Departamento de Economia, Gestão e Ciências Sociais
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Browsing Departamento de Economia, Gestão e Ciências Sociais by advisor "Alaiz, Vítor"
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- A avaliação externa de escolas : um contributo para a mudança na organização escolar?Publication . Dias, Paula Gracinda Arnaud M.; Batista, José Afonso; Alaiz, VítorA acção avaliativa é considerada, por muitos autores e decisores, como uma mais-valia e um contributo imprescindível para o crescimento das organizações escolares e para a melhoria do Sistema Educativo. A investigação realizada pretendeu analisar o papel que a Avaliação Externa das escolas levada a cabo pela Inspecção Geral da Educação (IGE) desempenha na promoção da auto-avaliação e melhoria das escolas e, por outro, identificar o modo como docentes de um mesmo Agrupamento de Escolas, percepcionam a acção e contributo desta entidade para o crescimento e mudança da organização escolar. Assim, toda a investigação empírica foi desenvolvida segundo quatro eixos de análise: vertente pessoal da avaliação; vertente pessoal/pedagógica da avaliação; vertente organizacional da avaliação; vertente de “construção de sentidos” da avaliação (articulação entre a Avaliação Externa e a Auto-Avaliação). Considerando que foram estes eixos de análise que se pretenderam estudar e reflectir optou-se por efectuar uma investigação qualitativa, aplicando uma entrevista semi-estruturada à nossa amostra: professores que estiveram presentes nos painéis da Avaliação Externa realizada pela IGE num agrupamento de escolas do interior do país. Os dados obtidos evidenciaram que os professores consideram que após a Avaliação Externa pela IGE, houve preocupação por parte da liderança e da comunidade educativa de utilizar internamente as suas recomendações. Nesse sentido, foram desencadeadas acções e processos que optimizaram o processo de mudança e melhoria da organização escolar. A articulação entre Avaliação Externa e Auto- Avaliação – “construção de sentidos”, foi uma evidência e está a surtir os seus efeitos mas, a nível de práticas lectivas e supervisão pedagógica, existe ainda um longo caminho a percorrer. Considera-se que o sucesso e optimização de todo este processo avaliativo depende de forma determinante do modo como as lideranças e a comunidade educativa se posicionam relativamente à sua necessidade e validade educativa.
- Exames nacionais do 9º ano de matemática : concepções dos professores classificadoresPublication . Silva, Graça Marlene Seco e; Baptista, José Afonso; Alaiz, VítorA conjuntura educacional portuguesa atravessa um momento de previsível reforço da avaliação externa das aprendizagens. As investigações sobre avaliação das aprendizagens têm incidido sobretudo na avaliação interna. O estudo que adiante se apresenta foca a avaliação externa procurando descrever as concepções dos professores classificadores da disciplina de Matemática do 9º ano sobre a classificação das provas do exame nacional de Matemática, de modo a verificar a coerência com o referente conceptual e o normativo que a enquadra. Neste sentido, estabeleceu-se a seguinte questão geral de investigação: as concepções dos professores de Matemática sobre a avaliação externa das aprendizagens são, no essencial, idênticas entre si ou é possível descrever concepções significativamente diferentes? A partir desta questão, articulámos as concepções sobre o modo de ensinar Matemática com as perspectivas sobre a avaliação interna e externa das aprendizagens e, em particular, sobre os tipos de itens que compõem as provas de exame. As concepções acerca da elaboração e aplicação dos critérios de classificação dos itens das provas do exame nacional e a importância atribuída ao processo de supervisão foram alvo de especial atenção. Seguindo o paradigma qualitativo, realizámos um estudo de caso exploratório, utilizando como processos de recolha de dados entrevistas semi-estruturadas e análise documental. O tratamento dos dados recolhidos foi efectuado através da análise qualitativa de conteúdo. Este estudo evidencia a congruência entre as concepções detidas pelos professores entrevistados sobre o modo de ensinar e as modalidades de avaliação interna e externa e ainda entre as suas concepções e o respectivo modo de ensinar face à existência dessas avaliações. Os professores privilegiam itens de resposta aberta em detrimento dos de resposta curta e denotam insatisfação pelo facto de não colaborarem na elaboração dos critérios de classificação das respostas dos itens que constituem o exame. Alguns dos entrevistados revelam incomodidade pela sua participação obrigatória num trabalho (o de correcção de exames) com o qual não se identificam totalmente. A investigação conduziu a algumas recomendações de melhoria na organização do processo de classificação de exames implementado pelo GAVE, das quais salientamos a que sugere a criação de uma bolsa de professores classificadores constituindo um corpo mais estável de avaliadores especializados e mais motivados para a tarefa.