Browsing by Author "Petrella, Simone"
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- Combat stigma in psychological heatlth: an SL experience in higher educationPublication . Rodrigues, Anabela; Gonçalves, Armanda; Petrella, Simone; Azevedo, Ângela; Oliveira, IrisCaring about everyone's psychological health is essential since well-being at this level may contribute decisively to a healthier, more productive and more inclusive society. In this context, it is particularly important to combat prejudice and discrimination, as they constitute barriers to the inclusion of those who develop psychological health problems. Thus, this project, developed within the Community Psychology Service, anchored in the Service-learning methodology, aims to contribute to the fight against stigma and prejudice through, on the one hand, detecting stigma in the community and raising awareness of inequalities as a source of discrimination and, on the other hand, detecting and reducing self-stigma, minimising the respective damage. With regard to stigma in the community, and since the school is in a privileged position to intervene in the educational process and consequent construction of "being a citizen", the target population is secondary school students. The intervention in this area is structured around four meetings (Challenges) of 90 minutes each, three of which take place during the second term of the school year and the last one at the end of the third term. In each session/challenge, the facilitators (eleven volunteer students from the Psychology and Communication Sciences degrees and two teachers) implement a set of dynamics that constitute a starting point for exploring the concepts and respective reflection. In the third session a short film will be used which has been fully realised (story and film production) by the students involved, with the group from the Communication Sciences degree leading this process and even holding a workshop for psychology students on how to build a script for a short film.This short film aims to promote empathy, raising awareness about non-discrimination. To assess the presence (or not) of stigma, we will use the AQ-9 Oliveira and Azevedo, 2014 (in the first session and the folowup session). This is the Portuguese version, revised and abbreviated, of the AQ-27 Attribution Questionnaire Corrigan et al, 2003, which has been shown to be a useful and easy-to-apply tool to assess stigma towards the disease. application to assess the stigma towards mental illness in the Portuguese population (university Portuguese population (university students, young adults and adults). Given ts presentation/construction and in the absence of another instrument validated for the adolescent population, we chose to use this instrument, contributing to its possible adaptation to this population; As for self-stigma, the target population will be individuals with experience of mental illness. The interventions to be developed in the two strands of the project (community stigma and self stigma) include a set of activities and strategies, anchored in group intervention and art therapy. In terms of results It is expected that the implementation of the project will lead to an improvement in the assessment of stigma (community and self-stigma). The practical implications will be deepened, being expected, however, the decrease of negative attitudes towards people with mental iliness as well as the damage that occurs when these people internalize these attitudes, promoting their recovery and quality of life.
- A communication study of young adults and online dependency during the COVID-19 pandemicPublication . Silveira, Patrícia; Morais, Ricardo; Petrella, SimonePeople use digital media and the Internet daily. The time that young people spend connected to digital devices will increase as technology advances, which could have severe health risks and behavioral dependence implications. In the context of the current pandemic, in which socializing, studying, and working is changing, this question has become particularly relevant. Therefore, we propose to investigate the perceptions of young university adults-understood as generation Z-regarding their digital media practices, particularly during the pandemic, and to study the consequences of a permanent connection to these formats on the development of an addiction to the Internet. Our quantitative method approach applied questionnaires to a sample of 407 young university adults studying in Portugal. Through this survey, we could target a specific user group, quantify their consumption, and measure their online experiences. The results point to an increase in dependence on the Internet during confinement. While it is true that carrying out academic work is one of the reasons for this growth, it is noteworthy that the respondents sought the online world in a significan way to pass the time and escape their routine. In addition, they confess to experiencing some consequences of excessive use, such as sleep disturbances and adverse emotional reactions-such as instabilities, depression, and nervousness-when not online. We conclude that the pandemic has intensified online dependence. However, above all that, it is necessary to look at the mental and general health consequences that this excessive use has brought, which may not be visible or manifested by the youth in the short term, and may come to have consequences in the long term.
