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- Autoavaliação de escola e a construção da mudança : reflexão sobre o papel da equipa de autoavaliação no processo de melhoria e de autorregulação de um agrupamento de escolasPublication . Barata, Luís Filipe Simões; Estêvão, Carlos Alberto VilarPartindo do estudo dos modelos organizacionais de escola, dos conceitos de avaliação organizacional e do enquadramento da autoavaliação de escola, tendo em conta o contexto nacional, realizou-se um relatório reflexivo sobre a evolução da autoavaliação e o papel da equipa de autoavaliação de um Agrupamento de Escolas ao longo de quase uma década. A análise e reflexão realizadas contemplam a articulação e o diálogo entre autoavaliação e avaliação externa de escola, a comparação do referencial de avaliação do Agrupamento de Escolas em causa com diferentes referenciais e uma descrição do dispositivo de autoavaliação e da sua evolução. A reflexão foi orquestrada e balizada pela legislação em vigor e sua evolução, pela bibliografia e trabalho académico, pelos documentos internos respeitantes ao Agrupamento em causa e pela autorreflexão sobre a evolução do processo de autoavaliação, bem como o posicionamento do relator como membro da equipa de autoavaliação. As principais conclusões remetem para a necessidade de apoio externo às escolas para elas desenvolverem o seu dispositivo interno de autoavaliação, no caso relatado através da rede de escolas da Associação de Projetos de Avaliação em Rede – APAR, que constituiu um amigo crítico no processo. Conclui-se também que foi necessária uma década para se iniciar uma autodireção séria na autoavaliação do referido Agrupamento, com uma apropriação de um dispositivo de autoavaliação. No entanto, o dispositivo em análise, muito centrado no acompanhamento dos resultados académicos, ainda não envolve de forma consistente a comunidade educativa, carecendo de maior compromisso com a produção da melhoria, sobretudo das lideranças intermédias e de um desenvolvimento de uma cultura de aprendizagem organizacional alargada, ou seja, a apropriação do processo de autoavaliação para a construção da melhoria das escolas é um processo que requer uma abordagem multidimensional.
- Teatro Nacional D. Maria II : questionar e perspectivar o paradigma dos teatros em PortugalPublication . Beja, Bernardo Garcia de Oliveira Rodrigues; Carvalho, Jorge Manuel dos Santos Vaz deO Teatro Nacional D. Maria II sofreu, em Setembro de 2015, uma grande mudança no que diz respeito à sua identidade, política de programação e estratégias de comunicação e, consequentemente, transformou o seu público potencial e redefiniu o panorama teatral lisboeta. Este estudo, que parte do projecto original para o TNDM II elaborado por Almeida Garrett no século XIX, aborda a evolução do cargo de direcção artística, o trabalho da actual direcção artística de Tiago Rodrigues e as alterações da missão e objectivos do Teatro Nacional ao longo da sua existência - questionando o seu posicionamento nos dias de hoje, com o intuito de repensar algumas das mais importantes vertentes do Teatro Nacional. Uma investigação qualitativa com base em entrevistas a nomes de interesse para o estudo, nomeadamente ex-directores artísticos, é utilizada para complementar a investigação.
- A Pedagogia do Serviço : uma proposta educativa a partir da reflexão sobre a unidade letiva 2 do 6º ano : Jesus, um Homem para os outrosPublication . Moniz, Rui Tiago Ferreira Fernandes; Trigo, Jerónimo dos Santos; Carvalho, Cristina Maria Ramos Cavalheiro de SáEste Relatório Final conclui a Prática de Ensino Supervisionada, realizada nos Salesianos de Manique – Escola, no âmbito do Mestrado em Ciências Religiosas. Coloca em destaque a lecionação da Unidade Letiva 2, “Jesus, um Homem para os outros”, do Programa de Educação Moral e Religiosa Católica do sexto ano, que apresenta Jesus como Aquele que ama e se faz próximo da humanidade, com gestos concretos de serviço que os seus discípulos são convidados a perpetuar. A reflexão realizada sobre esta unidade destaca a dimensão do serviço ao próximo enquanto proposta de Jesus, que no presente se estende às comunidades cristãs e também à disciplina de EMRC. Conclui-se que a disciplina de EMRC deve propor um modo cristão de olhar e viver a vida, que leve os alunos a assumirem o bem comum e o cuidado ao outro como prioridade, implementando na escola um critério de solidariedade. Neste sentido, é apresentada neste relatório a Pedagogia do Serviço, enquanto proposta educativa inovadora, capaz de integrar o serviço com a aprendizagem, num método pedagógico único. Sugere-se a adoção da Pedagogia do Serviço, como forma de envolver os alunos num processo de aprendizagem rigoroso, que procura simultaneamente, através do serviço, dar resposta às necessidades concretas da comunidade.
