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Um episódio cosmopolita oculto: as atividades de tradução pelos exilados absolutistas em Paris (1834-1843)

dc.contributor.authorMaia, Rita Bueno
dc.date.accessioned2024-01-10T11:23:16Z
dc.date.available2024-01-10T11:23:16Z
dc.date.issued2022
dc.description.abstractNo seu artigo de 2013 «What Does the Comparative Do for Cosmopolitanism», César Domínguez chama a atenção para a relevância do estudo das «tradições [cosmopolitas] ocultas», como é o caso da tradição literária cigana. Por «cosmopolita», Domínguez entende tradições literárias que são quer multilingues quer produto de uma comunidade deslocada. Como «ocultas», o autor refere-se àquelas atividades cosmopolitas que foram ignoradas pelos comparatistas, devido à sua falta de «sofisticação». O presente artigo pretende apresentar um episódio cosmopolita desconhe cido da Literatura Portuguesa, a saber, as atividades literárias dos exilados absolutistas em Paris depois da Guerra Civil (1828-1834). Primeiramente, argumentar-se-á que estas atividades se encontram ausentes das Histórias da Literatura Portuguesa. Obras como Saraiva/Lopes (1997) parecem ter delimitado a figura do exilado oitocentista português a um pequeno grupo de intelectuais caracterizados por um elevado grau de sofisticação não só social, mas também (e mais significativamente) político-ideológico. De facto, tal como se pretende demonstrar, o exilado português é tradicionalmente identificado com o pensador moderno ou, neste caso, o partidário da monar quia constitucional e vencedor da Guerra Civil. Para além disso, cabe relembrar que a noção de «cosmopolita» de finais do século xviii fora desenvolvida por Immanuel Kant como parte de um projeto para a paz mundial, projeto esse que tinha como base política a monarquia constitucional (Tihanov). Na segunda parte do artigo, serão analisados dados que permitem apresentar estes exilados como cosmopolitas, isto é, como envolvidos em atividades, nomeadamente tradução, que tinham como objetivo salvaguardar o uso da língua portuguesa em Paris. Importando o conceito de cosmopolitismo, desenvolvido por Michael Cronin, como indissociável do conceito de solidariedade, procurar-se-á demonstrar que as traduções publicadas por estes exila dos formavam parte de projetos mais latos de resistência linguística e cultural. Concretamente, os exilados absolutistas forneciam à comunidade portuguesa em Paris: (1) uma literatura traduzida em Português; (2) um estabelecimento de ensino lusófono; (3) uma Livraria Portugueza que funcionava também como ponto de encontropt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.doi10.34632/9789725408100_5pt_PT
dc.identifier.isbn9789725408100
dc.identifier.isbn9789725408117
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.14/43541
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewednopt_PT
dc.publisherUniversidade Católica Editorapt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/pt_PT
dc.subjectAillaudpt_PT
dc.subjectAbsolutistaspt_PT
dc.subjectCosmopolitismopt_PT
dc.subjectExíliopt_PT
dc.subjectRedes de solidariedadept_PT
dc.titleUm episódio cosmopolita oculto: as atividades de tradução pelos exilados absolutistas em Paris (1834-1843)pt_PT
dc.typebook part
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceLisboa, Portugalpt_PT
oaire.citation.endPage106pt_PT
oaire.citation.startPage81pt_PT
oaire.citation.titleMudam-se os tempos, mudam-se as traduções?: reflexões sobre os vínculos entre (r)evolução e traduçãopt_PT
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typebookPartpt_PT

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