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O impulso metafísico na experiência estética : itinerário da fenomenologia "afectiva" de Mikel Dufrenne

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A presente investigação centrar-se-á na obra de Mikel Dufrenne dedicada à reflexão estética, especialmente naquela em que o autor explicita mais sistematicamente a sua concepção de experiência estética. Pretende-se averiguar se, nos limites dessa concepção, admite a possibilidade de uma dimensão metafísica interior ao processo da vivência estética, e em que bases filosóficas estabelece essa possibilidade. Sendo uma hipótese controversa, esperamos assim, modestamente, contribuir para a valorização crítica do legado estético e filosófico que Mikel Dufrenne nos deixou através da sua estimulante obra, no ano em que se comemoram o centenário do seu nascimento e os quinze anos da sua morte (1910-1995). Mais amplamente, é nosso desejo – através das pistas daquele autor – trazer de novo para o miolo do debate estético as instâncias da reflexão ontológica e metafísica que têm sido secundarizadas desde que as vagas do relativismo pós-moderno invadiram o debate cultural e filosófico. Seguiremos o autor na fixação de uma versão fenomenológica da estética, a fim de sublinhar que já nesse projecto conceptual é possível encontrar opções metodológicas e sistemáticas originais que apontam para a presença de um “impulso” que rompe com as delimitações categoriais do vivido. O alinhamento temático que proporemos nos capítulos dois e três pretende consolidar a imagem de uma experiência estética que evolui gradualmente para patamares mais intensos e profundos da vivência, e cujo âmbito de implicação fenomenológica, antropológica e ontológica nos consolida a convicção de estarmos diante de uma seiva metafísica que a alimenta. Contudo, estamos conscientes de que Dufrenne hesitou bastante no momento de traduzir filosoficamente este horizonte de sentido metafísico da experiência estética. Este facto também terá contribuído para que outros intérpretes fossem levados a formular leituras bastantes discrepantes daquela que aqui propomos. Porém, tal como pretendemos mostrar no último capítulo, não é este défice de explicitação que nos impedirá de encontrar os frutos estéticos e afectivos, espirituais e intelectuais que provêm da experiência estética fluidificada pela abertura metafísica, ou seja, pela abertura ao absoluto. Dado apresentarmos essas conclusões, estamos convictos de que o itinerário de Mikel Dufrenne, enquanto fenomenólogo, ficou mais completo e credível.

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Mikel Dufrenne Experiência estética Estética Impulso metafísico Fenomenologia

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Faculdade de Filosofia de Braga

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