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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
The research emerged from the need to understand how engineers perceive and record drum
kits in modern popular music. We performed a preliminary, exploratory analysis of
behavioural aspects in drum kit samples. We searched for similarities and differences, hoping
to achieve further understanding of the sonic relationship the instrument shares with others, as
well as its involvement in music making.
Methodologically, this study adopts a pragmatic analysis of audio contents, extraction of
values and comparison of results. We used two methods to analyse the data. The first, a
generalised approach, was an individual analysis of each sample in the chosen eight classes
(composed of common elements in modern drum kits). The second focused on a single
sample that resulted from the down-mix of the previous classes’ sample pools.
For the analysis, we handpicked several subjective and objective features as well as a series of
low-level audio descriptors that hold information regarding the dynamic and frequency
contents of the audio samples. We then conducted a series of processes, which included visual
analysis of three-dimensional graphics and software-based information computing, to retrieve
the analytical data.
Results showed that there are some significant similarities among the classes’ audio features.
This led to the assumption that the a priori experience of engineers could, in fact, be a
collective and subconscious notion, instinctively achieved in a recording session.
In fact, with more research concerning this subject, one may even find new a new way to deal
with drum kits in a studio context, hastening time-consuming processes and strenuous tasks
that are common when doing so.
A investigação científica realizada no ramo do áudio e da música tornou-se abastada e prolífica, exibindo estudos com alto teor informativo para melhor compreensão das diferentes áreas de incidência. Muita da pesquisa desenvolvida foca-se em aspectos pragmáticos: reconhecimento de voz e de padrão, recuperação de informação musical, sistemas de mistura inteligente, entre outros. No entanto, embora estes sejam aspectos formais de elevada importância, tem-se notado uma latente falta de documentação relativa a aspectos mais idílicos e artísticos. O instrumento musical de estudo que escolhemos foi a bateria. Para além de uma vontade pessoal de entender a plenitude das suas características sónicas intrínsecas para aplicações prácticas com resultados tangíveis, é de notar a ausência de discurso e pesquisa científica que por este caminho se tenha aventurado. Não obstante, a bateria tem sido objecto de estudo profundo em contextos analíticos, motivo pelo qual foi também relevante originar a nossa abordagem seminal. Por um lado, as questões físicas de construção e manutenção de baterias, bem como aspectos de índole ambiental e de espaço (salas de gravação) são dos aspectos que mais efeitos produzem na diferença timbríca em múltiplos exemplos de gravações de baterias. No entanto, questões tonais (fundamentais para uma pluralidade de instrumentos) na bateria carecem de estudo e documentação num contexto mundial generalizado. São muitos os engenheiros de som e músicos que alimentam a ideia preconcebida da dificuldade inerente em relacionar este elemento percursivo com os restantes instrumentos numa música. Aliam-se a isto questões subjectivas de gosto e preferência, bem como outros métodos que facilitam a inserção de um instrumento rítmico e semi-harmónico (porque é possível escolher uma afinação para diferentes elementos de uma bateria) numa textura sonora que remete para diferentes conceitos musicais. Portanto, a questão nuclear que este estudo se foca é: “será possível atingir um som idílico nos diferentes elementos de uma bateria?”. Em si só, a ambiguidade desta resposta pode remeter para um conceito dogmático e inflexível, bem como para a ideia de que, até ao momento, nenhuma gravação ou som de bateria alcançou um patamar de extrema qualidade, sonoridade ou ubiquidade que a responda a esta premissa. Partimos, então, desta interrogação e procedemos a uma análise pragmática de amostras sonoras que fossem o mais assimiláveis possível a um contexto comercial. Reunimos amostras de oito classes pré-definidas: bombos, tarolas, pratos de choque, timbalões graves, médios e agudos, crashs e rides. As amostras derivaram de bibliotecas que foram reunidas posteriormente à realização de uma pesquisa em busca dos fabricantes mais conceituados, com maior adesão pública e com antecedentes comerciais tangíveis. Daqui recuperamos 481 amostras. Depois de reunidas, as amostras sofreram um processo de identificação e catalogação, passando também por alguns momentos de processamento de sinal (conversão para ficheiros monofónicos, igualização da duração e normalização do pico de sinal). Em seguida, através do software de computação matemática MATLAB, desenvolvemos linhas de código que foram instrumentais para fase da análise de características e descritores de ficheiros áudio. Finalmente, procedemos a uma reunião dos resultados obtidos e a iniciação de suposições que pudessem originar os valores extraídos. De entre os resultados obtidos, surgiram ideias que, com mais investigação, podem facilitar a compreensão do comportamento sonoro dos diferentes elementos, bem como a criação de métodos de conjugação harmónica entre eles. É importante referir que, neste estudo, partimos de um conceito qualitativo do som, e como tal, omitimos aspectos físicos que, na sua essência, influenciam substancialmente o som que é emitido. No entanto, este trabalho introdutório pretende retificar de forma preliminar esta falta de conceitos subjectivos com evidências palpáveis. Evidências essas que ainda necessitam de investigação adicional para a sua confirmação.
