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- AFASIC Language Checklist (versão pré-escolar) : conclusão da validação para a população portuguesaPublication . Ferreira, Elisabete da Silva; Santos, Maria EmíliaO presente trabalho visa a conclusão da adaptação portuguesa de uma escala de rastreio intitulada AFASIC Language Checklist (pré-escolar) destinada a educadores de infância para o despiste de alterações de linguagem e fala de crianças entre os 4 e os 5 anos. Participaram nesta adaptação 34 educadores de infância e 170 crianças, cinco por cada educador, do Norte, Centro e Sul do país. Cerca de metade dos dados foram recolhidos por Brito (2010) e os restantes recolhidos no decorrer do presente trabalho. A escala apresentou uma boa consistência interna (α de Cronbach=0,80) e correlações significativas entre as várias secções que a compõem. A análise da validade convergente, efectuada com um teste formal de avaliação do desenvolvimento da linguagem, mostrou também boas qualidades métricas, com correlações muito significativas entre os dois instrumentos (p= 0,000). A escala revelou-se discriminativa quanto à idade e não se verificaram diferenças decorrentes do género ou do meio socioprofissional. Foi estabelecido um ponte de corte de 39 pontos que irá permitir a sinalização de mais de 75% das crianças com perturbação mais grave, da compreensão e expressão. Os resultados obtidos permitem concluir que a versão portuguesa desta escala constitui efectivamente um instrumento válido e fiável de despiste do desenvolvimento da linguagem para idade pré-escolar e indicado para educadores de infância.
- Production and characterization of hydrophobins wirh potential for oral medicine applicationsPublication . Fernandes, Catarina Fardilha; Pintado, Manuela; Moreira, PatríciaHidrofobinas são proteínas produzidas apenas por fungos (Ascomycetes e Basidiomycetes) que são capazes de se auto-organizar numa membrana anfipática, na interface, alterando assim a natureza das superfícies. Embora as hidrofobinas de diferentes espécies possuam baixa homologia de sequência, apresentam padrões de hidropatia aproximados, são ricos em cisteína e podem ser distinguidos em duas classes: classe I e classe II. O objectivo geral deste estudo inclui a produção e caracterização de hidrofobinas com potencial uso na medicina oral. Três estirpes, isolados fúngicos L7 e C1.1 da coleção do laboratório, e Bjerkandera sp. BOS55 (L3), também da coleção de laboratório, foram testados a partir da produção de hidrofobinas. A amplificação e sequenciação da zona ITS fúngica permitiram a identificação das espécies L7 e C1.1 isoladas, respectivamente, Mucor circinelloides e Hypocrea lixii (Trichoderma harzianum). As hidrofobinas a partir das três estirpes, foram produzidas, extraídas e ainda caracterizadas. Para a caracterização bioquímica, foi testado o fluido extracelular de todos os isolados para a estabilidade da espuma e o teste de espalhamento de óleo e de tensão superficial. Para todos os isolados a avaliação da hidrofobicidade de conídios foi realizada por suspensão do mesmos e a molhabilidade do micélio foi testada na superfície das hifas. O fluido extracelular do isolado Hypocrea lixii (Trichoderma harzianum) obteve melhor desempenho do que os outros, e também apresentou o micélio mais impermeável, evidenciado no ensaio de molhabilidade da superfície. O Mucor circinelloides foi aquele que exibiu os conídios mais hidrofóbicos. Observações no SEM parecem indicar que todos os isolados possuem hidrofobinas de superfície classe I. Todas as misturas de hidrofobinas obtidas apresentaram alguma atividade antimicrobiana, bem como eficácia na inibição da formação de biofilme de Candida albicans. A caracterização da mistura de hidrofobinas concentradas por HPLC evidenciou dois picos com características hidrofóbicas os quais serão caracterizados em trabalhos futuros. Assim, foi possível isolar hidrofobinas com eficácia na proteção de adesão e crescimento de microrganismos, demonstrando potencial de aplicação na saúde oral.