- Conflito geopolítico e o papel da (des)informação: o caso da Guerra Russo-UcranianaPublication . Petrella, Simone; Mourão, Rita; Silveira, Patrícia; Pessôa, ClarisseO conflito geopolítico Russo-Ucraniano, iniciado a 24 de fevereiro de 2022, encontra-se no epicentro de uma guerra de informações estimulada por afirmações falsas sobre as motivações do conflito e os refugiados. A propagação de narrativas alimentadas particularmente no contexto do online, desafia a União Europeia a definir estratégias de combate e a adotar medidas de escrutínio e de responsabilização sobre os principais canais de desinformação, de modo a impedir que narrativas hostis moldem a opinião pública e influenciem os decisores políticos. A narrativa da crise e do aumento do custo de vida, particularmente no contexto dos países europeus, tende a semear divisão, incerteza, e ressentimentos em relação aos refugiados. Tal facto pode ter um impacto altamente problemático em torno das decisões das instituições sobre as políticas de migração, legitimando políticas mais restritivas, e colocando em causa a proteção das vítimas de conflito em situação de vulnerabilidade e de risco de vida. É no sentido de procurar compreender e analisar as implicações dos discursos mediáticos e da desinformação, na formação das representações sociais sobre a guerra Russo-Ucraniana e os refugiados, que este artigo pretende - analise de conteúdo destas mesmas noticias - parte de um estudo de caráter exploratório que combina métodos quantitativos e qualitativos. Tendo como objeto de estudo opiniões e pontos de vista de cidadãos a residir em contexto português, sobre a guerra da Rússia na Ucrânia e os refugiados vítimas deste conflito, pretende compreender-se de que forma as narrativas e representações propagadas pelos media oficiais, e por fontes não oficiais, com especial incidência sobre os canais online, têm implicações sobre a forma como são construídas as representações sobre o mundo, as dinâmicas geopolíticas, os refugiados de guerra e as políticas migratórias. O estudo desenvolvido pretende consolidar o conhecimento científico e argumentar em prol da necessidade de investimento em literacia digital e para as notícias, que promova o pensamento e a consciência crítica acerca das problemáticas atuais do mundo global, com vista ao combate à desinformação, ao populismo e à propagação de valores antidemocráticos e autoritários que ameaçam os valores e a condição humana, impedindo a manutenção de sociedades equilibradas, justas e plurais.
- Dependência da internet e interação nos media sociais durante a pandemiaPublication . Petrella, Simone; Morais, Ricardo; Silveira, PatríciaEsta investigação, de natureza exploratória, tem como objeto de estudo as perceções de jovens adultos a frequentar o Ensino Universitário em Portugal, sobre as suas práticas de acesso e de consumo da Internet e dos media sociais, em especial durante a pandemia da COVID-19, e as consequências da conexão permanente a estes formatos para o desenvolvimento do risco de dependência comportamental. De ponto de vista metodológico, foram aplicados inquéritos por questionário a uma amostra de 407 jovens adultos universitários, com uma média de idade de 19,6 anos, a frequentar o ensino público e o privado. Os resultados apontam para um aumento da dependência em relação à Internet durante o confinamento. Mais de metade dos inquiridos considera que a Internet é indispensável em algumas ocasiões da sua vida, da mesma forma que confessa que sente algumas das consequências do uso excessivo, como sejam a adição aos sites de redes sociais ou as perturbações de sono.