A investigação científica realizada no ramo do áudio e da música tornou-se abastada e prolífica, exibindo estudos com alto teor informativo para melhor compreensão das diferentes áreas de incidência. Muita da pesquisa desenvolvida foca-se em aspectos pragmáticos: reconhecimento de voz e de padrão, recuperação de informação musical, sistemas de mistura inteligente, entre outros. No entanto, embora estes sejam aspectos formais de elevada importância, tem-se notado uma latente falta de documentação relativa a aspectos mais idílicos e artísticos. O instrumento musical de estudo que escolhemos foi a bateria. Para além de uma vontade pessoal de entender a plenitude das suas características sónicas intrínsecas para aplicações prácticas com resultados tangíveis, é de notar a ausência de discurso e pesquisa científica que por este caminho se tenha aventurado. Não obstante, a bateria tem sido objecto de estudo profundo em contextos analíticos, motivo pelo qual foi também relevante originar a nossa abordagem seminal. Por um lado, as questões físicas de construção e manutenção de baterias, bem como aspectos de índole ambiental e de espaço (salas de gravação) são dos aspectos que mais efeitos produzem na diferença timbríca em múltiplos exemplos de gravações de baterias. No entanto, questões tonais (fundamentais para uma pluralidade de instrumentos) na bateria carecem de estudo e documentação num contexto mundial generalizado. São muitos os engenheiros de som e músicos que alimentam a ideia preconcebida da dificuldade inerente em relacionar este elemento percursivo com os restantes instrumentos numa música. Aliam-se a isto questões subjectivas de gosto e preferência, bem como outros métodos que facilitam a inserção de um instrumento rítmico e semi-harmónico (porque é possível escolher uma afinação para diferentes elementos de uma bateria) numa textura sonora que remete para diferentes conceitos musicais. Portanto, a questão nuclear que este estudo se foca é: “será possível atingir um som idílico nos diferentes elementos de uma bateria?”. Em si só, a ambiguidade desta resposta pode remeter para um conceito dogmático e inflexível, bem como para a ideia de que, até ao momento, nenhuma gravação ou som de bateria alcançou um patamar de extrema qualidade, sonoridade ou ubiquidade que a responda a esta premissa. Partimos, então, desta interrogação e procedemos a uma análise pragmática de amostras sonoras que fossem o mais assimiláveis possível a um contexto comercial. Reunimos amostras de oito classes pré-definidas: bombos, tarolas, pratos de choque, timbalões graves, médios e agudos, crashs e rides. As amostras derivaram de bibliotecas que foram reunidas posteriormente à realização de uma pesquisa em busca dos fabricantes mais conceituados, com maior adesão pública e com antecedentes comerciais tangíveis. Daqui recuperamos 481 amostras. Depois de reunidas, as amostras sofreram um processo de identificação e catalogação, passando também por alguns momentos de processamento de sinal (conversão para ficheiros monofónicos, igualização da duração e normalização do pico de sinal). Em seguida, através do software de computação matemática MATLAB, desenvolvemos linhas de código que foram instrumentais para fase da análise de características e descritores de ficheiros áudio. Finalmente, procedemos a uma reunião dos resultados obtidos e a iniciação de suposições que pudessem originar os valores extraídos. De entre os resultados obtidos, surgiram ideias que, com mais investigação, podem facilitar a compreensão do comportamento sonoro dos diferentes elementos, bem como a criação de métodos de conjugação harmónica entre eles. É importante referir que, neste estudo, partimos de um conceito qualitativo do som, e como tal, omitimos aspectos físicos que, na sua essência, influenciam substancialmente o som que é emitido. No entanto, este trabalho introdutório pretende retificar de forma preliminar esta falta de conceitos subjectivos com evidências palpáveis. Evidências essas que ainda necessitam de investigação adicional para a sua confirmação.
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Keywords
Drum kit Idyllic sound Audio descriptors Qualitative analysis Baterias Som idílico Descritores de áudio Análise qualitativa