Browsing by Author "Sousa, Manuel Correia"
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- # 003. Técnica cirúrgica de tunelização para recobrimento gengival de recessõesPublication . Santos, Raquel Almeida; Rebelo, Gabriela; Marques, Tiago; Santos, Malta; Sousa, Manuel CorreiaIntrodução: Uma recessão pode ser definida pela retração apical da gengiva, podendo ser provocada por técnica traumática de escovagem, movimentos ortodônticos, hábitos parafuncionais e doença periodontal. Para este tipo de lesões, é possível recorrer a técnicas de cirurgia plástica periodontal usando enxertos de tecido conjuntivo, tendo como objetivo aumentar a quantidade de tecido queratinizado e permitir a cobertura da raiz exposta. Há várias técnicas possíveis de serem usadas, como a técnica da tunelização com enxertos de tecido conjuntivo subepitelial colocados coronalmente. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, 25 anos, saudável. Não fumadora, com diagnóstico de gengivite leve (índice de placa de 15% e índice de sangramento de 8%) e recessões classe I de Miller em todos os sextantes por vestibular, perda de inserção gengival de 3 mm no dente 23 e 2 mm no 24. No plano de tratamento optou‐se pela cirurgia plástica periodontal, pela técnica de tunelização nos dentes 23 e 24 e alongamento coronário por gengivectomia no dente 11. Foi administrada anestesia infiltrativa local no palato e no vestíbulo. Foram realizadas incisões sulculares nos dentes envolvidos, criando um túnel subperiósteo. Criou‐se um retalho de espessura total que se estendeu apicalmente além da linha mucogengival. Na zona interdentária, o retalho foi estendido coronalmente à base das papilas. Foi recolhido tecido conjuntivo subepitelial no palato de tamanho suficiente para cobrir as zonas com defeito. O enxerto foi colocado no túnel subperiósteo e realizadas suturas de forma a estabilizar os enxertos no retalho gengival, com fios de sutura 6‐0. Na região do palato, foi colocado PeriAcryl. À paciente foi prescrita medicação analgésica e anti‐inflamatória, bochecho com 0,2% de clorohexidina digluconato e visitas de controlo. Duas semanas após a cirurgia, foram removidas as suturas. Discussão e conclusões: Após uma cirurgia periodontal, é importante evitar recidivas e fomentar mudanças comportamentais, como na escovagem dos dentes, e técnica e força utilizadas. Apesar disso, o alinhamento dentário é de igual interesse, podendo ser necessária a correção ortodôntica em casos de mau posicionamento dentário. A técnica de tunelização descrita tem demonstrado bons resultados pós‐operatórios, pois elimina a necessidade de incisões verticais, protege a altura da papila e otimiza a vascularização.
- #067 VISTA – Vestibular Incision Subperiosteal Tunnel AccessPublication . Ferreira, Ana Letícia; Santiago, Mariana Filipa; Marques, Tiago; Santos, Malta; Sousa, Manuel Correia; Alves, Célia CoutinhoIntrodução: As recessões gengivais são definidas como uma migração apical patológica da margem gengival relativamente à junção amelocementária. Desta forma, há exposição da superfície radicular, levando a problemas tanto estéticos como funcionais. A etiologia das recessões não se encontra bem definida, mas existem diversos fatores que contribuem para o aparecimento das mesmas. Escovar os dentes de forma traumática, a presença de inflamação periodontal, o próprio biótipo gengival e a movimentação dentária são exemplos causadores. Para a correção deste problema periodontal têm sido desenvolvidos novos métodos cirúrgicos, nomeadamente a técnica VISTA. Descrição do caso clínico: Paciente de 16 anos, sexo feminino, com história prévia de Leucemia Linfoblástica Aguda tendo efetuado sessões de quimioterapia; dirigiu? se à Clinica Universitária à consulta de Medicina Oral para avaliar a sua saúde oral. Após exame clínico observou?se uma recessão gengival no dente 4.1 de classe II de Miller. Apesar da paciente não referir hipersensibilidade dentinária no respetivo dente, esta encontrava- se descontente por razões estéticas. Numa 1.ª fase foi realizada a fase higiénica da cavidade oral, em especial no dente 4.1. com curetas de Gracey. Foi efetuada a técnica anestésica infiltrativa no local, e de seguida realizada uma incisão intrasucular. Posteriormente realizou- se um túnel através de incisão mucoperióstea de espessura total e descolamento dos tecidos. Por fim foi removido tecido conjuntivo do palato para que fosse realizado em seguida o posicionamento desse mesmo enxerto no túnel através de sutura, a qual também permitiu fixar o retalho no local com vários pontos. Discussão e conclusões: O tratamento de recessões gengivais é importante para evitar cáries radiculares, hipersensibilidade dentinária e lesões de abrasão. Porém, a terapia periodontal tem-se tornado cada vez mais importante para alcançar o sorriso ideal. Assim, a intervenção terapêutica torna- se imprescindível. A técnica VISTA é uma opção a utilizar pois a incisão é efetuada de forma remota, reduzindo a possibilidade de traumatizar a gengiva do dente a ser tratado. Para além disto, é efetuada uma cuidadosa dissecação subperióstea que reduz a tensão da margem gengival durante o avanço coronal e é mantida a integridade anatómica da papila interdentária, evitando a sua reflexão. Os follow- ups realizados mostram uma evolução positiva 1 semana após a cirurgia assim como 2 meses após a realização da mesma.