- Desinformação e conflito geopolítico: o papel dos OCS nas representações sociais sobre o caso da Guerra Russo-UcranianaPublication . Pessôa, Clarisse; Petrella, Simone; Silveira, Patrícia; Mourão, RitaA desinformação é, hoje, uma problemática incontestável, vislumbrando-se um evidente desafio à clarificação da perceção pública sobre as questões impactantes da sociedade e do mundo. A comunicação dessas questões dá-se, por vezes, de forma caótica e multifacetada, fruto da crescente utilização de plataformas digitais e de media sociais, tornando menos visível a identificação dos limites entre informações de teor verdadeiro e informações falsas. Este tipo de conteúdo é, por isso, consequência de um ecossistema mediático que apresenta sérias fragilidades e idiossincrasias, particularmente no que concerne à validação de sistemas de verificação. Neste ambiente de desregulação, as notícias falsas, que muitas vezes correspondem a anseios de natureza ideológica e económica, encontram as condições necessárias à sua disseminação, infligindo danos com consequências sociais e políticas. O conflito geopolítico Russo-Ucraniano, iniciado a 24 de fevereiro de 2022, encontra-se no epicentro de uma guerra de informações estimulada por afirmações falsas sobre as motivações do conflito e sobre os refugiados. A propagação de narrativas alimentadas particularmente no contexto do online, desafia assim a União Europeia a definir estratégias de combate e a adotar medidas de escrutínio e de responsabilização sobre os principais canais de desinformação, de modo a impedir que exposições hostis moldem a opinião pública e influenciem os decisores políticos. A narrativa da crise e do aumento do custo de vida, particularmente no contexto dos países europeus, tende a semear divisão, incerteza, e ressentimentos em relação aos refugiados. Tal facto pode ter um impacto altamente problemático em torno das decisões das instituições sobre as políticas de migração, legitimando políticas mais restritivas, e colocando em causa a proteção das vítimas de conflito em situação de vulnerabilidade e de risco de vida. É no sentido de procurar compreender e analisar essas implicações dos discursos mediáticos e da desinformação na formação das representações sociais sobre a guerra Russo-Ucraniana, e sobre os refugiados, que os resultados deste estudo ganham relevância. Apresentando-se como uma das tarefas de um projeto de investigação de maior dimensão sobre os media e as representações sociais acerca do conflito, procuramos fazer uma análise dos conteúdos veiculados pelos meios de comunicação social, a partir de uma abordagem sócio-semiótica da imagem e do discurso. Mais particularmente, procuramos por padrões de desinformação dos media oficiais e das fontes não oficiais, através de uma grelha de análise comum e previamente validada. Resultados preliminares indicam que as fontes não oficiais, apesar de serem as mais procuradas, são as que apresentam conteúdos menos rigorosos e mais suscetíveis à desinformação e à criação de representações sociais enviesadas. Num contexto de guerra e de crise, em que urge olhar para os media e a informação de forma crítica e prudente, particularmente num cenário de grande transformação tecnológica e de aceleração na circulação da informação, esta investigação pretende consolidar o conhecimento científico nestas matérias e ambiciona, ainda, desenvolver recomendações no campo da literacia mediática com vista ao combate à desinformação e à promoção do pensamento crítico acerca dos media e das problemáticas do mundo atual.
- Diáspora e Humor étnico. Leituras múltiplas de conteúdos humorísticos a partir do YoutubePublication . Petrella, Simone; Cunha, Manuel Antunes da; Pessôa, ClarisseO humor étnico é uma das produções socioculturais que mais controversas gera, uma vez que conduz invariavelmente locutores e destinatários para os terrenos, por vezes ingremes, de identidade e de pertença. Suscita leituras plurais em função dos contextos de vida e das representações associadas às personagens e situações encenadas. Como nos recorda Sierra (2019), uma extensa literatura tem se debruçado sobre o papel dos meios de comunicação como espaço de (re)produção de estereótipos linguísticos e culturais, mas são escassas as pesquisas acerca da respetiva (re)apropriação no âmbito das interações sociais. São, de facto, as redes sociais digitais que constituem hoje um dos espaços privilegiados dessas interações na esfera pública e onde os diversos formatos proporcionam a capacidade de argumentar online, de partilhar ou manipular imagens, de criar memes ou de publicar as suas próprias produções, conferindo-lhes um potencial específico. De modo a compreender as diversas interpretações e analisar o papel do humor na (de)construção simbólica dos públicos portugueses ou de origem portuguesa residentes em França e Portugal, o presente estudo recorreu à aplicação de inquéritos por questionário em língua francesa e portuguesa, a residentes em França e em Portugal. A partir de variáveis como sexo, idade, estatuto migratório, área de residência, formação académica, categoria socioprofissional, entre outras, procurou-se assim apreender a diversidade das receções do vídeo “Vamos a Portugal” (950 000 visualizações), de autoria de uma dupla de humoristas lusodescendentes, Ro & Cut, que ganhou popularidade online através de vídeos no Youtube com mais de 125 milhões de visualizações. A partir de um total de 461 respostas (234 em França e 227 em Portugal) é possível perceber que os trajetos individuais e coletivos influenciam o processo de receção. Embora em ambos os casos considerem que o vídeo não retrata a realidade atual dos portugueses em França, procedem a uma leitura diferenciada desta produção em contexto digital. Nesta comunicação, iremos destacar as perceções dos residentes em Portugal, através da apresentação e discussão dos resultados decorrente das suas respostas ao inquérito (ou das respostas ao inquérito aplicado em Portugal).
