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- Peter Pan e os lugares secretos da infância: da ilha da Terra do Nunca ao aconchego da casa debaixo do chãoPublication . Araújo, Alberto Filipe; Araújo, Joaquim Machado deEste artigo identifica no conto de Peter Pan alguns lugares secretos do imaginário infantil: uma ilha situada num algures, o voo, uma casinha debaixo do chão, e particularmente o presente eterno. Estes lugares são outros modos da infância (Wendy) e da juventude (Peter Pan) se dizerem, se revelarem. A análise da obra permite uma aproximação da infância imaginal, complementa as dimensões da infância desveladas pela psicologia infantil, pela sociologia da infância, etc. e ilustra como o olhar dos Estudos do Imaginário muito enriquece, numa perspetiva interdisciplinar, os estudos da literatura infanto-juvenil.
- Faces da utopia: inferno ou paraíso?Publication . Araújo, Alberto Filipe; Araújo, Joaquim Machado de; Almeida, Rogério de
- Sob o signo de Jano e de Hermes: a educação nova e os equívocos de uma filosofia dos extremosPublication . Araújo, Alberto Filipe; Araújo, Joaquim Machado deDiversos autores, nomeadamente Israel Scheffler (1970), Olivier Reboul (1984), Daniel Hameline (1986) e Nanine Charbonnel (1991-1993), mostram que a linguagem da educação é fundamentalmente uma linguagem metafórica. Por isso, se compreende, sem muito esforço, que a ideia de educação se diz e se manifesta de múltiplas formas: pelas suas margens, como viagem por terra ou náutica, através das figuras do educador-pedagogo como jardineiro ou oleiro, o aluno comparado com um recipiente ora vazio ora cheio, entre outras metáforas que poderíamos enunciar. A própria metáfora de margem, que serve de lema ao Colóquio L’Education et ses Marges (Porto, 14-15-16, maio, 2018), é de per se uma imagem produtiva e instigadora de sentidos múltiplos que, de entre vários modos, assim se podem exprimir: utopia, algures, esquecimento, ocultação, periferia, loucura, marginalização voluntária ou imposta, afastamento, distanciamento, limiar… Aliás, esta imagem serve bem para ilustrar o próprio espírito da Educação Nova que, à sua maneira, afirma-se como um movimento educativo de margem por contraposição à Escola Tradicional que representa supostamente o centro. O movimento da Educação Nova interessou-se por temas e ideias pedagógicas que, por sua vez, estavam marginalizadas, esquecidas (pelo menos aparentemente) pelos pedagogos e educadores da Escola Tradicional. Por outras palavras, trouxe para o centro do debate educativo e das práticas pedagógicas toda uma libido educandi que se pretendia alternativa, inovadora que, de uma forma ou de outra, almejava irrigar os pensamentos, as formas e as práticas em educação e em pedagogia. Este estudo foca-se nas ideias-chave da Educação Nova, independentemente das designações preferidas pelos seus autores mais significativos, identifica alguns equívocos que derivam da circunstância da sua afirmação em contraposição à Escola Tradicional e, distanciando-se da filosofia dos extremos que inspiram alguns dos seus textos, afirma a necessidade de uma filosofia que integre o princípio da contradição e do terceiro incluído, como mais adequada seja para analisar a novidade trazida pela Educação Nova seja para identificar a congruência entre os processos implementados na prática pedagógica e os princípios de que ela se reivindica. Assim, nesta comunicação, primeiro explicitamos os fundamentos que inspiram a hermenêutica que empreendemos sob o signo de Jano e de Hermes e, depois, acompanhamos a demanda da Educação Nova sobre o centro da ação pedagógica e a alteração de perspectiva sobre as “marginalidades” que surgem no próprio âmbito da educação escolar. Por fim, identificamos a necessidade já sentida no interior do próprio movimento de uma nova teoria e prática de educação que, embora distinga os planos dos princípios e o plano das práticas, sustente a sua unidade e o exame crítico das concretizações conseguidas em determinado momento socio histórico.
- De figura simbólica a emblema da educação: cruzando olhares sobre o labirintoPublication . Araújo, Alberto Filipe; Araújo, Joaquim Machado deA figura simbólica do labirinto revela-se um complexo mítico-simbólico extremamente pregnante do imaginário mítico e do imaginário educacional. Este artigo dialoga com autores que estudaram a sua simbólica e construção e indaga sobre as implicações educacionais que decorrem da figura simbólica do labirinto. Tomando o labirinto como emblema da educação entendida como transmutação espiritual, constata que toda a educação iniciática, deve seguir os ensinamentos que dele derivam e criar condições para que o iniciado entre no seu interior, se descubra a si próprio e compreenda o sentido da sua profundidade. Trata-se de um processo mais da ordem da experiência, da descoberta e da aprendizagem do que do ensino, onde o protagonista é o próprio aprendente.
