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- Representações do protestantismo na sociedade portuguesa contemporânea : da exclusão à liberdade de culto : 1852-1911Publication . Leite, Rita MendonçaA confessionalidade da Monarquia Constitucional alicerçou-se no carácter hegemónico do catolicismo romano no interior da sociedade portuguesa. Porém, essa hegemonia não correspondeu a um monopólio pleno, no sentido em que, em Portugal, durante a segunda metade do século XIX, se desenvolveram dinâmicas religiosas não católicas. As comunidades cristãs evangélicas foram parte integrante dessa construção da diferenciação que, progressivamente, foi também a estruturação de um percurso que as conduziria da exclusão, legitimada pelo Código Penal de 1852, à liberdade de culto, consignada na Lei da Separação de 1911.
- ApresentaçãoPublication . Silva, André de Campos; Tuna, Cátia; Leite, Rita Mendonça
- Eduardo Moreira e as missões protestantes no espaço colonial português: ecos de um projeto pedagógico de evangelização na primeira metade do século XXPublication . Leite, Rita MendonçaA estruturação do protestantismo português resultou de um processo complexo dinamizado com uma consistência substancial sobretudo a partir de finais do século XIX. No decorrer desse processo, várias figuras se destacaram na liderança de um movimento pioneiro, participando ativamente da construção da pluralidade religiosa no país. Eduardo Henriques Moreira (1886‑1980) sobressai entre esses líderes pela amplitude do seu campo de ação e pela abrangência e densidade da sua reflexão. Na década de 30 (séc. XX), a viagem que levou a cabo pelos territórios africanos de dominação portuguesa, produziu uma influência determinante no seu pensamento e na sua visão sobre o papel do protestantismo em Portugal e da missionação evangélica no Império Português. Defendendo a noção de uma unidade nacional que abrangia necessariamente os territórios coloniais, o plano de evangelização projetado por Eduardo Moreira assentava antes de mais na necessidade de promoção da instrução em Portugal e, por conseguinte, nas suas colónias, onde o potencial e a importância das missões evangélicas adquiriram uma abrangência que nunca alcançariam efetivamente na metrópole.
- A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira e as Escrituras em português: o debate entre a “Bíblia protestante” de Almeida e a “Versão autorizada” de Figueiredo (1804-1940)Publication . Leite, Rita MendonçaA Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (SBBE) foi fundada em 1804 em Londres com o objetivo singular de divulgação universal dos textos bíblicos. O processo de implantação da Sociedade Bíblica em Portugal, como no Brasil, tornou, no entanto, bastante claro que a “simples” divulgação das Escrituras era na verdade uma atividade bastante complexa e que a SBBE não abdicava de aplicar mecanismos de supervisão sobre a difusão da Bíblia enquanto veículo transmissor da Verdade revelada, uma esfera de ação que foi também disputada por sociedades congéneres. Concretizado por diversas vias, aquele controlo começou desde logo por se manifestar através da seleção das traduções a circular nos diferentes países onde interveio. No âmbito da atividade desenvolvida em Portugal e no Brasil ao longo do séc. XIX e inícios do séc. XX, a SBBE utilizou duas traduções da Bíblia: a de João Ferreira de Almeida (1628-1691) e a de António Pereira de Figueiredo (1725-1797). A discussão em torno dessas opções, sobre a qual este artigo incidirá, foi sobretudo um debate sobre o carácter mais ou menos autorizado de que dispunham e sobre os graus de cristianização, protestantização e catolicização que as mesmas potenciavam.
- A portabilidade da Bíblia a uma nova escala: a Sociedade Bíblica e o projeto de universalização das Escrituras (séc. XIX)Publication . Leite, Rita MendonçaA institucionalização da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (SBBE) no século XIX na Grã-Bretanha (re)colocou o problema da portabilidade da Bíblia a uma nova escala, procurando concretizar um plano de universalização do acesso aos textos bíblicos. O caso específico da implementação da SBBE em Portugal ao longo daquele século foi parte integrante desse projeto, ao mesmo tempo que tornou bem patente o modo como aquela institucionalização do religioso se estruturou sobre dois níveis: o proselitismo e a dimensão económica, sucessivamente trabalhados no âmbito de fronteiras ambíguas e flutuantes. Este artigo foca-se no modo como a ação da SBBE em Portugal potenciou a portabilidade e materialidade das Escrituras a favor da disseminação de um Texto que definia como sendo sagrado.