- Geração Z e dependência online em contexto pandémicoPublication . Silveira, Patrícia; Petrella, SimoneEsta investigação tem como objeto as perceções de jovens adultos universitários – entendidos como geração Z - sobre as suas práticas mediáticas digitais, em especial durante a pandemia, e as consequências da conexão permanente a estes novos formatos para o desenvolvimento do risco de dependência comportamental expresso através de fatores de risco como alterações de humor, intolerância, irritabilidade e depressão, distúrbios de sono, entre outros. Metodologicamente, foram aplicados inquéritos por questionário a uma amostra de 400 jovens adultos universitários (média de idade de 19,6 anos). Os resultados apontam para um aumento da dependência em relação à Internet durante o confinamento. Mais de metade dos jovens adultos considera que a Internet é indispensável em algumas ocasiões da sua vida, da mesma forma que confessam que sentem algumas das consequências do uso excessivo, como sejam a adição aos sites de redes sociais ou as perturbações de sono.
- Humor em contextos interculturais: emigração portuguesa no digitalPublication . Cunha, Manuel Antunes da; Pessôa, Clarisse; Petrella, SimoneO humor constitui inegavelmente um desses lugares onde se jogam as questões da(s) identidade(s) e da(s) pertença(s). Em contexto intercultural, o humor étnico pode constituir ora uma estratégia de controlo social por parte da esfera dominante, ora um mecanismo de emancipação e de criação subversiva por parte dos dominados. É um dos espaços discursivos que melhor permite aferir o estatuto de um grupo minoritário numa dada sociedade. Em França, os portugueses são tradicionalmente considerados como uma população silenciosa, trabalhadora, bem integrada e que não coloca problemas. Em Portugal, há mais de dois séculos que a representação social dos emigrantes tem oscilado entre o reconhecimento dos percursos de sucesso e a estigmatização do estatuto e práticas socioculturais. A experiência migratória é deveras um lugar onde se entrecruzam jurisdições identitárias (origem étnica, género, estatuto social, religião, etc.). Ser migrante ou seu descendente é sentir-se amiúde empurrado para as margens da esfera pública, para um duplo estatuto de exterioridade, no país de acolhimento e no de origem. Assim, o humor tem se constituído como uma das estratégias discursivas mobilizadas pelas diásporas para enfrentar cenários de estigmatização. A autoderrisão dos membros dos grupos minoritários, alvo dos anedotários nacionais, constitui uma estratégia coletiva que ajuda não só a mitigar os efeitos da exclusão social, mas sobretudo a (re)contextualizar os estereótipos veiculados no espaço público. Todavia, a significação social de uma piada depende da tipologia do locutor, do auditor e do tema, mas também do contexto espácio-temporal em que é verbalizada. A 22 de agosto de 2009, a dupla de humoristas Ro & Cut publicou na plataforma YouTube o vídeo Carglouch – paródia de uma célebre publicidade –, o primeiro e mais popular de uma série de sete dezenas de produções que, a 25/02/22, totalizavam 127 242 055 visualizações, 903 977 likes e 31 756 comentários, num total de 05h 15mn 28s de emissão, assim como 628 000 seguidores no perfil Facebook. Constituída por Rodolfo Ferreira Rebelo e Mohamed Ould Bouziz, respetivamente de origem portuguesa e argelina, é, sem dúvida, a mais popular junto da diáspora. Embora se alimente essencialmente do quotidiano da comunidade portuguesa, uma das chaves da sua visibilidade consiste precisamente em articular conteúdos híbridos com públicos diferenciados (diáspora portuguesa, portugueses, franceses, outras migrações) de autoderrisão (traços físicos, práticas socioculturais, desvio aos padrões linguísticos, etc.). Esta produção suscita leituras plurais em função das experiências respetivas dos recetores e dos papéis que atribuem aos personagens. Deste modo, procurámos analisar as receções diferenciadas entre portugueses e lusodescendentes residentes em frança sobre o humor étnico. Utilizando a metodologia quantitativa, através de inquéritos por questionários endereçados a públicos de língua francesa e/ou portuguesa, procurou-se especificamente verificar as diversas formas de interpretação das mensagens produzidas pela dupla de humoristas, em função de variáveis como o estatuto migratório (primeira geração, lusodescendentes, ex-emigrantes, etc.), mas também da área de residência, da formação académica e categoria socioprofissional e ainda do género.
