Browsing by Issue Date, starting with "2018-11-18"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- A relação entre a reserva cognitiva e as funções executivas no envelhecimento saudávelPublication . Serafim, Filipa Alexandra Rodrigues Pereira; Ribeiro, FilipaFundamentação Teórica: O declínio cognitivo é um fenómeno que acompanha o envelhecimento mesmo na ausência de doença neurológica. O modelo de Reserva Cognitiva postula que diferenças individuais ao nível do processamento cognitivo e da capacidade de restruturação neuronal levam a que algumas pessoas consigam lidar melhor com o processo de envelhecimento do que outras. O Cognitive Reserve Índex questionnaire (CRIq) propõe avaliar a Reserva Cognitiva de forma objectiva utilizando três dos domínios usados na conceptualização da reserva: o nível de escolaridade, a ocupação profissional e as actividades de tempo livre. No presente estudo, pretendemos estudar a relação entre os domínios do trabalho e do tempo livre da Reserva Cognitiva e os mecanismos do funcionamento executivo, bem como estudar a contribuição do CRIq para a avaliação da Reserva Cognitiva. Metodologia: A amostra por conveniência deste estudo transversal foi composta por 45 participantes cognitivamente saudáveis, com idades compreendidas entre os 50 e os 81 anos e sem antecedentes pessoais relevantes. Após uma entrevista clínica breve foram administrados alguns instrumentos que permitem avaliar domínios do funcionamento executivo: o Digit-Symbol substituto test, o Digit-Span, o Stroop Test, o Trail Making Test e o CRIq. Resultados: Verificamos que as pontuações brutas do CRI-Escola, CRITrabalho e CRI-Tempo Livre não se correlacionam com os mecanismos do funcionamento executivo, quando controlado o efeito do nível de escolaridade e da idade. Considerando os resultados obtidos não foi possível verificar se o CRITrabalho e o CRI-Tempo Livre permitiam prever o desempenho dos participantes nas provas de funções executivas. Conclusão: Na literatura tem sido demonstrado que os sujeitos que acumulam experiências de vida mais estimulantes parecem apresentar um melhor desempenho cognitivo numa idade mais avançada. Porém, os resultados do presente estudo não corroboram a literatura, demonstraram sim que as medidas de Reserva Cognitiva poderão ser suportadas sobretudo pelo nível de escolaridade e pela idade, que quando controlados não apresentam nenhuma correlação com as provas administradas. Por fim, a validação e adaptação cultural do CRIq para a população portuguesa parece ser bastante relevante.
- Inovando a aprendizagem através da utilização do método simulação em unidades curriculares teóricas no curso de administraçãoPublication . Bezerra, Sefisa; Leonido, Levi; Morgado, Elsa; Cardoso, Mário; Dias, EduardoNa educação, atualmente, existem várias metodologias sistematizadas para promover a aprendizagem ativa que estão se consagrando nos meios acadêmicos, principalmente nas ciências aplicadas. Dentre elas está o Método de Simulação, que consiste em explorar técnicas, habilidades e alguns aspectos comportamentais do aluno, utilizando a sala de aula como um modelo de representação de um ambiente empresarial. Esse estudo pretende apresentar a importância da prática da aprendizagem Simulação como um recurso complementar em disciplinas que, a rigor, seriam tratadas como unidades curriculares somente teóricas, criando valor agregado pelo esforço mental e criativo tanto do aluno como do professor. Estudo de natureza qualitativa com abordagem vivencial onde apresentamos relatos de aprendizagem sem a pretensão de gerar conclusões sobre a temática. Devemos mencionar alguns de seus benefícios como: a intensa participação e interesse dos alunos como agentes do processo de aprendizagem e descoberta, tendo, naquele momento experimentado sucessos e fracassos em virtude do desenvolvimento do exercício da tomada de decisão, a ativação de fatores motivacionais nos alunos, a possibilidade de perceberem e usarem seus aspectos comportamentais de liderança e de desenvolvimento de equipes, a percepção da ambiência do experimento, além do uso eficiente dos escassos recursos físicos, materiais, tecnológicos e do tempo.
- Viés atencional relacionado com a ameaça em crianças com perturbação de ansiedadePublication . Carpinteiro, Mariana Alves Canas Palma; Ribeiro, FilipaAs perturbações de ansiedade na infância têm um impacto negativo ao nível do desenvolvimento da criança, tornando-se relevante a investigação acerca dos factores da sua manutenção. Um desses factores é o viés atencional. O viés atencional refere-se à tendência dos sujeitos ansiosos para atenderem seletivamente a informação relacionada com a ameaça. As teorias cognitivo-motivacionais explicam este viés através de um modelo de vigilância-evitamento. Este modelo prediz que as pessoas ansiosas, num primeiro momento, olham mais para o estímulo ameaçador que as não ansiosas (viés de vigilância) mas, depois, revertem este padrão e olham menos para o estímulo ameaçador que as não ansiosas (viés de evitamento). Com base na literatura revista, é proposto um estudo do tipo quase-experimental, de natureza descritivo-comparativa, que 1) cria um conjunto de estímulos de conteúdo específico e 2) Recorrendo à metodologia Eye Tracking, analisa e compara os vieses atencionais em relação à ameaça de crianças com e sem perturbação de ansiedade. Para a seleção do conjunto de estímulos participaram 26 crianças, entre os 9 e os 12 anos de idade. Os estímulos apresentados consistiram em imagens agradáveis, ameaçadoras e neutras relacionadas com a perturbação de ansiedade social, perturbação de ansiedade de separação, fobia específica e perturbação de ansiedade generalizada. As crianças avaliaram, recorrendo a uma escala de Likert de 5 pontos, se os estímulos apresentados mostravam uma situação em que uma criança se reunia ou separava da mãe, em que uma criança era ou não popular, se a expressão facial era de zanga ou felicidade e se a imagem era agradável ou assustadora. No total, avaliaram um conjunto de 86 imagens. Foram selecionadas 38 imagens. Para o estudo com o Eye Tracking, participaram 7 crianças com perturbação de ansiedade e 27 crianças sem perturbação de ansiedade. As crianças ansiosas e não ansiosas viram uma série de pares de imagens ameaçador-agradável, enquanto a direção do seu olhar era gravada. Apenas foram encontradas diferenças na 1ª fixação das crianças ansiosas e das não ansiosas quando os estímulos apresentados eram de faces de expressões emocionais de zanga e felicidade, e nos últimos segundos de apresentação dos estímulos foram encontradas diferenças nos estímulos relacionados com a perturbação de ansiedade de separação, com as crianças ansiosas a olharem mais vezes para o estímulo ameaçador, que as crianças não ansiosas.
