FCSE - Dissertações de Mestrado / Master Dissertations
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Browsing FCSE - Dissertações de Mestrado / Master Dissertations by advisor "Almeida, José Manuel Pereira de"
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- A autonomia do doente em fim de vida e a satisfação com a informaçãoPublication . Calado, Marta Gabriela Rebocho; Almeida, José Manuel Pereira de; Capelas, Manuel Luís VilaIntrodução: O respeito pela autonomia do ser humano está relacionado com a sua autodeterminação em tomar uma decisão sobre si próprio e sobre a atuação de outro em si. A autonomia pressupõe a livre escolha do doente sobre a aceitação ou recusa de intervenção em si próprio, partindo do pressuposto que este possui informação suficiente para tomar a decisão, o doente tem um papel ativo na participação dos seus cuidados de saúde. Material e Métodos: Estudo descritivo inserido no paradigma quantitativo. Amostra não probabilística, acidental de 30 doentes internados em UCP. Aplicado um questionário com 3 partes, a primeira caracterização sociodemográfica, a segunda escala de conhecimentos sobre a doença; e a terceira questionário de experiências e opiniões relacionadas com o direito à informação. Resultados: Responderam ao questionário 30 doentes, média de idades 69,23 anos; coabitam maioritariamente com o cônjuge. Os grupos mais expressivos sabem apenas ler e escrever ou possuem o primeiro ciclo. Para a grande maioria esta não foi a sua primeira experiência de internamento. Discussão: Os doentes atribuem mais importância à informação sobre os tratamentos e opções terapêuticas. A grande maioria deseja saber tudo o que se passa. O médico continua a ser a grande fonte de informação. Alguns doentes referem que lhe são realizados exames e tratamentos, sem que lhe seja explicada a pertinência e objetivo dos mesmos. Conclusões: Os doentes permanecem insatisfeitos com a qualidade da informação recebida, o desejo de ser informado prevalece sob o desejo de participar na decisão, o testamento vital e diretivas antecipadas de vontade são conceito ainda pouco conhecidos do doentes, quer pela idade avançada quer pelo desconhecimento dos seus direitos, o direito à autodeterminação não pode ser muitas vezes aplicado por falta de empowerment do doente para tomar decisões.
- Cuidados paliativos e obstinação terapêutica : decisões em fim de vidaPublication . Vilhena, Rita Rasquilho Vidal Saragoça Mendes; Almeida, José Manuel Pereira deOs inúmeros avanços científicos e tecnológicos do século XX, na área da medicina, fizeram que a “cura” se fosse impondo no contexto das doenças agudas, afastando a morte para o culminar de doenças crónicas e evolutivas. Esta cultura triunfalista da cura (compreendida como vitória) instalou sentimentos de derrota e frustração face à morte e levou os profissionais a querer curar e salvar a todo o custo, adiando o mais possível o momento da morte. É neste contexto que se começa a questionar o uso de todos os meios disponíveis para prolongar a vida, fazendo-se a distinção, primeiro, entre meios ordinários e extraordinários e, depois, entre meios proporcionados e não proporcionados. Assiste-se, entretanto, à adopção do termo “futilidade”. Um meio é fútil se, através dele, não somos capazes de atingir o fim pretendido: o de beneficiar o doente. Este trabalho pretende reflectir sobre os critérios que devem orientar a tomada de decisão de “não iniciação” ou de “interrupção” de tratamentos em doentes terminais. A metodologia usada é a da revisão integrativa da literatura e da reflexão crítica dos artigos existentes sobre o tema em cinco anos (entre 2007 e 2011), publicados nas revistas Hastings Center Report, British Medical Journal e Medicine, Health Care and Philosophy. Da análise dos artigos resultam seis grandes temas de discussão. O conceito de futilidade (a obstinação terapêutica e os cuidados paliativos); os conflitos entre, por um lado, a autonomia e os direitos dos doentes e, por outro, a responsabilidade e os deveres da equipa de saúde; a importância da comunicação equipa de saúde / doente no processo de tomada de decisão; os critérios de decisão de não iniciação ou de interrupção de tratamentos; o princípio do duplo efeito; e, finalmente, a questão da interrupção da alimentação e da hidratação artificiais.
- Fisioterapia em cuidados paliativos : acção e comunicação no acompanhamento dos doentesPublication . Vieira, Maria Cristina Faria de Mello; Almeida, José Manuel Pereira deA participação do fisioterapeuta nos cuidados paliativos contribui para melhorar a qualidade de vida, aliviando a dor e promovendo o bem-estar. Boa parte da acção do fisioterapeuta desenvolve-se pela comunicação com o doente, com os seus familiares e com a equipa. A comunicação é um processo que permite às pessoas trocar informações sobre si mesmas e o que as rodeia. Os seus objectivos são reduzir incertezas, preocupações e expectativas, melhorar os relacionamentos e indicar uma direcção ao doente e à sua família. A honestidade na comunicação é um imperativo ético para uma verdadeira prática clínica. Aprender e treinar técnicas de comunicação é cada vez mais uma necessidade, uma competência a adquirir para uma boa prática nos cuidados de saúde. A investigação da Teoria do Agir Comunicativo de Jürgen Habermas permite iluminar este novo modelo de acção e comunicação. Esta teoria envolve diferentes formas de acção (atitude performativa, agir para o entendimento mútuo, relação interpessoal e intersubjectividade) e de comunicação (onde aborda a ética do discurso e as suas regras; as pretensões de validade, a verdade, a correcção e a veracidade; indica as referências ao mundo objectivo, subjectivo e social). A sua aceitação é um garante da competência comunicativa, tão relevante para uma boa relação comunicacional. A reflexão sobre a teoria de Habermas corresponde a uma perspectiva ética, com uma uniformização de critérios, sendo uma ferramenta teórica susceptível de passar à prática. Penso conseguir contribuir não só para uma nova abertura de horizontes de um novo agir no acompanhamento dos doentes e suas famílias, como também para uma mudança de atitude dos profissionais de saúde, com vista a uma melhoria significativa no relacionamento humano, no respeito, na comunicação e na dignidade da pessoa humana. Esta mudança de atitude pode de igual modo ser alargada a outras áreas da saúde.