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- Levantamento epidemiológico da doença periodontal com um registo clínico electrónicoPublication . Riggio, Alessandro; Correia, André Ricardo Maia; Marques, Tiago Miguel SantosIntrodução: Nos últimos anos a doença periodontal tem sido estudada como um possível fator de risco no desenvolvimento de várias doenças sistémicas presentes na maior parte da população mundial. Da mesma forma, essas doenças, os estilos/hábitos de vida, a idade, podem contribuir para um agravamento da saúde periodontal. Nesse sentido, um registo clínico detalhado é fundamental para o estudo da doença periodontal. Objetivos: realização de um levantamento epidemiológico da doença periodontal através de um registo clínico electrónico numa amostra de pacientes atendidos na Clínica Universitária de Viseu. Materiais e métodos: realizamos um estudo observacional transversal, aleatório, de pacientes atendidos na Clínica Universitária de Viseu. As variáveis cuja relação foi analisada com a doença periodontal foram: género, idade, hábitos tabágicos, diabetes mellitus, doença cardiovascular, hipertensão arterial, doença renal crónica, dislipidemia, uso de fármacos psicotrópicos e número de patologias de risco associadas. Resultados: O diagnóstico periodontal mais recorrente foi o de gengivite induzida por placa, seguido das periodontites crónicas leves, moderadas e avançadas. As variáveis que demonstraram significância com o grau de severidade da doença periodontal foram a presença de hipertensão arterial e dislipidemia. Os pacientes que mostraram uma correlação significativa com o aparecimento de periodontite crónica foram os indivíduos com idade superior a 43 anos, os pacientes que referiram fumar mais de 10 cigarros por dia, Diabetes mellitus, uso de fármacos psicotrópicos e patologias de risco associadas no mesmo individuo. Conclusão: a utilização de um suporte electrónico para registo da informação clínica dos pacientes que visitam uma clínica dentária universitária revelou-se fundamental para a obtenção e análise de dados. A idade, a dose diária de tabaco, o consumo de fármacos psicotrópicos, a presença de diabetes mellitus, a hipertensão arterial e o número de patologias parecem estar relacionados com a presença de periodontite crónica.
- Disciplina parental e práticas de autocuidado de saúde em jovens adultosPublication . Sá, Maria da Conceição Gonçalves Marques Alegre; Figueiredo, Bárbara Fernandes de Carvalho; Vieira, Margarida Maria da SilvaO desenvolvimento do autocuidado em saúde envolve um conjunto de recursos internos e externos comuns ao desenvolvimento humano. O exercício da disciplina parental envolve circunstâncias e comportamentos parentais que se apresentam como importantes promotores de um conjunto de recursos de decisão, comuns ao desenvolvimento humano e ao autocuidado em saúde. Deste modo, e uma vez que a problemática do autocuidado em enfermagem tem vindo a enfatizar a necessidade da identificação de fatores com influencia no seu desenvolvimento ao longo da vida, este estudo pretende contribuir para o conhecimento do autocuidado em saúde enquanto processo de aprendizagem, sensível às dimensões pessoal e familiar e particularmente à disciplina parental. Objetivos – Os objetivos deste estudo visaram, por conseguinte, caracterizar as práticas de autocuidado em saúde dos jovens adultos; caraterizar a disciplina parental; analisar de que modo as práticas de autocuidado em saúde dos jovens adultos se relacionam com a disciplina parental; e identificar os fatores preditores das práticas de autocuidado de saúde dos jovens adultos. Metodologia – O estudo de caráter descritivo, transversal e correlacional, recorreu a métodos de análise quantitativos. Foi constituída uma amostra probabilística com base nas instituições de formação e de ensino secundário e superior da cidade de Coimbra. A população-alvo foi composta por estudantes com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos. A recolha de dados foi realizada pelo investigador com recurso aos seguintes instrumentos Dimensions of Discipline Inventory (DDI, Straus & Fauchier. A., 2007) e Denyes Self Care Practice Instrument (DSCPI-90, Denyes, 1990). No presente estudo foi feita a validação para a população portuguesa dos referidos instrumentos. Resultados – Dos 1168 jovens adultos que fizeram parte do estudo, 49% tiveram a mãe com mais responsabilidade pela sua disciplina, enquanto apenas 5% referem que o pai teve mais responsabilidade do que a mãe. A disciplina não punitiva é a que apresenta maior frequência para ambos, pai e mãe. Quanto às práticas de autocuidado em saúde, os jovens adultos relatam gastar 47% do seu tempo no envolvimento em práticas de autocuidado em saúde, sendo a média mais elevada observada nas ações de autorregulação pessoal e de envolvimento social (49,2%), seguida das ações gerais de saúde (48,7%), e a mais baixa percentagem observada nas ações associadas a uma alimentação equilibrada (42,4%). Este estudo permitiu a identificação dos seguintes fatores preditores das práticas de autocuidado de saúde: o rendimento económico familiar; o reconhecimento de que ambos os pais exercem a disciplina de forma equitativa; a disciplina punitiva; o contexto em que é implementada a disciplina; a afetividade/apoio; a impulsividade e o aviso no exercício da disciplina. Conclusões – O recurso aos métodos disciplinares parentais está associado à frequência e à gravidade dos maus comportamentos na infância. De modo que, a um aumento dos maus comportamentos está associado um aumento dos métodos disciplinares punitivos; dos aspetos negativos do contexto e do modo de exercer a disciplina, com diferenças entre os pais e as mães e com um agravamento das respostas negativas para as mães. Os baixos valores de envolvimento em práticas de autocuidado em saúde, na fase inicial do processo de autonomização em que se encontram os jovens adultos, apontam para a necessidade de se atender aos processos de estruturação a que as mesmas práticas estão sujeitas. Os fatores preditores do autocuidado em saúde dos jovens adultos, ligados à disciplina parental, permitiram reforçar a importância da qualidade da interação pais/filho, estabelecida na infância, para o processo de aprendizagem do autocuidado em saúde. Porém, as variáveis preditoras das práticas de autocuidado em saúde dos jovens adultos, são diferentes em função do sexo dos jovens adultos, e em função de ser o pai ou a mãe a exercer a disciplina.