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VaR em parques eólicos : modelização de risco de vento, risco de taxa de juro e risco soberano

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Os Projetos de Energias Renováveis A necessidade do recurso a energias renováveis tem vindo a despertar uma cada vez maior consciencialização por parte das populações, empresas e governos. As crescentes preocupações ambientais, quer com a emissão de gases com efeito de estufa quer com as diversas catástrofes ambientais verificadas, a crescente procura de eletricidade, principalmente em algumas zonas do globo e a diminuição das reservas de combustíveis fósseis, têm sido razões para a promoção, divulgação e aproveitamento de diversos recursos renováveis. Embora a utilização de grande parte destes recursos seja ainda demasiado dispendiosa, o ritmo a que as inovações tecnológicas se desenrolam, têm permitido diminuir significativamente os custos destes projetos, aproximando o custo de produção ao preço de mercado de energias não renováveis. Enquanto aquele ponto de equilíbrio não é alcançado, tem sido indispensável a intervenção dos Estados naquele domínio, como forma de promover e garantir a prestação do fornecimento de eletricidade através de energias renováveis. Objetivos e Modelos Assistimos a que grandes empreendimentos existentes em parques eólicos assumem a forma de “Project Finance”, sendo criadas empresas de raiz em que o único ativo detido por aquelas é o respetivo parque, apresentando, paralelamente, rácios de dívida bastante elevados. As características, riscos e motivações para escolha daquele formato, encontram-se apresentadas no segundo capítulo deste trabalho, no qual analisámos em pormenor o artigo de Gatti, Stefano et al. (2007), “Measuring Value-at-Risk in Project Finance Transactions”, bem como o artigo de Dong, Feng et al. (2012) “Copula-Based Portfolio Credit Risk Assessment in Infrastructure Project Finance”. Embora os riscos específicos em projetos envolvendo parques eólicos abranjam uma grande variedade de intervenientes, o objetivo desta dissertação é analisá-los na ótica do investidor. Encontrar esses riscos é pois fundamental, mas descobri-los não é suficiente: importa quantificá-los. Em todos os projetos, independentemente do setor em questão, é frequente vermos análises de sensibilidade a determinados parâmetros. Na nossa análise procuramos quantificar as possíveis perdas resultantes da variação de determinas fatores, bem como quantificar a probabilidade de tal acontecer. Dada a grande variedade de riscos e fatores envolvidos, escolhemos apenas três para a respetiva análise, os quais tratamos quer de uma forma isolada, quer de uma forma integrada, por forma a tirar conclusões mais precisas. Assim, no nosso modelo, analisámos o risco em parques eólicos proveniente de variações na força e intensidade do vento, tendo para isso a análise sido baseada nos sistemas de conversão de energia eólica descritos no artigo de Chowdhury, A.A. (2005), “Reliability Models for Large Wind Farms in Generation System Planning”, de taxa de juro, tendo sido usado o modelo de Cox, Ingersoll e Ross relativo à estrutura temporal das mesmas, no artigo “A Theory of The Term Structure of Interest Rate”e de risco de crédito, no qual nos baseámos nos modelos binomiais de probabilidade de default. Metodologia Como elemento central da nossa análise, foi elaborado um modelo contendo a diversa informação sobre um parque eólico. Assim, foi escolhido um parque de média dimensão, tendo sido programado o modelo para nos fornecer, em cada momento, toda a informação relativa ao desempenho do mesmo, nomeadamente no que respeita ao retorno do investidor. Deste modo, foi recolhida informação que se estende desde o investimento inicial necessário à quantificação e calendarização das tranches envolvidas no financiamento. Ao longo de toda a análise foram usados diversos pressupostos, havendo a preocupação de respeitar todo o enquadramento fiscal e contabilístico em vigor. Recorrendo a diversos modelos que são explicados e ajustados na nossa análise, foram gerados, através de simulações de Monte Carlo, parâmetros de natureza macroeconómica e de vento. Esta diversidade de valores obtidos foi canalizada para diferentes mapas de custos, receitas, depreciações, impostos e financiamento, entre outros, de onde foi possível determinar, para cada ano, os diferentes balanços, demonstrações de resultados e cash-flows. Após estes terem sido apurados, foi possível obter os fluxos que, em cada momento, seriam libertados para os acionistas. Comparando os diferentes valores obtidos, foi possível quantificar, numa ótica de Value-at-Risk (VaR), quais as consequências que alterações nos parâmetros iniciais têm na Taxa Interna de Rentabilidade (TIR) do acionista.

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