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Advisor(s)
Abstract(s)
As democracias ocidentais têm sido palco de transformações sociais profundas. As décadas
de paz que a Europa tem vivido desde da Segunda Guerra Mundial caracterizam-se por uma
expansão democrática e um desenvolvimento económico sem precedentes. Em simultâneo, os
comportamentos dos cidadãos passaram por alterações comportamentais substanciais, revelando
padrões novos de acção, intervenção e contestação política.
Primeiro, Inglehart e, depois, Dalton, estudaram este fenómeno e defendem uma nova
corrente, um novo paradigma social, apelidado de pós-materialismo. A evolução da sociedade
introduziu novos comportamentos e assistiu-se ao surgimento de novas formas dos cidadãos
expressarem e defenderem os seus interesses. Denota-se que protestos são mais pacíficos, mas
são também mais alternativos. Novas formas de protesto procuram constituir originais entraves ao
funcionamento das instituições políticas e públicas. Os jovens europeus expressam uma
mentalidade diferente das gerações anteriores. Cresceram num meio confortável e pacifico e
demonstram outras expectativas perante a sociedade e a relação com os seus governantes.
Entendem o Estado como fonte de imposições e restrições, as quais necessitam de ser
questionadas. Demonstram uma relação de cepticismo em relação à elite política. A presente
dissertação tenciona contribuir para compreender se Portugal se insere nesta realidade europeia.
A análise procura avaliar a relação que a Assembleia da República Portuguesa estabelece com os
seus cidadãos, e ao mesmo tempo a dissertação procura contribuir para a caracterização do
eleitorado português em comparação com eleitorados de outros países europeus.