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- Esperar contra toda a esperançaPublication . Mendonça, José TolentinoUma coisa é certa: a dificuldade actual que temos com a esperança obriga-nos também a purificar as representações que fazemos dela. Tornou-se insuportável o discurso de uma esperança isenta, empolgada, ligeira, fácil, imediata. Se um elogio da esperança tem hoje cabimento é o de uma esperança que aceita a prova de fogo da desesperança, e que se de alguma maneira a transcende, também a integra no seu próprio processo.
- Poética da Escrit(ur)aPublication . Mendonça, José TolentinoA escrita da Escritura é, de maneiras variadas, uma escrita grandemente literária. A grande força sugestiva dos livros sagrados resulta, em grande medida, do poder que brota da própria palavra, do impacto criativo que, precisamente enquanto palavra literária, a Bíblia é capaz de estabelecer.
- O outro que me torna justo: uma leitura pragmático-linguística da parábola do fariseu e do publicano (Lc 18,9-14)Publication . Mendonça, José Tolentino de
- Identidade e enigma: a interacção dos personagens na secção galilaica de LucasPublication . Mendonça, José Tolentino
- As declinações do amor : uma curiosidade do texto lucanoPublication . Mendonça, José TolentinoÉ sabido como Lucas concede uma atenção profunda à singularidade do estatuto de Jesus, recorrendo a um grande número de tipologias narrativas. Um exemplo curioso, e que se soma a esses, é, porém, de natureza lexical: o das declinações do verbo amar. Dentre os Sinópticos, é este Evangelista quem faz um emprego mais numeroso desse verbo. Nele também, sempre que o verbo é significativo, ocorre nos discursos de Jesus. Sem dúvida que o seu sentido, em parte, prolonga quanto estava já fixado na tradição veterotestamentária, onde uma experiência de amor une o Deus da Aliança ao povo escolhido, através da fidelidade às exigências concretas da Lei (Ex 19,3-8). Mas em Lucas, o verbo amar é, para além disso, declinado em modo absoluto. E essa originalidade funciona como dispositivo de intensificação (verbal e teológica), anunciando não apenas a autoridade inédita com que Jesus desenvolve o seu programa profético, mas possibilitando o reconhecimento, na Fé, da sua identidade e do seu poder de Salvação. Mesmo aos que se situam “fora da Lei”.
- O espaço como categoria cristológica em Lc 7, 36-50Publication . Mendonça, José Tolentino
- The reactivation of Paul: a critical dialogue on Giorgio AgambenPublication . Mendonça, José TolentinoA Reactivação de Paulo deve ser lida, claramente, como uma expressão cifrada, que procura descrever um fenómeno específico: a recente viragem politica na abordagem de Paulo que tem sido liderada não já pela teologia, mas pela filosofia e pela Teoria da Cultura. Poderíamos descrevê-lo como o impacto de um inusitado boom editorial que junta ateus e católicos, judeus e protestantes, e o extravagante lacaniano, em torno à reivindicação de Paulo. No interior deste heterogéneo e efervescente movimento, a obra de Giorgio Agamben, que Paul Ricoeur classifica como um «vigoroso trabalho», parece-nos ser a que coloca o desafio maior e mais original a uma reflexão contemporânea sobre Religião e Espaço Público.
- A construção de Jesus: uma leitura narrativa de Lc 7, 36-50Publication . Mendonça, José TolentinoA nossa investigação escolhe um episódio do terceiro evangelho (Lc 7,36-50) para, num exercício de análise narrativa, averiguar o modo como o narrador lucano faz emergir a figura de Jesus. A isso chamamos «construção». Não se pretende discutir a prioridade que o Jesus histórico tem sobre o relato que o toma por protagonista. A nossa opção é a de sondar a forma como Jesus é revelado no texto evangélico pelo recurso a essa poderosa arte, que Lucas domina de forma até instintiva, a arte de narrar. Esta não só nada dilui do impacto teológico do texto evangélico, como nos faz perceber que a teologia não se pode dissociar do modo como a trama textual é construída: a obra lucana surge como o primeiro ensaio de cristologia verdadeiramente narrativa.
- A fragilidade de Deus: notas sobre um paradoxo paulino (1 Cor 1,25)Publication . Mendonça, José TolentinoA passagem de 1 Cor 1,25 tem despertado, tanto ao longo dos séculos, como no presente, o mesmo interminável assombro. O apóstolo afronta ali nada mais nada menos que o desconcertante tema da fragilidade de Deus. E fá-lo de uma maneira desafiadora, exigente e inesquecível, mergulhando o leitor num agitado oceano de perguntas. Mas como veremos, este tópico da fragilidade de Deus ganha na visão de Paulo um carácter programático. O conteúdo de 1 Cor 1,25 põe em marcha uma verdadeira “conversão da imaginação”, não só porque critica e desmantela o quadro convencional dos valores dominantes, mas porque oferece uma nova hermenêutica para a abordagem do mundo e da existência.
- O acto de ler como acto de justiçaPublication . Mendonça, José TolentinoÉ Walter Benjamin quem identifica a figura do narrador com o justo. Mas poder-se-á dizer o mesmo do leitor? E poder-se-á, na mesma linha, arriscar a nomeação da justiça para classificar a prática da leitura? É essa hipótese que o artigo, na sua primeira parte, testa, sondando as modalidades do que se passaria a chamar uma “leitura justa”. Sabendo que uma leitura que se configure como um “fazer (de) justiça” ao texto será sempre uma hermenêutica do aberto, uma hermenêutica que aceita o que está implícito na frase da escritora Maria Gabriela Llansol: «compreender um texto é como compreender um cão». Na segunda parte, apresenta-se o desenvolvimento da narratologia, ao longo do século XX, enquadrando a criação dessa ferramenta metodológica como uma tentativa de justiça em relação ao texto.