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O cinema sempre maravilhou as pessoas, permitindo-as viajar para tempos que não são
os seus, experienciarem outros tipos de vida, outras sensações ou identificarem aspectos
comuns entre o que se passa no ecrã e a sua própria vida e personalidade. É esta a magia do
cinema. Mas para o cinema existir há toda uma arte por trás, que dota cada filme de
peculiaridades que o tornam único.
Uns filmes apelam à nossa imaginação, outros mostram-nos novos ideais. Mas para isto
ser conseguido há lógicas, regras que se obedecem ou se quebram. Iremos percorrer a história
da edição, desde os seus primórdios até aos dias de hoje. Perceberemos que tipo de técnicas se
podem utilizar para conferir uma estrutura às narrativas, com o uso do ritmo, da continuidade e
ainda do tempo. Cada um destes componentes, pode ser manejado de diversas maneiras,
consoante queremos um filme com uma edição mais simples ou com uma gramática assumida.
Com esta análise da edição, pretendemos chegar até ao panorama nacional português.
O objectivo essencial é perceber se os jovens realizadores portugueses partilham destas técnicas,
se as usam para comunicar com o seu público. Existirão no cinema português gramáticas que
nos permitem distingui-lo pela edição? Ou será pela sua componente autoral de conteúdos que
os filmes nacionais se destacam no cinema mundial? É preciso primeiro compreendermos como
o cinema português evoluiu aos longo das gerações, mas este será sempre analisado do ponto
de vista da edição e não das temáticas dos filmes.
Com os inquéritos realizados a jovens realizadores pretende-se perceber de que forma
estes encaram a sua obra assim como o cinema nacional em geral. Existe o aperceber do corte
no cinema português como ferramenta de estilo?