Faculdade de Educação e Psicologia
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Browsing Faculdade de Educação e Psicologia by Sustainable Development Goals (SDG) "10:Reduzir as Desigualdades"
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- Contributo para a inclusão de alunos com dislexia no ensino superiorPublication . Almeida, Maria de FátimaEm Portugal, diretrizes sustentam políticas e regulamentos que as Instituições de ensino superior já instituíram e publicaram para acautelar a inclusão de alunos com dificuldades e/ou deficiência no ensino superior. Este artigo revisita estudos já publicados e apresenta narrativas recolhidas pela autora, com o objetivo de contribuir para a compreensão da necessidade de atendimento diferenciado a alunos com Dislexia no ensino superior. As narrativas publicadas neste artigo permitem concluir que dificuldades manifestadas por alunos com Dislexia até ao ensino secundário se mantêm no ensino superior e reforça a necessidade de serem adotados procedimentos que incentivem os estudantes de ensino superior a revelar que têm Dislexia e os docentes do ensino superior a adotar práticas que concorram para o sucesso pessoal, académico e profissional destes estudantes.
- Educação social, vulnerabilidade humana e toxicodependência : salas de consumo assistido como lugares de acolhimento sociopedagógicoPublication . Alves, Liliana Sofia Pereira; Baptista, Isabel Maria de CarvalhoEsta dissertação, intitulada «Educação Social, Vulnerabilidade Humana e Toxicodependência – “Salas de Consumo Assistido” como Lugares de Acolhimento Sociopedagógico», está inserida no Mestrado em Ciências da Educação – área de especialização em Pedagogia Social, na qual se pretendeu conhecer o funcionamento das “salas de consumo assistido”, naquilo que se refere especificamente à aplicação de medidas de acolhimento de carácter pedagógico. Para tal, para efeitos de fundamentação do quadro teórico, são abordados conceitos da Pedagogia Social e da Educação Social, nomeadamente no que diz respeito à intervenção junto de pessoas em situação de vulnerabilidade. Deste modo é exposto, na primeira parte, um conjunto de conteúdos teóricos considerados relevantes, como a educação no seculo XXI, os direitos humanos, a vulnerabilidade humana. Na segunda parte é apresentado o estudo empírico, cujos objetivos específicos possibilitaram a identificação dos princípios orientadores da organização das “salas de consumo assistido”, tentando aferir sobre as perceções dos atores sobre as práticas de acolhimento sociopedagógico. Em termos metodológicos optou-se por uma abordagem qualitativa, configurando uma aproximação a estudo de caso. Os dados foram recolhidos através de uma entrevista a um elemento da equipa técnica, tendo por base todos os procedimentos ético-metodológicos necessários. Os resultados obtidos indiciam a existência de práticas de acolhimento sociopedagógico nas “salas de consumo assistido”, sendo identificadas ainda oportunidades de desenvolvimento e melhoria de processos.
- A igualdade de género e a intervenção no uso de substânciasPublication . Trabulo, Francisca do Amaral Resende; Matos, Raquel Maria Navais de CarvalhoEsta dissertação teve como objetivo investigar de que forma o género influencia o contexto de uso de substâncias e intervenção, na perspetiva de profissionais desta área. Mais especificamente, procura compreender os desafios de mulheres e comunidade LGBT neste contexto, avaliar o conhecimento dos profissionais sobre recomendações específicas para questões de género e verificar se estas são aplicadas. Além disso, procurou-se explorar as perceções dos profissionais quanto a práticas que consideram essenciais para implementar nas suas instituições. Foram realizadas entrevistas aprofundadas a 13 profissionais, com idades entre 22 e 56 anos, que atuam em seis contextos de intervenção distintos: salas de consumo assistido, equipas de rua, equipas de intervenção em contextos recreativos, comunidades terapêuticas, centros de respostas integradas e comissões para a dissuasão da toxicodependência. Os resultados revelam que, de acordo com os profissionais, mulheres e pessoas LGBT enfrentam desafios significativos no uso de substâncias e na intervenção, destacando-se obstáculos relacionados com a vulnerabilidade acrescida dessas populações, os estereótipos de género e o trabalho sexual que mais frequentemente exercem para sustentar o consumo de substâncias. Na perspetiva dos profissionais, embora algumas recomendações para a maior sensibilidade às questões de género estejam a ser implementadas, persistem aspetos negativos que requerem intervenção. Algumas das sugestões de mudança que os técnicos abordam ao longo das entrevistas é a criação de respostas de sensibilidade e equidade e formação e capacitação dos profissionais e da própria comunidade. Conclui-se que, embora existam medidas para proporcionar maior segurança e conforto a mulheres e pessoas LGBT no contexto de intervenção, o progresso realizado até ao momento é insuficiente. Torna-se, assim, necessário um compromisso contínuo e gradual para implementar mudanças que respondam de forma eficaz às necessidades destas populações.
