FT - Teses de Doutoramento / Doctoral Theses
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing FT - Teses de Doutoramento / Doctoral Theses by Field of Science and Technology (FOS) "Humanidades::História e Arqueologia"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Ao serviço do império : o associativismo escotista e o enquadramento da juventude em Portugal (1911-1939)Publication . Graça, Gonçalo Filipe Brito; Fontes, Paulo Fernando de OliveiraA institucionalização do associativismo escotista em Portugal abriu um novo modelo de enquadramento social da juventude. Um projeto educativo apoiado desde o início por várias fações republicanas, e logo no término da Monarquia em 1910, já que objetivava a um novo e moderno arquétipo europeu de cidadania, pátria e civilização, sob modelos específicos de género, raça e inicialmente sem qualquer conotação com o universo católico. A transmissão cultural do scouting, e como a juventude portuguesa o adotou, introduz-se nos mais recentes debates historiográficos sobre o papel dos movimentos sociais na construção moderna dos futuros cidadãos. As investigações ao método escotista em Portugal têm sido feitas sobretudo a partir da história da educação, no entanto faltava ainda um novo olhar estendido à sua génese. Essa perspectiva permite responder às capacidades de resistência contra as políticas juvenis de absorção estatal com a instauração das Mocidades Portuguesas tanto em Portugal como no império. Desta forma, selecionou-se o período entre 1911 e 1939 para observar como as ideias de Robert Baden-Powell foram aceites em Portugal, se materializaram e se institucionalizaram, e como os representantes associativos se articularam e se adaptaram aos vários regimes políticos vigentes. Esta observação permite perceber a exclusividade do caso português dentro das geografias ditatoriais europeias, sendo Portugal o único país do Velho Mundo a tolerar a existência do associativismo escotista lado a lado com as juventudes estatais.
- "Vendaval de utopias" : do catolicismo social ao compromisso político em Portugal (1965-1976) : os católicos da revolução e o PCPPublication . Silva, Edgar Freitas Gomes; Fontes, Paulo Fernando de Oliveira; Ferreira, António Manuel MatosEste estudo tem como arco cronológico o ano de 1965, data em que se concluiu o II Concílio Vaticano, acontecimento marcante de expressão da vontade renovadora da Igreja Católica, mas também um referencial simbólico de processos de aggiornamento que atravessaram diversas sociedades, com dinâmicas de entusiasmante esperança e de compromissos pluriformes quanto à criação de uma sociedade diferente. A outra extremidade do arco temporal é 1976, quando, depois da Revolução de Abril, em Portugal, se confirma e projeta na história a construção de um modelo democrático, através da aprovação da Constituição da República Portuguesa, a 2 de abril de 1976. No Estado Novo, diversos setores da sociedade portuguesa mobilizaram-se, não só para o derrube do regime de Salazar e Caetano, mas também pela imaginação de uma sociedade alternativa, radicalmente distinta nas suas formas de organização, produção e desenvolvimento, tendo como horizonte futuro o socialismo. Naquele âmbito, na pesquisa historiográfica colocaremos o enfoque no papel dos movimentos sociais, no que ambicionavam de transformação da sociedade, nos seus ideais e obstaculizações, no modo como fluíram e aconteceram através da ação direta, numa intervenção coletiva, na procura de sentido, questionando as estruturas e propondo mudanças, desencadeando alterações nas formas de organização da sociedade. De entre os movimentos sociais, priorizámos a investigação sobre o movimento da paz, o movimento operário e sindical e o movimento em defesa dos presos políticos, e neles identificámos desencontros entre o PCP, os católicos e a igreja, como também confluências e registos de articulações entre comunistas e católicos. No cerzir dessas convergências nos movimentos sociais também esteve em incubação o 25 de Abril. Nestas trajetórias far-se-á a contextualização da pluralidade das experiências dos «católicos da revolução», aqueles católicos que motivados por uma ideia de «revolução», pelo sentido escatológico inerente ao marxismo ou impelidos pelo dever de inadiável agir transformador da história, pela edificação da justiça, decidiram fazer uma opção revolucionária