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- Aquisição e desenvolvimento da linguagem oral em crianças portuguesas surdas com implantes coclearesPublication . Faria, Sofia de Sacadura Botte Lynce de; Mineiro, Ana; Santos, Maria EmíliaO presente trabalho tem como objetivo principal analisar os vários subsistemas da linguagem oral em crianças com surdez pré-lingual, severa a profunda, utilizadoras de Implante Coclear (IC), dispositivo que possibilita a aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral através da via auditiva. Dados sobre esta matéria em crianças a adquirir o Português Europeu são escassos e, muitas vezes, circunscritos, apenas, a certos aspetos da linguagem. Para além do estudo empírico feito com crianças surdas com IC e seus pares normoouvintes, procurámos enquadrar o trabalho fazendo uma revisão da literatura sobre: a) anatomia e fisiologia da audição, avaliação audiológica, tipos de surdez, próteses auditivas e implantes cocleares; b) aquisição e desenvolvimento dos vários subsistemas da linguagem oral e formas de avaliação; e c) aquisição e desenvolvimento da linguagem oral em crianças surdas utilizadoras de IC. Neste estudo foi analisada a linguagem oral de 19 crianças surdas com IC, entre os três e os nove anos de idade cronológica e os dois e os sete anos de idade auditiva (isto é, tempo decorrido desde a ativação do processador do IC), e de 38 crianças normo-ouvintes, emparelhadas por idade auditiva e por idade cronológica, constituindo, assim, dois grupos de comparação com 19 crianças cada. De forma a estudar-se os diferentes subsistemas da linguagem foi necessário utilizar vários instrumentos como medidas de linguagem: o Teste Fonético-Fonológico ALPE (TFF-ALPE), que avalia o desenvolvimento fonológico através da nomeação de imagens; o Teste de Avaliação da Linguagem na Criança (TALC), que avalia componentes de compreensão (semântica e morfossintaxe) e expressão (semântico, morfossintaxe e pragmática), e foi ainda analisada a linguagem espontânea através da Extensão Média do Enunciado em palavras (EME-p). Foi também avaliado o impacto da idade auditiva e do modo de comunicação preferencial (comunicação oral ou comunicação total) nos resultados linguísticos alcançados pelas crianças surdas utilizadoras de IC. No geral, verificou-se nas crianças surdas com IC uma tendência para a estabilização tardia do inventário consonântico e a presença de processos fonológicos, a nível da sílaba e do segmento, que tendem a persistir ao longo do tempo. Os resultados revelaram também que as crianças da amostra com mais tempo de uso de IC, particularmente a partir dos 5;0 anos de idade auditiva, apresentavam um inventário consonântico mais completo e um decréscimo no uso de processos fonológicos. Paralelamente, os resultados obtidos no desenvolvimento semântico e no desenvolvimento da pragmática (TALC) foram adequados à sua idade auditiva. Por outro lado, verificou-se um fraco desenvolvimento na morfossintaxe (TALC), e valores na EME-p substancialmente inferiores, mesmo considerando a idade auditiva. O modo de comunicação preferencial não teve impacto no desenvolvimento da linguagem oral. A EME-p correlacionou-se positiva e significativamente com o TALC (compreensão e expressão), mostrando que esta medida de linguagem espontânea é também um indicador válido do desenvolvimento da linguagem para esta população infantil. Podemos concluir que o desenvolvimento da linguagem oral de crianças surdas com IC não é uniforme entre os vários subsistemas de linguagem avaliados, verificando-se níveis de proficiência idênticos aos de crianças com desenvolvimento típico (considerando a idade auditiva) na semântica e na pragmática, mas acompanhados de um sistema fonológico imaturo e de um desenvolvimento morfossintático inferior ao dos seus pares normo-ouvintes emparelhados por idade auditiva. Em adição, a EME p, enquanto medida global do desenvolvimento da linguagem, também revelou valores substancialmente inferiores, mesmo tendo em conta o tempo de audição robusta (i.e., tempo de uso de IC) destas crianças.
- Stay mindful and carry on: mindfulness neutralizes COVID-19 stressors on work engagement via sleep durationPublication . Zheng, Michelle Xue; Masters-Waage, Theodore Charles; Yao, Jingxian; Lu, Yizhen; Tan, Noriko; Narayanan, JayanthWe examine whether mindfulness can neutralize the negative impact of COVID-19 stressors on employees’ sleep duration and work engagement. In Study 1, we conducted a field experiment in Wuhan, China during the lockdown between February 20, 2020, and March 2, 2020, in which we induced state mindfulness by randomly assigning participants to either a daily mindfulness practice or a daily mind-wandering practice. Results showed that the sleep duration of participants in the mindfulness condition, compared with the control condition, was less impacted by COVID-19 stressors (i.e., the increase of infections in the community). In Study 2, in a 10-day daily diary study in the United Kingdom between June 8, 2020, and June 19, 2020, we replicate our results from Study 1 using a subjective measure of COVID-19 stressors and a daily measure of state mindfulness. In addition, we find that mindfulness buffers the negative effect of COVID-19 stressors on work engagement mediated by sleep duration. As the COVID-19 pandemic is ongoing and the number of reported cases continues to rise globally, our findings suggest that mindfulness is an evidence-based practice that can effectively neutralize the negative effect of COVID-19 stressors on sleep and work outcomes. The findings of the present study contribute to the employee stress and well-being literature as well as the emerging organizational research on mindfulness.
