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- Conselho Geral : interesses, políticas e práticas : estudo de caso múltiplo na Região CentroPublication . Gonçalves, Maria Augusta Meireles; Pereira, PauloEnquanto órgão de direção estratégica, o Conselho Geral, instituído pelo Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, tem representantes do pessoal docente e não docente, dos pais e encarregados de educação, dos alunos, do município e da comunidade local. No exercício das suas competências nem sempre as suas deliberações são consensuais, existindo momentos em que conflitos de interesses são latentes, criam constrangimentos, são incomodativos, influenciam decisões. As nossas questões pretendem verificar até que ponto esses interesses são reais, de que ordem são e de que forma condicionam a ação do Conselho Geral. Temos em mente algumas possibilidades que nos advêm da nossa experiência profissional e que procurámos verificar. Para isso formulámos algumas questões, ponto de partida para o nosso trabalho. Demos, também, especial atenção aos instrumentos de autonomia, da competência do Conselho Geral. Seguimos a metodologia da investigação qualitativa. Realizámos um estudo de caso múltiplo, constituído por quatro casos de agrupamentos/ escolas não agrupadas com características e contextos diversos, permitindo comparações, conclusões com cruzamento de dados. Escolhemos a entrevista como método para recolha de dados para o nosso trabalho, aplicada a uma amostra dos representantes de todos os corpos presentes no Conselho Geral. Procedemos a uma análise de conteúdo, primeiro por caso e depois por cruzamento de casos, permitindo-nos cross-case conclusions. Dos resultados obtidos podemos retirar algumas ilações sobre a temática em estudo: os conselheiros valorizam os instrumentos de autonomia; como visão estratégica, assumem o Projeto de Intervenção do diretor; existem interesses, individuais, que se evidenciam com pressões em momentos eleitorais. Este tema parece-nos ser atual e pertinente no momento em que a municipalização da educação é uma vontade já com contratualizações anunciadas.
- Relatório de estágioPublication . Araújo, Adriana Sofia Pacheco Carvalho; Fernandes, Ana CláudiaEste relatório surge no âmbito do 2º ano do Mestrado em Psicologia clínica e da Saúde, que consistiu na realização de um estágio que decorreu no ano letivo 2013 / 2014, no Instituto de S. José - Casa de Saúde Areias de Vilar. O estágio contemplou a avaliação de cinco casos e o seguimento e intervenção com três casos, o que perfaz um total de oito casos. O estágio consistiu também na realização de uma intervenção em grupo com os utentes no âmbito da estimulação cognitiva, uma ação de formação com utentes na área das competências sociais e uma ação de formação com os colaboradores da instituição sobre a importância do trabalho em equipas multidisciplinares. Para além disso, a estagiária colaborou na avaliação dos utentes de várias unidades da instituição e participou em algumas atividades e jornadas organizadas pela instituição de estágio.
- O procedimento especial de despejo : regime jurídico e processualPublication . Nicolau, Maria Inês Martins Garcia; Eiró, Pedro Camargo de Sousa
- Impacto da Doutrina Social da Igreja no trabalhador e no empresárioPublication . Encarnação, Hermenigildo Moreira da; Araújo, Maria de Fátima Rodrigues Leitão Lobo de; Miranda, José Carlos Lopes deA problemática do trabalho é a chave da questão social e da vida social. É pelo trabalho que o ser humano se realiza como pessoa. A Igreja Católica desde cedo teve a noção do valor do trabalho como tendo um caráter positivo, educativo e meritório (LE 5 e 6). Pelo trabalho o homem realiza-se, valoriza-se e contribui para prossecução do Bem e para a criação dos bens (CV 36). Mas é a partir de 1891 com a encíclica Rerum novarum de Leão XIII que se encontra um corpus referente à sociedade. De facto esta encíclica é tida como a Magna Carta da atividade cristã no campo social. Nomeadamente sobre a questão operária e doutrina católica acerca do trabalho tendo em vista a promoção de uma ordem social justa. Esta precisão foi usada por Pio XI na Quadragesimo Anno, 39. Se de início os papas se ocupavam sobretudo com a questão operária e outros aspetos da situação social, rapidamente o corpo Doutrinal da Igreja se tornou mais amplo e coerente. Passou então a ser apelidado de Doutrina Social da Igreja. Os acontecimentos históricos e os novos problemas sociais impeliram a Igreja a uma urgente mas duradoura reflexão, que acabou por exprimir um desenvolvimento orgânico do seu ensino, bem como os vetores de inspiração para um programa de ação. Tendo em conta esse percurso, esta investigação analisará cinco conceitos essenciais da Doutrina Social da Igreja sobre o trabalho, de 1891 até à atualidade. São eles: 1- O primado do trabalho sobre o capital. 2- A noção de bem comum. 3- O salário justo. 4- Os direitos e deveres dos trabalhadores. 