- A meritocracia escolar no 1º ciclo : interpelações às aprendizagens, bem-estar e justiçaPublication . Moreira, Agostinho Coelho; Alves, José Joaquim Ferreira MatiasA sociedade de hoje vive numa contínua busca de melhor e dos melhores. As escolas, enquanto ecossistemas da sociedade, também apresentam um dinamismo onde o mérito é valorizado e premiado. O ensino privado tende a fomentar ainda mais este culto do mérito. No entanto, onde há a valorização daqueles que se distinguem pela excelência, há também um “esquecer” de muitos outros que não conseguem atingir esse nível meritório, segundo os padrões pré-definidos. A pedagogia salesiana considera que “A Educação é assunto do Coração” e propõe uma educação integral que vai para além do conhecimento académico que resulta numa relação afetiva entre educador e educando. A presente investigação procurou perceber, praticamente desde o início do percurso escolar, se a cultura do mérito é promotora de mais e melhores aprendizagens para todos os alunos e se também tem efeitos na perceção do bem-estar e da justiça. A investigação foi realizada num contexto concreto (grande colégio privado, habitualmente no top 10 do ranking nacional de escolas do secundário) e numa faixa etária determinada (alunos do 3º e 4º anos de escolaridade). Além da perspetiva dos alunos sobre os quadros de mérito, o presente trabalho procurou, também, a perceção dos pais sobre este assunto, uma vez que eles são um elemento muito importante em todo este processo e, não esquecendo a centralidade o professor, procurou-se perceber o que estes pensam sobre a temática. Por fim procurou-se perceber como esta prática se articula com a Proposta Educativa das Escolas Salesianas. Tratou-se de um estudo de caso intrínseco com uma abordagem qualitativa combinada com uma abordagem quantitativa. A abordagem qualitativa, através de focus group, foi usada com os alunos e professores e a abordagem quantitativa, através de inquérito, foi aplicada aos alunos e pais. A recolha de todos estes dados decorreu no 3º período do ano letivo 2023-24 e abrangeu um universo de 176 alunos (88 alunos do 3º ano e 88 alunos do 4º ano), os seus pais e professores. Os resultados mostram que, tal como na sociedade, a cultura meritocrática divide as pessoas. São muitos os que a valorizam (porque beneficiários dela), outros muito críticos pelas consequências. Para as escolas e em concreto para a Escola Salesiana onde o estudo foi realizado, são propostas medidas que têm como objetivo minimizar as consequências negativas desta cultura meritocrática, em especial na pedagogia, na relação pedagógica e na classificação/avaliação dos alunos. Esta dissertação é constituída por dois volumes, a dissertação em si e um segundo volume com os anexos.
- Por que razão as escolas (não) aprendem? Os fatores que ativam e os fatores que obstaculizam a aprendizagem organizacional da escolaPublication . Alexandre, Isabel Alexandra Martins Faria dos Santos; Mesquita, Diana Isabel de AraújoA concetualização da escola enquanto organização aprendente tem vindo a assumir-se como uma possibilidade de reforma dos sistemas educativos. Existe um vasto corpo de investigação que discute esta concetualização, tenta dissecar as inúmeras dimensões ou até mesmo avaliar modelos já largamente implementados. Apesar dos méritos reconhecidos, interessa estudar as minudências organizacionais que poderão ser indutoras de desigualdades dentro do sistema educativo alargado. Na busca destas minudências formulámos a nossa questão de partida: por que razão as escolas (não) aprendem? Interessava-nos desenvolver um estudo que permitisse responder às seguintes questões de investigação: 1) Quais os fatores que ativam a aprendizagem organizacional da escola? 2) Quais os fatores que obstaculizam a aprendizagem organizacional da escola? Apesar da simplicidade destes enunciados, estes deram-nos a conhecer uma realidade hipercomplexa, multiescalar e multidimensional. O estudo insere-se no paradigma fenomenológico-interpretativo, de natureza qualitativa, desenvolvendo-se em três fases distintas: um estudo exploratório, um estudo de caso intrínseco e um estudo extensivo. Atendendo à natureza do nosso problema de investigação mobilizámos a participação de lideranças, de professores, de assistentes técnicos e operacionais e de pais. A recolha de dados foi feita a partir de um período de observação não participante, de entrevistas semiestruturadas e de grupos de discussão focalizada. À medida que fomos tratando os dados, fizemos uma Revisão Sistemática da Literatura capaz de (des)construir concetualmente a problemática de investigação. Os dados recolhidos e as circunstâncias de tempo e de espaço que rodearam a nossa investigação, modelaram o trabalho e acrescentaram novas dimensões. Nomeadamente a urgência de uma ecologia amiga da aprendizagem, radicada em cada escola, fundada no desenvolvimento profissional contínuo e sustentável de todos (lideranças, professores e colaboradores não docentes), facilitando a emergência de uma liderança co-construída, congregando a ação de todos em prol de uma visão comum – a aprendizagem de todos os alunos, em especial os mais desfavorecidos.
- Porque a dislexia pura é rara: contributo para a inclusão de estudantes com dislexia e algumas comorbilidades no ensino superiorPublication . Almeida, Maria de FátimaPartindo-se da constatação de que um estudante com diagnóstico de Dislexia raramente terá apenas Dislexia, o presente artigo de revisão descritiva da literatura pretende contribuir para uma melhor compreensão da Dislexia e das suas comorbilidades mais frequentes. A inclusão de estudantes com Dislexia e comorbilidades, nomeadamente no ensino superior, apenas é possível com informação que clarifique o que são e o que é ter estas condições. Para além de abordar o outro lado da Dislexia, que é a Disortografia, o artigo apresenta uma revisão da literatura sobre a Discalculia, a Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA), a Perturbação Específica da Linguagem (PEL) e a Perturbação do Espectro do Autismo (PEA). Aborda as temáticas per se e as dificuldades acrescidas que cada uma traz ao quadro, já complexo, da Dislexia. O artigo não explora a questão, controversa, da comorbilidade da Dislexia com um QI abaixo da média, embora a aflore, mas traz sugestões para futuras investigações que se foquem nesta questão que pode ser relevante para a intervenção.