concepção de experiência estética. Pretende-se averiguar se, nos limites dessa concepção, admite a possibilidade de uma dimensão metafísica interior ao processo da vivência estética, e em que bases filosóficas estabelece essa possibilidade. Sendo uma hipótese controversa, esperamos assim, modestamente, contribuir para a valorização crítica do legado estético e filosófico que Mikel Dufrenne nos deixou através da sua estimulante obra, no ano em que se comemoram o centenário do seu nascimento e os quinze anos da sua morte (1910-1995). Mais amplamente, é nosso desejo – através das pistas daquele autor – trazer de novo para o miolo do debate estético as instâncias da reflexão ontológica e metafísica que têm sido secundarizadas desde que as vagas do relativismo pós-moderno invadiram o debate cultural e filosófico. Seguiremos o autor na fixação de uma versão fenomenológica da estética, a fim de sublinhar que já nesse projecto conceptual é possível encontrar opções metodológicas e sistemáticas originais que apontam para a presença de um “impulso” que rompe com as delimitações categoriais do vivido. O alinhamento temático que proporemos nos capítulos dois e três pretende consolidar a imagem de uma experiência estética que evolui gradualmente para patamares mais intensos e profundos da vivência, e cujo âmbito de implicação fenomenológica, antropológica e ontológica nos consolida a convicção de estarmos diante de uma seiva metafísica que a alimenta. Contudo, estamos conscientes de que Dufrenne hesitou bastante no momento de traduzir filosoficamente este horizonte de sentido metafísico da experiência estética. Este facto também terá contribuído para que outros intérpretes fossem levados a formular leituras bastantes discrepantes daquela que aqui propomos. Porém, tal como pretendemos mostrar no último capítulo, não é este défice de explicitação que nos impedirá de encontrar os frutos estéticos e afectivos, espirituais e intelectuais que provêm da experiência estética fluidificada pela abertura metafísica, ou seja, pela abertura ao absoluto. Dado apresentarmos essas conclusões, estamos convictos de que o itinerário de Mikel Dufrenne, enquanto fenomenólogo, ficou mais completo e credível.
- As cartas de Vieira, um paradigma da retórica epistolar do BarrocoPublication . Maduro, Carlos Alberto de Seixas; Castro, Aníbal Pinto de; Martins, José Cândido de Oliveira
- Retórica da ficção : a construção da narrativa camilianaPublication . Silva, João Paulo Braga Correia da; Castro, Aníbal Pinto de; Martins, José Cândido de Oliveira
- O Homem : realidade dinâmica em Pedro Laín EntralgoPublication . Eusébio, Paulo Sérgio Carvalho; Dinis, Alfredo OliveiraA proposta antropo-filosófica de Laín Entralgo pretende elaborar uma ideia ou visão íntegra e integradora do ser humano. Porque o dualismo antropológico e o materialismo fisicalista não o satisfazem, procura dar razão da realidade dinâmica da estrutura substantiva humana na sua unidade e totalidade, a partir de um modelo antropológico que aglutine as descobertas actuais das ciências naturais (cosmologia, biologia, psicologia neuropsicologia, paleontologia, etologia) com a metafísica do seu estruturismo dinamicista. Pretende com isso decifrar o enigma da realidade e da conduta humanas, o seu «que» que se desdobra num «como», num «quem» e num «para», investigando a realidade una e total do ser humano naquilo que ele tem de mais visível e tangível: o seu corpo. A realidade dinâmica da estrutura do Todo cósmico produziu filogenética e ontogeneticamente o homem, realidade dinâmica. Através do dinamismo cósmico particular da suidade, o corpo humano, na sua evolução, estrutura-se dinamicamente em matéria consciente que sente, pensa e quer. Dinamicamente produzido e estruturalmente constituído, a realidade psico-orgânica humana, oferece à observação imediata dois aspectos complementares que apenas se distinguem metodologicamente: o corpo e a consciência. Por sê-lo, a sua realidade ontológica e a sua conduta devem ser entendidas como estrutura dinâmica na sua unidade e totalidade simultaneamente física e metafísica, isto é, na sua unidade descritiva ou fenomenológica, explicativa ou científica e compreensiva ou filosófica. Todavia, a realidade una e total da estrutura humana desagua gnoseologicamente num enigma indecifrável somente cognoscível por aproximação assimptótica. O que é o corpo íntimo? Pergunta que obriga a uma resposta, simultaneamente, cósmica, dinamicista, estruturista e evolutiva e à qual pretendemos não só dar razão do seu alcance antropológico como também, a partir da ideia de corpo íntimo, dar razão da sua dignidade ontológica e biológica e ainda do seu dinamismo meta-histórico.