- Info-exclusion, digital inclusion and active citizenshipPublication . Petrella, SimoneIn the digital age, the importance of having the necessary skills to actively participate in public life is undeniable. These are skills that mainly involve a critical, conscious and effective use of new technologies (Feijão et al., 2021). In a historical moment of diffusion and massive implementation of the Digital Welfare State, a non-neutral system in many countries (UN, 2019), there are many opportunities for active participation and citizenship, from the effective use of egovernment services and platforms to the signing of digital petition or to online voting. However, also many obstacles and risks for a considerable part of the world's population, living in what Castells defined as the “fourth world” (2008), that are info-excluded. In Portugal, the fourth oldest country in the world, the elderly population constitutes the most digitally excluded group (UN, 2022). In this communication, we aim to explore contemporary debates about on infoexclusion in elderly population. We aim to present a meta-review the literature, the existing reviews, to explore best practices and interventions (e.g., Mubarak & Suomi, 2022; Walsh et al., 2016), but also the evidence developed at national level about digital inclusion and media use as a tool for empowerment and promotion of active citizenship for elder. This way, it also aims to point out concrete proposals and policies that improve the ability to take advantage of new tools to transmit values, have an active voice in the public sphere and contribute to the development of social and cultural responsibility.
- Literacia mediática no espaço LusoBrasileiro: diferenças e confluênciasPublication . Pessôa, Clarisse; Petrella, Simone; Cunha, Manuel A.Ao refletir sobre as transformações ocorridas no quotidiano e nas culturas das sociedades portuguesa e brasileira, verificamos o importante papel desempenhado pelas novas possibilidades comunicativas, informativas e profissionais trazidas pelos media, com os seus conteúdos, as suas redes e os seus dispositivos. Mesmo entre as duas comunidades, observa-se uma grande convergência cultural promovida, em certa parte, pelas relações estabelecidas nos espaços virtuais e mediáticos. Verifica-se também um aprofundamento natural dos estudos, que se direcionam cada vez mais para a compreensão das transformações ocorridas nas culturas sociais e nos hábitos individuais, por influência da conjuntura mediática vivida. A importância de pensar criticamente sobre o que consumimos e produzimos nos media sociais tem sido alvo de constante debate pelos académicos. Sendo que os resultados de alguns destes estudos levaram à necessidade, por parte dos investigadores da área e instituições sociais, de promover iniciativas que permitam despertar os cidadãos para um espírito crítico e uma atitude mais participativa perante o contexto multimediático que nos rodeia. A Literacia Mediática, que engloba os conceitos anteriormente descritos, tem sido objeto de investigações científicas em todo o mundo, não sendo Portugal e o Brasil exceções. Neste âmbito, nos dois países, pôde-se observar o surgimento de alguns projetos de caráter formal e informal, que pretendem transferir o conhecimento científico para os contextos sociais, em diversos cenários de aprendizagem. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo principal traçar um quadro comparativo entre a realidade portuguesa e a brasileira no âmbito das iniciativas promotoras de literacia mediática, realizadas em ambos os países. Para tal, foram criadas duas bases de dados que contemplam cerca de uma centena de iniciativas, ocorridas nas duas últimas décadas. Numa primeira fase, as bases de dados foram analisadas individualmente e, posteriormente, comparadas entre si. Entre outras variáveis, foram analisados: o local, o tempo de duração, o caráter formal/informal/não formal, o tema, o tipo de experiências, os atores, os meios, os públicos-alvo e a ligação com a educação e com a comunicação de cada iniciativa. Os resultados permitiram traçar um pequeno mapa das inclinações gerais das iniciativas promotoras de Educação para os Media nesses países, observar a forma como estas confluem e convergem, e estabelecer uma visão panorâmica sobre os desafios a enfrentar no futuro.