Browsing by Author "Carmo, Helena"
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- Os classificadores da Língua Gestual Portuguesa (LGP): estudo pilotoPublication . Carmo, Helena; Moita, Mara; Mineiro, AnaEste trabalho piloto pretende apresentar a primeira análise do uso de classificadores na Língua Gestual Portuguesa (LGP) observando a articulação destes elementos em surdos gestuantes de LGP de diferentes faixas etárias (dos 12 aos 60 anos de idade). Para o efeito, foi constituído um corpus de produção elicitada através de uma tarefa do teste ASLAI desenvolvido por Hoffmeister e colegas (1990) e de produção espontânea controlada através de uma história desenhada para o propósito. Dos dados de produção de classificadores, observou-se que o uso de classificadores sofre de uma variação fonológica predominantemente no traço de posição de dedos e nos subtraços consequentes [+ ou - flexão] e [+ ou - abertura], que a M2 pode apresentar-se com um classificador de valor idêntico ao da M1 ou diferencia-se para referenciar a localização da M2, e que a variação de configurações utilizadas é corrente em todas as faixas etárias.
- Estudos preliminares para a modelização de um avatar para a LGP: os descritores fonológicosPublication . Moita, Mara; Carmo, Patrícia; Carmo, Helena; Ferreira, José Pedro; Mineiro, AnaA língua gestual portuguesa (LGP) carece de ferramentas computacionais básicas. Entre as razões para a inexistência desses recursos está o pouco conhecimento que se tem daquela língua, de que não existe ainda uma descrição suficientemente detalhada e sistematizada para poder a partir dela proceder a modelização computacional. No âmbito do desenvolvimento de um avatar (um gestuante artificial) de LGP, temos vindo a descrever sistematicamente o seu sistema fonológico, tendo em vista a construção de um vocabulário computacional que sirva de base à criação de recursos informáticos úteis. Neste artigo, fornecemos alguns elementos para uma primeira descrição fonológica da LGP tendo em vista a sua modelização computacional. É feita a identificação dos parâmetros contrastivos (com recurso a pares mínimos) para a descrição da LGP, de entre as categorias fonológicas apontadas pelo modelo hand -tier. Além destas, é indicada e descrita como categoria a expressão facial, não tida em conta como distintiva naquele modelo, mas essencial para a LGP, tanto por permitir distinguir pares mínimos (o que indicia valor categorial relevante), como por ser fundamental para uma descrição que conduza a um modelo de representação computacional suficientemente completo para permitir inteligibilidade e validação por parte dos utilizadores finais, a comunidade surda portuguesa.
- Guia de boas práticas de ensino online em contexto de emergência para alunos surdos durante a pandemia da doença COVID-19Publication . Lagarto, José Reis; Mineiro, Ana; Carvalho, Paulo Vaz de; Moita, Mara; Carmo, Helena; Rato, Joana Rodrigues
- Os institutos de surdos dos séculos XVIII e XIX: centros de língua gestual e cultura surdaPublication . Carvalho, Paulo Vaz de; Carmo, HelenaA educação pública de surdos a nível mundial surgiu e estruturou-se nos Institutos de surdos dos séculos XVIII e XIX, hoje na sua maioria encerrados. Na atualidade, estes institutos são vistos como anacrónicos e segregadores à luz das teorias da educação inclusiva. Paradoxalmente, quando analisamos a História da Educação de Surdos muitos autores apontam a educação de surdos no referido período como a “Idade de Ouro” deste ramo da educação (Lane 1992; Cantin 2018; Delaporte 2002; Carvalho 2007). O presente artigo tem como objetivo olhar para estes antigos institutos como centros vivos e dinâmicos de desenvolvimento das línguas gestuais que eram transmitidas de geração em geração entre alunos, professores e funcionários Surdos. Por não ser separável língua de cultura, demonstraremos como estes institutos eram também centros de génese, estruturação e divulgação da Cultura Surda. A nossa análise será focada em três Institutos dos séculos XVIII e XIX, o Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris, o Instituto Público de Surdos-Mudos e Cegos de Manilla em Estocolmo e o Real Instituto de Surdos-Mudos e Cegos de Lisboa, abrangendo um recorte temporal entre 1760 e 1834 e baseada em fontes primárias cotejadas nas bibliotecas e arquivos nacionais dos três países.
