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- Os dados da individualização crente: uma reflexão teológicaPublication . Terra, DomingosO inquérito, recentemente efetuado, sobre as identidades religiosas em Portugal fornece dados que mostram o reforço da tendência para a individualização crente que tem vindo a verificar-se já nos últimos tempos. Importa colher o que desses dados diz respeito concretamente aos católicos. Convém submeter as configurações crentes que eles indicam a um discernimento teológico. Trata-se de perceber o que nestas está de acordo com a verdade da fé cristã ou se lhe afigura estranho. É um exercício que requer o face a face dialogante entre o ‘eu’ da fé e o ‘nós’ eclesial. Este último deve abrir espaço para que aquele possa exprimir-se na primeira pessoa do singular. Mas tem de verificar também se o referido ‘eu’ dá mostras de filiação na fé que a Igreja vive e proclama. É possível que o ‘eu’ da fé surpreenda o ‘nós’ eclesial em alguns aspetos, de forma positiva. Mas pode acontecer igualmente que veja serem-lhe apontadas falhas que necessitam de especial atenção.
- A fé cristã no espaço públlicoPublication . Terra, DomingosA fé cristã deve respeitar o pluralismo que marca muitas sociedades hoje em dia. Mas também deve poder contribuir para a reflexão de todos sobre o que tem a ver com a construção do ser humano. Daí que a Igreja se preocupe com a presença da referida fé no espaço público. É o que motiva a obra que agora surge. Nela, estuda-se a laicidade, enquanto lógica de configuração da vida coletiva de muitas sociedades e, portanto, de definição do lugar dado à fé cristã no seio delas. Em seguida, examina-se o convívio dessa fé com a laicidade, de acordo com o que esta determina. Presume-se que se requeira aprendizagem de ambas as partes. Depois, clarificadas as implicações da laicidade, pensa-se a intervenção pública da fé cristã tendo em conta o que esta é: as oportunidades que comporta e as exigências que enfrenta. Finalmente, discute-se a tangibilidade da fé cristã no conjunto da sociedade, assumindo que deve ser possível localizar o que lhe é próprio no seio desta.
- A gramática da fé cristãPublication . Terra, DomingosFala-se muito da fé cristã como conteúdo de doutrina. Mas não se pode esquecer que ela é também uma atividade. São dois aspetos que integram a estrutura da referida fé. Esta apresenta-se como um todo coeso que inclui conteúdo e ato. É neste segundo aspeto que se centra o livro que agora se publica. Com o pluralismo das nossas sociedades modernas, a fé cristã está sujeita a confusões. Podem juntar-se elementos que não lhe pertencem àqueles que efetivamente são seus. Daí a preocupação de vincar o que é próprio da fé cristã. Conhecer bem a doutrina não chega. Tem de se saber como essa fé funciona. É preciso clareza quanto à prática que a caracteriza. É neste sentido que se fala na “gramática da fé cristã.
- Experiência transcendental e existência concreta: explorando o pensamento de Karl RahnerPublication . Terra, DomingosO conceito de ‘experiência transcendental’ está no centro da antropologia teológica de Karl Rahner. Aludindo à estrutura fundamental da existência humana, tem de ser confrontado com as formas concretas que esta assume. ‘Transcendental’ deve ser, pois, conjugado com ‘categorial’. A experiência transcendental só existe enquanto categorialmente mediada; é necessariamente moldada pelas múltiplas situações históricas em que a existência se desenvolve. Mas pode perguntar-se se tal experiência é universalmente plausível; não será fácil detectá-la em certas configurações concretas da existência humana. Ter-se-á de proceder à verificação da sua presença estruturante em cada uma delas. Entretanto, não se pode esperar que essa presença seja sempre evidente. É possível que a análise dalgumas configurações da existência mostre como são implicitamente estruturadas pela experiência transcendental.
- Experiência cristã : especificidade e equívocos : A propósito da expressão «viver pelo Espírito» (Gal 5, 25)Publication . Terra, DomingosSumário: A ideia de S. Paulo «viver pelo Espírito», enunciada em Gal 5, 25, motiva uma reflexão sobre a singularidade da experiência cristã. Convida a perceber os enganos a que esta está sujeita, na nossa era de sede espiritual. Tal experiência atribui a primazia a Deus, que se dirige ao ser humano no exercício da sua liberdade soberana. Importa ter isto assente, antes de tomar consciência da confusão em que a noção de ‘espiritual’se vê hoje mergulhada. Aparece a designar realidades, por vezes, contraditórias entre si. Assistimos, de facto, a uma nova onda de buscas de sentido, de expressão social e cultural considerável, habitualmente apelidadas de ‘espirituais’. Reclamam-se de carácter religioso, mesmo contendo aspectos que contradizem tal pretensão. Chegam ao ponto de se misturarem com o crer cristão, podendo pervertê-lo com a lógica do ‘saber’que lhes é própria.
- Discernir o crer cristãoPublication . Terra, DomingosAs vivências concretas da fé cristã são susceptíveis de ambiguidade no quadro das nossas sociedades modernas. O crente, que nestas habita, tende a reivindicar um espaço de afirmação próprio face à realidade eclesial. Consequentemente, as fisionomias individuais da fé diversificam-se. A Igreja procura ver como as pode incluir no seu seio. Deste modo, considera-se que a verdade da fé cristã não existe fora da primeira pessoa do singular. Mas exige-se também que cada apropriação da fé seja examinada pela comunidade eclesial. O discernimento é o meio que se revela capaz de articular estes dois pólos. Averigua em que medida as vivências individuais da fé são congruentes com o ‘dado’ cristão objectivo proclamado pela Igreja. Encara a experiência como mediação necessária da fé, respeitando, ao mesmo tempo, a normatividade escriturária e eclesial que a rege.
- A decisão da fé na cultura das preferências individuaisPublication . Terra, DomingosA fé cristã torna-se uma questão mais de decisão do que de herança nas nossas sociedades modernas. A sua prática é fortemente condicionada pela tendência cultural para uma afirmação intensa do indivíduo espalhada nessas sociedades. O trabalho pastoral mostra como os itinerários dos crentes podem ser diversos e irregulares. As comunidades eclesiais devem verificar a sua autenticidade. Precisam não só de aprofundar a identidade da fé cristã, mas também de estudar a tendência cultural para um uso mais independente da liberdade. De facto, a fé cristã adquire uma nova fisionomia ao encontrar-se com esta tendência: surge como um acontecimento mais moldado pela experiência e sensibilidade do indivíduo. Prestando atenção a isto, as comunidades eclesiais estarão mais aptas a discernir os múltiplos modos como se decide crer hoje.