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Cultura organizacional de escola : sentir e agir inclusivos

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O presente trabalho aborda o tema da cultura organizacional da escola sob o ponto de vista da inclusão e da equidade, numa altura em que as organizações educativas se abrem a novos públicos. Esta reflexão tenta compreender se a democratização quantitativa, que se verifica hoje um pouco por todo o lado, se efetiva de acordo com os princípios humanistas que apregoa ou se, por outro lado, a igualdade de oportunidades que se pretende, encontra entraves nas práticas diárias dos diferentes atores educativos que agem, de forma mais ou menos consciente, na nossa escola. Ao se assumir o desafio de repensar a escola e o seu projeto político – pedagógico, é imperativo que se analise o papel das culturas de escola, considerando se as suas especificidades constituem um fator diferenciador no desenvolvimento dos processos de escolarização inclusivos ou se, contrariamente, enfatizam novas formas de seleção e elitização. O trabalho reflexivo prepõe-se, assim, entender em que medida se estrutura a qualidade da educação para todos na escola Ribeiro Domingos Dias. Se, se concretiza numa perspetiva de direitos humanos e de inclusão ou, por oposição, a democratização se veste de segregação e cede ao despotismo do mérito e da excelência académica. Atendendo a que as práticas docentes são resultado de diversos princípios reguladores que condicionam os sentidos das ações educativas, é natural que sofram influência dos diversos sentidos de justiça, consequentes da natureza plural de todos os agentes educativos. Neste sentido, em que medida estão a ser salvaguardados os superiores interesses das crianças e os seus direitos? Tendo em conta a política educativa que tem como objetivo promover um ensino de qualidade para todos, num contexto atual de valorização da eficiência e do mérito, questiona-se se os planos de ação estratégica que visam a promoção do sucesso escolar não esbarram na necessidade de formação dos docentes que, alguns por desconhecimento e falta de experiência inclusiva, inviabilizam a diferenciação e a inovação pedagógica.Com este trabalho pretende-se ainda refletir sobre a alteração da cultura escolar de retenção, que potencia a baixa autoestima, a desmotivação e o desenquadramento do aluno em relação à turma, versus a escola democrática onde todos os alunos têm as mesmas oportunidades de sucesso e não apenas de acesso. Esta mudança exige que os autores das organizações reflitam e passem de uma lógica de mera conformidade para uma ação interventiva que assuma como prioritária a qualidade da educação das crianças e do ensino dos alunos, numa perspetiva de educação para todos, de direitos humanos e de inclusão.

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Diversidade Diferenciação Escola inclusiva Educação para todos

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