Repository logo
 
Loading...
Profile Picture
Person

Martins Melo, António Maria

Search Results

Now showing 1 - 10 of 45
  • Do Perfume de rosas à planta aromática do açafrão no «Index» e nas «Enarrationes» de Amato Lusitano: aplicações terapêuticas
    Publication . Melo, António Maria Martins
    Na Bracara Augusta, a arqueologia trouxe à luz do dia alguns unguentários; uns quatro séculos antes, Plínio-o-Antigo já dava notícia de remédios romanos, feitos a partir de rosas, guardados em recipientes de vidro. Este é o ponto de partida para uma aproximação à confecção e às aplicações terapêuticas do perfume de rosas na Antiguidade, numa tradição literária que se estende desde Dioscórides, passando por Galeno e Plínio, até ao autor renascentista português, Amato Lusitano. São as fontes romanas que nos levarão, inclusive, a surpreender a sua utilização na cozinha. De uso culinário, mas também terapêutico, é o açafrão, a entrada número 25 do Livro I das Enarrationes do médico escalabitano. A incursão por estes tempos servirá ainda para partilhar um ou outro aspecto autobiográfico deste português da diáspora, bem como referências intratextuais que nos remetem para uma época em que, verdadeiramente, se pode dizer que fervilhavam as descobertas, nomeadamente no campo da botânica. Deste modo, assiste-se a um grande desenvolvimento da medicina na área terapêutica, a partir de processos naturalistas, como sejam o uso de plantas e de frutos.
  • Propriedades terapêuticas das plantas aromáticas em Amato Lusitano: o cardamomo
    Publication . Melo, António Maria Martins
    Após uma breve introdução de contextualização histórica, é propósito deste trabalho expor algumas conclusões atinentes ao tema indicado, dando conta, nomeadamente, de uma referência ao médico e botânico italiano Pietro Andrea Mattioli que escreveu a Apologia contra o seu contemporâneo Amato Lusitano.
  • Espiritualidade inaciana, arte e evangelização: a questão dos moços pardos, no colégio da Baía, no Brasil, no séc. XVII
    Publication . Melo, António Maria Martins
    Este ensaio procura evidenciar a influência dos jesuítas, e concretamente do Colégio da Baía, no séc. XVII, na educação dos chamados "moços pardos". De facto, era elevada a demanda desta cidade por parte de numerosa população, constituída por europeus, índios, negros e mestiços. Um pormenor não despiciendo nesta questão dos moços pardos. No processo educativo aliavam-se o estudo das humanidades, a espiritualidade inaciana e a arte, tudo isso ao serviço da evangelização.
  • A mitologia clássica no humanismo do renascimento português
    Publication . Martins Melo, António Maria
    O A. reflecte sobre a importância que assumiu a mitologia clássica no discurso quinhentista em latim, em que se assiste a uma aproximação com a mundividência cristã. Atitude idêntica se observa em autores cristãos do séc. III e em textos da própria Bíblia.
  • A presença das Amazonas na Poética de Escalígero
    Publication . Martins Melo, António Maria
    Escalígero é um humanista italiano, que escreveu quase toda a sua obra em França; entre os seus tratados, encontram-se os Poetices libri septem, obra póstuma, editada em 1561. Dedicado a seu filho Sílvio, este tratado tem sobretudo objectivos pedagógicos e visa a formação de um jovem jurista, a quem não pode ser alheia a dimensão ética que nos encaminha para a beatitude ou acção perfeita, o que se alcança a partir do estudo dos princípios da filosofia. Para tal desiderato, muito concorre o conhecimento da história e a leitura dos poetas. É neste contexto que Escalígero vai tratar do tema das Amazonas no Capítulo XIV do Livro V, da sua Poética, elegendo passagens de Claudiano, Sílio, Estácio e Virgílio.
  • Terêncio na pedagogia dos Jesuítas
    Publication . Martins Melo, António Maria
    Terêncio, poeta cómico latino do séc. II a. C., é objecto de duas referências nas fontes que inspiram a acção educativa da Companhia de Jesus: a IV Parte das Constituições e a 'Ratio Studiorum'. Os planos de estudos dos colégios haviam de reflectir estas orientações.
  • Da antiguidade ao Renascimento: os exempla e a promoção de um ideal de perfeição humana
    Publication . Martins Melo, António Maria
    O humanismo europeu inspirou-se na exemplaridade do mundo clássico, em que os seus autores eram os intérpretes mais fidedignos dos valores morais e de uma ética de comportamento humano, que concorria para uma formação integral do Homem. É assim que conhecem grande fortuna a literatura de sentenças e os tratados pedagógicos que condicionam fortemente a formação escolar voltada para a formação retórica da persuasão, indispensável à arte da palavra. Entre nós, portugueses, André Rodrigues de Évora, Diogo de Teive ou Frei Luís de Granada são alguns dos autores que podem considerar-se dentro desta linha. Esta educação pelo paradigma privilegiava a “auctoritas” de Plutarco, Valério Máximo ou Aulo Gélio, como principais fontes transmissoras dos “exempla” clássicos reutilizados pelos humanistas. A nossa comunicação vai ocupar-se, neste contexto, da presença destes autores na obra de três humanistas portugueses, Damião de Góis, André de Resende e, sobretudo, em Inácio de Morais.