- #068 Enxerto conjuntivo tunelizado na resolução de recessões múltiplas – caso clínicoPublication . Pinho, Lilibetty; Martins, Alexandra; Silva, Rafael; Santos, Malta; Marques, Tiago; Sousa, Manuel CorreiaIntrodução: As recessões gengivais, caracterizadas por um deslocamento apical da gengiva, resultam não só num comprometimento estético, como também numa situação de desconforto, de que é exemplo a hipersensibilidade dentária. De modo a corrigir defeitos classe I e II de Miller, a técnica de tunelização combinada com enxerto de tecido conjuntivo (ETC) tem sido aplicada, exibindo grande previsibilidade e boa integração estética. Para facilitar a perceção do aumento gengival obtido, o software Geomagic® pode ser utilizado, através de uma leitura dos modelos preliminares e após a cirurgia. Descrição do caso clínico: Uma paciente jovem, de 22 anos, saudável e não fumadora, pretendia recobrir as recessões gengivais vestibulares que apresentava ao nível dos pré- -molares do 1.º e 2.º quadrantes. Optou -se pela técnica de tunelização combinada com ETC. Foram efetuadas incisões intrasulculares e retalho de espessura total na área interdentária até às papilas e parcial em apical. No túnel criado, foi inserido o ETC, posteriormente estabilizado com ancoragem coronal com fio de sutura Nylon 6 -0. O ganho gengival foi analisado clinicamente e com recurso ao software Geomagic®, nos controlos. Discussão e conclusões: Os controlos no 1.º quadrante foram realizados aos 6, 12 e 36 meses e no 2.º quadrante aos 3 meses. Verificou -se um ganho vertical satisfatório em ambos os quadrantes, bem como um aumento de volume. A técnica de tunelização combinada com ETC mostrou, uma vez mais, ser bastante útil na resolução dos casos semelhantes ao presente descrito.
- #069 Recobrimento de Recessões: tunelização e enxerto de tecido conjuntivo subepitelialPublication . Dias, Cristiana Moura; Martins, David Miguel Simões e; Monteiro, Ana Filipa Prata Gouveia; Santos, Malta; Sousa, Manuel Correia; Marques, TiagoIntrodução: A manifestação clínica da recessão gengival é o deslocamento apical dos tecidos gengivais, tendo como referência a linha amelocementária (LAC), com consequente exposição da superfície radicular ao meio oral. A técnica de tunelização em conjunto com um enxerto de tecido conjuntivo subepitelial tem sido descrita, ao longo das últimas décadas, como um procedimento de cirurgia plástica periodontal eficaz no recobrimento de múltiplas recessões gengivais adjacentes, classes I e II de Miller. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, 27 anos, ASA I e não fumadora. O motivo da cirurgia deve-se à motivação da paciente para corrigir os defeitos estéticos e a hipersensibilidade dentinária, nos dentes 1.4 e 2.4. Foi diagnosticada com gengivite leve ou inicial induzida por placa (PI=15.6% e BOP=4,4%). Apresentava recessões classes I de Miller, de 2 mm em vestibular nos dentes 1.4 e 2.4. O plano de tratamento passou pela realização de fase higiénica e posterior realização de cirurgia plástica periodontal – Tunelização e Enxerto de Tecido Conjuntivo. A técnica de tunelização foi realizada segundo Zuhr. Após as incisões sulculares iniciais, as lâminas de tunelização foram usadas para incisar a mucosa bucal e fazer um retalho de espessura parcial. Este procedimento tem como objetivo criar um túnel contínuo, por baixo dos tecidos moles bucais, na área a ser intervencionada. A preparação do retalho foi estendida para dentro da mucosa e tecidos papilares adjacentes e foi cuidadosamente descolado, em espessura parcial, para que o retalho tenha suficiente mobilidade. Segundo Zucchelli et al obteve-se um enxerto gengival livre do palato duro que foi posteriormente desepitelizado. Por fim, o retalho e o complexo mucogengival foram avançados coronalmente e estabilizados na sua nova posição com uma técnica de sutura ancorada nas coroas dentárias. O complexo mucogengival é avançado e é estabilizado com uma técnica de sutura ancorada coronalmente. Discussão e conclusões: Pensa-se que o trauma oclusal, associado a uma escovagem traumática, poderão ter sido os fatores etiológicos das recessões gengivais nos destes 1.4 e 2.4. A técnica cirúrgica permitiu um recobrimento completo das mesmas recessões, um aumento da quantidade de gengiva queratinizada, uma melhoria do biótipo gengival, e acima de tudo, conseguiu-se tratar as queixas principais da paciente – defeitos estéticos e hipersensibilidade dentinária, associados às recessões gengivais.
