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O objetivo deste estudo é explorar quais as razões que levaram ao
surgimento do microcrédito e qual o impacto desta estratégia na vida das
pessoas que a ela recorrem. Procura-se ilustrar empiricamente a investigação
através de um projeto de microcrédito embrionário – O Projeto de Capital de
Risco Solidário em São Tomé e Príncipe.
Para atingir estes objetivos e de forma a adquirir um enquadramento
económico que facilite a compreensão do surgimento do microcrédito, recorrese
à exploração de diversos conceitos, tais como pobreza, informação
assimétrica e problemas de agência nos mercados de crédito. Conclui-se que o
microcrédito é eficaz na resolução dos problemas de informação imperfeita que
levam a que o mercado de crédito tradicional exclua as pessoas em situação
de pobreza.
A resposta à pergunta “microcrédito: para quê?” baseia-se numa análise
socioeconómica dos impactos de um conjunto de projetos aqui revistos,
destacando-se a importância do Capital Social no seu funcionamento. Concluise
que a participação em programas de microcrédito pode contribuir para a
redução da pobreza das famílias, enquanto fenómeno multidimensional.
O caso de estudo desta investigação permitiu transpor as questões
anteriormente abordadas para a realidade Santomense e para os resultados do
projeto. Os métodos utilizados para a realização do trabalho no terreno
consistiram na observação participante, entrevista e recurso a interlocutores
privilegiados. A experiência de campo indicia que a existência de microcrédito
em São Tomé e Príncipe pode ser pertinente tendo em conta as falhas no
mercado de crédito formal aí existentes e graças aos possíveis impactos
positivos gerados pelo microcrédito.
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Keywords
Pobreza Microcrédito São Tomé e Príncipe