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  • Um ano de pandemia por COVID-19: Relatório de monitorização de redes sociais - perceções sociais do risco, das exigências colocadas pela pandemia e dos recursos para lidar com estas
    Publication . Gaspar, Rui; Domingos, Samuel; Filipe, Jessica; Leiras, Gisela; Raposo, Beatriz; Godinho, Cristina; Francisco, Rita; Arriaga, Miguel
    Objetivo: Analisar como diferentes pessoas, em diferentes momentos, avaliam e respondem de às exigências colocadas pela pandemia. Esta análise permite compreender oscilações na adesão a recomendações de comportamentos de prevenção de contágio por SARS-CoV-2 durante a pandemia por COVID-19. A partir disto, estratégias, ações e materiais de comunicação de crise e risco, podem ser customizadas às perceções sociais do risco, i.e., como as pessoas avaliam o perigo, esforço e incerteza vs. recursos para lidar com estas, num certo momento. Método: Foi realizado, entre março de 2020 e março de 2021, um estudo de monitorização, com extração e análise longitudinal de dados de mais de 120 mil comentários públicos de utilizadores portugueses de redes sociais, em resposta a publicações sobre a COVID-19 emitidas pela Direcção-Geral da Saúde e por sete meios de comunicação social nacionais (Expresso, TVI24, RTP3, SIC Notícias, Correio da Manhã, Público, Observador). Este estudo seguiu uma abordagem que tem demonstrado ser relevante na recolha de evidências científicas que sustentem estratégias, ações e materiais eficazes no incremento de adesão a recomendações e mobilização social dos cidadãos, a abordagem ResiliScence, que considera os cidadãos como “sensores sociais”, permitindo detetar oscilações nas suas avaliações e respostas ao longo do tempo. Principais resultados: Em certos períodos, o nível de perceção de risco sistémico refletiu a gravidade da situação epidemiológica, mas noutros períodos isso não ocorreu, com algumas expressões de incerteza/desconfiança face à gravidade dos números reportados ou elevada perceção de risco quando a situação epidemiológica não era grave (e.g., início do ano letivo). Considerando a representação social das caraterísticas da crise percecionadas num certo momento (ver os vários modelo de crise no anexo III), particularmente as exigências, os indicadores de esforço foram predominantes face a indicadores de perigo e de incerteza na situação, o que dá suporte à hipótese que a atual crise de saúde se tornou crónica, predominando a denominada fadiga pandémica. O período da pandemia em que o risco sistémico foi percecionado como mais baixo, co-ocorreu com os primeiros casos de COVID-19 confirmados no país e com o primeiro registo de zero óbitos (inferindo-se que ambos os acontecimentos tenham sido potenciadores da perceção de controlo). Também no período de Natal verificou-se baixa perceção de risco, potencialmente associada à “sensação de segurança” nos encontros familiares e às consequências do longo período de esforço/fadiga nos meses precedentes, limitador de capacidades para se ser vigilante. O mais alto nível de perceção de risco ocorreu em janeiro de 2021, quando Portugal atravessou a mais grave situação epidemiológica desde o início da pandemia. Os resultados quantitativos podem ser visualizados em: https://covid19.min-saude.pt/comunicacao-de-crise-e-percecao-de-riscos/. Conclusões: Após cada “período de crise”, em que a perceção de risco sistémico aumentou consistentemente até atingir o pico, verificou-se um “período de restauração”, em que esta diminuiu consistentemente, atingindo os níveis médios do ciclo anterior. Estes resultados podem por um lado, indicar resiliência social e individual, em que após cada crise existe recuperação e potenciação de recursos. Por outro lado, podem revelar escape/negação da situação com atenuação do risco, após um período de risco alto. Mais ainda, servem de alerta pois a repetição de vários ciclos de crise-recuperação pode originar consequências negativas na saúde psicológica e consequente maior tempo de recuperação após cada “pico” de crise, caso não sejam providenciados suficientes recursos sociais e pessoais aos cidadãos, que tornem a recuperação mais eficaz. Neste âmbito, uma abordagem de sensores sociais permite customizar a comunicação de crise e de risco às perceções sociais da situação (modelo de crise identificado) num certo momento (e.g., empatia, reconhecimento do esforço e agradecimento pela adesão aos comportamentos recomendados, se o esforço psicológico for predominante no modelo de crise identificado neste).
  • ResiliScence 4 COVID-19: social sensing & intelligence for forecasting human response in future COVID-19 scenarios, towards social systems resilience
    Publication . Gaspar, Rui; Rodrigues, Ana Paula; Raposo, Beatriz; Godinho, Cristina; Boavida, Fernando; Leiras, Gisela; Toscano, Hugo; Filipe, Jessica; Silva, Jorge Sá; Fernandes, Marcelo; Arriaga, Miguel; Francisco, Rita; Domingos, Samuel; Silva, Susana; Espassandim, Teresa
    Um cenário amplamente discutido face à atual pandemia, prevê a criação de vacinas para a COVID-19. Mas como responderão os cidadãos noutros cenários, e.g. se não existir vacina? Ou se não existir terapêutica adequada ou imunidade de grupo? Sendo o comportamento humano o mais eficaz mecanismo de controlo social da pandemia na ausência de vacina ou outras medidas de controlo, conseguir prevê-lo permitirá intervir proactivamente, reduzindo a sobrecarga e aumentando a resiliência do Sistema Nacional de Saúde. Com esse fim, foram criados modelos teóricos de gestão e comunicação de crise e modelos preditivos de comportamentos de prevenção do risco por contágio de SARS-CoV-2. Estes foram sustentados em dados de sensores humanos, tendo por base a análise de dados extraídos de redes sociais, inquéritos longitudinais e dados "inteligentes" (recolhidos por smartphone). A partir dos resultados, foram elaboradas recomendações emitidas para a Direção-Geral da Saúde, com vista ao desenvolvimento de estratégias e recursos promotores de mobilização e resiliência social, customizadas às diferentes fases de crise e futuros cenários de pandemia.
  • Telluric and climate-related risk awareness, and risk mitigation strategies in the Azores archipelago: first steps for building societal resilience
    Publication . Ivcevic, Ante; Rego, Isabel Estrela; Gaspar, Rui; Statzu, Vania
    Islands are often considered excellent socio-ecological laboratories for testing the rapidity of global change since they experience the climate effects of sea-level rise faster than other areas. The Azores are a Portuguese volcanic archipelago located on the junction of the three tectonic plates: the Eurasian, the African and the North American plates. São Miguel, the main island of the Azores archipelago, hosts three active volcanoes, but the last significant volcanic eruption was the Capelinhos volcano on the island of Faial in 1957. Hence, the Azores offers the opportunity to assess insular risk awareness, facing both telluric and climate-related hazards. The key research question emerges from their natural situation: how does the local population perceive the threat of the natural hazards that occur in Azores? Because risks are socially constructed and depend on the uniqueness of territories, risk mitigation strategies must focus on the individual experiences of local dwellers, as a relationship between risk awareness and such strategies may be expected. To analyze this relationship, a web-based survey with a questionnaire including these variables was administered to a sample of Azoreans. The study aimed to assess risk awareness of the Azorean population and find a relationship between this and reported mitigation strategies. The results gave a preliminary insight into Azorean risk awareness of natural hazards and showed a significant positive relationship between risk awareness-raising activities and reported mitigation strategies. This is relevant information for municipalities and regional governments of areas with similar risk exposures, showing that, although risk awareness alone is not enough for measures to be implemented, it may be an important motivational first step for this to occur.