- Porquê o termo língua gestual portuguesa?Publication . Carmo, Helena; Freire, Maria José; Carvalho, Paulo Vaz deLíngua Gestual Portuguesa é o termo utilizado pela Comunidade Surda para se referir à sua língua preferencial de comunicação (Amaral 1994). Este termo também tem sido utilizado por toda a comunidade académica e científica que investiga esta língua desde o final da década de 70 do século XX (Prata 1980). Recentemente, o uso deste termo foi colocado em questão num artigo de Correia (2020), em que a autora defende que este não será o termo adequado para nomear a língua em questão, propondo “Língua de Sinais Portuguesa” como o termo correto, evocando para o efeito razões históricas e linguísticas. Consideramos, ao contrário da autora supracitada, que o termo adequado para denominar a língua utilizada pela Comunidade Surda Portuguesa é efetivamente “Língua Gestual Portuguesa”. Desta forma, o presente artigo tem como objetivo justificar a correção do uso do termo “Língua Gestual Portuguesa” tendo por base as perspetivas histórica, linguística, sociocultural e legislativa, esperando assim contribuir para uma discussão científica, alicerçada em bases sustentadas, através da crítica hermenêutica de fontes primárias, mas também tendo em conta o sentimento que o termo encerra para a comunidade que a usa, nos seus níveis cultural, linguístico, identitário e legal.
- Portuguese sign language curriculum: past, present and futurePublication . Carmo, Helena; Carvalho, Paulo Vaz deThe Portuguese Sign Language (hereinafter LGP) is linked to the deaf education in Portugal for decades. Its genesis is found in the first institutes in Lisbon and Porto in the 19th century, in which a considerable number of deaf people had gathered and developed signed communication systems. During the 19th century, the methodologies used in their education were based on these signed systems and the manual alphabet. With the advent of oralist methodologies introduced in Portugal, these signed communication systems were banned from the classroom, although deaf students continued to develop their sign communication clandestinely. The LGP was rescued in the 80s and 90s of the 20th century as a result of the studies carried out by the University of Lisbon in partnership with the Portuguese Association of the Deaf, and of the first attempts to implement bilingual education for deaf students. Both developments demonstrated the need to teach LGP as a first language to deaf students and the construction of an LGP curriculum. The first national LGP curriculum is published (DGIDC, 2008) with the publication of the Decree-Law 3/2008, which regulated deaf bilingual education for the first time in its Article 23. In 2018, two new Decree-Laws were published (54/2018 and 55/2018) that revoke the previous Decree-Law and promote a curriculum review of all school subjects. To understand the effectiveness of the 2008 LGP curriculum, we carried out an exploratory study. We interviewed four deaf LGP teachers who suggested the reformulation of the LGP curriculum, respecting the 2018 legislation and the reality of the current deaf school population.
- Os verbos em negação na Língua Gestual PortuguesaPublication . Carmo, Helena; Silva, Verónica Milagres da; Martins, ElsaO presente artigo pretende abordar sistematicamente a componente da negação verbal, tema integrante da sintaxe da Língua Gestual Portuguesa (LGP). À falta de investigação estruturada e à falta de uma Gramática de LGP mais aprofundada, surgiu a necessidade de se estudar esta língua de forma detalhada, debruçando assim o olhar sobre esta temática de forma a empreender a reorganização e a construção de uma Gramática de LGP mais pormenorizada. Partindo de uma análise decorrente da recolha de entrevistas em LGP, sob forma de discurso informal de tema incitado, e da análise de um documentário em LGP, procurar-se-á refletir acerca das construções de negação verbal recorrentes e esclarecer o modo como estas estruturas poderão ser formadas e que classificações poderão assumir na LGP. Realizar-se-á ainda uma abordagem comparativa e analógica entre a LGP e outras línguas gestuais, com o intuito de compreender a existência de semelhanças e de traços diferenciados no que concerne ao processo da negação verbal em língua gestual. Será dado a conhecer um conjunto de marcadores (manuais e não manuais) que de certa forma assinalam ou contribuem para a formação da negação bem como uma proposta de segmentação da negação em LGP em dois ramos alicerçais: a Negação Regular (sincrónica, assincrónica e flexão verbal nos tempos passado, presente e futuro) e a Negação Irregular. Será, ainda, apresentada a razão pela qual se pode assumir o marcador não manual headshake como gramatical.