CIIS - Contribuições em Revistas Científicas / Contribution to Journals
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- Revisitando as Afasias na PALPA-PPublication . Mineiro, Ana; Caldas, Alexandre Castro; Rodrigues, Inês; Leal, GabrielaNeste artigo, revisita-se a noção de afasia e os defeitos linguísticos que lhe são subjacentes, analisando uma bateria recente para a avaliação da linguagem na afasia, em português, a PALPA-P de São Luís Castro, Susana Caló e Inês Gomes (2007).
- “As cores da voz”: expressão das emoções no timbre da voz cantadaPublication . Pereira, AnaA expressão das emoções na voz cantada faz-se segundo um código com vários parâmetros tais como: tempo, vibrato, ritmo, afinação, amplitude e timbre. O objectivo deste estudo é compreender como é que o timbre expressa as emoções do performer. Doze cantores profissionais foram gravados a cantar peças musicais eruditas com um conteúdo emocional específico – Tristeza, Alegria, Raiva e Medo – e um vocalizo (Neutro). Os dados consistiram em 432 vogais extraídas das gravações aceites perceptivamente por um júri composto por sete estudantes de canto. Os resultados mostraram que as frequências dos formantes mudam de acordo com as emoções: Raiva e Alegria têm frequência de ocorrência dos formantes mais altas do que Tristeza e Medo. Esta investigação mostrou, também, que os formantes têm funções especializadas: F2 e F1 discriminam vogais, F4, F3 e F5 discriminam indivíduos e F5 e F1 discriminam emoções. Os resultados apontaram para o facto de, independentemente do tipo de voz, cada emoção ter a sua própria assinatura tímbrica, visível no espectro, com uma conexão específica com um formante: Raiva/F5, Tristeza/ F4 e Alegria/F3. Este último ponto necessita de investigação futura.
- O ensino médico pós-graduado baseado em competências: reflexão sobre o internato médicoPublication . Domingos, FernandoIntrodução: o conceito de treino/aprendizagem baseada em competências (TABC) é relativamente recente na educação médica portuguesa, embora seja cada vez mais recomendado a nível internacional como forma de responder às exigências actuais do ensino médico, nomeadamente no treino de especialistas. Métodos: foi efectuado um estudo empírico para avaliar se o internato da especialidade apresenta características compatíveis com uma aprendizagem baseada em competências. O estudo implicou a construção e validação de um questionário constituído por 17 itens medidos numa escala de Lickert de cinco níveis. A validade de conteúdo foi avaliada de acordo com o método de Lawshe. A fiabilidade avaliada com alfa de Cronbach foi de 0,722. O questionário foi enviado pelo correio para 4.501 médicos, incluindo uma amostra aleatória de especialistas de Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna e Cirurgia, e todos os possíveis internos. O preenchimento foi efectuado pelos próprios médicos e foi anónimo. Resultados: responderam 457 médicos (10,3% dos inquiridos) com idades entre os 27-82 anos. Foram considerados válidos 439 questionários, correspondentes a 237 internos da especialidade e 202 especialistas (72 cirurgiões, 67 internistas e 63 médicos de família); 128 especialistas eram tutores. A maioria dos respondentes (78,7%) admitiu ter pouco ou nenhum conhecimento dos métodos de TABC. A maioria dos médicos considera ter um conhecimento aceitável das competências genéricas e específicas que devem ser adquiridas no internato da sua especialidade, embora esse conhecimento seja mais acentuado na especialidade de Medicina Geral e Familiar. As respostas aos itens relacionados com a adequação dos métodos de treino são concordantes com os métodos TABC. Contudo, as respostas a todos os itens relacionados com os instrumentos de avaliação revelam muito pouca concordância com os métodos de TABC. Conclusões: os resultados contrariam a possibilidade do internato médico português ser um processo de treino/aprendizagem baseado em competências.