- Breves considerações sobre o regime das obrigações convertíveisPublication . Simões, Miguel António Fernandes de Almeida; Oliveira, Ana da Paz Ferreira da Câmara Perestrelo deA presente dissertação tem como principal objetivo proceder a uma breve análise do regime jurídico das obrigações convertíveis à luz do Código das Sociedades Comerciais. Na doutrina Portuguesa vários foram os autores que se pronunciaram sobre este tema existindo uma diversidade de pontos de vista - muitas vezes conflituantes entre si - que importa analisar e compreender. Associado a isto, o legislador Português por diversas vezes alterou o regime jurídico das obrigações convertíveis através de específicas, mas importantes modificações, sendo que focaremos a nossa atenção na mais recente alteração introduzida pelo DL nº26/2015, de 6 de Fevereiro. Assim, analisando a lei e as suas alterações, absorvendo a doutrina e debruçando-nos sobre os principais problemas que encetaremos este estudo
- A influência das funções executivas, da memória, da velocidade de processamento e do sexo, na capacidade funcional, no envelhecimento saudávelPublication . Albuquerque, Maria Teresa Justo de; Ribeiro, FilipaIntrodução: A capacidade funcional permite que o indivíduo realize as atividades de vida diária, de forma independente e autónoma, na sociedade. As funções executivas, a memória e a velocidade de processamento podem influenciar a capacidade de os indivíduos permanecerem, independentes, nas atividades de vida diária. A realização destas atividades, pode também variar, em função do sexo. Pretendeu-se explorar a relação entre as funções executivas, a memória, a velocidade de processamento e a capacidade funcional, no envelhecimento saudável, averiguar se capacidade funcional varia em função do sexo e estudar a aplicabilidade da UPSA-2, na avaliação da capacidade funcional, na população saudável, com idade igual ou superior a 60 anos. Metodologia: A amostra de conveniência deste estudo transversal foi constituída por 65 idosos, cognitivamente saudáveis, com idades compreendidas entre os 60 e os 92 anos. As funções executivas foram avaliadas através do TMT (B-A/A), do Stroop e da Fluência Verbal Fonológica, a memória através da Memória Lógica II e a velocidade de processamento através do TMT-A. A capacidade funcional foi avaliada através da UPSA2. Foram realizadas análises de correlação, regressões lineares e testes de comparação de médias. Resultados: Verificou-se uma relação significativa entre o desempenho funcional e a memória episódica, a velocidade de processamento e as funções executivas, nomeadamente, a fluência verbal fonológica, evidenciando, poder preditivo, na capacidade funcional. A memória revelou-se o maior preditor significativo da capacidade funcional, comparativamente aos restantes domínios cognitivos, explicando 55.8% da variação no desempenho da UPSA-2. Não se verificaram diferenças significativas entre sexos, no desempenho total da UPSA-2. Conclusão: Este estudo permite elucidar a importância dos mecanismos cognitivos para a realização das atividades de vida diária, na sua integridade, fornecendo evidências para a importância da adoção de programas de estimulação cognitiva, focados na prevenção do declínio funcional. Faculta, ainda, uma prova de conceito com suporte para a viabilidade e utilidade clínica da UPSA-2, na avaliação da capacidade funcional, na população idosa
- Desafios da gestão em saúde : custos vs. qualidade : o caso do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro e do East Kent Hospitals University NHS Foundation TrustPublication . André, Sara Micaela Moita; Ferreira, António José MendesA realização deste estudo pretende a análise comparativa entre dois centros hospitalares sendo um pertencente ao Serviço Nacional de Saúde Português e o outro ao Serviço Nacional de Saúde Britânico, com o objetivo de identificar que estratégias têm vindo a ser adotadas pelos seus gestores hospitalares para a redução de custos em saúde sem prejuízo da qualidade dos serviços prestados. Para tal, foram conduzidas entrevistas semiestruturadas aos diretores financeiros de ambos os hospitais. As questões apresentadas incidem sobre as transformações ao nível do financiamento, relação entre custos e qualidade, melhoria da eficiência pela redução dos custos, estratégias para a redução do desperdício e vetores de atuação para a melhoria da eficiência. O foco nos profissionais de saúde, tecnologia, reorganização dos serviços e desperdício destacam-se como sendo quatro pilares de atuação fundamentais para uma eficiente redução de custos sem prejuízo da qualidade, apontando-se como áreas de intervenção pertinentes para o desenvolvimento de estudos futuros. Salienta-se ainda a preocupação por parte dos gestores, em reduzir custos sem prejuízo da qualidade e em promover serviços ajustados às necessidades dos utilizadores.