- (Re)pensar a escola e (re)construir caminhos de promoção do sucesso : um olhar sobre as forças e as fraquezas do Plano de Ação Estratégica (PAE) enquanto recurso estratégico de governação da escolaPublication . Jesus, Sofia Damiana Pires de; Estêvão, Carlos Alberto VilarOs Agrupamentos de Escolas/Escolas não Agrupadas portugueses foram convidados, no âmbito do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar (PNPSE) e no final do ano letivo 2015/2016, a conceber planos de ação estratégica para implementar nos dois anos letivos subsequentes. Os planos de ação estratégica, ao constituírem-se como uma mudança incremental, procuraram criar a oportunidade de (re)pensar a escola e de (re)construir caminhos de promoção do sucesso. Assim, neste relatório, depois de se trilhar o caminho desde a conceção do plano de ação estratégica do Agrupamento de Escolas Mosteiro e Cávado até ao primeiro momento de avaliação, lança-se um olhar analítico sobre as suas forças e fraquezas enquanto recurso estratégico de governação da escola, permitindo concluir que a balança pende para o lado das forças que se podem resumir na congregação de esforços na promoção do sucesso escolar e da qualidade das aprendizagens, enquanto condição natural da Escola que se quer para todos, descolando da abordagem tradicional que procura a explicação do fenómeno no fatalismo sociológico, não podendo, contudo, descurar-se as fraquezas, na medida em que se encontram ancoradas nos modelos de análise organizacional e respetivas imagens imperantes no Agrupamento, com o estilo de liderança prevalecente e com as culturas de escola e subculturas dos profissionais que aí dominam.
- Democracia e legitimidade na União Europeia : a escolha do presidente da comissão europeiaPublication . Sampaio, Nuno; Cruz, Manuel António Garcia Braga daO Tratado de Lisboa introduziu alterações às regras para a escolha do Presidente da Comissão estabelecendo que este passaria a ser eleito pelo Parlamento Europeu, sob proposta do Conselho Europeu. Foi neste contexto institucional que os partidos políticos europeus tomaram a iniciativa de apresentarem candidatos ao lugar de Presidente da Comissão Europeia, antes das eleições europeias de 2014. Esse procedimento, que não estava expressamente previsto no Tratado, tinha para os seus defensores o objetivo de criar uma maior ligação entre as eleições para o Parlamento Europeu e a escolha do Presidente da Comissão, de forma a aumentar o interesse nas eleições e a conferir maior legitimidade e democraticidade ao processo de escolha do Presidente da Comissão Europeia. Na prossecução desse desiderato, os partidos políticos europeus foram incentivados pelo Parlamento Europeu e pela Comissão. Desde há muito que, no debate político e académico, se discute o chamado défice democrático da União Europeia, quais são as suas causas e quais as formas mais adequadas para o resolver. Os posicionamentos assumidos em relação a esta matéria são em grande medida reveladores das perspetivas políticas ou das teorias da integração europeia privilegiadas, as quais podemos dividir em dois grandes campos: supranacionalismo e intergovernamentalismo. Desde há algum tempo, que uma corrente de académicos parte de uma perspetiva supranacionalista para defender uma maior politização e uma maior ligação das eleições europeias com a escolha de um poder executivo europeu, como forma de responder ao défice democrático. Este trabalho pretende analisar se esse objetivo foi de facto alcançado nas eleições para o Parlamento Europeu de 2014 e se esse será o caminho mais adequado para reforçar a legitimidade e a democracia numa entidade política com as características da União Europeia.