- A voz da criança autista: o estímulo musical cantado como suporte à comunicaçãoPublication . Machado, RosalinaA voz das crianças de espectro autista revela ser monocórdica, pouco flexível e desprovida de emoções. O tema desta investigação surgiu do interesse em averiguar se seria possível verificar alterações no tom de voz da criança de espectro autista através da música cantada. O estudo teve como objectivo principal verificar se a frequência fundamental (F0) sofreu alterações depois do estímulo cantado. A amostra engloba os alunos das salas TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children) de quatro escolas primárias do distrito de Lisboa, tendo o estudo sido realizado nas instalações das escolas, com um total de 20 crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 13 anos. O funcionamento das salas baseia-se numa metodologia desenvolvida para crianças com espectro de autismo. As sessões musicais, que foram realizadas como parte do estudo, consistiam em cantar durante 15 minutos uma música com o auxílio de um suporte instrumental gravado, de forma a que cada criança pudesse ouvir e sentir os fenómenos resultantes da voz cantada por um profissional de canto. A recolha de dados foi realizada individualmente recorrendo à aplicação Audacity. As palavras que foram seleccionadas de cada elemento da amostra foram posteriormente analisadas no Praat para obter as médias da F0. Apesar de não ser possível generalizar os resultados, o presente estudo demonstrou que dez sessões musicais foram suficientes para verificar alterações da F0 (P=0,008; X=0.1), assim como alterações no comportamento da amostra em estudo.
- Amor Surdo: realidade cultural? O papel da Língua Gestual Portuguesa e da Cultura Surda no comportamento afectivo de 10 jovens SurdosPublication . Pereira, JoanaA cultura Surda, conceito que abarca a visão que os membros das comunidades linguísticas minoritárias Surdas detêm de si mesmos e do mundo, é um conceito recente na comunidade científica internacional. Em Portugal ainda se perspectiva muito a surdez na sua dimensão biológica, por meio de uma concepção patológica baseada na ausência ou diminuição do sentido da audição. Esta não corresponde à visão que as pessoas Surdas têm de si próprias. Este trabalho apresenta a pessoa Surda como um indívíduo que se concebe a si mesmo como experienciando uma existência positiva, com uma língua e cultura destacadas das da maioria populacional. O papel do amor nas vidas humanas é o de tecer laços afectivos entre os indivíduos, construindo redes relacionais que se tornam no tecido cultural e social em que vivemos. Neste estudo qualitativo analisa-se o papel que a Língua Gestual Portuguesa (LGP) e a cultura Surda têm no florescimento das relações de amor que ocorrem na vida de 10 jovens Surdos e o modo como os sujeitos pensam a amizade e o amor romântico. A informação recolhida através de inquéritos por questionário aos participantes revela que, na escolha de potenciais amigos« ou parceiros românticos, uma atitude de abertura para com a diversidade e de respeito para com a cultura Surda, os seus valores e língua é, para eles, determinante.
- Reflexões sobre formação contínua certificada no contexto do Processo de BolonhaPublication . Alaiz, VitorEste artigo apresenta um estudo exploratório feito com o objectivo de conhecer como é que licenciados em Medicina, após terem frequentado um curso de Mestrado em Educação Médica, percepcionavam a carga de trabalho (workload) que as diversas actividades propostas pelo mesmo lhe tinham suscitado. O estudo foi aplicado no âmbito de um mestrado destinado exclusivamente a médicos. Este estudo empírico, baseado num questionário construído para o efeito, pretendia ser um ponto de partida para uma reflexão mais ampla sobre a compatibilidade entre aprendizagem ao longo da vida e formação pós-graduada certificada, reflexão que extravasa o âmbito da educação médica contínua, contexto em que este questionário foi inicialmente aplicado. Ou seja, sobre os constrangimentos à formação contínua de profissionais com elevado grau de formação académica realizada em cursos de pós-graduação certificados por universidades num contexto pós-Bolonha.
- Descrição e análise de um sistema de avaliação das aprendizagens numa Faculdade de MedicinaPublication . Ramalho, LeonorNeste estudo descreve-se o sistema de avaliação das aprendizagens na disciplina de Clínica Geral da FCML e analisa-se também na perspectiva dos resultados produzidos. Verificou-se que os resultados da avaliação de desempenho são superiores aos da avaliação de conhecimentos; não há variabilidade dos resultados dos alunos em cinco anos lectivos; as alunas têm, na avaliação de conhecimentos, classificações superiores à dos alunos. Na avaliação de desempenho, não se demonstrou influência da interacção do género do tutor e do aluno. A classificação final da disciplina de Clínica Geral da FCML reflecte os resultados da avaliação sumativa. Para aumentar o peso da avaliação formativa, face à sumativa, sugere-se que os tutores tenham formação pedagógica e em técnicas de supervisão, bem como treino na utilização dos instrumentos de avaliação.
