Escola das Artes
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Browsing Escola das Artes by advisor "Aguiar, Maria"
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- Conservação e restauro da crucificação da Igreja de Miragaia : as telas de rolo nos retábulos portuguesesPublication . Moreira, Rita Macedo; Calvo, Ana; Aguiar, MariaA pintura de altar surge, em Portugal, no final do século XVII, salvo a existência de precedentes que estiveram, possivelmente, na origem deste tipo de pintura. Com especial carácter pedagógico na Igreja, divulga a Palavra de Deus de forma mais dinâmica do que o habitual no ritual litúrgico. Os panos de altar narram histórias, estando na sua origem expostos grande parte do ano litúrgico e, consoante a pretensão cénica, eram apresentados ou simplesmente recolhidos através do sistema que os movia. A presente investigação surge no âmbito do estudo científico-analítico e da intervenção de Conservação e Restauro de uma tela altar, de rolo, pertencente à Igreja Paroquial de S. Pedro de Miragaia. Num segundo momento, a temática abrange uma análise mais ampla do panorama e da conservação das telas de rolo existentes em Portugal, nomeadamente o seu enquadramento histórico e litúrgico, salientando a originalidade e dinamismo que introduziram nas igrejas e capelas portuguesas, bem como um breve inventário das pinturas identificadas a nível nacional, onde se relacionam algumas particularidades, entre elas, os diferentes sistemas de montagem e fixação e as condições de utilização.
- Radiografia-X de pintura : fundamentos radiológicos, parâmetros radiográficos e potencialidades interpretativasPublication . Alves, Stefan Ferreira; Aguiar, Maria; Barata, CarolinaEste estudo visa o desenvolvimento do conhecimento sobre radiografia-X aplicado a pintura, com enfoque em pintura de cavalete, sobre madeira e sobre tela. É traçada uma perspetiva histórica, desde a descoberta dos raios X por Wilhelm Röntgen, passando pelo impacto consequente em termos radiológicos e radiográficos, até à sua implementação no campo das obras de arte. Descrevem-se os fundamentos radiológicos implicados neste tipo de exame, naquilo que é a natureza da radiação eletromagnética, o modo como são produzidos os raios X e os fenómenos que decorrem da sua interação com a matéria. São avaliados todos os fatores radiográficos no que respeita à natureza da radiação, aos parâmetros instrumentais, aos geometrismos de posicionamentos ou à inclusão de estruturas adicionais, e a descrição sistematizada do seu impacto na qualidade da imagem, quer no suporte analógico de película, quer na sua vertente digital. Na componente de leitura dos dados obtidos, é delineada uma metodologia específica de interpretação de imagem, sendo descritos e explorados casos concretos de estudo que ilustram a capacidade de fornecimento de novas informações, em pintura de cavalete, deste exame de área não destrutivo.
- Reintegração cromática da pintura maneirista “A Flagelação de Cristo” : problemáticas da reintegração de desgastes no equilíbrio entre a fruição estética e o respeito pela historicidade da obraPublication . Moreira, Paula Maria dos Santos Trindade; Aguiar, Maria; Afonso, José FerrãoOriginário do século XVI, o objeto de estudo nesta dissertação é uma pintura sobre tábua proveniente do Mosteiro de Ancede, no Norte de Portugal. Provavelmente oriunda de um antigo retábulo daquela Igreja apresenta-se como um bom exemplo daquilo que foi a pintura maneirista em Portugal. Com o tema da “Flagelação de Cristo”, crê-se, pelo investigado, que fará parte de um conjunto retabular de que são conhecidas mais quatro pinturas idênticas, atribuíveis ao mesmo artista ou escola. Alvo de intervenções anteriores, a pintura, em razoável estado de conservação no geral, apresentava, como problema mais evidente, a presença generalizada de desgastes que, incidindo fortemente nas zonas de carnação das figuras representadas, dificultavam a leitura da obra pelo observador. E, curiosamente, apresentava decisões controversas na hora de “tratar” estas mesmas falhas na pintura, exibindo reintegração do topo inferior, dando continuidade ao pavimento original da cena, deixando porém a lacuna de grande proporções que abarcava todo o topo superior e interferia seriamente com a correta leitura da parte superior da cena à mercê de um mero repinte verde que em nada se fundia com a cena original, criando ainda mais ruído em comparação com uma hipotética assunção da falta das camadas pictóricas e a opção por deixar, apenas, a madeira do suporte à vista. Quanto às restantes lacunas de menores dimensões, e os desgastes dispersos por toda a cena, incluindo os rostos das personagens, e portanto localizados em sítios chave para leitura da representação, encontravam-se por tratar. Assim, e perante tão pouca evidência da existência de um critério para a postura a assumir perante a existência de desgastes em pintura, se definiu o objeto de estudo desta dissertação – a reintegração de desgastes – opção, ainda hoje, repudiada por alguns, nomeadamente por razões como o eventual comprometimento da originalidade da obra pela sobreposição da intervenção de conservação ao original, mas defendida por outros pela devolução da leitura à obra em nome da sua integridade física e também para fruição do observador, sobretudo em obras a culto.