Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
780.28 KB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
Facial emotional expressions can be considered one of the most important stimuli in
order to correctly process and interpret social interactions. The development of this capacity is
highly sensitive to early socioemotional experiences and quality of care received.
Institutionalization has been consistently associated with negative developmental consequences,
namely in socioemotional outcomes and capacity to correctly differentiate and recognize facial
emotional expressions. Even though the mechanisms mediating these effects are still unknown,
animal research has recently pointed out epigenetic changes as a plausible involved factor in this
mediation. The current study examined the effects of institutionalization on brain-based markers
of face processing in 69 institutionalized Portuguese children (Mage= 56.58 months, SD = 10.96).
We looked for associations between the methylation profile variations of the NR3C1 gene in
institutionalized children and their exposure to pre-institutionalization adverse experiences and
current institutional quality of care. Furthermore, we explore whether exposure to such adverse
experiences and differences in the quality of care received in the institution modulated the child’s
neural response (measured through Event Related Potentials, ERPs) to caregiver’s happy and
angry faces. Our results show that children who experienced neglect and lack of habitational
conditions previously to institutionalization have an hypomethylation of the NR3C1 gene. Results
show that neglected children and children who experienced lack of habitational conditions before
institution have an hypomethylation of the NR3C1 gene, and that quality of care received at the
institutions does not influence NR3C1 gene methylation profile. Regarding the neuronal
processing of emotional faces, neglected children showed differences for the N170 component,
whereas children exposed to lack of habitational conditions showed differences for the P400
component. Children who received better quality of care in the institution revealed significant
differences for the P100, N170, P400 and P250 components
Faces com valência emocional podem ser consideradas como um dos estímulos mais importantes para corretamente processar e interpretar interações sociais. O normal desenvolvimento desta capacidade é sensível às experiências precoces socioemocionais e à qualidade dos cuidados recebidos. A Institucionalização tem sido consistentemente associada a consequências desenvolvimentais negativas, nomeadamente nas capacidades socioemocionais e na capacidade de reconhecer e corretamente diferenciar expressões faciais emocionais. Apesar dos mecanismos que medeiam estas consequências serem ainda desconhecidos, a investigação animal tem analisado mudanças epigenéticas como um fator plausível envolvido nesta mediação. Este estudo examina os efeitos da Institucionalização em marcadores cerebrais associados ao processamento de faces em 69 crianças portuguesas institucionalizadas (Midade= 56.58 meses, DP = 10.96) e quais os possíveis mecanismos epigenéticos por detrás de tais marcadores. Procuramos compreender a associação entre o perfil de metilação do gene NR3C1 em crianças institucionalizadas com a sua exposição a experiências adversas pré-institucionalização e com a qualidade de cuidado recebido na instituição. Além disso, exploramos se a exposição a tais experiências adversas e diferenças na qualidade de cuidado recebidos modula a resposta neural da criança (medida através de Eventos de Potenciais Evocados - ERP) a face feliz e zangada da sua cuidadora. Os resultados mostram que as crianças que sofreram negligência e falta de condições habitacionais antes da institucionalização apresentam uma hipometilação do gene NR3C1 e que a qualidade de cuidado recebido na instituição não influencia o perfil de metilação do gene NR3C1. Quanto ao processamento neural da valência emocional das faces, as crianças que experienciaram negligência antes da instituição apresentaram diferenças na componente N170; as crianças expostas a falta de condições habitacionais apresentaram diferenças na componente P400 e as crianças com melhor qualidade de cuidados recebidos na instituição apresentaram diferenças nas componentes P100, N170, P400 e P250.
Faces com valência emocional podem ser consideradas como um dos estímulos mais importantes para corretamente processar e interpretar interações sociais. O normal desenvolvimento desta capacidade é sensível às experiências precoces socioemocionais e à qualidade dos cuidados recebidos. A Institucionalização tem sido consistentemente associada a consequências desenvolvimentais negativas, nomeadamente nas capacidades socioemocionais e na capacidade de reconhecer e corretamente diferenciar expressões faciais emocionais. Apesar dos mecanismos que medeiam estas consequências serem ainda desconhecidos, a investigação animal tem analisado mudanças epigenéticas como um fator plausível envolvido nesta mediação. Este estudo examina os efeitos da Institucionalização em marcadores cerebrais associados ao processamento de faces em 69 crianças portuguesas institucionalizadas (Midade= 56.58 meses, DP = 10.96) e quais os possíveis mecanismos epigenéticos por detrás de tais marcadores. Procuramos compreender a associação entre o perfil de metilação do gene NR3C1 em crianças institucionalizadas com a sua exposição a experiências adversas pré-institucionalização e com a qualidade de cuidado recebido na instituição. Além disso, exploramos se a exposição a tais experiências adversas e diferenças na qualidade de cuidado recebidos modula a resposta neural da criança (medida através de Eventos de Potenciais Evocados - ERP) a face feliz e zangada da sua cuidadora. Os resultados mostram que as crianças que sofreram negligência e falta de condições habitacionais antes da institucionalização apresentam uma hipometilação do gene NR3C1 e que a qualidade de cuidado recebido na instituição não influencia o perfil de metilação do gene NR3C1. Quanto ao processamento neural da valência emocional das faces, as crianças que experienciaram negligência antes da instituição apresentaram diferenças na componente N170; as crianças expostas a falta de condições habitacionais apresentaram diferenças na componente P400 e as crianças com melhor qualidade de cuidados recebidos na instituição apresentaram diferenças nas componentes P100, N170, P400 e P250.
Description
Keywords
Institutionalization Emotional processing Developmental psychopathology NR3C1 Epigenetics Institucionalização Processamento emocional Psicopatologia do desenvolvimento Epigenética