Browsing by Author "Fernandes, Ana"
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- António Dinis da Cruz e Silva et Nicolas Boileau: le théâtre en contactPublication . Fernandes, AnaNa cultura portuguesa existem duas épocas de preponderância francesa: a Idade Média em que Portugal integrou largamente a poesia dos trovadores e os romances bretões e o século XVIII. É esta última que nos interessa. Tendo vindo a trabalhar as relações entre a cultura portuguesa e a francesa num jogo de diálogos vários, pareceu-nos interessante percepcionar as relações entre dois textos de séculos distintos, mas em que o contexto histórico tem um peso bem definido. Após a restauração da autonomia portuguesa em 1640 e a guerra que Portugal manteve durante largos anos com a vizinha Espanha, o nosso país aproximou-se mais da França e da sua cultura. No plano literário, a incursão do teatro francês começa a fazer-se lentamente sentir e está na origem de uma querela entre aqueles autores que preferem o teatro francês e aqueles que apoiam a influência espanhola. É neste clima que surge, em 1774, O Hissope de António Dinis da Cruz e Silva, inspirado no Lutrin de Nicolas Boileau (1683), como o autor português confessou. Trataremos de salientar as semelhanças entre as duas obras tanto ao nível da sua concepção genológica quanto ao nível da sátira de costumes, sem deixarmos de destacar no texto de autoria portuguesa a censura dos modos de vida à francesa.
- Choderlos de Laclos e a educação das raparigasPublication . Fernandes, AnaPretendemos mostrar com este artigo que o romance Les Liaisons dangereuses de Choderlos de Laclos não é só um livro de licenciosidade sexual e uma bíblia da libertinagem, mas antes uma descrição complexa e subtil da condição da mulher francesa no século XVIII. De entre as personagens femininas isolámos duas que nos parecem simbólicas: a vítima (Mme de Tourvel) e a rapariguinha (Cécile), por serem as mais fracas e por terem em comum a sua educação monástica que parece ter sido um factor de alienação. Mostramos de igual modo que os três ensaios de Laclos, Des Femmes et de leur éducation, não são só uma continuação do romance, mas também a sua contrapartida teórica. Relativamente à condição feminina e à sua educação, os três ensaios e o romance levam-nos a confirmar que Laclos não só critica a sociedade em que viveu, mas parece preconizar uma revolta da mulher, a qual ocorrerá alguns anos depois.
- Dois mitos antigos revisitados por Jean AnouilhPublication . Fernandes, Ana
- EditorialPublication . Fernandes, Ana; Fonseca, António; Bárrios, Maria João
- Evidências da transição em casaisPublication . Loureiro, Helena; Camarneiro, Ana; Silva, Margarida; Carvalho, Maria; Mendes, Aida; Rodrigues, Rogério; Fonseca, António M.; Fernandes, Ana; Veríssimo, Manuel; Pedreiro, Ana; Angelo, Margareth
- Evidências da transição em indivíduosPublication . Loureiro, Helena; Silva, Margarida; Carmarneio, Ana; Fonseca, António M.; Mendes, Aida; Fernandes, Ana; Carvalho, Maria; Rodrigues, Rogério; Veríssimo, Manuel; Pedreiro, Ana; Angelo, Margareth
- La Cythère légendaire déchuePublication . Fernandes, Ana
- Le désastre de Lisbonne, de Jean-Nicolas Bouilly: coup de théâtre et pathétiquePublication . Fernandes, AnaO Terramoto de Lisboa de 1755 serve de pano de fundo a Le désastre de Lisbonne de Jean-François Bouilly. Começando pelo estudo do paratexto, segue-se a análise estrutural da peça que nos permite distinguir os momentos de tensão do drama e fazer uma abordagem do tempo, do espaço e das personagens tanto nas suas relações enquanto actantes como ao nível da sua psicologia. O trio amoroso que compõe a trama apercebe-se no momento mais trágico da peça de que a rivalidade se tem de transformar em solidariedade para que possam sobreviver, consciencialização que o patético intensifica.
- Les Bohemiens de Baudelaire, une métamorphose possiblePublication . Fernandes, Ana
- Les Immémoriaux de Victor Segalen: l'Autre qui est en moiPublication . Fernandes, AnaLes versions du XIXème et du début du XXème siècle de la vision (et du mythe) de Tahiti introduisent un clair changement dans la perspective et les soucis par rapport aux visions antérieures. Les Immémoriaux de Victor Segalen font un traitement plus anthropologique et scientifique du mythe. L’oeuvre révèle une tentative pour dépeindre la dissolution et la mort de la culture maorie à partir de son intérieur. La culture européenne, représentée par les pratiques jalouses des missionnaires anglais protestants, est rendue exotique, devenant un autre Autre. Cette métamorphose aide les Tahitiens à répudier et à oublier leurs dieux et leurs rituels mythologiques, leurs anciennes généalogies et leurs «Dires sacrés». L’ironie tragique consiste dans le fait que dans sa quête d’un retour à l’Âge d’Or, la culture européenne a détruit le paradis qu’elle s’efforçait de récupérer.