- As operações de concentração de empresas no código dos contratos públicos : causas e efeitos de uma confluência previsívelPublication . Pereira, Nuno Miguel Silva Garcia Morgado; Almeida, Mário Aroso de
- VaR em parques eólicos : modelização de risco de vento, risco de taxa de juro e risco soberanoPublication . Lino, Luís Miguel Alves; Cadete, JoaquimOs Projetos de Energias Renováveis A necessidade do recurso a energias renováveis tem vindo a despertar uma cada vez maior consciencialização por parte das populações, empresas e governos. As crescentes preocupações ambientais, quer com a emissão de gases com efeito de estufa quer com as diversas catástrofes ambientais verificadas, a crescente procura de eletricidade, principalmente em algumas zonas do globo e a diminuição das reservas de combustíveis fósseis, têm sido razões para a promoção, divulgação e aproveitamento de diversos recursos renováveis. Embora a utilização de grande parte destes recursos seja ainda demasiado dispendiosa, o ritmo a que as inovações tecnológicas se desenrolam, têm permitido diminuir significativamente os custos destes projetos, aproximando o custo de produção ao preço de mercado de energias não renováveis. Enquanto aquele ponto de equilíbrio não é alcançado, tem sido indispensável a intervenção dos Estados naquele domínio, como forma de promover e garantir a prestação do fornecimento de eletricidade através de energias renováveis. Objetivos e Modelos Assistimos a que grandes empreendimentos existentes em parques eólicos assumem a forma de “Project Finance”, sendo criadas empresas de raiz em que o único ativo detido por aquelas é o respetivo parque, apresentando, paralelamente, rácios de dívida bastante elevados. As características, riscos e motivações para escolha daquele formato, encontram-se apresentadas no segundo capítulo deste trabalho, no qual analisámos em pormenor o artigo de Gatti, Stefano et al. (2007), “Measuring Value-at-Risk in Project Finance Transactions”, bem como o artigo de Dong, Feng et al. (2012) “Copula-Based Portfolio Credit Risk Assessment in Infrastructure Project Finance”. Embora os riscos específicos em projetos envolvendo parques eólicos abranjam uma grande variedade de intervenientes, o objetivo desta dissertação é analisá-los na ótica do investidor. Encontrar esses riscos é pois fundamental, mas descobri-los não é suficiente: importa quantificá-los. Em todos os projetos, independentemente do setor em questão, é frequente vermos análises de sensibilidade a determinados parâmetros. Na nossa análise procuramos quantificar as possíveis perdas resultantes da variação de determinas fatores, bem como quantificar a probabilidade de tal acontecer. Dada a grande variedade de riscos e fatores envolvidos, escolhemos apenas três para a respetiva análise, os quais tratamos quer de uma forma isolada, quer de uma forma integrada, por forma a tirar conclusões mais precisas. Assim, no nosso modelo, analisámos o risco em parques eólicos proveniente de variações na força e intensidade do vento, tendo para isso a análise sido baseada nos sistemas de conversão de energia eólica descritos no artigo de Chowdhury, A.A. (2005), “Reliability Models for Large Wind Farms in Generation System Planning”, de taxa de juro, tendo sido usado o modelo de Cox, Ingersoll e Ross relativo à estrutura temporal das mesmas, no artigo “A Theory of The Term Structure of Interest Rate”e de risco de crédito, no qual nos baseámos nos modelos binomiais de probabilidade de default. Metodologia Como elemento central da nossa análise, foi elaborado um modelo contendo a diversa informação sobre um parque eólico. Assim, foi escolhido um parque de média dimensão, tendo sido programado o modelo para nos fornecer, em cada momento, toda a informação relativa ao desempenho do mesmo, nomeadamente no que respeita ao retorno do investidor. Deste modo, foi recolhida informação que se estende desde o investimento inicial necessário à quantificação e calendarização das tranches envolvidas no financiamento. Ao longo de toda a análise foram usados diversos pressupostos, havendo a preocupação de respeitar todo o enquadramento fiscal e contabilístico em vigor. Recorrendo a diversos modelos que são explicados e ajustados na nossa análise, foram gerados, através de simulações de Monte Carlo, parâmetros de natureza macroeconómica e de vento. Esta diversidade de valores obtidos foi canalizada para diferentes mapas de custos, receitas, depreciações, impostos e financiamento, entre outros, de onde foi possível determinar, para cada ano, os diferentes balanços, demonstrações de resultados e cash-flows. Após estes terem sido apurados, foi possível obter os fluxos que, em cada momento, seriam libertados para os acionistas. Comparando os diferentes valores obtidos, foi possível quantificar, numa ótica de Value-at-Risk (VaR), quais as consequências que alterações nos parâmetros iniciais têm na Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) do acionista.