CEFi - Contribuições em Revistas Científicas / Contribution to Journals
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Browsing CEFi - Contribuições em Revistas Científicas / Contribution to Journals by Author "Dimas, Samuel"
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- A abertura da fenomenologia à via hermenêutico-dialógica da metafísicaPublication . Dimas, SamuelDe modo distinto das ciências da natureza e dos factos, as ciências do espírito consideram o homem na sua existência cultural e histórica, cujo dinamismo teleológico exige um fundamento divino. Também a reflexão fenomenológica subjetiva e imanente exige uma abertura para a reflexão metafísica em que as questões da liberdade e da imortalidade encontram o seu sentido último na transcendência. Procuraremos identificar como é que na filosofia contemporânea se procura a relação entre a fenomenologia e a metafísica, por via de um método histórico-hermenêutico que atende à singularidade do mundo e à espiritualidade da vida.
- A distinção entre enigma e mistério em Eudoro de Sousa: elementos para uma racionalidade metafísica do mistério de DeusPublication . Dimas, SamuelAo contrário do enigma que pode ser nomeado, representado e decifrado, o mistério é indizível e inefável. O Mistério não é uma obscuridade que pode ser dissipada pela luz meridiana da razão, mas é o próprio fundamento da racionalidade. O mistério refere-se ao excesso essencial de uma divina e incomensurável Ação criadora.
- A encarnação do Deus invisível em Michel HenryPublication . Dimas, Samuel
- A filosofia da religião de David Hume: teísmo, ateísmo ou deísmo?Publication . Dimas, SamuelNa sua filosofia da religião, David Hume faz a distinção entre teísmo genuíno, que corresponde à afirmação de que toda a estrutura da natureza indica um Ser Supremo, autor inteligente e criador da ordem do Mundo, e teísmo supersticioso, que corresponde à crença do politeísmo idólatra na ação servil e familiar dos poderes superiores, descritos de forma antropomórfica com paixões e apetites, membros e órgãos humanos. A partir desta distinção procuraremos mostrar que na obra deste autor não está em causa a essencial verdade religiosa acerca da existência de Deus, que surge à razão como óbvia, mas sim a conceção antropomórfica dos atributos divinos e a sua adequada cognoscibilidade, bem como a forma das religiões conceberem a relação providencial com as criaturas no sentido da suprema justiça e da instauração de um futuro perfeito de integral redenção. Só é possível afirmar da causa divina aquilo que se pode inferir da experiência que fazemos dos seus efeitos Assim, consideraremos que a sua posição não é de ateísmo, no sentido etimológico do termo, mas sim de deísmo, no sentido de se inferir racionalmente a partir dos efeitos a existência da Divindade, como causa última de toda a ordem natural, sem, no entanto, ser possível a compreensão filosófica da sua incomensurável essencialidade, ficando o seu obscuro e contraditório discurso remetido para o plano da fé.
- A filosofia do conhecimento de Leonardo CoimbraPublication . Dimas, SamuelLeonardo Coimbra define a filosofia como atividade de conhecimento e órgão da liberdade, como teoria e prática da experiência, que não se resume à análise da experiência científica, mas também à compreensão das experiências estética, ética, metafísica e religiosa
- A presença do trágico na Teodiceia de Leibniz: a predestinação da salvação eterna e a destinação da condenação eternaPublication . Dimas, SamuelLeibniz procura conciliar a liberdade da lei divina e da ordem cósmica com a liberdade da ação humana, afirmando que todos os acontecimentos bons e maus concorrem para a consumação do plano de Deus para a Criação. A trágica imperfeição das partes, que se manifesta na miséria das más ações, converte-se na perfeição do todo, por ação da providência divina. O mal e o sofrimento destinados pela vontade consequente de Deus, que resulta do concurso de todas as vontades particulares, são meios para um bem maior, predestinado pela vontade antecedente de Deus. Todos estão predestinados à salvação eterna e muitos estão destinados à condenação eterna.
- A procura de conciliação entre emanação e criação no diálogo entre a Patrística e a Filosofia Islâmica medievalPublication . Dimas, SamuelA reflexão clássica grega acerca do trânsito do Uno ao múltiplo recebe, por via das religiões do Livro, o nome de criação. Quer isto dizer que num contexto neoplatónico a noção de criação começa por ser o conceito religioso para dizer o movimento de emanação da realidade plural da realidade primigénia do Uno originário, conquistando progressivamente um outro sentido com a introdução judaico-cristã da ideia de criação a partir do nada (ex nihilo), desenvolvida por autores como, Gregório de Nissa, Santo Agostinho e são Tomás de Aquino. Na filosofia medieval islâmica do Oriente e do Ocidente al-Andalus, que herda da patrística a procura de harmonização do pensamento grego com a teologia judaico-cristã, desenvolve-se um profundo debate acerca da procura de conciliação da noção de emanação com a noção de criação. Este esforço de conciliação manifesta-se pelo recurso à noção neoplatónica da emanação e à noção aristotélica da causa primeira, para explicar a existência da pluralidade do Cosmos a partir da unidade do Ser divino primeiro.
- A superação do gnosticismo na teoria da criação de Leonardo CoimbraPublication . Dimas, SamuelA filosofia espiritualista portuguesa encerra uma forte influência do pensamento místico das religiões orientais e do pensamento gnóstico desenvolvido no período helenista. Esta presença do gnosticismo caracteriza-se por um dualismo antropológico, em que o corpo é concebido como o cárcere da alma, e por uma cisão ontológica e cosmológica, em que o mundo sensível é concebido como uma realidade aparente e maligna. Nos períodos da Galécia e da Lusitânia a influência gnóstica situa-se no contexto do diálogo com a patrística e da apologética contra correntes de pensamento como o maniqueísmo e o origenismo. No período do al-Andalus e da fundação da nacionalidade o gnosticismo manifesta-se por via da presença do neoplatonismo nas culturas islâmicas e hebraicas e na cultura cristã em torno do debate acerca do mundo como resultado da criação ou da emanação. A contemporaneidade vai retomar estes debates, regressando aos temas maniqueístas da cisão no Ser e da oposição entre o espírito e a matéria. Assistimos à recuperação da noção de dupla criação de Orígenes e Gregório de Nissa, para conciliar a teoria platónica da pré-existência das almas com a teoria judaico-cristã da criação ex nihilo. Encontramos a negação do caráter histórico da revelação divina e do mistério da ressurreição do corpo. Identificamos a tese cosmológica do movimento cíclico de egressus e regressus como forma de retorno à Origem da realidade divina decaída.