5- O conceito de empresa como comunidade de pessoas gerando lucros e a exigência da sua distribuição. Para isso serão analisadas as encíclicas papais sobre a questão laboral compreendidas entre o período de 1891 a Bento XVI, privilegiando sobretudo a Rerum novarum a Laborem exercens e a Caritas in veritate respetivamente dos papas Leão XIII, João Paulo II e Bento XVI e tendo sempre presente os cinco conceitos referidos. Pretende-se ainda: aplicar esses mesmos conceitos à realidade laboral dos trabalhadores e empresários e verificar quantitativamente o impacto dos mesmos nas práticas laborais; verificar as áreas de influência nas mesmas práticas e comportamentos laborais; analisar os resultados e a sua interpretação social e religiosa. O estudo está dividido em duas partes. Na primeira parte far-se-á uma revisão da literatura sobre a Doutrina Social da Igreja sobre o trabalho, no que concerne aos cincos princípios ou conceitos. A sua escolha é justificada por abranger o núcleo central da Doutrina Social da Igreja sobre a temática laboral, quer de empregados, quer de empregadores. Não pretende ser exaustiva, mas focalizada nas encíclicas papais no período já mencionado. A segunda parte apresentará uma análise quantitativa sobre a forma de questionário. Este tem como abrangência o tecido populacional e o espaço geográfico do Minho, e a componente empresarial nos ramos: têxtil, calçado e imobiliário. O questionário estuda as áreas de influência e o impacto da Doutrina Social da Igreja nas práticas e comportamentos dos trabalhadores e empresários no seu local de trabalho. A análise desse impacto será delimitada à problemática laboral e aos cinco princípios. Deste modo, esta investigação teve como objectivo o desenvolvimento e validação de um instrumento de avaliação baseado nos princípios estruturantes da Doutrina Social da Igreja, para aplicação em contexto empresarial. A construção do questionário decorreu ao longo de quatro fases: revisão teórica e delimitação conceptual do constructo a avaliar; desenvolvimento dos itens e definição dos parâmetros de avaliação; avaliação qualitativa dos itens - reflexão falada; e análise das características psicométricas do questionário. O questionário foi preenchido por 501 trabalhadores e empresários da região Norte. Procedeu-se à eliminação dos itens com correlações com o total da escala inferiores a .50, garantindo assim um maior rigor de validade da escala e uma melhor reorganização dos itens nas diferentes dimensões. Da análise fatorial foram extraídos 4 fatores com valores próprios superiores a 1 explicando 57% da variância total: (1) Trabalho: identidade pessoal e social, (2) Dimensão económica da actividade empresarial, (3) Dimensão humanista da actividade empresarial, (4) Trabalho: direitos e deveres. Foram encontrados índices de consistência interna elevados na escala total (.95) e nas quatro dimensões da mesma (.91, .88, .84 e .88). As qualidades métricas do instrumento revelaram-se bastante satisfatórias a nível de fidelidade interna e validade interna, o que assegura a utilização do questionário, como válido, em contexto empresarial.
- Ultrapassar a perda involuntária da gravidez : um modelo de intervenção de enfermagemPublication . Koch, Maria Cândida Morato Pires; Santos, Célia; Santos, Margarida ReisA interrupção involuntária da gravidez, como evento stressante, pode ser emocionalmente devastador para a mulher/casal. As reações parecem ser únicas, individuais e independentes da idade gestacional, podendo envolver uma ampla gama de transtornos físicos e emocionais. Estas mulheres devem ser alvo de uma atenção cuidada por parte dos enfermeiros. Melhorar os cuidados a prestar, implica programar as intervenções mais adequadas a cada caso e fazer uma avaliação e monitorização do processo de luto e da perceção de bem-estar. Com este estudo, pretendemos contribuir para o aprofundamento do conhecimento sobre as intervenções de enfermagem facilitadoras da recuperação após a perda da gravidez, e cooperar na obtenção de ganhos em saúde das mulheres que enfrentam esta situação. Definimos como objetivos: avaliar o luto e a perceção de bem-estar psicológico das mulheres após o primeiro mês pós-perda; identificar as estratégias de coping utilizadas e as necessidades em cuidados, e desenvolver um modelo de intervenção que oriente e otimize as práticas de cuidar as mulheres em situação de perda da gravidez. Desenvolvemos dois estudos de natureza quantitativa para avaliarmos o luto e a perceção de bem-estar que as mulheres manifestavam quatro a oito semanas pós-perda, precedidos de dois estudos metodológicos, tendo em vista a tradução, adaptação cultural e validação da Perinatal Bereavement Grief Scale para a língua e população portuguesas, e a validação da versão portuguesa do Well-being Questionaire12. A amostra foi de 100 e 74 participantes, respetivamente. Efetuámos um estudo exploratório e descritivo, de natureza qualitativa, recorrendo a 74 entrevistas telefónicas e 18 presenciais, para compreender a vivência da perda nas suas várias dimensões e identificar as necessidades em cuidados de enfermagem. Através de análise de conteúdo, tratámos o material resultante das entrevistas, emergindo três temas: viver a perda, ser cuidada e ultrapassar a perda. A cada um deles associaram-se as respetivas categorias, num total de quinze, e trinta e cinco subcategorias. Apesar da evidente satisfação com os cuidados recebidos, salienta-se a necessidade de melhoria ao nível da informação disponibilizada sobre o processo e atitudes terapêuticas, suporte emocional e preparação para a alta. A rede familiar foi considerada pelas mulheres um suporte essencial. A estratégia de coping mais utilizada foi a distração.Considera-se normal e saudável uma reação de luto que a mulher consiga gerir, resolver e ultrapassar por si própria. Apesar de o processo de luto não estar ainda resolvido para todas as mulheres, estava em fase de resolução para a maioria. A perda da gravidez com todas as suas implicações, enquanto evento stressor, poderá interferir negativamente na perceção que cada mulher faz do seu bem-estar. À medida que a expressão desse desgosto vai diminuindo, e se vai resolvendo esse luto, é recuperado o nível de bem-estar. Os resultados dos estudos efetuados e a pesquisa bibliográfica permitiram delinear um modelo de intervenção de enfermagem com o objetivo de obter ganhos em saúde nas mulheres/casais que enfrentam esta situação.