- Trabalho, escola e brincadeira. A utopia de PinóquioPublication . Machado, Joaquim; Araújo, Alberto FilipeThe Adventures of Pinocchio tell the Story of a Toy in a transition from the state of nature to the state of culture, of someone who develops himself morally from heteronomy to autonomy. In his development, he experiences the disenchantment of the miracle of the money multiplication without work and the Utopia of a fun land, the dream of any child. He reduces himself to the condition of an animal. The metaphor of the monkey to which he is faced when he is not succeeded in school is brought to the life of the animated toy. The cultural perspective on the consequences of the delay in maintaining a state of nature becomes a reality to the one who has run away from school at first. Then the one who has idleness has a goal turns to be a serious concern. At least the one who has work and self-directed learning as main aims is a relevant turning point to this tale.
- Dos ideais do simbolismo da festa da Árvore na I RepúblicaPublication . Araújo, Alberto Filipe de Abreu; Araújo, Joaquim Machado de
- Continuidade e renovação: ideologia e utopia de uma novidade pedagógicaPublication . Araújo, Joaquim Machado de; Araújo, Alberto FilipeEste artigo problematiza a relação entre utopia e educação na dimensão de possibilidade desejável e afirma a necessidade de limites éticos a uma perspectiva perfeccionista, identifica a complementaridade da utopia e da ideologia e realça a importância do “novo” na afirmação de uma proposta alternativa à pedagogia vigente. Depois, enquadra a novidade da “escola por medida” no âmbito da visão educativa da Educação Nova, distinguindo o modelo e as suas concretizações. Por fim, afirma a necessidade de atualização desta ideiade justiça educativa de acordo com a época que vivemos e a identidade narrativa da comunidade em que a escola se insere
- Ideologia e utopia: o fascínio da novidade da educação novaPublication . Araújo, Alberto Filipe; Machado, Joaquim; García Del Dujo, ÁngelO novo expressa o espírito de utopia e entronca-se com a rutura e a esperança. A demanda do novo é um empreendimento bem antigo com vista à afirmação de todo o discurso pedagógico, nomeadamente o dos autores da Educação Nova. A análise que fazemos dos textos destes autores salienta as ressonâncias míticas e utópicas desta novidade, identifica o seu ato fundador e faz o reconhecimento das características da sociedade ideal para que aponta a visão educativa que inspira este movimento pedagógico. Indaga ainda sobre a natureza da criança e o importante papel que ela desempenha na formação do homem novo, um “homem total” modelado por uma “educação integral”, e na edificação de uma sociedade onde impera a harmonia e a paz. A metodologia utilizada filia-se na tradição hermenêutica reflexiva e recorre às obras dos principais autores do movimento da Educação Nova. Conclui que esta Educação se insere numa linha de continuidade das ideias educativas, altera radicalmente o foco da pedagogia para a criança, mas exacerba a crença no papel educativo e social da Escola.
- O contributo de Gilbert Durand ao imaginário da ciência: em torno dos Colóquios de Córdova (1979), Washington (1984) e Veneza (1986)Publication . Araújo, Alberto Filipe; Araújo, Joaquim Machado de
- Da “pedagogia do não” e do “cogito” do sonhador, em gaston bachelard: pensando uma educação para a imaginaçãoPublication . Araújo, Alberto Filipe; Araújo, Joaquim Machado de; Chaves, Iduina Mont’AlverneNeste artigo, fundamentamos uma educação para a imaginação a partir da perspectiva de Gaston Bachelard, desenvolvida em torno da “Pedagogia do Não” e do “cogito” do sonhador, em oposição ao racionalismo dogmático e ao empirismo ingénuo, integrando a imaginação criadora através da qual o sujeito se faz imaginativo. Caracterizamos, assim, a “Pedagogia do Não” como uma pedagogia capaz de conduzir o diálogo e estabelecer equilíbrio entre pensamento e imaginação e atribui-lhe relevante papel na conjugação da objetividade científica e da imaginação poética, para, por fim, discutir a possibilidade de pensar uma educação para a imaginação na base do “cogito” do sonhador. Destacando os poderes e as funções da imaginação, quando recorrem às figuras de retórica, como a antítese, a hipérbole, a antífrase e o eufemismo, e ao jogo de imagens que esse uso comporta, realçamos a função eufemizante da imaginação e a sua capacidade de inovação semântica, susceptível de conduzir à “remitologização” do mundo, cumprindo um “novo espírito pedagógico” que, coerentemente com o “novo espírito científico”, conjugue a objetividade científica e a imaginação poética.