  • De Júlio César Escalígero a Luís da Cruz, S. J., tendo por referência o Concílio de Trento
    Publication . Martins Melo, António Maria
    As experiências dos descobrimentos ajudariam a moldar o conceito de humanitas, de pendor universal, cuja formação se há-de basear na leitura dos clássicos – a fé na exemplaridade do mundo clássico; Silvio Piccolomini, mais tarde Papa Pio II, acrescentaria àqueles a leitura dos Padres da Igreja, o Antigo Testamento, os Evangelhos e autores contemporâneos, como Leonardo Bruni. Através do studium, o homem atingia o seu pleno desenvolvimento, elevado ao grau superior da virtus, realizando um dos valores mais característicos dos Romanos, cuja formação em muito é idêntica à da aretê grega. Foi esta propensão conciliatória do pensamento greco-latino com a doutrina da Igreja que havia de inspirar a grande súmula da pedagogia humanista, cristalizada na Ratio Studiorum (1586, Pe. Acquaviva) da Companhia de Jesus, de cuja fundação se ocupou o teólogo Paiva de Andrade. O A. vai fixar a sua atenção nas concepções poéticas de César Escalígero, valorizando uma aproximação à retórica que, em simbiose harmoniosa, nos leva a atingir a suprema perfeição da linguagem humana, ao serviço do paradigma do vir bonus dicendi peritus, no contexto de um verdadeiro programa ético-político de renovação da sociedade. (The experience of the discoveries has helped to shape the concept of 'humanitas', in its universal propensity, this genesis would be based on the reading of the classics - the exemplary of the faith on the classical world though Silvio Piccolomini will add the reading of the Fathers of the Church, the Old Testament, the Gospels and contemporary authors like Leonardo Bruni. Through the 'studium', the man reached its full development, up into a higher grade of 'uirtus', performing one of the most characteristic values of the Romans, which origin is very similar to the Greek 'aretê'. This Greco-Latin thought together with the doctrine of the Church have inspired the great docket of humanist oedagogy, cristallized in the 'Ratio Studiorum' (1586, Fahter Acquaviva) of the Society of Jesus, whose foundation was due to the teologiam Paiva Andrade. The A. shell establish its attention on poetic conceptions of Caesar Scaliger, highlighting an approach to rhetoric that, in harmonious symbiosis, leads us to reach the ultimate perfection of human language, to the service in the paradigm of 'vir bonus dicendi peritus', in the context of a real program ethical-political to the renovation of society).
  • Trabalho, Sofrimento e Dignidade Humana: tópicos para uma reflexão a partir de fontes da Antiguidade Clássica.
    Publication . Martins Melo, António Maria
    O trabalho é, hoje, um bem escasso; o número de desempregados não pára de crescer a tal ponto que a angústia ameaça paralisar a Europa do Sul. O mesmo não parece suceder nas economias emergentes, como é exemplo eloquente o Brasil. Ali está a formar-se uma classe média forte. O ex-presidente Lula da Silva, numa curta declaração de anúncio do seu regresso à vida política activa, dizia que o fazia para «melhorar o nível de vida de milhões e milhões de brasileiros que conseguiram chegar à classe média e não querem voltar para trás, e para aqueles que sonham em chegar à classe média…». Aqui se perscruta uma concepção de trabalho sinónimo de progresso, de realização das aspirações do homem, trabalho enquanto força criadora, nas palavras do filósofo português Agostinho da Silva, seja esse trabalho de natureza manual ou intelectual… trabalho enquanto sinónimo de felicidade!... Um pensamento que nos conduz até Hesíodo e à sua celebérrima obra Trabalhos e Dias, em que este autor grego faz a apologia do valor do trabalho: «trabalho não é vileza, vileza é não trabalhar». Um valor reiterado, séculos mais tarde, na cultura romana, pela pena do escritor Catão: «é que a vida humana é como o ferro: se se exercitar, gasta-se; se não se exercitar, a ferrugem aniquila-o». Mas hoje, entre nós, milhares de homens e de mulheres, diariamente, demandam o trabalho, tantas vezes sofrimento, tormento. O que nos aproxima da etimologia desta palavra, proveniente do latim vulgar, 'tripalium', instrumento de tortura. O trabalho, enquanto tortura, sentiram-no os escravos que serviam nas minas de prata de Láurion, na Ática da Grécia Antiga; sentiram-no os hilotas, em Esparta, mas também os escravos na capital do império, Roma; célebre havia de ficar a revolta dos escravos, dirigida por Espártaco.