- #070 Análise volumétrica de enxerto lingual subepitelial – 18 meses de follow‑upPublication . Alves, Joana Paiva; Moreira, Telma; Marques, Tiago; Santos, Nuno Malta; Sousa, Manuel Correia; Alves, Célia CoutinhoIntrodução: O LISTA – Lingual Incision Subperiosteal Tunnel Access é um método cirúrgico desenvolvido na área de Periodontologia de forma a tratar recessões gengivais das faces linguais dos dentes. Neste tipo de recessões existe uma necessidade funcional que se sobrepõe à estética, pelo que pode provocar hipersensibilidade dentária. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, jovem (21 anos de idade) apresentou-se na consulta de Periodontologia com hipersenbilidade dentária localizada nos incisivos inferiores (3.1 e 4.1). Após fase higiénica verificou-se a existência de recessões gengivais de classe III e II de Miller, respetivamente, nestes mesmos dentes pela face lingual. Foi efetuado um modelo de gesso da arcada inferior, sendo que este foi digitalizado para ficarmos com um registo do volume e espessura existente. De modo a resolver estas recessões gengivais decidiu-se proceder a cirurgia periodontal, sendo que a técnica utilizada foi o LISTA. Os resultados obtidos no final de 18 meses eram satisfatórios, pelo que se procedeu novamente à realização e digitalização de um novo modelo de gesso desta arcada. Posteriormente, foi realizada uma técnica de sobreposição de modelos (Geomagic®, Control X), permitindo comparar a espessura e o volume do pré e pós- cirúrgico. O uso de scan 3D tem-se mostrado útil no ramo da Medicina Dentária, nomeadamente para estudos de comparação de pré e pós- operatório de forma a obtermos resultados mais precisos e fidedignos, pois sem este método não conseguiríamos medir a quantidade exata de volume existente após cirurgia. Discussão e conclusões: O follow-up após 18 meses mostrou- se excelente, quer pela diminuição da sensibilidade dentária, quer pelo ganho de volume da mucosa. Através da digitalização tridimensional por scan dos modelos, verificamos um ganho de volume. Com recurso à sobreposição dos modelos foi ainda possível verificar a área onde o enxerto cicatrizou bem como concluir, efetivamente, que existiu um aumento de espessura e altura da mucosa na face lingual. Concluindo, o nível máximo de cobertura radicular foi alcançado pelo que o LISTA mostrou ser eficaz neste caso clínico. Desta forma, é expectável que a espessura de gengiva aderida continue a aumentar ao longo do tempo. Por outro lado, a técnica de sobreposição de modelos foi crucial para todo o desenvolvimento e conclusões deste caso.
