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- Ângulo e perfil de emergência como indicador de risco para peri-implantite : a scoping reviewPublication . Gomes, António Carlos Gonçalves; Almeida, Rita Silva Bornes de; Correia, André Ricardo MaiaIntrodução: A peri-implantite traduz-se como uma complicação major que poderá levar a um quadro de insucesso na manutenção funcional de implantes dentários a longo prazo. As recentes investigações nesta área colocam em evidência o potencial papel do desenho protético, incidindo de forma particular sobre o ângulo e perfil de emergência, no desenvolvimento de doença peri-implantar relevante. A literatura ainda permanece heterogénea no que concerne ao estabelecimento de resultados causa/efeito e da associação de fatores etiológicos claros com a peri-implantite. Objetivo: A presente scoping review tem como objetivo sintetizar a literatura disponível acerca da influência do ângulo e perfil de emergência dos componentes protéticos na peri-implantite. Materiais e Métodos: Foram realizadas pesquisas eletrónicas na b-on, Web of Science e PubMed até abril de 2025. Foram incluídos estudos clínicos e revisões sistemáticas que avaliaram a relação entre o ângulo de emergência e/ou perfil de emergência de restaurações implanto-suportadas e a saúde dos tecidos peri-implantares. A extração de dados abrangeu o desenho do estudo, o tamanho da amostra, o tipo de prótese, o acompanhamento, os critérios de diagnóstico para peri-implantite e os principais resultados. Resultados: Dez estudos preencheram os critérios de inclusão, incluindo estudos transversais, retrospetivos, ensaios clínicos aleatórios e revisões sistemáticas. A maioria dos estudos identificou um ângulo de emergência superior a 30º e um perfil de emergência convexo como fatores de risco significativos para o aumento da prevalência de peri-implantite e perda óssea marginal. Os perfis de emergência côncavos ou retos foram associados a uma maior estabilidade dos tecidos peri-implantares e a uma manutenção mais fácil. Alguns estudos, não encontraram um fator de risco significativo para o aumento da prevalência de peri-implantite e perda óssea marginal. Conclusão: A evidência atual sugere que os desenhos protéticos com um ângulo de emergência superior a 30º e um perfil de emergência convexo estão associados a um maior risco de peri-implantite e perda óssea marginal. Os protocolos clínicos devem dar prioridade a ângulos de emergência reduzidos e perfis côncavos para promover a saúde dos tecidos peri-implantares. São necessários mais estudos prospetivos com critérios de diagnóstico padronizados para confirmar estes resultados.