- Da hospitalidade em Derrida ao acolhimento em saúdePublication . Meneses, Ramiro Délio Borges de; Brito, José Henrique Silveira deA hospitalidade incondicional não é senão exposição à vinda daquele que vem, que é acolhido. Será uma hospitalidade que dá aquilo que não tem, aquilo que não possui como próprio. Assim, é uma hospitalidade como impossível. Faz o impossível e é, não apenas impossível, como um convite a fazer aquilo que é impossível. Logo, a hospitalidade absoluta exige que me abra em ―chez moi‖ ( em minha casa) e que me dê não só ao estrangeiro, como também ao Outro absoluto, desconhecido, anónimo, e que eu lhe dê lugar, que o deixe vir, que o deixe chegar e ter um lugar no lugar, que lhe ofereça, sem lhe pedir reciprocidade, nem mesmo o seu nome A lei da hospitalidade incondicional manda acolher incondicionalmente, ou seja, sem poder sobre o visitante ou o absoluto que chega. A esta forma de hospitalidade, Derrida designa a hospitalidade de visitação, contraposta à hospitalidade condicional ou normativa, a que obedece à lógica do convite. A hospitalidade é desconstrução e a desconstrução é hospitalidade. A hospitalidade pura e incondicional, a própria hospitalidade abre-se, está antecipadamente aberta ao que não é nem esperado, nem convidado, a quem chegua como visitante absolutamente estrangeira, em chegante não identificável e imprevisível, como absolutamente outro. Chamemos a isso hospitalidade de visitação. Derrida refere a hospitalidade condicional como aquela que é oferecida pelo direito,pela política,pela sociologia,etc. Há, com efeito, uma hospitalidade relativa e ad extra, que é narrada pelo conto exemplar e provocante do Desvalido no Caminho. A hospitalidade consiste em acolher o Outro-estranho, sob o mesmo tecto, e ser vulnerável na própria casa, tal como Marta acolheu Jesus em sua casa. No fundo, a hospitalidade constitui-se sobre um fundo aretológico e pode definir-se numa relação fiduciária entre o hóspede e o anfitrião. A hospitalidade é a saída do próprio lugar, para buscar o Outro-estranho como acolhido. Toda a humanização será uma hospitalidade condicional, dado que, por convite, o médico recebe o doente no seu coração. A humanização em saúde implica um novo paradigma, que se denomina ―recitativo elpídofânico‖, decifrado em dois momentos, como vêm expresso na narrativa da hospitalidade de Betânia: contemplação e acção. Esta humanização, fundada num acolhimento elpidofânico,radica numa ―responsabilidade poiética‖ entre um homo mendicans (homem pedinte) e um anfitrião, que vive entre uma ―responsabilidade pística‖ (Maria) e uma ―responsabilidade agápica‖ (Marta). Daqui surge um outro modelo, para a humanização em saúde, que se determina pela ―responsabilidade poiética‖, inspirado na parábola do Bom Samaritano. Também foi possível ao estabelecer a relação entre Desconstrução e Medicina, elaborar um outro paradigma para a humanização em saúde.
