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Contributos para a definição de um modelo organizacional dos cuidados às pessoas dependentes no autocuidado e seus cuidadores, em contexto domiciliário : estudo realizado nas ECCI do ACES do Baixo Mondengo

datacite.subject.fosCiências Médicas::Ciências da Saúdept_PT
dc.contributor.advisorSilva, Abel Avelino de Paiva e
dc.contributor.authorBento, Maria da Conceição Saraiva da Silva Costa
dc.date.accessioned2022-01-07T17:35:42Z
dc.date.available2022-01-07T17:35:42Z
dc.date.issued2021-07-22
dc.date.submitted2020-12
dc.description.abstractProblemática: O envelhecimento da população portuguesa irá acentuar-se no futuro (INE, 2020) e será, potencialmente acompanhado, do aumento da prevalência de pessoas dependentes no autocuidado e de cuidados de terceiros. Esta situação, é suscetível de resultar no aumento da necessidade de cuidados continuados. É desejável, e reúne cada vez maior consenso, a ideia de que, a resposta em cuidados continuados, deve priorizar e privilegiar os cuidados domiciliários. Esta realidade, exigirá novos modelos de cuidados e/ou reforma dos existentes. Pensá-los exige investigação que permita uma melhor compreensão das necessidades das pessoas dependente a viver em casa, e de como se pode garantir completude de cuidados. Objetivo: Identificar, as necessidades de cuidados das pessoas dependentes no autocuidado que vivem em suas casas, que cuidados lhes são efetivamente prestados e quem os presta. Material e métodos: Há duas fases nesta investigação. Fase 1: estudo observacional, quantitativo, descritivo e transversal, numa amostra de pessoas assistidas em 13 ECCI de um Agrupamento de Centros de Saúde de Portugal, que consistiu na avaliação dos cuidados necessários a 130 pessoas dependentes no autocuidado, com recurso à utilização de um formulário. Fase 2: levámos a cabo um “focus group” procurando a compreensão dos fenómenos sociais observados. Resultados: As pessoas dependentes no autocuidado, assistidas em ECCI estudadas, são maioritariamente homens, com idade média de 77 anos, casados/união de facto, reformados, com baixa escolaridade, com dependência média há 2,5 anos. 77,7% estão “acamados”. Famílias constituídas pelo casal, em que a esposa, mulher, portuguesa, com idade média de 67 anos, é a cuidadora principal, tendo cerca de 1/3 mais de 75 anos, o que se repercute na incapacidade de assegurar os cuidados que progride com a idade. Uma elevada percentagem apresenta compromissos nos focos de atenção avaliados: andar (96,2%); higiene pessoal (91,5 %); vestir-se e despir-se (82,3 %); equilíbrio (81,5%); autogestão do regime terapêutico (76,9%); transferir-se (71,5%); desuso (66,2%); ventilação e no virar-se, a (64,6%); sentar-se (58,5%), rigidez articular (47,7%), mastigação (42,3%); dor (41,5%) incontinência urinária (37,7%), incontinência intestinal e alimentação (33,1%), deglutição (30,0%), consciência comprometida (28,5%), paresia (26,2%); intolerância à atividade (25,4%); desidratação (24,6%); comunicação e limpeza das vias aéreas e hiperglicemia (23,8%), perfusão dos tecidos (22,3%), úlcera de pressão (21,5%). A média global da proporção de implementação das intervenções necessárias às pessoas avaliadas face ao esperado foi de 66,7%. Verificou-se que ficavam por fazer 33,3% dos cuidados considerados necessários. Os Enfermeiros explicam as razões da incompletude dos cuidados por dois motivos principais: a “falta tempo” e porque “a família não tem condições para o exercício do papel”. A incompletude de cuidados é um processo que gera mal-estar nos enfermeiros e sentimentos de impotência e angústia. Conclusão: O fenómeno das necessidades de cuidados às pessoas dependentes no autocuidado a viver no domicílio e a sua provisão revelaram-se como realidades complexas e multidimensionais, não estando garantida a completude de cuidados.pt_PT
dc.description.abstractBackground: The aging of the Portuguese population will accentuate in the future (INE, 2020) and will be, potentially, accompanied by the increase in the prevalence of dependent people in self-care and care of third parties. This situation is likely to result in an increased need for continued care. As there is a growing consensus, the idea that the answer in continuous care should prioritize and privilege home care. This reality will require new models of care and/or reform of existing ones. Thinking about them requires research that allows for a better understanding of the needs of people dependent on living at home, and how to ensure complete care. Objective: Identify the care needs of dependent people in self-care who live in their homes, what care is actually provided to them, and who provides it. Material and methods: Investigation in 2 phases. Phase 1: observational, quantitative, descriptive and cross-sectional study, in a sample of people assisted in 13 ECCIs from a group of Health Centres in Portugal, which consisted of evaluating the necessary care of 130 dependent people in self-care, by using of a form. Phase 2: a “focus group”, seeking to understand the social phenomena observed, was carried out. Results: The dependent people in self-care, assisted in studied ECCI, are mostly men, with an average age of 77 years, married/domestic partners, retired, with lower education, with average dependency for 2.5 years. 77.7% are “bedridden”. Families constituted by the couple, in which the wife, woman, Portuguese, with an average age of 67 years, is the main caregiver, where 1/3 are over 75 years of age, having an impact on the inability to ensure the care that progresses with age. A high percentage shows commitments in the evaluated focuses of attention: walking (96.2%); personal hygiene (91.5%); dressing and undressing (82.3%); balance (81.5%); self-management of the therapeutic regime (76.9%); transfer (71.5%); disuse (66.2%); ventilation and turning around, (64.6%); sitting (58.5%), joint stiffness (47.7%), chewing (42.3%); pain (41.5%) urinary incontinence (37.7%), intestinal incontinence and food (33.1%), swallowing (30.0%), impaired consciousness (28.5%), paresis (26.2% ); activity intolerance (25.4%); dehydration (24.6%); communication, cleaning of the airways and hyperglycaemia (23.8%), tissue perfusion (22.3%), pressure ulcers (21.5%). The global average of the proportion of implementation of the interventions needed by the people evaluated compared to what was expected was 66.7%. It was found that 33.3% of the care considered to be necessary remained to be done. Nurses explain the reasons for incomplete care for two main reasons: “lack of time” and because “the family is unable to exercise the role”. The incomplete care is a process that generates malaise in nurses and feelings of helplessness and anguish. Conclusion: The phenomenon of care needs for dependent people in self-care living at home and their provision revealed themselves to be complex and multidimensional realities, with the completion of care not being guaranteed.pt_PT
dc.identifier.tid101669682pt_PT
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.14/36381
dc.language.isoporpt_PT
dc.subjectCuidados domiciliáriospt_PT
dc.subjectAutocuidadopt_PT
dc.subjectPessoa dependentept_PT
dc.subjectFamiliar cuidadorpt_PT
dc.subjectHome carept_PT
dc.subjectSelf-carept_PT
dc.subjectDependent personpt_PT
dc.subjectFamily caregiverpt_PT
dc.titleContributos para a definição de um modelo organizacional dos cuidados às pessoas dependentes no autocuidado e seus cuidadores, em contexto domiciliário : estudo realizado nas ECCI do ACES do Baixo Mondengopt_PT
dc.title.alternativeContributions for the definition of an organizational model of care for dependent people in self-care and their caregivers in home context : study carried out in the ECCI of ACES Baixo Mondegopt_PT
dc.typedoctoral thesis
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typedoctoralThesispt_PT
thesis.degree.nameDoutoramento em Enfermagempt_PT

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