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Ultrapassar a perda involuntária da gravidez : um modelo de intervenção de enfermagem

datacite.subject.fosCiências Médicas::Ciências da Saúde
dc.contributor.advisorSantos, Célia
dc.contributor.advisorSantos, Margarida Reis
dc.contributor.authorKoch, Maria Cândida Morato Pires
dc.date.accessioned2015-09-21T12:26:43Z
dc.date.available2015-09-21T12:26:43Z
dc.date.issued2015-05-26
dc.date.submitted2014
dc.description.abstractA interrupção involuntária da gravidez, como evento stressante, pode ser emocionalmente devastador para a mulher/casal. As reações parecem ser únicas, individuais e independentes da idade gestacional, podendo envolver uma ampla gama de transtornos físicos e emocionais. Estas mulheres devem ser alvo de uma atenção cuidada por parte dos enfermeiros. Melhorar os cuidados a prestar, implica programar as intervenções mais adequadas a cada caso e fazer uma avaliação e monitorização do processo de luto e da perceção de bem-estar. Com este estudo, pretendemos contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre as intervenções de enfermagem facilitadoras da recuperação após a perda da gravidez, e cooperar na obtenção de ganhos em saúde das mulheres que enfrentam esta situação. Definimos como objetivos: avaliar o luto e a perceção de bem-estar psicológico das mulheres após o primeiro mês pós-perda; identificar as estratégias de coping utilizadas e as necessidades em cuidados, e desenvolver um modelo de intervenção que oriente e otimize as práticas de cuidar as mulheres em situação de perda da gravidez. Desenvolvemos dois estudos de natureza quantitativa para avaliarmos o luto e a perceção de bem-estar que as mulheres manifestavam quatro a oito semanas pós-perda, precedidos de dois estudos metodológicos, tendo em vista a tradução, adaptação cultural e validação da Perinatal Bereavement Grief Scale para a língua e população portuguesas, e a validação da versão portuguesa do Well-being Questionaire12. A amostra foi de 100 e 74 participantes, respetivamente. Efetuámos um estudo exploratório e descritivo, de natureza qualitativa, recorrendo a 74 entrevistas telefónicas e 18 presenciais, para compreender a vivência da perda nas suas várias dimensões e identificar as necessidades em cuidados de enfermagem. Através de análise de conteúdo, tratámos o material resultante das entrevistas, emergindo três temas: viver a perda, ser cuidada e ultrapassar a perda. A cada um deles associaram-se as respetivas categorias, num total de quinze, e trinta e cinco subcategorias. Apesar da evidente satisfação com os cuidados recebidos, salienta-se a necessidade de melhoria ao nível da informação disponibilizada sobre o processo e atitudes terapêuticas, suporte emocional e preparação para a alta. A rede familiar foi considerada pelas mulheres um suporte essencial. A estratégia de coping mais utilizada foi a distração.Considera-se normal e saudável uma reação de luto que a mulher consiga gerir, resolver e ultrapassar por si própria. Apesar de o processo de luto não estar ainda resolvido para todas as mulheres, estava em fase de resolução para a maioria. A perda da gravidez com todas as suas implicações, enquanto evento stressor, poderá interferir negativamente na perceção que cada mulher faz do seu bem-estar. À medida que a expressão desse desgosto vai diminuindo, e se vai resolvendo esse luto, é recuperado o nível de bem-estar. Os resultados dos estudos efetuados e a pesquisa bibliográfica permitiram delinear um modelo de intervenção de enfermagem com o objetivo de obter ganhos em saúde nas mulheres/casais que enfrentam esta situação.por
dc.description.abstractConsidered a stressful occurrence, involuntary pregnancy loss can also be emotionally devastating for both a woman and couple alike. The reactions appear to be unique, personal and independent of the gestational period, and may involve a wide range of physical and emotional disorders. Women who experience such loss should be subject to careful attention by nurses. The process of improving the care that is provided to women in these situations takes customizing the most adequate interventions case by case and assessing and monitoring the grieving process and the perception of wellbeing. With this study, our goal is to contribute to the deepening of knowledge about nursing interventions that can facilitate recovery following pregnancy loss, and to help achieve milestones in care that is provided to women in situations of involuntary pregnancy loss. Among other objectives, we sought to 1) assess women’s perception of grief and psychological wellbeing following the first month after pregnancy loss; 2) identify coping strategies being applied and specific care needs; and 3) develop a model of intervention to guide and optimize care practices for women who experience involuntary pregnancy loss. We developed two methodological studies that included 1) the translation, validation, and cultural adaptation of the Perinatal Bereavement Grief Scale to the Portuguese language and population; and 2) the validation of the Portuguese version of the Well-being Questionnaire12. Followed by two quantitative studies to assess grief and the perception of well-being as identified in women four to eight weeks after pregnancy loss. Our sample consisted of 100 and 74 women participants respectively. We conducted a qualitative exploratory and descriptive via 74 telephone interviews and 18 in-person interviews to understand the experience of loss in its various dimensions and to identify needs in healthcare. Through content analysis, we processed the information obtained from our interviews, highlighting three main themes: experiencing loss, being cared for, and overcoming loss. Under each of those themes, we developed 15 categories and 35 subcategories. Despite the satisfaction with care being provided, a need was identified to improve the amount of information available about therapeutic processes and attitudes, emotional support and preparation for discharge. A close-knit family was viewed by women as a valuable support. The most frequently used coping strategy was searching for ways to be distracted. A reaction to grief that a woman is able to manage, resolve and overcome on her own is considered normal and healthy.Although the grieving process was not yet resolved for every woman, it was in the process of for most. With all its implications, involuntary pregnancy loss, as a stressful event, may interfere negatively with a woman’s perception of her own wellbeing. As the manifestation of grief diminishes, so does the mourning, and the level of wellbeing improves. The results of the studies that were conducted and the analysis of relevant literature allowed us to outline a model of nursing intervention that seeks to obtain gains in healthcare for women and couples alike.en
dc.identifier.tid101341628
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.14/18293
dc.language.isoporpor
dc.subjectGravidezpor
dc.subjectAbortopor
dc.subjectLutopor
dc.subjectBem-estarpor
dc.subjectPregnancypor
dc.subjectMiscarriagepor
dc.subjectGriefpor
dc.subjectWell-beingpor
dc.titleUltrapassar a perda involuntária da gravidez : um modelo de intervenção de enfermagempor
dc.typedoctoral thesis
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typedoctoralThesispor
thesis.degree.nameDoutoramento em Enfermagem

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