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Apesar de grande parte do estudo da pintura mural a fresco estar por efectuar, esta expressão artística desenvolveu-se em Portugal com intensa actividade entre os séculos XV e XVI. No Norte de Portugal, devido a uma maior escassez da matéria-prima cal, a pintura apresenta frequentemente apenas uma camada de reboco, extremamente delgada, por oposição à usual utilização de duas camadas. O suporte destas pinturas foi quase exclusivamente o granito, uma rocha com boas propriedades fisico-químicas para a execução de revestimentos de cal e tipologias decorativas associadas. A degradação das pinturas murais, além da acção humana, está relacionada com a alta porosidade do substrato, sua natureza carbonatada, a presença de água nas paredes e as condições ambientais. A conjugação destes agentes é responsável pela perda significativa de área pictórica e das manchas negras inestéticas por biocolonização. No Norte de Portugal vários frescos dos séculos XV-XVI evidenciam esta alteração que mancha tanto os suportes como as pinturas – alteração de grande impacto estético que domina a atenção dos conservadores-restauradores na metodologia das intervenções. Apesar do substrato dos frescos ser principalmente inorgânico, o depósito de partículas atmosféricas e a absorção de água por capilaridade, pode promover o desenvolvimento de fungos, que segregam metabolitos como ácidos orgânicos. Diversos fungos também produzem pigmentos que variam em função da espécie, dos constituintes da pintura mural, dos factores ambientais, entre outros. O tratamento com biocidas é eficaz na erradicação dos organismos, mas não na remoção da pigmentação resultante do seu crescimento. Para assegurar intervenções éticas e sustentáveis, é fundamental conhecer tanto a natureza e comportamento dos materiais, como o seu estado de conservação actual e a identificação dos agentes e factores de degradação. Este trabalho pretende apresentar um estado da arte para este tema, incluindo os métodos mais comuns de abordagem em Conservação e Restauro para este problema.
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Marco, A., Vieira, E., Caetano, J., Pintado, M.E., Moreira, P. R. (2017). As alterações da pintura mural a fresco no Norte de Portugal. In M. Gil, P. Monteiro (eds.), I Simpósio Ibérico: A Cal na Arte e no Património Edificado, Évora, Portugal, 19-20 Outubro. (p. 31). Évora, Universidade