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A relação entre experiências adversas na infância, traços de personalidade borderline e consumo de substâncias psicoativas

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Abstract(s)

Childhood adverse experiences have been recognized as risk factors for the development of psychopathology, particularly regarding their association with borderline personality traits and the use of psychoactive substances. These phenomena, intrinsically related to high emotional vulnerability, relational instability, and dysfunctional affect regulation strategies, are of particular relevance within the scope of clinical research and the design of preventive strategies. The present study, developed within the second year of the Master’s Degree in Clinical and Health Psychology at the Portuguese Catholic University, Braga Regional Center, Faculty of Philosophy and Social Sciences, aimed to examine the relationship between childhood adverse experiences, borderline personality traits, and psychoactive substance use. The sample consisted of 390 Portuguese adults, assessed through a quantitative, cross-sectional design, using validated self-report instruments (ACE, BSL-23, ASSIST, and EDS-20). The results of the correlational analyses revealed significant positive associations between adverse childhood experiences, the intensity of borderline personality traits, and increased substance use. Mediation analyses confirmed that childhood adversity is not directly related to substance use but exerts its influence indirectly, mediated by elevated borderline personality traits. Accordingly, it can be concluded that adverse childhood experiences promote the development of borderline personality traits, which in turn increase vulnerability to substance use. These findings not only clarify the process through which early adversity translates into psychopathological risk but also highlight the specific role of borderline traits as a central mechanism of vulnerability. By elucidating this pathway, the study underscores the necessity of clinical interventions that systematically incorporate the assessment of life history and personality traits, fostering early screening, targeted prevention, and therapeutic strategies tailored to individuals’ risk profiles.
As experiências adversas na infância têm sido reconhecidas como fatores de risco para o desenvolvimento de psicopatologia, com destaque para a sua associação a traços de personalidade borderline e ao consumo de substâncias psicoativas. Estes fenómenos, intrinsecamente relacionados com elevada vulnerabilidade emocional, instabilidade relacional e estratégias de regulação afetiva disfuncionais, assumem particular relevância no quadro da investigação clínica e na formulação de estratégias preventivas. O presente estudo, desenvolvido no âmbito do segundo ano do Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde da Universidade Católica Portuguesa, do Centro Regional de Braga, da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, teve como principal objetivo examinar a relação entre as experiências adversas na infância, os traços de personalidade borderline e o consumo de substâncias psicoativas. A amostra foi constituída por 390 adultos portugueses, avaliados através de um desenho quantitativo, transversal, utilizando instrumentos de autorrelato (ACE, BSL-23, ASSIST e EDS-20). Os resultados das análises correlacionais revelaram associações positivas significativas entre experiências adversas na infância, traços de personalidade borderline e aumento de consumo de substâncias. As análises de mediação confirmaram que a adversidade na infância não se relaciona diretamente com o consumo, mas exerce a sua influência de forma indireta, mediada pelo aumento dos traços de personalidade borderline. Desta forma, conclui-se que as experiências adversas na infância potenciam o desenvolvimento de traços de personalidade borderline, que, por sua vez, aumentam a vulnerabilidade ao consumo de substâncias. Estes resultados não apenas clarificam o processo através do qual a adversidade precoce se traduz em risco psicopatológico, como também evidenciam o papel específico dos traços borderline como mecanismo central de vulnerabilidade. Ao destacar este percurso, o estudo sustenta a necessidade de intervenções clínicas que integrem, de forma sistemática, a avaliação da história de vida e dos traços de personalidade, promovendo estratégias de rastreio precoce, prevenção direcionada e intervenção terapêutica mais ajustada ao perfil de risco dos indivíduos.

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Consumo de substâncias psicoativas Experiências adversas na infância Traços de personalidade borderline

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