- Baby-Led Weaning : o estado da artePublication . Vaz, Patrícia Astride dos Santos; Pinto, Elisabete Cristina BastosO Baby-Led Weaning (BLW) é um método de diversificação alimentar alternativo ao método de diversificação convencional e distingue-se deste por se iniciar com alimentos inteiros cortados em formatos e com texturas apropriados, em vez das tradicionais papas e purés. Trata-se de uma metodologia que apenas pode ser iniciada aos 6 meses de idade e é recomendado como primeira abordagem apenas em crianças com normal desenvolvimento para a idade. No BLW é a própria criança que se alimenta, controla o que ingere, a quantidade e o ritmo de ingestão, cabendo aos pais o papel de apresentar uma seleção de alimentos adequada e variada e o de supervisão da refeição. Os alimentos selecionados são os mesmos que são apresentados à restante família e por isso a integração da criança nas refeições da família inicia-se a partir do começo da sua diversificação. Este método é escolhido pelos pais que acreditam que ele é mais simples e prático de aplicar, que traz vantagens a nível do desenvolvimento, que permite a aquisição de hábitos alimentares saudáveis, uma melhor regulação do mecanismo da fome e saciedade e que isso se irá traduzir em ganhos para a saúde que se vão prolongar ao longo da vida da criança. Para os pais, o método apresenta poucos inconvenientes. Já para os profissionais de saúde, apesar de reconhecerem que o método possa ter benefícios, existem riscos que os tornam algo céticos na altura de o recomendar. Exemplos desses riscos são o défice energético e de nutrientes como por exemplo ferro, excesso de gordura, particularmente gordura saturada, contacto precoce com açúcar, sal e alimentos processados e risco engasgamento. Dos estudos conduzidos até ao momento, tem sido possível constatar que os pais que optam pelo BLW têm características diferentes dos que optam pelo método convencional: têm mais habilitações, um nível socioeconómico mais elevado e personalidades menos ansiosas e controladoras, o que também pode contribuir para os benefícios atribuídos ao método. Também é prática comum entre quem o aplica o de respeitar as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) quando ao tempo de amamentação em exclusivo, ou seja, os 6 meses. A investigação sobre BLW é ainda incipiente e baseada essencialmente em estudos observacionais, sendo necessários estudos de desenho experimental e com mais longos períodos de seguimento, para se avaliar com justiça os seus potenciais benefícios ou riscos. Recentemente têm sido publicados resultados de um importante estudo randomizado que pretende avaliar as vantagens deste método e, contrariamente ao que os estudos observacionais pareciam sugerir, o BLW não parece estar associado a menor índice de massa corporal. Por outro lado, também não parece associar-se a maior risco de vómito e engasgamento, desvantagens que são frequentemente apontadas a este método. Assim sendo, há necessidade de se investigar mais esta forma de diversificação, com estudos randomizados, maiores tamanhos amostrais e tempos de seguimento destas crianças mais longos, que permitam melhor avaliar os riscos e os benefícios.
- Impacto de uma intervenção de educação alimentar na qualidade das refeições intermédias de crianças que frequentam o 3º ano de escolaridadePublication . Santos, Beatriz de Oliveira; Pinto, Elisabete Cristina Bastos; Silva, Clara Susete Dias daIntrodução: Nunca se falou tanto da importância de uma alimentação saudável e cuidada desde a infância; no entanto, a batalha contra a obesidade ainda está longe de ser vencida. As crianças passam muito tempo na escola, onde também realizam várias refeições. A escola permite abranger os pais, os professores, os assistentes operacionais e até a comunidade, o que faz dela um setting para intervenções de educação alimentar. Neste projeto, pretendeu-se capacitar as crianças para fazerem escolhas salutogénicas, de forma a conseguirem viver com mais saúde, tornando-as consumidores informados e aptos a fazerem escolhas, num mundo alimentar em que estas são cada vez mais difíceis face à variedade existente, ao fácil acesso e, também, ao marketing que é usado pela indústria alimentar. Objetivo: Melhorar a qualidade das refeições intermédias – pequeno-almoço e merendas, nomeadamente aumentar o consumo de fruta e diminuir o consumo de produtos ricos em açúcar. Métodos: Foi utilizado um desenho de estudo quase-experimental, onde foram incluídas 14 turmas do 3º ano de escolaridade de escolas do primeiro ciclo do ensino básico. A intervenção decorreu sensivelmente ao longo de um ano letivo e contemplou uma sessão para os encarregados de educação e o professor e quatro sessões com as crianças. O impacto do projeto foi medido através da avaliação das merendas nos dias das diferentes sessões e do pequeno-almoço na primeira e última sessões, e através de questionários respondidos pelos encarregados de educação, no início e no fim da intervenção. A qualidade e a pertinência da intervenção foram avaliadas por estes últimos e pelos professores. Resultados/Discussão: Observaram-se melhorias significativas ao nível do consumo de fruta, tendo o seu consumo aumentado significativamente. No que diz respeito à diminuição do consumo de produtos açucarados, as diferenças não foram tão expressivas. Verificou-se um aumento do consumo de “leite e derivados e bebidas vegetais” considerados aceitáveis, em ambas as refeições. Nos grupos do “pão e derivados” e “acompanhamentos do pão”, tanto no pequeno-almoço como na merenda da manhã, apesar da diminuição do consumo de alimentos considerados aceitáveis, também houve uma diminuição do consumo de alimentos considerados não aceitáveis, pelo que, o resultado foi considerado positivo. Tanto os professores como os encarregados de educação avaliaram de forma positiva a intervenção, sendo que 50% dos encarregados de educação reconheceram que esta contribuiu para melhorar os hábitos alimentares dos seus educandos. Conclusão: Os métodos utilizados no projeto provaram ser eficazes para a obtenção de resultados positivos em crianças desta faixa etária, principalmente no que diz respeito ao aumento do consumo de fruta.