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Abstract(s)
A work of art's openness to participation is traditionally a focus for thought and debate on the artists’ role and on the way the participants relate to the artistic process. A recent artistic development in participation art - a formal definition of a work that involves a massive number of participants – calls for a reassessment of participation strategies and the study of the effects of this change on practices where the involvement of the other is simultaneously a method of art making and a field of poetic potential.
In this thesis, current theoretical work on the broader context of participation has been critical to define mass participation within that field. However, a shift from views centred on the new status of the participant public and its impact on the social and political context of the artwork towards a view centred on the artists’ options is needed to assess the particularities of this practice. This shift reflects our research position that mass participation follows a process of artists’ gradual ceding of authorial control to external elements. This process, that we will argue to have its roots in ancient art, is further explored by the vanguards of the early twentieth century, and is part of current art practice and discourse. Such timeline has already been clearly described elsewhere. However, the distinctive trait of mass participation, in what relates to that agency transfer is a set of form making strategies which have lately come together even if they have been individually sought throughout modern and contemporary artistic endeavour.
As such, the work here documented, involves the systematization of such strategies resorting to two main approaches: on one hand, through practice, dealing with the formal and poetical potential of working with the mass. The main conceptual and implementation themes of four projects, that are accounted for in the second half of this document, establishes the seeds for the proposition of a mass participation strategy; on the other hand, a theoretical generalization effort, that makes for the first half of this document, creates the abstract framework of such proposition. Along with its general technological, cultural and artistic context, mass participation is posited within a critical review of the notions of agency, participation, the mass, and complexity.
A abertura de uma obra de arte à participação constitui tradicionalmente um foco de reflexão e debate sobre o papel do artista e sobre as maneiras dos participantes se relacionarem com o processo artístico. Um desenvolvimento recente na arte participativa – a definição formal de uma obra que envolve um número massivo de participantes – apela a uma reavaliação das estratégias participativas e ao estudo dos efeitos desta mudança sobre práticas em que o envolvimento d’o outro é simultaneamente um método para o fazer arte e o campo de um potencial poético. Para esta tese, o trabalho teórico actual sobre o contexto alargado da participação foi crucial para aí inscrever a definição especifica de participação em massa. Contudo, para avaliar as particularidades daquela prática é necessário deslocar as perspectivas centradas no público participante e no seu impacte na obra de arte em direcção a uma perspectiva centrada nas escolhas do artista. Esta deslocação reflecte a posição resultante da nossa investigação de que a participação de massa segue um processo de cedência gradual pelo artista do seu controlo autoral a elementos externos. Este processo, que, segundo nos propomos arguir, tem as suas raízes na arte mais antiga, é explorado de modo mais extensivo pelas vanguardas artísticas do início do século XX e é parte do discurso e da prática actuais. Esta evolução temporal tem sido descrita na literatura relevante; contudo, o traço distintivo da participação de massa enquanto tal, no que respeita a transferência de agência, é conjunto das suas estratégias para a produção de forma, mesmo que tenham sido procuradas individualmente ao longo das experiências artísticas modernas e contemporâneas. Assim, o trabalho que aqui documentamos envolve a sistematização destas estratégias recorrendo a uma dupla abordagem. Por um lado é mobilizada uma prática que recorre ao potencial formal e poético do trabalho com as massas: os principais temas conceptuais e de implementação presentes em quatro projectos, dos quais é dada conta na segunda parte deste documento, formam a raiz da proposta de uma estratégia de participação de massas. Por outro lado, o esforço de generalização teórica que constitui a primeira metade deste documento cria a moldura abstracta dessa proposta. Em consonância com o seu contexto geral no plano artístico, tecnológico e cultural, a participação de massa é postulada no âmbito de uma revisão crítica das noções de agência, participação, massa e complexidade.
A abertura de uma obra de arte à participação constitui tradicionalmente um foco de reflexão e debate sobre o papel do artista e sobre as maneiras dos participantes se relacionarem com o processo artístico. Um desenvolvimento recente na arte participativa – a definição formal de uma obra que envolve um número massivo de participantes – apela a uma reavaliação das estratégias participativas e ao estudo dos efeitos desta mudança sobre práticas em que o envolvimento d’o outro é simultaneamente um método para o fazer arte e o campo de um potencial poético. Para esta tese, o trabalho teórico actual sobre o contexto alargado da participação foi crucial para aí inscrever a definição especifica de participação em massa. Contudo, para avaliar as particularidades daquela prática é necessário deslocar as perspectivas centradas no público participante e no seu impacte na obra de arte em direcção a uma perspectiva centrada nas escolhas do artista. Esta deslocação reflecte a posição resultante da nossa investigação de que a participação de massa segue um processo de cedência gradual pelo artista do seu controlo autoral a elementos externos. Este processo, que, segundo nos propomos arguir, tem as suas raízes na arte mais antiga, é explorado de modo mais extensivo pelas vanguardas artísticas do início do século XX e é parte do discurso e da prática actuais. Esta evolução temporal tem sido descrita na literatura relevante; contudo, o traço distintivo da participação de massa enquanto tal, no que respeita a transferência de agência, é conjunto das suas estratégias para a produção de forma, mesmo que tenham sido procuradas individualmente ao longo das experiências artísticas modernas e contemporâneas. Assim, o trabalho que aqui documentamos envolve a sistematização destas estratégias recorrendo a uma dupla abordagem. Por um lado é mobilizada uma prática que recorre ao potencial formal e poético do trabalho com as massas: os principais temas conceptuais e de implementação presentes em quatro projectos, dos quais é dada conta na segunda parte deste documento, formam a raiz da proposta de uma estratégia de participação de massas. Por outro lado, o esforço de generalização teórica que constitui a primeira metade deste documento cria a moldura abstracta dessa proposta. Em consonância com o seu contexto geral no plano artístico, tecnológico e cultural, a participação de massa é postulada no âmbito de uma revisão crítica das noções de agência, participação, massa e complexidade.
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Keywords
Mass participation Art Agency Participation Mass Complexity Participação em massa Arte Agência Participação Massa Complexidade
