Browsing by Author "Almeida, Armando Manuel Gonçalves de"
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- Consumo de medicamentos potencialmente inapropriados e reconciliação de medicamentos em pessoas idosasPublication . Almeida, Armando Manuel Gonçalves de; Santos, Sandra Mónica Silva; Santos, MiguelNa população idosa, o consumo de medicamentos inapropriados leva ao desenvolvimento de eventos adversos. Objetivos:Conhecer a dimensão do problema e perceber se a reconciliação de medicamentos é uma solução viável (clínica e economicamente).Metodologia: Revisão sistemática da literatura, usando o método PICO. Utilizaram-se os descritores “Polimedicação”, “Prescrição Inadequada”, “Reconciliação de Medicamentos”, “Revisão de Uso de Medicamentos” e “Desprescrição”.Resultados: A existência de prescrições inapropriadas é muito prevalente. A reconciliação de medicamentos é eficaz na sua redução, mas não está provado que é capaz de reduzir os eventos adversos. A falta de envolvimento dos profissionais, a não adesão dos doentes e o custo da implementação são barreiras a ter em conta. Conclusões:Os programas de reconciliação de medicamentos precisam de ser melhorados para serem clinica e economicamente sustentáveis.
- Funcionalidade e vulnerabilidade em pessoas idosas : implicações para os cuidados de enfermagemPublication . Almeida, Armando Manuel Gonçalves de; Vieira, MargaridaIntrodução: A política de não institucionalização de pessoas idosas dependentes, iniciada na década de 70, deu origem à criação dos Centros de Dia, equipamentos sociais dispensados de fornecer serviços de saúde, contrariando a melhor evidência que aconselha o envolvimento interdisciplinar. Objetivos: Traçar o perfil relativo à funcionalidade dos idosos que frequentam os Centros de Dia da cidade do Porto e identificar as transições que carecem de respostas profissionais potencialmente sensíveis aos cuidados de enfermagem Métodos: A investigação seguiu um desenho misto. Um estudo de caso múltiplo que caracterizou a vulnerabilidade individual associada ao processo de transição para o Centro de Dia; um estudo observacional, analítico, transversal, com uma amostra representativa da população dos Centros de Dia da cidade do Porto, que determinou a dimensão dos défices de funcionalidade e explorou as relações entre os fenómenos sensíveis aos cuidados de Enfermagem; por último, um estudo observacional, analítico, longitudinal, com uma amostra de 55 pessoas, onde se caracterizou a evolução da funcionalidade ao longo de dois anos de permanência no Centro de Dia. Resultados: As pessoas recorrem ao suporte social após um progressivo período de declínio funcional ou um evento crítico gerador de dependência. A incapacidade para satisfazer autonomamente os requisitos de autocuidado e a indisponibilidade para tomar conta, por parte dos familiares, suportam a decisão de ingressar no Centro. O início não é isento de emoções negativas mas o suporte social percecionado ajuda a pessoa a adaptar-se à condição de dependente. Na população dos Centros de Dia da cidade do Porto, o estudo de fenómenos como o desempenho cognitivo, sono, dor, acuidade visual, status nutricional, autocuidado, equilíbrio corporal, confiança para realizar as atividades, exercício físico, gestão do regime medicamentoso, morbilidade, utilização dos recursos de saúde e autoperceção de saúde, demonstrou que estão altamente afetados, influenciando negativamente a funcionalidade. A avaliação do perfil funcional ao longo do tempo comprovou o progressivo declínio em quase todas as áreas em estudo. Conclusões: Existem áreas da funcionalidade sensíveis aos Cuidados de Enfermagem que podem ser trabalhadas nos Centros de Dia. É necessário repensar a necessidade de desenvolver respostas integradas centradas na promoção, manutenção e reabilitação da saúde em contexto de Centro de Dia, para atingir o almejado Envelhecimento Saudável preconizado pela Organização Mundial da Saúde.
- A reconstrução da autonomia face ao autocuidado após um evento gerador de dependência : estudo exploratório no contexto domiciliarPublication . Almeida, Armando Manuel Gonçalves de; Silva, Abel Avelino Paiva e; Brito, Maria Alice Correia deA saúde encontra-se perante um novo paradigma, impulsionado por uma necessidade sócio-económica de mudança, onde o auto-cuidado é visto como um recurso escondido na sociedade, para suplantar a falência dos sistemas de saúde face ao envelhecimento da população. A enfermagem encaixa-se perfeitamente neste modelo, pois mantém a atitude de estabelecer parcerias com o cliente/família no sentido de os ajudar a atingir e a melhorar o projecto de saúde que traçaram, investindo na investigação para desenvolver conhecimento científico que sirva de base à profissionalização dos cuidados de enfermagem centrados nas respostas dos clientes às transições que vivenciam. Seguindo esse trajecto opta-se por estudar o fenómeno do autocuidado, restringindo-o à satisfação das actividades de vida diária que são comuns a todas as pessoas. A investigação realizada nesse domínio, apesar de muito extensa em algumas áreas específicas, revelou-se escassa relativamente à existência de estudos substantivos que expliquem o fenómeno da perda da autonomia face ao autocuidado, em contexto domiciliar, após um evento gerador de dependência. Perante tal evidência, realizou-se um estudo de natureza qualitativa, exploratório-descritivo, adoptando a metodologia para gerar uma Grounded Theory com o intuito de explorar o fenómeno em contexto domiciliar, esperando que o conhecimento desenvolvido possa ajudar a melhorar os cuidados de enfermagem. A selecção dos participantes foi realizada em contexto hospitalar (no período de internamento após o evento gerador de dependência), sendo que a recolha de dados teve início (recorrendo à técnica de observação participante) após o seu regresso a casa, optando-se por indivíduos com dependência, pela primeira vez, no autocuidado relativo às actividades de vida diária. O estudo revela que perante situações de vulnerabilidade relativamente ao autocuidado, os indivíduos vêem-se obrigados a iniciar processos de transição. Nessas situações, emergem diversos factores intrínsecos (atributos do sujeito; status psicológico; e conhecimento) e extrínsecos (apoio social; status económico; a sociedade; e a tradição) ao sujeito que interferem com essa vivência, originando respostas (indicadores de processo) que são utilizadas pelos enfermeiros para adequarem as terapêuticas de enfermagem. Por fim, os resultados surgem revelando uma vivência salutar da transição, que não são mais que o ponto de partida para uma nova realidade.