- #080 Alongamento coronário com o uso do laser díodo e sistema piezoelétrico: relato de casoPublication . Raso, Mariaselene; Marques, Tiago Miguel; Sousa, Manuel Correia; Santos, Nuno Bernardo Malta dos; Fernandes, Gustavo Vicentis de OliveiraIntrodução: O uso do laser de díodo de alta intensidade em cirurgias periodontais proporciona maior precisão do corte cirúrgico e permite pouca absorção de luz pelos tecidos duros quando se utilizam parâmetros adequados, não gerando assim qualquer dano térmico. Outras vantagens seriam a mais rápida coagulação tecidual, a redução do tempo cirúrgico e a diminuição do risco de infeções pós?operatórias. Outro equipamento com crescente uso é o piezoelétrico, o qual também está indicado em cirurgias orais, a proporcionar também osteotomias mais precisas, limpas e com menor trauma para os tecidos moles. Portanto, o objetivo deste relato foi mostrar a utilização de tecnologias em procedimento estético periodontal. Descrição do caso clínico: Paciente do sexo feminino, 25 anos, saudável, com tratamento ortodôntico prévio, com queixa principal de grande exposição gengival ao sorrir. Planeou?se um alongamento coronário com uso do laser de díodo, em região estética superior (1.4 – 2.4). Após uso do laser para corte gengival, foi feito retalho de espessura total para visualização do osso de sustentação e posterior osteotomia com piezoelétrico, a seguir mensurações e proporções estéticas. Posteriormente, retalho foi reposicionado e suturado. No pós?operatório de 7 dias e 14 dias, pode? se confirmar a excelente recuperação do tecido local e da paciente. Discussão e conclusões: Existem evidências de que a cirurgia em tecidos moles com laser a díodo, e a cirurgia de tecidos duros com aparelho piezoelétrico, proporcionam um bom prognóstico e melhorando assim o pós? cirúrgico do paciente. O laser de díodo permite ter um campo cirúrgico limpo, sem hemorragia, diminuindo o risco de inflamação e infeção pós? cirúrgica quando comparado a sistema tradicional de cirurgias. A osteotomia com piezoeléctrico permite um corte preciso e menos traumático, proporcionando um menor perfil inflamatório a nível ósseo. As vantagens para o paciente são: diminuição da dor e do edema. Enquanto as vantagens para o profissional são: maior sensibilidade tátil e uma melhor visibilidade do campo operatório. Também proporciona proteção dos tecidos moles e das estruturas nobres adjacentes, incluindo um maior controlo da assepsia. A utilização destas tecnologias em cirurgia periodontal mostrou maior exequibilidade e visibilidade, campo cirúrgico mais limpo e menor hemorragia e edema. Inclusive, estas técnicas permitiram reparo ósseo e gengival mais favorável.
- #24. Recobrimento de recessões: retalho de reposicionamento coronal com enxerto conjuntivoPublication . Glória, Margarida; Marques, Tiago; Sousa, Manuel Correia; Santos, Nuno Bernardo MaltaIntrodução: Por definição, as recessões gengivais constituem a migração da gengiva marginal em direção apical em relação à junção amelocementária, com consequente exposição da superfície radicular ao meio bucal. Paciente do sexo feminino, 34 anos, ASA I, fumadora (10 cigarros por dia) e utilização de aparelho ortodôntico. Apresentava como diagnóstico periodontal periodontite crónica leve (IP de 43,00% e BOP de 5,33%). Tinha como queixa principal a hipersensibilidade dentária, associada a uma recessão na face vestibular do dente 41, com cerca de 5 mm, classe II de Miller. Descrição do caso clínico: A técnica por nós utilizada foi a de Coronally Advanced Flap Connective Tissue Graft (CAF CTG), podendo‐se dividir em 3 fases: a fase de preparação do leito recetor, fase de recolha do enxerto, e a colocação e sutura. O primeiro passo da cirurgia foi, então, a realização de retalho de espessura parcial com incisões verticais, que são feitas estendendo‐se para além da junção mucogengival. Posteriormente, foi feito o aplanamento da raiz e o condicionamento da mesma com tetraciclinas. Em seguida obteve‐se um enxerto de tecido conjuntivo da zona posterior do palato duro, através da técnica de Langer & Langer. O enxerto obtido foi colocado no leito recetor e recoberto pelo retalho, que foi mobilizado coronalmente e fixado com sutura suspensa. Discussão e conclusões: O sucesso desta técnica está diretamente relacionado com fatores biológicos, a habilidade do profissional e a colaboração do paciente. A utilização do enxerto conjuntivo subepitelial apresenta vantagens estéticas, uma vez que a coloração final do tecido epitelial é semelhante ao original, o que proporciona resultados mais satisfatórios. Num estudo realizado por Casati et al. (2006), a percentagem média de recobrimento radicular com a técnica do enxerto subepitelial de tecido conjuntivo foi de 96,10%. As recessões gengivais representam um grande desafio estético em determinadas situações clínicas. Neste caso, a técnica alcançou resultados satisfatórios, sendo que, em 9 meses, a taxa de recobrimento da recessão foi de aproximadamente 75%, diminuindo as queixas da paciente.