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- Estilos de vida em estudantes do ensino superiorPublication . Silva, Armando Manuel Marques; Amado, João Costa; Brito, Irma da SilvaO estilo de vida é caracterizado por padrões comportamentais identificáveis que podem ter efeito na saúde nomeadamente na dos estudantes que frequentam o ensino superior, na fase única em que estão de consolidação de atitudes e comportamentos. A promoção da saúde no contexto universitário é uma estratégia ideal e de baixo custo para desenvolvimento de estilos de vida saudável; e, o papel da enfermagem na promoção da saúde e na manutenção de um estilo de vida promotor de saúde, reforçado por todo o seu pioneirismo histórico e de formas de intervenção neste âmbito, torna-se relevante no actual sistema de saúde e neste contexto. A ênfase colocada pelos sistemas de saúde na prevenção primária e promoção da saúde, coloca os enfermeiros em posições-chave como estrategas, quer como modelos quer como promotores de saúde. A automonitorização dos estilos de vida nos estudantes do ensino superior pode facilitar a avaliação/reflexão essencial para a promoção do crescimento saudável. A presente investigação, realizada no contexto do ensino superior, teve como finalidade perceber a utilidade de um instrumento da avaliação do estilo de vida enquanto diagnóstico do estilo de vida influenciador da saúde, e ainda avaliar a possibilidade da sua utilização como recurso pedagógico na promoção da saúde. Na primeira etapa do estudo procedeu-se à tradução, adaptação e validação do questionário Estilo de Vida FANTÁSTICO, numa amostra de 707 estudantes do ensino superior. Na segunda etapa, realizou-se um estudo exploratório para caracterizar os estilos de vida numa amostra de 4314 estudantes do ensino superior da região centro de Portugal, através de questionários via online. Na última etapa do estudo, foi aplicado um questionário com questões fechadas e abertas a uma subamostra de 189 estudantes da segunda etapa, via online, averiguando da utilidade do instrumento como estratégia de automonitorização. Os resultados indicam que o questionário Estilo de Vida FANTÁSTICO é um instrumento válido e fiável para descrever os estilos de vida dos estudantes do ensino superior, permitindo identificar hábitos saudáveis e não saudáveis. Os resultados apontam para uma prevalência de um estilo de vida inadequado para a saúde em 14.6% dos estudantes. As variáveis predi-tivas de um estilo de vida adequado foram: média reduzida de saídas à noite para atividades recreativas e de gasto por cada saída; satisfação com a imagem corporal; boa perceção do estilo de vida; boa autoestima e bem-estar psicológico. Os domínios mais deficitários do estilo de vida foram: a reduzida atividade física e associativismo; o trabalho e o tipo de personalidade; a nutrição. Em relação à utilização do questionário EVF como ferramenta de automonitorização do estilo de vida, observou-se que existe um incremento significativo na avaliação do score do estilo de vida entre os momentos antes e depois: os estudantes que verificaram o resultado obtido, realizaram o download do flyer, sobre ele refletiram e analisaram, melhorando o seu estilo de vida no segundo momento. Assim sugere-se a aplicação deste instrumento a todos os estudantes do ensino superior, sobretudo recém-ingressados, para promover processos de automonitorização do estilo de vida e ainda para orientar as ações de promoção da saúde em contexto escolar.
- Funcionalidade e vulnerabilidade em pessoas idosas : implicações para os cuidados de enfermagemPublication . Almeida, Armando Manuel Gonçalves de; Vieira, MargaridaIntrodução: A política de não institucionalização de pessoas idosas dependentes, iniciada na década de 70, deu origem à criação dos Centros de Dia, equipamentos sociais dispensados de fornecer serviços de saúde, contrariando a melhor evidência que aconselha o envolvimento interdisciplinar. Objetivos: Traçar o perfil relativo à funcionalidade dos idosos que frequentam os Centros de Dia da cidade do Porto e identificar as transições que carecem de respostas profissionais potencialmente sensíveis aos cuidados de enfermagem Métodos: A investigação seguiu um desenho misto. Um estudo de caso múltiplo que caracterizou a vulnerabilidade individual associada ao processo de transição para o Centro de Dia; um estudo observacional, analítico, transversal, com uma amostra representativa da população dos Centros de Dia da cidade do Porto, que determinou a dimensão dos défices de funcionalidade e explorou as relações entre os fenómenos sensíveis aos cuidados de Enfermagem; por último, um estudo observacional, analítico, longitudinal, com uma amostra de 55 pessoas, onde se caracterizou a evolução da funcionalidade ao longo de dois anos de permanência no Centro de Dia. Resultados: As pessoas recorrem ao suporte social após um progressivo período de declínio funcional ou um evento crítico gerador de dependência. A incapacidade para satisfazer autonomamente os requisitos de autocuidado e a indisponibilidade para tomar conta, por parte dos familiares, suportam a decisão de ingressar no Centro. O início não é isento de emoções negativas mas o suporte social percecionado ajuda a pessoa a adaptar-se à condição de dependente. Na população dos Centros de Dia da cidade do Porto, o estudo de fenómenos como o desempenho cognitivo, sono, dor, acuidade visual, status nutricional, autocuidado, equilíbrio corporal, confiança para realizar as atividades, exercício físico, gestão do regime medicamentoso, morbilidade, utilização dos recursos de saúde e autoperceção de saúde, demonstrou que estão altamente afetados, influenciando negativamente a funcionalidade. A avaliação do perfil funcional ao longo do tempo comprovou o progressivo declínio em quase todas as áreas em estudo. Conclusões: Existem áreas da funcionalidade sensíveis aos Cuidados de Enfermagem que podem ser trabalhadas nos Centros de Dia. É necessário repensar a necessidade de desenvolver respostas integradas centradas na promoção, manutenção e reabilitação da saúde em contexto de Centro de Dia, para atingir o almejado Envelhecimento Saudável preconizado pela Organização Mundial da Saúde.