Browsing by Author "Pinheiro, Generosa Pinto Silva Vilela"
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- Aprendizagem organizacional em contexto de funcionamento de equipas educativas enquanto comunidades de aprendizagem : a progressiva emergência de uma metamorfose profissional e escolarPublication . Pinheiro, Generosa Pinto Silva Vilela; Alves, José MatiasA resposta aos desafios globais contemporâneos exige uma educação de qualidade, o que pressupõe uma transformação da estrutura organizacional da escola, a adoção de novos papéis e mentalidades dos seus atores e uma cultura de aprendizagem nos vários níveis da organização. Deste modo, as equipas educativas, a funcionar enquanto comunidades profissionais de aprendizagem, podem apresentar-se como uma mudança organizacional valiosa para a melhoria das escolas, configurando-se como um relevante objeto de estudo em educação. Embora, nas duas últimas décadas, tenha havido muita pesquisa sobre a temática das comunidades profissionais de aprendizagem, constata-se uma escassez de investigações que estudem tais comunidades como propulsoras da construção de organizações aprendentes, sendo, por isso, um campo que carece de aprofundamento. Esta tese inscreve-se nessa linha de investigação, procurando contribuir para a teoria, a investigação e a prática acerca da forma como a alteração de algumas estruturas organizacionais, nomeadamente a organização do ensino por equipas educativas, pode ter implicações na aprendizagem individual, coletiva e organizacional de uma escola. Neste sentido, adotamos um paradigma de investigação tendencialmente qualitativo, que operacionalizamos através de um estudo de caso instrumental, em que conjugamos uma abordagem quali-quanti. Articulamos uma estatística descritiva de dois questionários, objetos de uma descodificação e interpretação estrutural e semântica, com uma análise de conteúdo de entrevistas, grupos de discussão focalizada, notas de um diário de campo, para aprofundarmos alguns contextos singulares e a perspetiva de atores individuais. Apresentamos cinco estudos relacionados, centrados na análise das dinâmicas de funcionamento das equipas educativas e dos seus efeitos. O estudo 1 consiste numa revisão de literatura, do tipo scoping review, sobre as mudanças organizacionais, culturais e pedagógicas geradas pelas comunidades profissionais de aprendizagem em meio escolar. Este estudo dá suporte aos estudos 2, 3 e 4. O estudo 2 apresenta o funcionamento das equipas educativas enquanto comunidades profissionais de aprendizagem, assim como os seus efeitos nos seus membros, nas práticas de sala de aula e nas culturas de escola. No estudo 3, focamo-nos nestes mesmos efeitos despoletados, desta vez, pela atuação dos coordenadores das equipas educativas, enquanto líderes intermédios. O estudo 4 centra-se na análise das interações colaborativas entre os professores das equipas educativas e no seu contributo para a aprendizagem profunda dos mesmos. Com o estudo 5, um estudo guarda-chuva, procuramos focar-nos na metodologia usada na nossa investigação, para revelarmos a importância do diário de campo na desocultação de algumas tensões e no aprofundamento dos resultados apresentados. Estes estudos permitiram-nos concluir que uma alteração de estruturas organizacionais é uma condição imprescindível para a melhoria na educação, mas insuficiente. É necessária uma mudança de crenças dos atores e uma colaboração que proporcione uma aprendizagem profunda. Uma mudança substancial da educação, no âmbito da organização educativa, requer, pois, uma ação conjugada ao nível da estrutura, das lideranças intermédias, das crenças e das culturas profissionais.
- Culturas colaborativas e lideranças pedagógicas : da teoria à prática : constrangimentos organizacionais, dilemas profissionais e horizontes de possibilidadesPublication . Pinheiro, Generosa Pinto Silva Vilela; Alves, José MatiasO estudo de uma realidade tão complexa como a escola deve assentar numa visão holística e articuladora das suas diferentes racionalidades e da sua multiplicidade de atores. Num momento de viragem de paradigma ao nível da administração central, em que o discurso da autonomia tem vindo, ao longo dos últimos anos, a deixar algumas marcas na gestão escolar, é importante percecionar cada mudança de uma forma coerente e integradora. Assim, se pretendemos perceber melhor a maneira como os modos de trabalho dos professores têm vindo, paulatinamente, a mudar, é conveniente que compreendamos o percurso de mudança da administração e gestão escolar, a(s) cultura(s) de escola que marcam o espaço em que os professores exercem a sua atividade e a influência das lideranças, nomeadamente as intermédias, na forma como desenvolvem o seu trabalho não só em sala de aula, mas sobretudo com os colegas. Para percebermos a forma como a colaboração e as lideranças podem estar ao serviço de um professor colaborativo e reflexivo, procurámos adotar um modelo de investigação humanista-interpretativo, ou seja, uma investigação naturalista, conjugando uma abordagem quantitativa e qualitativa. Para caracterizarmos a(s) cultura(s) da escola, com base na análise da frequência, da abrangência e da amplitude das diferentes interações realizadas entre os docentes, usámos processos de análise de dados baseados na linguagem estatística. Por outro lado, para aprofundarmos alguns contextos singulares e as perspetivas de atores individuais, optámos por uma abordagem qualitativa. Feita a análise de todos os dados, concluímos que, embora se note da parte de todos os atores escolares uma vontade para instituir a inovação e a mudança, revelada através da implementação de diferentes dinâmicas colaborativas, esta mudança tem sido muito lenta e ténue. Parece-nos que a sua implementação está a ser coartada por estrangulamentos estruturais, pela falta de saber fazer e pela fragmentação, balcanização e individualismo que estão inscritos na história da organização escolar e do corpo docente, apresentando raízes na arquitetura das escolas e na sua organização secular em salas de aulas, turmas autónomas com horários e professores fixos.