- A transformação das relações de poder a partir da experiência do mandamento do amor : uma aproximação filosófica à perícope de João 13, 1-20 sob a perspectiva da analítica do poder de Michel FoucaultPublication . Oliveira, Adelino Francisco de; Sumares, Manuel GonçalvesA presente tese doutoral tem como perspectiva desenvolver, à luz dos pressupostos da filosofia, investigação e pesquisa da temática A transformação das relações de poder a partir da experiência do mandamento do amor – uma aproximação filosófica à perícope de João 13, 1-20 sob a perspectiva da analítica do poder de Michel Foucault. Em diálogo com o pensamento de Foucault, a pesquisa propõe uma análise filosófica da cena do lava-pés, compreendida como narrativa histórica, que contempla em seu bojo, dinâmicas de relações cotidianas vividas pela comunidade joanina. Nos indícios e vestígios de vida cotidiana, o texto joanina revela relações transparentes, alicerçadas no princípio ético do amor e na prática moral do serviço. Tais posturas indicam, representam a anulação e superação da lógica do poder microfísico, calcado na dinâmica de relações de força. O amor descortina-se, na perícope joanina 13,1-20, como dimensão ontológica, suplantando a compreensão de uma ontologia sedimentada no exercício do poder.
- Acolher a vulnerabilidade : reflexão antropológica e ética sobre o voluntariado no âmbito dos Leigos para o DesenvolvimentoPublication . Rodrigues, Maria de Fátima Marques; Pinto, José Rui da CostaO trabalho pretende perceber de que forma os Leigos para o Desenvolvimento acolhem a vulnerabilidade, no âmbito dos projetos que vêm desenvolvendo, em termos de voluntariado. É possível verificar a convergência de fatores diversos que fazem do voluntariado, realizado pelos Leigos para o Desenvolvimento, uma aposta numa nova esperança, onde a responsabilidade pelo outro é assumida com o outro: o voluntariado é aqui entendido, na linha de E. Lévinas (e outros autores), como resposta à fragilidade do outro que me interpela na sua nudez e não tanto como iniciativa generosa do eu. Acolher o outro na sua vulnerabilidade tem em conta os contributos do Concílio Vaticano II que colocou o papel do leigo na Igreja e no mundo, no âmbito de uma eclesiologia de comunhão. Por outro lado, o respeito devido a cada pessoa, preconizado pelo documento Vida em Missão, no âmbito de cada projeto desenvolvido, anda muito próximo das mais recentes perspetivas da Cooperação para o Desenvolvimento. Dada a vulnerabilidade do ser humano face ao futuro, os Leigos para o Desenvolvimento, assumem-se, na entrega ao outro sem reservas, como responsáveis pelo outro, no sentido de construírem com ele as condições necessárias à sobrevivência harmoniosa da humanidade sobre a terra.
- A sabedoria da carne no itinerário de Emmanuel LévinasPublication . Júnior, Nilo Ribeiro; Brito, José Henrique Silveira deNossa investigação desenvolve a genealogia do corpo e da encarnação no pensamento de Emmanuel Lévinas, refazendo o percurso filosófico do autor, com uso das principais obras, dos escritos no cativeiro e da juventude até os da maturidade. Seu percurso é balizado pelas categorias filosóficas da Criação, Revelação, Redenção. Como dialoga de maneira especial com os autores da viragem fenomenológica da filosofia, Husserl e Heidegger, mostrar-se-á, em forma de intriga, sua aproximação e distanciamento dos mestres, invertendo o amor à Sabedoria, do Ocidente, em uma Sabedoria da carne, devido à entrada do Outro. O cerne da Sabedoria da carne é o corpo que resta como corpo criatural entregue à bondade do mundo, que acolhe a revelação do outro e que se faz dom de si ao outro como Bem para além do Ser; ao outro exposto ao sofrimento inútil. Feito isto, relançar-se-á a Sabedoria da carne no debate com o pensamento encarnado dos filósofos franceses Merleau-Ponty e Michel Henry. Com isso, ressalta-se como o corpo dá o que pensar em função da significação e do dizer da carnalidade do humanismo do outro no confronto com outras formas de como o corpo se diz na contemporaneidade.
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