- Educação médica contínua: motivações e metodologias de ensino-aprendizagemPublication . Serra, Maria Adelaide de LimaA Andragogia é tão antiga como o próprio Homem, mas a sua individualização como teoria de Aprendizagem só surgiu no final do século XX. Na área médica existe já uma experiência significativa da sua utilização no ensino pré-graduado, mas na educação médica contínua os estudos são ainda relativamente escassos e dirigidos sobretudo ao ensino de gestos. Este estudo foi desenhado com o objectivo de perceber quais as motivações dos médicos para continuar a estudar ao longo da vida, quais os estilos de ensino/aprendizagem mais adoptados por este grupo profissional e como avaliam as acções de formação que frequentaram. Para tal, foram construídos e validados três questionários (motivações, métodos preferenciais de aprendizagem e avaliação das acções de formação), que foram apresentados em conjunto a um grupo de 95 médicos de várias especialidades, seleccionados por conveniência. A análise dos resultados demonstrou que, na realidade, os médicos estudam de forma contínua, sobretudo por satisfação pessoal e pela necessidade de actualização. Estudam primordialmente para responder aos problemas clínicos do dia-a-dia, preferindo, inicialmente, adquirir os conhecimentos de forma passiva (lendo livros e revistas), mas dando primazia aos métodos activos (discussão entre colegas e aplicação prática dos conhecimentos) para a estruturação, reforço ou actualização de conhecimentos prévios. A maioria dos médicos não recorre a reuniões científicas para aprender, embora considerem que elas são importantes para a aquisição de conhecimentos e melhoria da prática clínica. O local onde decorrem as acções de formação não é importante para a aprendizagem, mas o horário extra-laboral é mais motivante. A maioria das acções de formação frequentadas basearam-se no método expositivo, tendo correspondido às expectativas iniciais em cerca de metade dos inquiridos. A importância do formador na aprendizagem é reconhecida por menos de metade dos inquiridos.
- Identidade pessoal e neuroética: o novo desafio da FilosofiaPublication . Fernandes, Sara Margarida de Matos RomaNos finais do século xx, a Neuroética surgiu como um novo domínio de investigação interdisciplinar, com vista a reflectir sobre os desafios éticos que os avanços neurocientíficos e neurotecnológicos mais recentes vieram colocar. O presente artigo tem como objectivo apresentar as principais questões filosóficas decorrentes da neuroética e mostrar como podem ser subsumidas no amplo problema filosófico da identidade pessoal. Este artigo procura desenvolver esta perspectiva a partir de três ideias centrais: 1) o cérebro e a mente podem ser considerados a origem da identidade pessoal; como toda a intervenção cerebral pode afectar a natureza e o conteúdo da mente, segue-se que pode alterar a identidade pessoal; 2) por seu turno, a manipulação médica e directa do cérebro coloca, sob uma nova perspectiva, o problema filosófico da liberdade e responsabilidade humana; 3) finalmente, como a doença é factor de desestabilização da identidade pessoal, também levanta problemas relativos à ética da relação médico-paciente.
- O processo de avaliação dos níveis de bem-estar espiritual: um contributo para a sua validaçãoPublication . Rego, Ana Cristina CarameloO presente estudo teve como objectivo analisar os resultados da tradução/validação da Escala de Avaliação Espiritual e estudar as suas propriedades psicométricas. O instrumento original, denominado Spiritual Assessment Scale foi desenvolvido por Elizabeth O’Brien (1999), com o objectivo de avaliar o bem-estar espiritual. Partindo da Spiritual Assessment Scale, procedeu-se a um estudo de investigação metodológica. O instrumento foi validado numa amostra de 210 pacientes. Após a análise da homogeneidade dos itens, suprimiram-se dois itens da escala original, ficando a escala de avaliação espiritual constituída por dezanove itens. A escala é composta por três factores correspondentes aos três conceitos que compõem o Spiritual Well-Being (Fé Pessoal, Prática Religiosa e Paz Espiritual). Os resultados indiciaram estarmos perante uma escalafiável e válida para a avaliação do bem estar-espiritual, embora se sugira a necessidade de novos estudos de revalidação.