- Culturas colaborativas e lideranças pedagógicas: constrangimentos organizacionais, culturais e horizontes de possibilidadesPublication . Pinheiro, Generosa Pinto Silva Vilela; Alves, José MatiasNum momento de viragem de paradigma da administração educativa ao nível do centro político e administrativo, em que o discurso da autonomia das escolas tem deixado algumas marcas nos modos de gestão escolar em Portugal, é importante percecionar cada mudança de uma forma coerente e integradora. Assim, a fim de verificar se os modos de trabalho dos professores têm efetivamente mudado, é conveniente que compreendamos a(s) cultura(s) escolares que marcam o espaço em que os professores exercem a sua atividade e a influência das lideranças no modo como desenvolvem o seu trabalho, sobretudo com os colegas. Para percebermos a forma como a colaboração e as lideranças podem estar a serviço de um professor colaborativo e reflexivo, adotamos uma investigação naturalista de tipo humanista-interpretativo, conjugando uma abordagem quantitativa e qualitativa. Para caracterizarmos a(s) cultura(s) da escola, usamos processos de análise de dados baseados numa estatística de natureza descritiva, que submetemos a uma análise e interpretação estrutural e semântica. Por outro lado, para aprofundarmos alguns contextos singulares e as perspetivas de atores individuais, optamos por uma abordagem qualitativa. Analisados os dados, concluímos que, embora se note da parte da generalidade dos atores escolares uma vontade para instituir a inovação, revelada através da implementação de diferentes dinâmicas colaborativas, esta mudança tem sido muito lenta, ténue e limitada por estrangulamentos estruturais, pela falta de saber fazer e pela fragmentação ou pela balcanização inscritos na história da organização escolar portuguesa e de um corpo docente socializado numa prática profissional solitária e individualista.
- Implicações das equipas educativas nas aprendizagens dos professores e nas práticas de sala de aulaPublication . Pinheiro, Generosa Pinto Silva Vilela; Alves, José MatiasNas últimas décadas, a colaboração entre os professores tem sido objeto de estudo a nível global, e a literatura tem demonstrado que a maioria dos docentes já colabora entre si e parece apresentar uma mentalidade mais colegial e colaborativa. Porém, a colaboração realiza-se numa gramática organizacional espartilhada e rígida, sendo um conceito complexo, que pode concretizar-se de diferentes formas, dependendo do contexto em que ocorre, dos seus participantes, da intensidade das diferentes interações, do seu conteúdo e objetivos. Assim, procuramos, neste estudo, compreender o tipo de interações colaborativas existente entre professores a trabalhar em equipas educativas, assim como os seus efeitos na sua aprendizagem e nas práticas de sala de aula. Nesse sentido, adotamos um paradigma de investigação tendencialmente qualitativo, que operacionalizamos através de um estudo de caso, em que conjugamos uma abordagem quali-quanti. Para analisarmos a frequência e amplitude das interações entre os professores, optamos por uma estatística descritiva, que submetemos a uma análise e interpretação estrutural e semântica. Recorremos, também, a uma abordagem qualitativa, no sentido de aprofundarmos alguns contextos singulares e a perspetiva de atores individuais: diretor; coordenadores das equipas educativas; professores; técnicas educacionais; e alunos. Feita a análise de dados, concluímos que continuam a predominar, nas equipas educativas, práticas de colaboração simples, baseadas essencialmente no intercâmbio de informação e materiais, num contexto de colaboração artificial, confortável, balcanizada, debilmente convergente e escassamente ativa, sendo, ainda, raros os momentos de coconstrução. Estas dinâmicas colaborativas podem estar a limitar uma aprendizagem profunda dos professores e a explicar a mudança ténue e lenta das práticas de sala de aula.